Vale registra incêndio em instalações na Nova Caledônia, em meio a protestos
Foco do incêndio, que teve início às 17h, foi localizado na mina e infraestrutura associada da empresa. Instalações da Vale na Nova Caledônia, território francês que abrange dezenas de ilhas no sul do Oceano Pacífico Divulgação A mineradora Vale informou nesta segunda-feira (14) a ocorrência de um incêndio em instalações da empresa na Nova Caledônia, território francês que abrange dezenas de ilhas no sul do Oceano Pacífico, à medida que protestos persistem na região. Segundo a mineradora, o foco do incêndio, que teve início às 17h (horário local), foi localizado na mina e infraestrutura associada da empresa. A Vale afirmou em comunicado que o corpo de bombeiros e forças militares (gendarmes) estiveram no local durante a noite. "A planta, localizada a 7 km de distância, permanece segura e sob proteção dos Gendarme", disse, acrescentando que "repudia os atos de violência e reafirma seu comprometimento com a segurança e proteção dos empregados da VNC e da comunidade". A companhia já havia comunicado na última quinta-feira a interrupção das operações da Vale Nouvelle-Calédonie (VNC), citando manifestações pró-independência do território francês. Vídeos: Últimas notícias de economia
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Auxílio Emergencial: 1,6 milhão de beneficiários do Bolsa Família recebem a última parcela nesta terça
Benefício será pago a trabalhadores cujo número do NIS termina em 4. A Caixa Econômica Federal (CEF) paga nesta terça-feira (15), a quarta e última parcela de R$ 300 do Auxílio Emergencial Extensão a 1,6 milhão de beneficiários do Bolsa Família cujo número do NIS termina em 4. Os pagamentos são feitos da mesma forma que o Bolsa. O calendário desta parcela segue até 23 de dezembro. Em janeiro, com a previsão de fim do Auxílio Emergencial, esses beneficiários voltam a receber as parcelas habituais do Bolsa Família. Veja o calendário completo de pagamentos do Auxílio Emergencial Veja como serão os pagamentos de R$ 300 e tire dúvidas Saiba como liberar a conta bloqueada no aplicativo Caixa Tem Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL Confira as datas para o pagamento da nova fase do Auxílio Emergencial de R$ 300,00 Trabalhadores fora do Bolsa Para os beneficiários do Auxílio Emergencial que não fazem parte do Bolsa Família, a Caixa começou a pagar a última parcela no domingo (13). Os pagamentos vão até dia 29 de dezembro. Em janeiro, o benefício deve ser extinto. Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Calendários de pagamento Veja abaixo os calendários de pagamento. BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA Auxílio Emergencial – Beneficiários do Bolsa Família Economia G1 BENEFICIÁRIOS FORA DO BOLSA FAMÍLIA Clique aqui para ver o calendário completo dos pagamentos VÍDEOS: as últimas notícias sobre o Auxílio Emergencial VÍDEOS: últimas notícias sobre auxílio emergencial| em G1 / Economia
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Dois em cada três brasileiros acreditam que a recuperação da economia vai levar mais de um ano
Segundo pesquisa da CNI, 35% das pessoas pretendem reduzir consumo em 2021 e 49% da população que recebeu auxílio-emergencial usou dinheiro para comprar alimentos. 7 em cada 10 consumidores brasileiros fazem compras pela internet regularmente Reprodução/TV TEM Dois em cada três brasileiros acreditam que o tempo de recuperação da economia brasileira vai passar de um ano. E diante desse cenário de crise e incerteza, 35% das pessoas pretendem reduzir o nível de consumo de bens e serviços em 2021, na comparação com o período pré-pandemia, e 41% devem manter, apontou a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ano que escapou a todas as previsões: veja o que se esperava para a economia em 2020 – e o que de fato aconteceu Com fim do Auxílio Emergencial e piora fiscal, país lida com incertezas para 2021 Como a pandemia 'bagunçou' a economia brasileira em 2020 O estudo também traçou um panorama do auxílio emergencial. Dos entrevistados, 42% se cadastraram e conseguiram receber o auxílio emergencial do governo federal, enquanto 11% fizeram o cadastro, mas não receberam o auxílio. Outros 17% afirmaram que não se cadastraram porque não precisavam do auxílio e 30% porque não se encaixavam nas condições exigidas. Entre as pessoas que receberam o dinheiro, 17% afirmaram que a renda aumentou ou aumentou muito no período. A maior parte da população (49%) usou o auxílio emergencial para comprar alimentos, roupas, produtos de higiene, limpeza ou algum outro tipo de bem de consumo. Outros 30% pagaram contas de água, energia elétrica ou gás. Já 18% afirmaram que usaram o dinheiro para pagar dívidas. Apenas 2% guardaram o dinheiro do auxílio. Retomada do consumo em 2021 Roupas, bolsas, acessórios e calçados, produtos para os quais a maior parte da população afirmou que reduziu o consumo durante a pandemia, devem registrar uma retomada em 2021. Um em cada quatro entrevistados diz que comprará mais esse tipo de produto no próximo ano, afirmou a CNI. O percentual fica em quarto no ranking de perspectivas de consumo para os próximos 12 meses, perdendo apenas para produtos de primeira necessidade como alimentos no supermercado (32%), produtos de limpeza (30%) e produtos de higiene pessoal (29%). Entre os motivos listados pelos entrevistados para reduzir o consumo em 2021 estão: 25%: Economia; 24%: Mudança de hábitos após a pandemia; 21%: Preocupação com a renda individual ou da família; 14%: Redução de consumo iniciada durante a pandemia. Vídeos: Últimas notícias de economia
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Isenção de IOF volta a valer e crédito fica mais barato a partir desta terça
Isenção termina no final do ano. Imposto foi retomado no final de novembro, mas governo decidiu suspender por mais 15 dias. A partir desta terça-feira (15), e até final do ano, fica mais barato para os brasileiros obterem crédito. Isso porque volta a valer, nesse período a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre essas operações.
A alíquota original, de 3%, foi zerada em abril, para ajudar a mitigar os impactos da pandemia do coronavírus sobre a economia. A medida, que inicialmente deveria valer por três meses, foi sendo prorrogada – na última, foi estabelecido prazo até 31 de dezembro.
No final de novembro, no entanto, o governo antecipou a volta do IOF para compensar a isenção das contas de luz dos moradores do Amapá, que enfrentaram este mês uma crise no fornecimento de energia elétrica que deixou o estado sem luz por vários dias. Na semana passada, o governo voltou atrás mas uma vez, e decidiu isentar as operações de crédito dessa cobrança por mais 15 dias.
Expansão do crédito
Com IOF zerado e juros em queda, os últimos meses viram uma forte expansão do crédito no país. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos brasileiros concederam R$ 2,6 trilhões em crédito no período de março a 23 de outubro, incluindo novas operações, renovações e prorrogações de contratos.
De acordo com o Banco Central, o volume total do crédito ofertado pelos bancos cresceu 1,9% em setembro (último dado disponível), para R$ 3,809 trilhões. Em doze meses, o crescimento do volume total do crédito bancário acelerou de 12,2% para 13,1%.
Já o financiamento de imóveis disparou: foram R$ 13,9 bilhões em outubro de 2020, um aumento de 84% em relação ao mesmo mês de 2019. Desde o início do ano, foram financiados mais de 320 mil imóveis, somando R$ 92,67 bilhões.
