Lojas do shopping de Mogi das Cruzes e Suzano reúnem mais de 20 oportunidades nesta terça; veja lista
Os candidatos devem acessar as lojas de acordo com o descritivo ou procurar pessoalmente o Balcão de Informações. Shopping de Mogi das Cruzes reúne sete vagas de emprego nesta semana Fernanda Lourenço/G1 As lojas dos shoppings de Mogi das Cruzes e Suzano reúnem 21 oportunidades de emprego nesta terça-feira (15). Os candidatos devem acessar as lojas de acordo com o descritivo ou procurar pessoalmente o Balcão de Informações. As oportunidades são para as funções de Vendedor, coordenador, operador de caixa, ajudante de cozinha, atendente, chapeiro e professor de ginástica. Oportunidades em Mogi das Cruzes: Vendedora – Capodarte: acima de 22 anos com experiência e disponibilidade de horário. Deixar currículo na loja; Coordenador – Divino Fogão: acima de 25 anos, com experiência e disponibilidade de horário. Deixar currículo na loja ou encaminhar por e-mail mogidascruzes@divinofogao.com.br; Vendedor – Mobile Co: entre 18 e 25 anos, ensino médio completo, com ou sem experiência. Deixar currículo na loja; Operador de caixa – Divino Fogão: acima de 20 anos, com experiência e disponibilidade de horário. Deixar currículo na loja ou encaminhar para o e-mail mogidascruzes@divinofogao.com.br; Ajudante de cozinha – Divino Fogão: acima de 25 anos, com experiência e disponibilidade de horário. Deixar currículo na loja ou encaminhar para o e-mail mogidascruzes@divinofogao.com.br; Operadora de caixa – Polo Jack: maior de 18 anos, com experiência. Deixar currículo na loja; Auxiliar de cozinha – Risotto Mix: para período intermediário ou noturno. Deixar currículo na loja; O Mogi Shopping fica na Avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, 1001 e funciona das 10h às 22h. Para mais informações o telefone é (11) 4798-8800. Oportunidades em Suzano: Vendedor – Polo Wear: entre 20 e 27 anos, com experiência. Entregar currículo na loja ou pelo e-mail vagaspolosuzano@gmail.com; Gerente de loja – Polo Jack: com experiência e disponibilidade 6×1. Entregar currículo na loja ou enviar no e-mail curriculo@polojack.com.br; Vendedor – Polo Jack: com experiência e disponibilidade 6×1.. Entregar currículo na loja ou enviar no e-mail curriculo@polojack.com.br; Vendedor – Chilli Beans: entre 20 a 30 anos, com experiência e disponibilidade de horário. Entregar currículo na loja; Operadora de caixa – Pontal: entre 25 e 45 anos, com experiência de, no mínimo, 1 ano comprovado em carteira e disponibilidade de horário. Entregar currículo na loja; Vendedor – Pontal: entre 25 e 45 anos, com experiência e disponibilidade de horário. Entregar currículo na loja. Gerente – Vbeauty: entre 18 e 36 anos, com flexibilidade de horário. Entregar currículo na loja ou enviar no e-mail renan_araujo2015@hotmail.com; Vendedor – Tribo do Surf: homem, maior de 18 anos, com experiência e disponibilidade de horário. Deixar currículo na loja; Vendedor – Euphoria Modas: a partir de 18 anos, com disponibilidade de horário. Entregar currículo na loja; Professor de ginástica – Smart Fit: homem, entre 25 e 35 anos, com experiência e disponibilidade de horário. Entregar currículo na loja; Consultor de vendas – TIM: com disponibilidade de horário e experiência. Entregar currículo na loja; Gerente – Touti: mulher, entre 25 e 45 anos, com disponibilidade de horário. Entregar currículo na loja; Chapeiro/Churrasqueiro – O Campeiro: homem, experiência de, no mínimo, 1 ano com comprovação em carteira e disponibilidade de horário. Entregar currículo na loja; Assistente administrativo PCD – Claro: ter 25 anos de idade, com disponibilidade de horário. Entregar currículo na loja ou enviar no e-mail recrutamentoflexsuzano@gmail.com; O Suzano Shopping fica na Rua Sete de Setembro, 555 e funciona das 11h às 21h. Para mais informações o telefone é (11) 2500-7940. Assista a mais notícias:
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É possível descobrir quem é o responsável por um site na internet?