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O ano em que os brasileiros enfrentaram (mais) uma crise: G1 conta histórias de quem tenta sobreviver e de quem se reinventou
Trabalhadores e empresários mostram as dificuldades enfrentadas em um ano marcado por incertezas e reviravoltas trazidas pela pandemia. Gustavo, Maria Elza, Eduardo, Andréia, Joice, Leila, Marcelo, Harianne, Paulo; as histórias de brasileiros em meio à crie Acervo pessoal/reprodução O ano de 2020 foi marcado por incertezas e reviravoltas trazidas pela Covid-19. Os impactos da pandemia trouxeram consequências diretas para o bolso dos brasileiros, como a alta de preços dos alimentos e do dólar, desemprego recorde e perda de renda, dificuldades para manter os negócios em funcionamento – e, para muitos, a necessidade de se reinventar em meio à crise. A economia, que já andava a passos lentos, voltou ao patamar de 2017, com uma queda acumulada de 5% de janeiro a setembro. Mas poderia ser pior, se não houvesse a injeção de recursos do Auxílio Emergencial, benefício que tem sido a única fonte de renda para milhares de brasileiros. Para retratar este ano, o G1 entrevistou nove brasileiros, entre trabalhadores e empresários, que lutam para sobreviver em meio ao cenário ainda incerto sobre as perspectivas para o crescimento do Brasil em 2021. 'Estou na procura, mas está difícil. Espero passar o natal e ano novo com emprego novo' Gustavo de Assis Macedo perdeu o emprego no meio da pandemia Arquivo pessoal Gustavo de Assis Macedo, de 24 anos, perdeu o emprego no meio da pandemia, em agosto. Desde então, ele vive com as parcelas do seguro-desemprego e com a ajuda dos pais, com quem mora em Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo. Macedo está no grupo que mais foi atingido pelo desemprego, que atingiu taxas recordes em 2020. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa chegou a 31,4% em setembro para trabalhadores na faixa dos 18 a 24 anos. Ele está entre os 14,1 milhões de desempregados no país. Macedo estava na empresa há 1 anos e 4 meses trabalhando na área de experiência do cliente. Agora ele espera conseguir emprego na sua área de formação, que é marketing. Mas ele também procura vagas nas áreas administrativa e atendimento, nas quais tem experiência. “Estou na procura, mas está difícil. Eu gostava de trabalhar lá, mas não fiquei tão surpreso com a minha demissão. Depois a ficha caiu e comecei a ajudar meus pais nos serviços domésticos em casa para ocupar minha cabeça”, comenta. Macedo percebeu que há menos vagas no mercado de trabalho e as exigências aumentaram. “Sempre acho algo, mas às vezes o que eles pedem de qualificação eu não tenho e acabo desistindo de me candidatar e vou à procura de outra”, conta. Por isso, ele planeja fazer cursos de qualificação e pós-graduação para melhorar sua empregabilidade. Mas antes precisa de um emprego para pagar seus estudos. Um dos cursos que pretende fazer é o de inglês. “Espero passar o natal e ano novo com emprego novo. Se Deus quiser eu vou conseguir. Não está fácil, mas estou na procura para conseguir voltar ao mercado de trabalho”. 'Não passamos fome, mas estamos passando necessidade' Maria Elza Reis Gomes sustenta a família com o Auxílio Emergencial Arquivo pessoal A diarista e cuidadora Maria Elza Reis Gomes, de 56 anos, apertou o cinto para manter as despesas da família, que inclui dois filhos e cinco gatos. A única renda vem do Auxílio Emergencial, pois os dois filhos estão sem trabalho. “Não passamos fome, mas estamos passando necessidade. Não tenho dinheiro nem pra pegar transporte público quando tenho que sair pra resolver algo na rua”, diz a moradora de Campinas (SP). Maria Elza conta que participou de grupos nas redes sociais para conseguir cestas básicas gratuitas para a família, mas não conseguiu nada. A saída tem sido comer ovos e salsicha. Por causa da alta dos preços, ela teve que cortar as carnes. “Tá tudo difícil, como vou comprar peixe e carne se está tudo caro? Até o frango subiu. Os animais também precisam de ajuda, não posso jogá-los na rua, estou comprando a ração mais barata”, diz. A inflação tem sido pressionada justamente pelos alimentos neste ano. Entre os principais fatores está o aumento da demanda sustentada pelo Auxílio Emergencial. Ao mesmo tempo, a alta dos preços atinge principalmente os brasileiros de baixa renda, como é o caso de Maria Elza. E a carne á um dos itens que tem pesado no índice. Maria Elza está recebendo R$ 600 de Auxílio Emergencial por ser mãe monoparental. Ela é beneficiária do Bolsa Família. Com o fim do auxílio, sua renda vai cair para mais da metade. “Não faço ideia do que vou fazer. Estamos mandando currículos, mas até agora nada. Nem bico aparece. Eu posso fazer qualquer coisa, limpeza, terapia chinesa, cuidar de idosos, mas só falta oportunidade”, lamenta. 'É muito difícil viver com tão pouco. Nem sei mais o que é comer carne' Eduardo Pereira de Jesus está sobrevivendo graças ao Auxílio Emergencial da esposa Veronica da Cunha de Jesus Arquivo pessoal O autônomo Eduardo Pereira de Jesus, de 48 anos, está sobrevivendo graças ao Auxílio Emergencial da esposa Veronica da Cunha de Jesus, de 40 anos. Jesus, que mora em Belford Roxo (RJ), viu seu trabalho com pedreiro minguar já no início da pandemia. “Eu tinha dois serviços para iniciar, porém, foram cancelados. Desde então, só fiz uns bicos de conserto e pintura bem fracos”, afirma. A renda da família, que chegava a R$ 3 mil por mês, se restringe agora à parcela do Auxílio Extensão de R$ 300. Às vezes Jesus arruma alguns trabalhos, que não chegam a render nem R$ 500 por mês. O pedreiro agora não sabe o que fazer, pois a última parcela do auxílio será neste mês, e a família já está passando necessidade até para comer. Ele tem três filhas de 10, 15 e 18 anos. “É muito difícil viver com tão pouco. A necessidade é grande. Muito mal dá pro arroz e feijão. Agora estamos comprando só arroz e ovos, às vezes um macarrão. Nem sei mais o que é comer carne. Muito raro compramos uma linguiça pra dar uma melhorada, porque ovo todos os dias fica ruim”. O café da manhã já não tem mais pão há muito tempo. A saída de Jesus tem sido fazer bolinhos de chuva para as filhas, mas sem leite e ovos. “Porque se eu colocar ovo, vai faltar pro almoço. E o leite não tem mesmo faz tempo”, afirma. As filhas estudam em escola pública e a família mora em casa própria. A família tem dois celulares – um é dividido pelas três meninas e o outro Jesus tem porque recebeu como parte do pagamento de um serviço. “Nem chinelo eu tenho. Fui comprar um pra mim, mas o da minha filha de 15 anos arrebentou, então fiquei sem pra dar pra ela. A luta está sendo grande”. Jesus não faz ideia de como a família vai se manter a partir de janeiro com o fim do Auxílio Emergencial em dezembro. O governo não prevê estender os pagamentos para o ano que vem e argumenta que, com a reabertura gradual da economia, as atividades serão retomadas e haverá menor dependência do benefício. O Auxílio Emergencial chegou a 29 milhões de lares brasileiros em outubro, ou 42,2% do total, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São quase 68 milhões de beneficiários, e os pagamentos superam R$ 265 bilhões. Veronica também está com dificuldade para conseguir um trabalho como faxineira ou cozinheira. A pensão onde trabalhava fechou por causa da pandemia. No dia da entrevista ao G1, Jesus não tinha nada para o café da manhã nem para o almoço porque o ovo e o arroz haviam acabado na véspera. “Só peço a Deus que essa situação melhore. O desespero já está aqui há muito tempo”, lamenta. 'Tem dias que não entra ninguém, e isso me preocupa muito' Andréia Camargo Flocco planejava abrir seu salão em março, mas foi impedida pela quarentena Marta Cavallini/G1 Andréia Camargo Flocco, de 44 anos, não tinha ideia de que teria de fechar seu negócio antes mesmo de abri-lo. A empresária planejava inaugurar seu salão de beleza em março, quando a quarentena entrou em vigor em São Paulo. “A abertura coincidiu com o primeiro dia do isolamento social, não foi possível nem inaugurar. Fui pega de surpresa. Nem por sonho imaginava que enfrentaria isso”, lembra. Mesmo com a flexibilização do isolamento e autorização para funcionar, Andréia tem enfrentado dificuldade para manter o estabelecimento aberto. Ela não conseguiu recuperar o investimento e ainda precisa bancar do próprio bolso os gastos fixos. “Está muito difícil, tenho mais despesas do que faturamento. O movimento tem melhorado um pouco, mas bem abaixo do esperado. Tem dias que não entra ninguém, e isso me preocupa muito. O que me faz persistir é a esperança de dias melhores”, diz. O setor de serviços foi justamente o mais atingido pela pandemia – ainda não recuperou o patamar pré-pandemia e continua mostrando recuperação mais lenta do que a observada no comércio e indústria. A retomada mais lenta do setor freia a economia como um todo, uma vez que é serviços tem o maior peso no PIB, de cerca de 75%. Para chamar a clientela, ela lançou mão de propaganda, promoções, indicação de amigos, mas o efeito não tem sido o suficiente para aumentar o movimento. A empresária está com dificuldade para conseguir uma manicure para o salão por causa do baixo movimento. Por outro lado, recentemente, ela contratou uma colaboradora para ajudá-la nos cortes, penteados e tingimento. “Eu tenho perspectiva de aumentar o movimento, com a vacina as coisas devem melhorar, mas espero que seja logo”, comenta. 'Graças ao teletrabalho, posso trabalhar em Guarulhos e conviver com meu marido' Joice Nascimento dos Santos viu sua qualidade de vida melhorar depois que passou a trabalhar em casa Arquivo pessoal Em home office desde o início da pandemia, Joice Nascimento dos Santos, supervisora de call center na operadora TIM, viu a sua qualidade de vida melhorar. Ela enfrentava a separação da família durante a semana: moradora de Guarulhos, na Grande São Paulo, ela passava a semana em São Bernardo do Campo para se deslocar mais rapidamente ao trabalho, que fica em Santo André. "Morava durante a semana na casa da minha mãe e só via meu filho nos finais de semana. Graças ao teletrabalho, posso trabalhar em Guarulhos e conviver e acompanhar o desenvolvimento do meu filho, além de me dedicar a cursos extras para o meu crescimento profissional. Fora a economia que tive nas viagens entre as duas cidades", conta. Apesar de pesquisas mostrarem que os profissionais estão tendo de arcar com as despesas de internet e luz e mobiliário adequado e trabalhar além da jornada estabelecida, houve aumento de produtividade, tanto em relação ao próprio desempenho quanto ao da empresa. E profissionais apontam aspectos positivos como ter mais tempo para a família, não ter que se deslocar para o trabalho e horário flexível. Joice diz que hoje se sente mais produtiva no trabalho. “Foi possível organizar melhor as demandas. As automações facilitaram a minha forma de gerir a equipe, acompanhar os indicadores, dar suporte e aplicar feedbacks”. Segundo a supervisora, a jornada de trabalho permaneceu a mesma em home office. “Consigo executar meu trabalho dentro do período combinado, incluindo os intervalos estipulados”. Em outubro, 7,6 milhões de pessoas – 9,6% da população ocupada – estavam em home office, segundo a última Pnad Covid-19 do IBGE. No entanto, a modalidade tem perdido força mês a mês desde o início da pandemia. Em setembro, eram 8,1 milhões de pessoas, ou 10,4% da população ocupada. A adesão das empresas ao home office, no entanto, fez disparar o número de ações nas Varas de Trabalho. Esse aumento se deve à falta de regras mais claras para a modalidade de trabalho, que leva insegurança jurídica tanto para empresas como para funcionários. 'Não fiquei com dívida, mas também não fiquei com nada' Leila Martinelli Divulgação A crise do novo coronavírus fez a empresária Leila Martinelli, de 30 anos, vender um buffet infantil da família em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo – mas não foi suficiente para ela desistir dos planos de empreender. Desde setembro, ela prepara e vende marmitas fit na região em que mora. Ex-bancária, Leila foi incumbida em 2016 de reerguer economicamente um buffet de 200 metros quadrados comprado pelo pai dois anos antes. Ao enxugar gastos desnecessários e dobrar o tamanho do estabelecimento, ela conseguiu passar de 190 festas por mês em 2018 para 300 no ano seguinte. “Vi quais eram os pontos falhos e como poderia reerguer o negócio. Como trabalhava em banco, tinha uma noção financeira”, disse. No mesmo período, Leila e sua esposa decidiram ter um filho. Por meio de uma inseminação artificial, tiveram gêmeas univitelinas. Com a chegada de 2020, contudo, veio a crise decorrente da Covid-19 que interrompeu o crescimento do buffet e assolou o negócio em contas atrasadas. “Decidi passar o buffet para frente em setembro. Não fiquei com dívida, mas também não fiquei com nada [em valor da empresa]”, contou ela. Para pagar as contas de casa junto com a esposa, Leila passou a preparar e vender marmitas fit, com alimentos naturais, desde setembro pela chamada “Deliciaria Kalu”. “O que mais deu certo nem foi o fato de ser fit, mas ser comida natural e caseira. Me inspirei na minha avó. A gente comia muita verdura porque não tinha dinheiro para comprar carne”, lembrou ela. Com apenas quatro panelas em sua produção domiciliar, a ex-bancária calcula ter vendido 500 marmitas apenas em novembro. Na primeira semana de dezembro, foram 130. Cada uma custa R$ 14,50. Para formalizar a empresa em 2021, ela avalia abrir um MEI (Microempreendedor Individual) e integrar a irmã, que estudou gastronomia, no negócio. “Para começar a fazer as marmitas, usei o vale refeição da minha esposa. Tive lucro de 100% e devolvi o dinheiro para ela. Agora, queremos juntar dinheiro para dar um canto para a Kalu”, afirmou. Segundo o Ministério da Economia, até 5 de dezembro foram realizados mais de 11 milhões de registros de MEIs no Brasil — regime tributário simplificado, com isenção de alguns impostos, criado em 2009 para incentivar e facilitar a formalização de pequenos negócios e de trabalhadores autônomos como vendedores, cabeleireiros e professores particulares. Levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de outubro, contudo, mostrou que o Brasil fechou mais empresas do que abriu pelo 5º ano seguido. Entre 2014 e 2018, o país perdeu cerca de 382,5 mil empresas, o que implicou na perda de 2,9 milhões de trabalhadores assalariados. 