Tira-dúvidas comenta caso em que vítima de golpe quer descobrir informações sobre o endereço do site falso. Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.), envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com. A coluna responde perguntas deixadas por leitores às terças e quintas-feiras. ndereços de internet precisam ser registrados. Empresas registradoras mantêm um banco de dados com titulares de cada site, mas exposição de informações está limitada. Anna Maria Lopez/FreeImages A dúvida que o blog Segurança Digital está respondendo hoje pede por algumas informações de contexto. Embora trate de um assunto muito interessante para qualquer pessoa que use a internet – a possibilidade de descobrir quem é o responsável por um site –, muita gente não sabe como funciona o registro de endereços na web. Para que um endereço de internet funcione (como "g1.com.br"), ele precisa ser "registrado". Sem esse registro, só é possível acessar um site pelo endereço de IP. Em março, o Facebook anunciou uma ação contra a registradora de domínios NameCheap. De acordo com o Facebook, a NameCheap autorizou a concessão de endereços que violavam suas marcas e não forneceu informações sobre os titulares desses endereços. É aí que as coisas ficam complicadas. A parte que fica no final do endereço de um site, como ".com" ou ".net", é chamada de "TLD" ("domínio de topo", em inglês). Cada um desses sufixos tem regras próprias para o registro de endereços. Em muitos deles, o registro dos endereços é terceirizado para revendedoras, que são responsáveis por colocar os dados de quem solicitou o registro desse endereço – ou seja, o responsável pelo site. Esse serviço de consulta que permite identificar o dono de um endereço é chamado de "WhoIs" ("Quem é?", em inglês). Os dados do WhoIs são públicos, o que – em teoria – permite que qualquer pessoa saiba quem é o responsável por um site e obtenha informações básicas de contato. Basta digitar o endereço do site em um serviço de WhoIs compatível (normalmente, o da própria registradora). Uma leitora do blog, que foi vítima de um assalto seguido de um golpe por e-mail, tentou identificar o responsável pela página maliciosa, mas esbarrou no mesmo problema que o Facebook e não conseguiu as informações por meio do WhoIs. Confira a pergunta: Eu fui assaltada e levaram meu celular. Eu estava conseguindo rastrear o aparelho, porém recebi uma mensagem do "suporte" da Apple confirmando o sumiço do celular e que eles iriam me ajudar. Mas era um golpe! Entrei no site que me enviaram, coloquei minhas informações e eles conseguiram desbloquear e acessar tudo. A minha dúvida é: como eu posso acessar os dados (pessoais, e-mail,…) do domínio? O site da NameCheap não fornece essas informações. Eu preciso de algum dado pessoal sobre o domínio, se possível – visto que o próprio Facebook esteve em conflito com a empresa. Gostaria de saber se vocês podem me ajudar quanto a isso. – Thayane Bezerra Thayane, infelizmente, o serviço de WhoIs raramente fornece qualquer informação útil sobre os titulares ou responsáveis dos sites na internet. Desde que o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia entrou em vigor, em 2018, há um entendimento de que divulgar informações pessoais no WhoIs é uma violação de privacidade. Portanto, os dados ficam retidos pela maioria das registradoras que trabalham com endereços internacionais, como ".com", ".net" ou ".biz". A Icann – organização responsável por governar processos sobre endereços da internet – propôs um procedimento alternativo ao WhoIs chamado de SSAD (Sistema Padronizado para Acesso e Divulgação, na sigla em inglês). Porém, esse sistema simplesmente não está operando ainda. A situação atual é considerada "temporária". Página de consulta de titularidade de domínios brasileiros no Registro.br. Reprodução Dados disponíveis no Brasil O WhoIs brasileiro, que é mantido pelo Registro.br, ainda fornece dados úteis sobre os responsáveis pelos sites, incluindo o CPF ou CNPJ do responsável e um e-mail direto de contato. Como explicado, cada "sufixo" (domínio de topo ou de país) tem suas regras – e as brasileiras incluem a divulgação desses dados sobre os titulares dos sites. Caso você esteja procurando informações sobre uma loja, por exemplo, você também