'Juntamos as necessidades de todos' Marcelo Piazera, da Fórmula Animal, reuniu franqueados para negociar pedidos com fornecedores Divulgação Apesar do isolamento social, Marcelo Piazera, de 38 anos, CEO da rede de farmácias de manipulação Fórmula Animal, teve de se aproximar ainda mais de seus 76 franqueados distribuídos pelo Brasil a partir do terceiro trimestre. Com a desvalorização do real frente ao dólar, grande parte dos insumos farmacêuticos da rede — de origem chinesa, europeia e norte-americana — seria reajustado, causando um efeito cascata nos preços aos consumidores. Para tentar frear esse aumento, Piazero passou a reunir os pedidos de matéria-prima e embalagens de todos os franqueados para garantir mais poder de barganha com os fornecedores. “Conversamos com a rede e juntamos as necessidades de todos. Verificamos também quem tinha caixa e juntamos um valor em dinheiro para adiantar uma compra considerável para passar por esse momento de crise”, explicou o empresário catarinense, que também utilizou benefícios públicos, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Com a estratégia de compra integrada entre as unidades, a rede de farmácias conseguiu adiantar boa parte das compras e evitar o repasse de custos aos clientes. “A gente não consegue comprar tudo, obviamente. Selecionamos os produtos mais utilizados e os de maior valor. Infelizmente, nas unidades em que os insumos já acabaram, foi necessário comprar com preço reajustado”, explicou. O real é a moeda que mais perdeu valor em 2020, seguida pela lira turca e pelo rublo russo, segundo dados atualizados até 30 de novembro por Claudia Yoshinaga e Henrique Castro, da Fundação Getulio Vargas (FGV). A que mais ganhou valor no período foi a coroa sueca. Até 8 de dezembro, o dólar acumulou valorização de 27% em relação ao real. 'Descobri que dá para transformar a tristeza em produtividade' Harianne Barros criou a marca de antepastos delivery Um Teco de Sabor durante a pandemia Divulgação/Gustavo Porto Cozinhar e atender o cliente sempre foram as atividades favoritas da publicitária Harianne Barros, de 43 anos, proprietária da pizzaria Graminha, em Santos, no litoral paulista. Com o isolamento social, contudo, ela teve de fechar o salão do estabelecimento, que representava 70% do faturamento da empresa, e focar 100% no delivery. Deprimida não só pela crise, mas por não ter mais contato com o público, Harianne decidiu organizar um aniversário online para uma amiga e entregar entradas e antepastos na casa deles para a comemoração. A ideia despretensiosa deu certo e rendeu pedidos da família das colegas. Nascia, então, um novo negócio: o “Um Teco de Sabor”. “No começo da pandemia, perdi 80% da minha renda por causa do fechamento do salão. Em junho, voltamos a atender os clientes. Se houver uma nova restrição na região, poderei compensar a perda de faturamento de uma empresa pela demanda de entrega de antepastos da outra”, explicou a publicitária. De acordo com Harianne, a empresa começou com sete pedidos por final de semana e chegou a 40 no meio da pandemia. “As pessoas aprenderam a ficar em casa. Vejo uma tendência forte para o 'Teco' mesmo após o fim da pandemia”, afirmou a empresária. Os bons ventos também sopraram para a pizzaria, que se adaptou e agora tem no delivery 60% do faturamento – e corre menos risco de ser prejudicada pela pandemia. “O mais importante de toda essa mudança foi a parte emocional. "O Teco’ me deu um fôlego novo. Descobri que dá para transformar a tristeza em produtividade”, disse Harianne. Pesquisa “Pesquisa Pulso-Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas”, divulgada em outubro pelo IBGE, sugere que houve melhora dos impactos da pandemia sobre o funcionamento das empresas no país, como foi o caso da pizzaria Graminha. Entre a primeira e a segunda quinzena de agosto, caiu de 38,6% para 33,5% a proporção de empresas que relataram impactos negativos da crise sanitária e econômica sobre os seus negócios. Também houve melhora em relação às empresas que reportaram impacto pequeno ou inexistente, assim como entre as que apontaram ter percebido efeitos positivos – passou de 33,9% para 37,9%, e de 27,5% para 28,6%, respectivamente. 'Pensei que um dia alguém venderia parafusos pela internet. Então, que fosse eu' Paulo Schwarz digitalizou a Parafuso Fácil em 2019 e investiu em divulgação este ano para driblar a crise Divulgação Na avaliação do empresário Paulo Schwarz, de 46, não há produto de qualidade que não possa ser vendido à distância. Basta que a empresa ofereça as ferramentas e orientações necessárias para que o cliente faça suas compras. Fundador da Sipar Ferramentas, em Jaraguá do Sul (SC), Schwarz criou em novembro de 2019 o Parafuso Fácil, e-commerce de parafusos e outros elementos de fixação, como porcas e molas. O que ele não esperava era iniciar a divulgação do negócio em meio à pandemia — justamente com o fechamento da Sipar por conta do isolamento social. "Tenho uma equipe de 40 pessoas que teve de parar de trabalhar na loja física e, na época, foi para o novo site porque o centro de distribuição não parou de funcionar", lembrou ele. Para que os clientes consigam comprar os parafusos certos pela internet, o site oferece imagens de diversos ângulos de cada item, informações comparativas entre os modelos, tabelas explicativas sobre a função de cada produto e moldes com tamanhos em centímetros e polegadas. "Pensei que um dia alguém venderia parafusos pela internet. Então, que fosse eu. Existe um mercado enorme de eletricistas, mecânicos, marceneiros, entre outros profissionais, para comprar em nosso site", disse. Com pouco mais de um ano, o Parafuso Fácil conta com 15 mil itens à venda e fatura 10% do rendimento da Siper. Ambos não foram revelados pelo empreendedor. "A gente estava com a ferramenta certa, na hora certa." Pesquisa divulgada em outubro pela Robert Half mostrou que 41% dos executivos estão investindo em transformação digital, enquanto 31% estão focados em e-commerce como parte do redesenho de funções e estratégia de recuperação em função da Covid-19. Em agosto, levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou também que as empresas digitalizadas foram as que tiveram mais facilidade de honrar as dívidas durante a pandemia. VÍDEOS: veja novidades de economia
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2020, um ano vivido pelas telas
Ninguém vai ter muita saudade de 2020, mas reuniões online, carteira digital, a vida nas nuvens e outras tendências da tecnologia que 'salvaram' na pandemia seguirão nas nossas vidas. Retrospectiva 2020: relembre gafes e descuidos durante reuniões e eventos online Nunca ficamos tanto tempo em frente a telas ou dependemos delas como em 2020. O computador e o celular viraram nossos olhos, braços e pernas no isolamento pelo coronavírus. Ninguém escapou: das crianças em aulas online improvisadas, que aprofundaram desigualdades, ao vovô aprendendo às pressas como fazer chamadas em vídeo para matar a saudade. E levante a mão quem não cometeu uma gafe na reunião virtual. Onde havia mais renda e a possibilidade de ficar em casa, foi a internet que abasteceu as famílias não só com delivery de comida, mas de tudo – até as vendas de notebooks aumentaram, junto com itens que ajudaram a montar o tal "home office" às pressas. Mas… um esperado fim da pandemia em 2021 não vai mudar o curso desses movimentos – eles já existiam, só foram acelerados. Veja abaixo como 7 tendências de 2020 devem continuar tendo impacto na sua vida digital, segundo especialistas ouvidos pelo G1. 1) Videconferência: amor e ódio Initial plugin text Sim, as reuniões virtuais geraram memes divertidos e também situações constrangedoras. E, mesmo que depois que todo mundo passou a fugir dos "happy hours" online, as videochamadas continuaram sendo fundamentais para estudo e trabalho – isso porque o home office também veio para ficar (veja mais abaixo). “(Videoconferência) Foi a tecnologia que mais ajudou a passar pelo período – se não fosse, estaríamos em outro momento em termos de economia", diz Paulo Ossamu, diretor-executivo de Tecnologia da consultoria da Accenture. QUEM SE DEU BEM: O Zoom, um aplicativo nem tão conhecido antes da pandemia, viu sua receita crescer 355% no 2º trimestre de 2020. Google, Facebook e Microsoft, dona do Skype, tiveram de correr atrás para tentar equilibrar a disputa pelas videochamadas. O fundador do Zoom, o bilionário sino-americano Eric Yuan, foi eleito pessoa de negócios do ano pela revista “Time”. COMO FICA: Se "happy hours" virtuais e lives de música já saíram de moda, reuniões de trabalho online e cursos remotos seguirão em alta. Os atendimentos médicos também irão mais nesse caminho. 2) 'Home office': oportunidade e improviso O publicitário Fernando Ribeiro, que agora faz home office por causa da pandemia, teve de improvisar o trabalho na mesa de jantar e agora sente dores Arquivo pessoal Muita gente teve de improvisar às pressas o "home office" na mesa da sala ou da cozinha quando companhias decidiram deixar os funcionários em casa como prevenção à Covid. Home office foi adotado por metade das classes A e B Tábua de passar vira escrivaninha no home office A pandemia amadureceu uma ideia que já estava no ar. "Achávamos que iria demorar de 3 a 5 anos para as empresas adotarem o trabalho à distância de forma ampla", observa Ossamu, da Accenture. As empresas enxergaram o lado positivo: seus negócios continuavam sendo feitos mesmo com os escritórios vazios – e isso também gerava economia, destaca Márcia Ogawa, sócia-líder de tecnologia da consultoria Deloitte. O teletrabalho também deu oportunidades para empresas contratarem profissionais que não moram em grandes centros urbanos – às vezes nem no mesmo país. QUEM SE DEU BEM: As vendas de notebooks subiram 18% neste ano, segundo projeção da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Em contrapartida, as de smartphones devem cair 5%. No Mercado Livre, a venda de cadeiras de escritório saltou 1.362% de março a junho em relação ao mesmo período do ano anterior. Foi bom para todo mundo? Não. Um estudo nos Estados Unidos apontou que trabalhadores passaram a relatar mais problemas de bem-estar mental e físico, principalmente as mulheres e os que ganhavam menos. “Ao trabalhar através da tela, existe um excedente de trabalho, a pessoa tem que estar sempre disponível”, aponta Cristiano Nabuco, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). COMO FICA: "Pode ser que nem todo mundo se sinta bem trabalhando em casa. Isso precisa ser levado em conta na hora de desenhar qual vai ser o modelo pós-pandemia", diz Oliver Kamakura, sócio de consultoria em gestão de pessoas da EY Brasil. A tendência é que seja adotado um modelo híbrido de trabalho, com parte dos funcionários em casa e outros no escritório – ou com rodízios, afirmam os especialistas. 3) Delivery de tudo Entregadores de aplicativo fizeram protestos em São Paulo e outras capitais em julho Anderson Lira/Framephoto/Estadão Conteúdo Quem nunca comprou online passou a comprar. Os grandes varejistas comemoraram; os médios e pequenos tiveram de se adaptar ao comércio eletrônico para sobreviverem. Vendas online surpreenderam supermercados 'Unicórnios' brasileiros contam como reagiram à crise As plataformas de delivery também explodiram em popularidade, mas isso pressionou os entregadores, que organizaram um protesto em diversas cidades por melhores condições de trabalho. QUEM SE DEU BEM: O faturamento de lojas online teve a maior alta em 20 anos, no 1º semestre, segundo a Ebit/Nielsen. Destaque para beleza e perfumaria, móveis e eletroportáteis. 7,3 milhões de brasileiros compraram pela internet pela primeira vez entre janeiro e junho, também segundo a consultoria. A gigante mundial Amazon triplicou o lucro líquido no 3º trimestre, para US$ 6,3 bilhões. Seu fundador, o americano Jeff Bezos, homem mais rico do mundo, se tornou a primeira pessoa a alcançar a fortuna de US$ 200 bilhões. COMO FICA: Uma pesquisa da Serasa divulgada em outubro apontou que um em cada quatro brasileiros estava cortando gastos desnecessários. Além da economia, a manutenção da boa fase do comércio online dependerá da satisfação do consumidor em relação à facilidade de encontrar produtos nas diversas plataformas, a preços competitivos e flexibilidade e qualidade de entrega, diz a Ebit/Nielsen. "O comércio passará também a oferecer mais experiências híbridas, como compre no site e retire na loja, ou conheça na loja e compre pelo site", aponta a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm). 4) Pagamentos digitais PIX foi lançado em setembro. Guilherme Rodrigues/Myphoto Press/Estadão Conteúdo Não só se comprou mais online, como aumentaram as formas pagamentos. O uso de QR Code e da opção "contactless", que permite pagar somente encostando o cartão de crédito ou celular na maquininha, ganhou mais espaço em 2020. Em setembro, o Banco Central lançou o PIX. A carteira digital "deu acesso a pessoas não bancarizadas", observa Paulo Ossamu, da Accenture. QUEM SE DEU BEM As fintechs atraíram clientes durante a pandemia, parte deles impulsionada pelo recebimento do auxílio emergencial. O Mercado Pago diz que 7,3 milhões de beneficiários abriram uma conta para usar o dinheiro depositado na Caixa. No Nubank, mais de 720 mil clientes resgataram o benefício pela conta digital. O PicPay vinha abrindo cerca de 500 mil contas mensalmente. A partir da segunda metade de março, o isolamento social fez esse ritmo subir seis vezes, disse o presidente da empresa, Gueitiro Genso à Reuters. Segundo Genso, pequenos negócios, como bares e restaurantes, um dos segmentos mais diretamente atingidos pela política de distanciamento, passaram a recorrer mais a pagamentos digitais. COMO FICA: "Muita gente foi forçada a usar o online (nas compras). As plataformas se profissionalizaram e deram mais segurança”, afirma Márcia Ogawa, da Deloitte. Mas "existem camadas da população, como os idosos, que não conseguem se acostumar", completa. 