pode consultar os dados de cadastro do CNPJ (obtido no Registro.br, na Nota Fiscal de compra ou no próprio site, caso seja informado) no site da Receita Federal. Acesse o WhoIs do Registro.br e consulte a titularidade de sites terminados em ".br" Consulte informações sobre números do CNPJ na Receita Federal Como denunciar Hoje, em quase qualquer caso envolvendo um domínio estrangeiro, você não vai conseguir informações úteis consultando o WhoIs, pois a ferramenta ficou em uma situação legalmente insustentável. Por um lado, essa não foi uma grande perda – mas só porque a relevância do WhoIs já tinha sido prejudicada por serviços de "privacidade de registro", que escondem as informações dos titulares. Essa prática nunca foi combatida, deixando o WhoIs com muitos dados imprecisos. Na prática, Thayane, você deve procurar a polícia para relatar o ocorrido. A polícia pode proceder com a identificação dos responsáveis utilizando qualquer medida viável – incluindo solicitando dados à própria Apple (que terá informações sobre quem acessou sua conta e seu aparelho). A investigação não precisa se limitar aos dados do domínio, mas necessita de intervenção e autorização da Justiça. Se você recebeu um link de uma página falsa ou maliciosa, você pode denunciá-la ao Safe Browsing do Google para que ela seja incluída no filtro de segurança que é usado por vários navegadores, como Chrome e Firefox. Denuncie páginas maliciosas Com ou sem "WhoIs", qualquer site que busca estabelecer uma relação de confiança com seus visitantes deve ser transparente sobre seus responsáveis e incluir todas as informações que podem ser úteis para os visitantes. Dúvidas sobre segurança digital? Envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com Veja 5 dicas se segurança para a sua vida digital: 5 dicas de segurança para sua vida digital Veja mais vídeos com dicas de segurança digital
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BC diz que retomada da atividade pode ser ‘ainda mais gradual’ e indica que juro básico pode subir
Informações estão na ata da última reunião do Copom, quando os juros básicos foram mantidos em 2% ao ano. BC vê inflação ainda alta em dezembro, mas reafirma que 'choques atuais são temporários'. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou que, por conta dos riscos associados à pandemia do novo coronavírus, a economia pode apresentar uma "retomada ainda mais gradual" e indicou que pode voltar a subir a taxa básica de juros no futuro.
As informações constam na ata última reunião do comitê, realizada na semana passada, quando a taxa Selic foi mantida na mínima histórica de 2% ao ano. O documento foi divulgado nesta terça-feira (15).
Sobre o nível da atividade econômica, o BC avaliou que a "ressurgência" da pandemia no curto prazo, e o consequente aumento do distanciamento social em algumas das principais economias, devem "interromper a recuperação da demanda".
"No médio prazo, entretanto, os resultados positivos dos testes das vacinas, somados aos estímulos monetários e fiscais, podem implicar uma recuperação ainda mais robusta", acrescentou.
Segundo avaliação do Copom, os programas governamentais de recomposição de renda têm permitido uma retomada relativamente forte do consumo de bens duráveis e do investimento.
Porém, o comitê acrescenta que a pouca previsibilidade, associada à evolução da pandemia e ao "necessário ajuste dos gastos públicos a partir de 2021", "aumenta a incerteza sobre a continuidade da retomada da atividade econômica".
A última previsão do BC para o Produto Interno Bruto (PIB), feita em setembro, é de um tombo de 5% neste ano e de uma alta de 3,9% em 2021. Já economistas do mercado financeiro estimam, desde semana passada, uma retração de 4,41% em 2020 e uma expansão de 3,5% no próximo ano.
Alta de juros
Na ata de sua última reunião, o Copom mudou a comunicação sobre o chamado "forward guidance", mecanismo que impede aumento do juro básico da economia.
Antes, o BC avaliava que as condições para a manutenção da regra, entre as quais expectativas de inflação alinhadas às metas e manutenção do teto de gastos, estavam satisfeitas.
Na reunião da semana passada, porém, o banco informou que, "em breve", as condições para manutenção do mecanismo podem não ser mais atendidas.
Com isso, o BC indicou que a taxa Selic pode voltar a subir no futuro, como já espera o mercado financeiro.
Para os analistas dos bancos, a taxa Selic deve subir para 2,25% ao ano em agosto de 2021, para 2,5% em setembro, para 2,75% em outubro e para 3% ao ano em dezembro do próximo ano.
No entanto, o Copom afirmou que essa mudança de comunicação "não implica em uma elevação imediata da taxa básica de juros", já que a economia ainda precisa de estímulos monetários.
“No cenário de retirada do 'forward guidance', a condução da política monetária seguirá o receituário do regime de metas para a inflação, baseado na análise da inflação prospectiva e de seu balanço de riscos”, informou o BC.
Para 2021, ano no qual o BC passou a mirar as decisões, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%. Para 2022, a meta central é de 3,5%, e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado uma prévia da inflação oficial – pode oscilar entre de 2% a 5%.
No cenário com juros e câmbio estimados pelo mercado financeiro, o BC estimou que a inflação ficará em torno de 4,3% em 2020, e em 3,4% nos próximos dois anos.
Inflação alta em dezembro
De acordo com o Banco Central, os últimos resultados da inflação foram acima do esperado e, em dezembro, apesar da desaceleração prevista para os preços de alimentos, a "inflação ainda deve se mostrar elevada, com coleta extraordinária de preços de mensalidades escolares e transição para o mais elevado patamar de bandeira tarifária de energia elétrica".
"Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente", disse a instituição.
Por fim, o Copom avaliou que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia.
"O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia", afirmou.
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Tensões com China – mas também negócios – aumentam em dois anos de Bolsonaro
Em 2020, a fatia da participação chinesa nas exportações brasileiras, bateu recorde e chegou a 34,1%. Após um primeiro momento de incerteza, por conta do discurso de campanha de Bolsonaro, relação entre Brasil e China viveu período de relativa calmaria – que duraria pouco Reuters Em março de 2018, pré-candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro visitou a ilha de Taiwan, território autônomo considerado pela China uma província rebelde. O tour pela Ásia, feito com os filhos, gerou reação da embaixada chinesa em Brasília, que, em uma carta, afirmou ver a visita com "profunda preocupação e indignação". "Não só afronta a soberania e integridade territorial da China, como também causa eventuais turbulências na Parceria Estratégica Global China-Brasil, na qual o intercâmbio partidário exerce um papel imprescindível." Não seria a primeira nem a última provocação. Alguns meses depois, Bolsonaro criticou a relação comercial entre o Brasil e o país asiático, acusando a China de estar tentando comprar o país, e não do Brasil. Dois anos depois, entretanto, a fatia chinesa nas exportações brasileiras se ampliou e as empresas do país asiático continuam investindo no país, como apontam os dados compilados pela Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica) para a BBC News Brasil. A reportagem conversou com sinólogos, especialistas em relações internacionais, um economista e um ex-embaixador brasileiro na China para entender qual o saldo desses dois anos de relações bilaterais sob Bolsonaro e o que se pode esperar do próximo biênio. Uma montanha-russa diplomática Diante do discurso de campanha hostil, o governo Bolsonaro começou com muitas incertezas sobre a postura em relação à China, relembra o diplomata Marcos Caramuru, embaixador do Brasil na China entre 2016 e 2018. Passado um momento inicial de apreensão, contudo, veio uma relativa "calmaria", com a visita do vice Hamilton Mourão — a primeira oficial — e a reativação da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação), fórum de negociação comercial capitaneado pelos vices de ambos os países e que estava paralisada desde 2015. O próprio Bolsonaro foi à China em outubro de 2019 e, no mês seguinte, o presidente chinês, Xi Jinping, retribuiu a visita — "um momento importante, em que algumas arestas foram esclarecidas". O ano virou, entretanto, e dois eventos fizeram com que o caldo entornasse novamente. Com as eleições americanas no horizonte e o alinhamento do Brasil à política externa dos Estados Unidos, diz Caramuru, o presidente e a diplomacia brasileira voltaram a usar uma retórica agressiva contra a China — intensificada com a eclosão da pandemia de covid-19. "O governo chinês percebe que a ala mais radical começa a ter domínio