5) Tudo na nuvem Uso da nuvem exige conexão constante com a internet. Altieres Rohr/G1 O "home office" e o salto das compras online também aceleraram o armazenamento de dados e processamento em nuvem pelas empresas. "90% das empresas já vinham usando, só que tinham apenas de 20 a 30% dos seus sistemas na nuvem. Com tudo o que aconteceu na pandemia, estamos vendo que agora elas devem jogar 80%", diz Paulo Ossamu, da Accenture. QUEM SE DEU BEM O gasto com esse tipo de serviço no 3º trimestre de 2020 foi 32,5% maior do que o mesmo período do ano passado, segundo estimativa da empresa de análise Canalys. As três grandes empresas que oferecem armazenamento e processamento na nuvem cresceram no 3º trimestre de 2020, comparado com o ano anterior. A líder Amazon Web Services teve alta de 29%; a Azure, da Microsoft, 48%; e o Google Cloud, 45% COMO FICA Cada vez mais abrangente, o armazenamento em nuvem ainda enfrenta desafios como os vistos quase no fim do ano, com a breve pane mundial no Google e o problema de refrigeração no data center da IBM que tirou do ar diversos serviços, inclusive o aplicativo Caixa Tem. Por que você deve se preparar para quedas em serviços online 6) Redes sociais em xeque Donald Trump em Las Vegas, em 18 de outubro de 2020. Presidente dos EUA teve diversas publicações nas redes sociais marcadas ou removidas. REUTERS/Carlos Barria As redes sociais se deram bem com a vida virtual forçada pela pandemia. Mas também continuaram na mira dos que pedem regulação. Além do coronavírus, dois eventos marcantes de 2020 aumentaram a cobrança sobre moderação de conteúdo: as eleições americanas e a morte de George Floyd. No primeiro, as queixas principais foram quanto à circulação de dados falsos nas redes, ainda na campanha. E o caso Floyd levou a um boicote de grandes anunciantes contra a disseminação de discursos de ódio. Sob pressão, as empresas começaram a agir: O Twitter adicionou um selo com sugestão para seguidores "checarem os fatos" em publicação de Donald Trump em maio. Meses depois, a rede social bloqueou temporariamente a conta do presidente dos EUA por desinformação sobre Covid. Posts de Trump que contestavam os resultados das eleições também receberam alertas no Twitter e no Facebook. O americano não foi o único presidente a ter conteúdos removidos: posts de Jair Bolsonaro foram excluídos do Twitter, Facebook e Instagram por violação de regras. O Facebook também removeu uma rede de contas falsas relacionada ao PSL e a gabinetes da família Bolsonaro por "comportamento inautêntico". Nas eleições municipais no Brasil, WhatsApp, Facebook, Instagram, Google, YouTube, Twitter e TikTok fecharam parcerias com TSE para diminuir a circulação da desinformação. COMO FICA A automatização virou desafio das empresas de tecnologia na moderação de conteúdo. Com o isolamento, muitos funcionários passaram a trabalhar à distância, e o uso desses sistemas cresceu. "Existem questões de capacidade dessas ferramentas (de moderação), se elas são capazes de distinguir contexto", destaca a pesquisadora de políticas da digitalização Clara Iglesias Keller. Para a pesquisadora, esse tema se relaciona com a discussão sobre o monopólio das grandes empresas de tecnologia. Em 2020, foram abertos processos contra Google e Facebook nos EUA por práticas anticompetitivas, mas as ações judiciais devem seguir durante anos até um desfecho. "As plataformas têm um grande poder de controlar o que pode ou não ser colocado (online), e isso acontece também porque possuem muito poder econômico", observa Clara. 7) Cansaço real do virtual Vídeochamadas diminuíram as distâncias, mas olho no olho é insubstituível. Prefeitura de Pato Branco/Divulgação Tanta tecnologia salvou, mas também cansou. O Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria da USP tem recebido mais pedidos de ajuda por conta do uso excessivo de tecnologias. “Cada vez mais está havendo um descontrole do uso [da internet] porque agora existe uma justificativa para isso. Mas as pessoas não aguentam, isso cria uma saturação mental”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco, que coordena o grupo. COMO FICA A necessidade de estar online não vai desaparecer, mas não substituirá o “olho no olho”. “Ao interagir pessoalmente com uma pessoa, o cérebro utiliza outros sinais, além da fala, para entender a mensagem. Faz isso de maneira automática, analisando os gestos, o tom de voz, sem exaustão. Na internet, é preciso uma superatenção e a tendência é que a pessoa vá perdendo o foco e dispersando”, explica Nabuco. Agora é Assim?': uso da internet e qualidade de celulares e computadores devem melhorar Mas alguns hábitos das relações digitais vão ser absorvidos, diz Michel Alcoforado, sócio do Grupo Consumoteca. “Agora vamos saber dividir aquele tipo de relação que precisava ser levada para a vida real daquelas que se bastam no digital", afirma o antropólogo. "O novo normal não vai chegar, porque já o estamos vivendo. Lógico que voltaremos a ter facilidade de nos deslocar, mas não voltará a ser o que era." Initial plugin text VÍDEOS de tecnologia:
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8 empresas abrem vagas de emprego; veja lista
Via Varejo, Modec, Banco PAN, PwC Brasil, Serasa Experian, Avanade, Captalys e Zoop estão com processos seletivos abertos. As empresas Via Varejo, Modec, Banco PAN, PwC Brasil, Serasa Experian, Avanade, Captalys e Zoop estão com vagas de emprego abertas. Veja abaixo detalhes dos processos seletivos:
Veja mais vagas de emprego pelo país
Via Varejo
O Centro de Distribuição da Via Varejo, localizado em Jundiaí (SP), está contratando jovens talentos que estejam à procura do primeiro emprego. São 80 vagas para jovens com idades entre 18 e 22 anos, que estejam cursando ou acabado de concluir o ensino médio.
O trabalho envolve diferentes atividades administrativas como digitalizar e arquivar documentos, abrir e acompanhar chamados em geral, acompanhar cadastro de fornecedores, apoiar no lançamento de notas fiscais, entre outras.
Os contratos podem variar de 11 a 16 meses e incluem benefícios como vale transporte, cartão alimentação e acesso ao Centro de Qualidade de Vida e à Universidade Corporativa da Via Varejo.
Para mais informações e inscrição, os candidatos devem acessar o site de vagas: https://viavarejo.gupy.io/jobs/603242
Modec
A Modec estima abrir, até 2024, cerca de 600 novos postos de trabalho entre as áreas de Administração, Manutenção, Marinha, Produção e Onshore. Apenas para 2021, 85 novas vagas são projetadas. As vagas são destinadas ao segmento offshore e a funções administrativas no Rio de Janeiro, em Macaé (RJ) e em Santos (SP).
Para participar dos processos seletivos, os candidatos devem acessar a seção de carreiras no site www.modec.com/career/.
Banco PAN
O Banco PAN anuncia a abertura de processo seletivo online para mais de 300 vagas, disponíveis nas áreas de Banco Digital, Tecnologia, Controladoria & Compliance, Jurídico, Operações, Marketing e CRM. A remuneração varia entre R$ 3.700 e R$ 20 mil.
Os cargos vão de Analista Júnior a Gerente Executivo e as propostas incluem benefícios como home office, assistência médica e odontológica, vales refeição e alimentação, auxílio creche, seguro de vida, programa de parcerias, programa de participação nos resultados, Gympass e day off de aniversário.
Todas as vagas também são destinadas a pessoas com deficiência, que integrarão o programa de diversidade e inclusão do PAN.
Os interessados podem se candidatar pela página de carreiras do PAN, pelo LinkedIn ou via sites parceiros (Glassdoor, Indeed e Vagas.com).
PwC Brasil
A PwC Brasil abriu o Programa Nova Geração, com foco em Advisory, para atuar em áreas de Tecnologia, Segurança Cibernética, Proteção de Dados, Delivering Deals Values (DDV) & Deals Strategy, Consultoria de Negócios, Assessoria em transações (Deals), Forensics, Serviços de due diligence em transações e Operations.
A PwC oferece flexibilidade para trabalhar online. O candidato poderá optar por um escritório e uma área dentro das linhas de serviços disponíveis.
Podem se inscrever estudantes ou recém-formados em Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Economia, Estatística, Cursos de TI, Engenharias e Psicologia e é preciso ter inglês a partir de avançado.
Além disso, é preciso ter disponibilidade para trabalhar 40 horas semanais – se estiver cursando a universidade em período que não o noturno, é necessário ter disponibilidade para alterar o horário de estudo para este período.
Entre os benefícios estão tíquete alimentação e refeição, vale transporte, assistência médica e previdência privada.
Inscrições podem ser feitas no site https://atsglobe.com/hotsite/novageracaopwc2021 até 11 de janeiro de 2021.
Serasa Experian
A Serasa Experian abriu 40 vagas para o seu programa de Jovem Aprendiz nos escritórios de suas principais unidades em São Paulo e São Carlos, no interior do estado. Qualquer pessoa de 16 a 24 anos, matriculada no ensino médio regular ou técnico ou que já tenham finalizado o curso em escola pública pode se candidatar (no caso de pessoas com deficiência não há limite de idade e nem de tempo de formação).
O cadastro do currículo poderá ser feito até o dia 8 de janeiro de 2021, pelo link aprendiz.espro.org.br/cadastrocurriculo. É necessário utilizar o código SERASA2021 no campo “Campanha de Parceiros” do formulário para sinalizar que deseja participar do processo seletivo da Serasa Experian.
O salário mensal do programa é de R$ 1.175,00, além de benefícios, como vale-transporte, vale-refeição e assistência médica e odontológica no modelo de coparticipação.
A Serasa Experian também vai proporcionar aos jovens, em caso de trabalho remoto durante a pandemia, todo o equipamento necessário para realização das atividades, como notebook, kit ergonômico e cadeira de escritório. O programa prevê quatro dias de trabalho para a empresa e um dia de capacitação teórica e troca de experiência com os demais jovens, sendo 6 horas por dia.
Avanade
A Avanade abriu inscrição para o programa de estágio, que oferece 80 vagas. Os interessados podem se cadastrar neste link até dia 18 de dezembro.
As vagas são para estudantes de graduação das cidades de São Paulo e do Recife.
Os candidatos serão selecionados por meio do Decola DEV, programa de treinamento focado na área de desenvolvimento de software, que disponibilizará 5 mil bolsas de estudos gratuitas para os universitários.
Os alunos que apresentarem melhor aproveitamento ao longo do treinamento serão selecionados pela Avanade para o preenchimento das oportunidades. Do total de chances disponíveis, 70% serão voltadas às mulheres. A iniciativa tem o objetivo de estimular a diversidade de gênero na área de tecnologia.
Captalys
A Captalys abriu as inscrições para o seu Programa de Estágio 2021, com 30 vagas em diversas áreas na sede da empresa, em São Paulo.
Poderão participar do processo seletivo estudantes a partir do 5°semestre de diversos cursos das áreas de Exatas e Humanas, que tenham disponibilidade para estágio de até dois anos.
Os cursos são: Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Design Gráfico, Direito, Economia, Engenharias, Estatística, Física, Marketing, Matemática, Publicidade e Propaganda e Tecnologia da Informação.
O processo de seleção será realizado de forma 100% online e os candidatos escolhidos irão começar o estágio em fevereiro de 2021, num modelo híbrido, trabalhando parte do tempo no escritório e parte em home office.
Os pré-requisitos desejáveis são: conhecimento de Pacote Office, inglês ou espanhol, além de disponibilidade para carga horária de seis horas por dia.
Os selecionados terão os seguintes benefícios: bolsa-auxílio compatível com o mercado, vale refeição, vale transporte ou vale combustível.
As inscrições podem ser feitas pelo site https://captalys.gupy.io/jobs/611634 até 31 de dezembro.
Zoop
A Zoop está com mais de 50 vagas abertas. Algumas posições são para integrar times totalmente remotos e, por isso, aceitam candidatos de todo o Brasil, e outras são para equipes alocadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A maioria das oportunidades é para área de tecnologia, em funções como desenvolvimento backend, desenvolvimento fullstack, Cloud, Python e UX.
Além da remuneração compatível com o mercado, as vagas incluem benefícios como vale-transporte, vale-refeição, assistência médica, seguro de vida e flexibilidade de horários.
Para conhecer mais detalhes sobre as vagas e se candidatar, os interessados devem acessar https://zoop.com.br/vagas/ .
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Viracopos registra 7º aumento seguido de passageiros e perda acumulada no ano cai para 38%
Dados da concessionária mostram que 754,4 mil viajantes passaram pelo aeroporto de Campinas (SP) em novembro. Terminal de cargas tem segundo melhor resultado do ano; veja detalhes. Viracopos recebeu 754,4 mil viajantes em novembro Aeroportos Brasil Viracopos Viracopos teve em novembro aumento do fluxo de passageiros pelo sétimo mês seguido, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (14) pela concessionária administradora do aeroporto. Em meio aos reflexos da pandemia, o total de 754,4 mil viajantes é o terceiro melhor resultado desde janeiro, o que fez a perda acumulada do ano, no comparativo com 2019, diminuir de 41,4% para 38,9%. O levantamento da Aeroportos Brasil Viracopos mostra que o total de passageiros representa uma queda de 12,9% em relação aos 867 mil registrados no mesmo período de 2019. Entre os viajantes contabilizados pela concessionária, 738 mil fizeram viagens domésticas, enquanto outros 15,5 mil embarcaram ou chegaram de destinos internacionais por meio do terminal em Campinas (SP). Antes da pandemia, o aeroporto registrou uma série marcada por altas consecutivas entre julho de 2018 até fevereiro de 2020, comparando-se cada mês com o mesmo período do ano anterior. O terminal aguarda o processo de relicitação para sanar dívidas que somam R$ 2,88 bilhões. O governo federal prevê realizar novo leilão do aeroporto no 3º trimestre de 2021. Justiça encerra processo de recuperação judicial do Aeroporto de Viracopos PGR apura relação de Wassef e concessionária que mantém contrato com governo Voos em novembro Passageiros domésticos 2019 – 791.773 2020 – 738.838 Passageiros internacionais 2019 – 75.262 2020 – 15.581 Total de viajantes 2019 – 867.035 2020 – 754.419 Acumulado 2019-2020 Passageiros domésticos 2019 – 8.815.631 2020 – 5.593.654 Passageiros internacionais 2019 – 873.890 2020 – 326.037 Total de viajantes 2019 – 9.689.521 2020 – 5.919.691 Terminal de cargas De acordo com a concessionária administradora do aeroporto, o terminal alcançou em novembro o segundo maior fluxo de movimentação de cargas no ano: foram 25,5 mil toneladas considerando-se as operações de importação, exportação, carga nacional e remessas expressas (courier). O resultado significa acréscimo de 31% no comparativo com o mesmo período de 2019. Já o acumulado do ano chega a 233,7 mil toneladas, alta de 14,2% em relação ao saldo do ano anterior. O recorde mensal deste ano, até o momento, foi em outubro, quando a soma chegou a 27,8 mil toneladas. Em nota, a Aeroportos Brasil Viracopos frisou que a estrutura está entre as mais importantes para a logística e abastecimento do Brasil, sobretudo nos segmentos das indústrias farmacêutica, de tecnologia, alimentícia, autopeças, vestuário, química e, calçados. Terminal de cargas em Viracopos Aeroportos Brasil Viracopos Ações na pandemia Em nota, a Aeroportos Brasil Viracopos destacou que adotou uma série de ações para minimizar a propagação do novo coronavírus diante do cenário de retomada de voos pelas companhias aéreas. Ela inclui instalação de uma câmera térmica de medição de temperatura, ampliação do processo de desinfecção das estruturas, colocações de pelo menos 130 suportes de álcool em gel nos terminais, estacionamentos e áreas administrativas, além de remodelação das sinalizações. Veja mais notícias da região no G1 Campinas.
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Bolsa da China sobe com dados positivos da indústria e injeção de liquidez
Produção industrial da China cresceu no ritmo mais forte em 20 meses em novembro. O índice de ações blue-chips (mais negociadas) da China fechou em alta nesta terça-feira (15), impulsionado por dados positivos da indústria e injeção de liquidez do banco central.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve alta de 0,21%, enquanto o índice de Xangai perdeu 0,06%.
Liderando os ganhos, o subíndice de saúde do CSI300 avançou 2,6%.
A produção industrial da China cresceu no ritmo mais forte em 20 meses em novembro, uma vez que a retomada dos gastos dos consumidores e o gradual afrouxamento das restrições contra a Covid-19 nos principais parceiros comerciais aumentaram a demanda pelos produtos do país.
A expansão da produção industrial acelerou a 7% em novembro na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostraram nesta terça-feira dados da Agência Nacional de Estatísticas. Isso ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters e acima do crescimento de 6,9% de outubro.
Já o banco central da China fez a sua maior injeção na história de fundos de médio prazo para sustentar a liquidez, depois de recentes defaults corporativos terem afetado a confiança do investidor e prejudicado novas emissões.
Na Europa, as ações eram negociadas em leve alta, com o otimismo resultante dos lançamentos de vacinas ajudando os investidores a deixar para trás o nervosismo inicial à medida que o aumento dos casos de Covid-19 resulta em restrições mais rígidas em todo o continente.
Veja as cotações de fechamento das bolsas da Ásia:
Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,17%, a 26.687 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,69%, a 26.207 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,06%, a 3.367 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,21%, a 4.945 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,19%, a 2.756 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,00%, a 14.068 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,05%, a 2.856 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,43%, a 6.631 pontos.
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PIS-Pasep 2020-2021: abono salarial é pago para nascidos em dezembro
Valor do benefício varia de R$ 88 a R$ 1.045, de acordo com a quantidade de meses trabalhados no ano-base 2019. Calendário de pagamentos se estenderá até 30 de junho de 2021. O abono salarial 2020-2021 começa a ser liberado nesta terça-feira (15) para os trabalhadores com direito ao benefício nascidos em dezembro. Este é o último lote do ano. Para os trabalhadores que não são correntistas da Caixa, o dinheiro foi depositado em poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Para quem já tem conta na Caixa, os créditos serão realizados nas contas existentes e os valores poderão ser movimentados com a utilização do cartão da conta, internet banking ou APP da Caixa. O valor do abono salarial varia de R$ 88 a R$ 1.045, de acordo com a quantidade de meses trabalhados durante o ano-base 2019. O PIS é destinado aos trabalhadores do setor privado e é pago na Caixa Econômica Federal. Já o Pasep é pago para servidores públicos por meio do Banco do Brasil. O calendário de saques do PIS-Pasep 2020-2021 se estenderá até 30 de junho de 2021. No caso do PIS (trabalhadores do setor privado), os pagamentos são feitos de acordo com o mês de nascimento do trabalhador. No Pasep (para servidores públicos), seguem o número final do benefício. Caixa começa a pagar abono salarial em poupança digital; entenda Calendário abono caixa Reprodução/Caixa Como funciona o Caixa Tem A movimentação da poupança social digital é feita pelo aplicativo Caixa Tem, com limite mensal de R$ 5 mil. O trabalhador pode realizar compras em estabelecimentos com o cartão de débito virtual e QR Code, por meio de maquininhas de cartão, e pagar contas de água, luz, telefone, gás e boletos em geral pelo próprio aplicativo. Os saques podem ser realizados nos terminais de autoatendimento, lotéricas e Correspondentes Caixa Aqui a partir da geração de token diretamente no app Caixa Tem. O token também pode ser gerado nas agências, com a apresentação de documento de identificação com foto. – Clique aqui para baixar o aplicativo para celulares Android – Clique aqui para baixar o aplicativo para celulares iOS (Apple) Caixa inicia nesta semana o pagamento de abono para trabalhadores inscritos no PIS PIS-Pasep 2020-2021 Quem nasceu nos meses de julho a dezembro (PIS) ou tem número final de inscrição entre 0 e 4 (Pasep) receberá o benefício ainda no ano de 2020. Já os nascidos entre janeiro e junho e com número de inscrição entre 5 e 9 receberão no primeiro semestre de 2021. Em qualquer situação, o recurso ficará à disposição do trabalhador até 30 de junho de 2021, prazo final para o recebimento. A Caixa vai disponibilizar cerca de R$ 15,8 bilhões para mais de 20,5 milhões de beneficiários do PIS até o final do calendário do exercício 2020/2021. Calendário do PIS Calendário de pagamento do PIS Reprodução Calendário do Pasep Calendário de pagamento do Pasep Reprodução/D.O.U. Qual o valor e quem tem direito? O valor do abono salarial varia de R$ 88 a R$ 1.045, de acordo com a quantidade de meses trabalhados durante o ano base 2019. Só receberá o valor total quem trabalhou os 12 meses de 2019. Tem direito ao abono salarial quem recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais com carteira assinada e exerceu atividade remunerada durante, pelo menos, 30 dias em 2019. É preciso ainda estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter os dados atualizados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Para saber se tem direito e como sacar Para sacar o abono do PIS, o trabalhador que possuir Cartão do Cidadão e senha cadastrada pode se dirigir aos terminais de autoatendimento da Caixa ou a uma casa lotérica. Se não tiver o Cartão do Cidadão, pode receber o valor em qualquer agência da Caixa, mediante apresentação de documento de identificação. Informações sobre o PIS também podem ser obtidas pelo telefone 0800-726-02-07 da Caixa. O trabalhador pode fazer uma consulta ainda no site www.caixa.gov.br/PIS, em Consultar Pagamento. Para isso, é preciso ter o número do NIS (PIS/Pasep) em mãos. Veja como localizar o número do PIS na internet Os servidores públicos que têm direito ao Pasep precisam verificar se houve depósito em conta. Caso isso não tenha ocorrido, precisam procurar uma agência do Banco do Brasil e apresentar um documento de identificação. Mais informações sobre o Pasep podem ser obtidas pelo telefone 0800-729 00 01, do Banco do Brasil. Abono salarial 2019-2020 Cerca de dois milhões de trabalhadores que não realizaram o saque do Abono Salarial do calendário anterior, finalizado em 29 de maio deste ano, ainda podem sacar os valores. O prazo vai até 30 de junho de 2021. A consulta do direito ao benefício, bem como do valor disponibilizado, pode ser realizada por meio do app CAIXA Trabalhador, pelo atendimento CAIXA ao Cidadão – 0800 726 0207 e no site http://www.caixa.gov.br/abonosalarial/. Assista as últimas notícias de economia
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