quase total da política externa brasileira", diz Evandro Menezes, coordenador do Núcleo de Estudos Brasil-China da FGV Direito-Rio, professor da UFF (Universidade Federal Fluminense) e consultor do China Desk do Veirano Advogados. O especialista lembra do "mal estar" causado por um tuíte do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, ainda em março. Em uma comparação entre o momento atual e a tragédia nuclear de Chernobyl na década de 1980, o post insinuava que a China seria responsável pela pandemia. "Suas palavras são extremamente irresponsáveis e nos soam familiares. Aconselhamos que não corra para ser o porta-voz dos EUA no Brasil", dizia, em resposta, o perfil da embaixada da China na mesma rede social. O então ministro da Educação, Abraham Weintraub, também fez insinuações nesse sentido — o que motivou a abertura de um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) para apurar suposto crime de racismo. Daí em diante, as tensões se mantiveram, até o episódio mais recente, em novembro, em que o presidente afirmou que a China precisaria mais do Brasil do que o contrário e Eduardo Bolsonaro defendeu uma "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China". Mais uma vez, a embaixada respondeu o deputado pelo Twitter, e foi admoestado pelo chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, e pelo vice-presidente, que afirmaram que o país deveria ter usado "os canais diplomáticos" para se manifestar. Recorde de exportações e mais investimento direto Apesar da relação desarmônica, China e Brasil continuaram fazendo negócios nesses últimos dois anos. Em 2020, a fatia da participação chinesa nas exportações brasileiras, aliás, bateu recorde e chegou a 34,1%, considerando os dados em valor acumulados até novembro. É o maior percentual desde 1997, quando começa a série do antigo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), incorporado à pasta da Economia. Exportações para a China BBC Parte do desempenho, pondera Caramuru, é reflexo da guerra comercial travada entre EUA e China, que acabou abrindo espaço para que o Brasil vendesse mais soja para o país asiático. Para além da balança comercial, os investimentos diretos também se ampliaram. É o que sinalizam dados da Secretaria de Comércio Exterior (antigo Mdic) sobre anúncios de novos negócios e parcerias compilados pelo economista Luís Afonso Lima, presidente da Sobeet. As estatísticas oficiais consolidadas sobre o investimento direto por país no Brasil, divulgadas pelo Banco Central, não refletem perfeitamente a situação. O registro por país nas estatísticas do balanço de pagamentos considera a origem do capital, e não a nacionalidade do controlador do grupo que está fazendo o investimento. Isso acaba excluindo o investimento de uma empresa chinesa feita a partir de outra localidade, como os Países Baixos, onde pode estar instalada por razões tributárias. Os dados compilados pela secretaria, por sua vez, tentam contornar esse problema fazendo um apanhado dos comunicados emitidos pelas próprias companhias e por notícias na imprensa. Por conta disso, eles não captam eventuais mudanças nos valores ou mesmo desistências — mas ainda assim são um sinalizador de tendência importante, especialmente diante da escassez de informações consolidadas. De acordo com eles, em 2019 os investimentos anunciados por empresas chinesas no Brasil cresceram 30% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 19,6 bilhões. Lima chama atenção para o fato de que os dados não apenas indicam alta dos investimentos, mas também uma diversificação. Além de eletricidade e gás e indústria de transformação, que aparecem em praticamente todos os anos anteriores, há investimentos relevantes em "atividades profissionais, científicas e técnicas" e outros segmentos. "Costumava-se associar esses investimentos (chineses) à pauta de exportação, ao Brasil como fornecedor de produtos primários. Mas, quando a gente olha com uma lupa, percebe que não é verdade. Houve vários anúncios na área de tecnologia, informática, na indústria mecânica", destaca o economista. Jordy Pasa, mestre em Política Chinesa pela Universidade Renmin e editor sênior da plataforma Shumian, que reúne informações e análises de sinólogos brasileiros, destaca que, apesar de haver de fato uma diversificação, o perfil do investimento chinês no Brasil ainda é semelhante ao do restante da América Latina: é realizado por grandes corporações estatais engajadas com atividades de baixa e média intensidade tecnológica. Aí entram o agronegócio e os setores de infraestrutura, mineração e geração e distribuição de energia elétrica. "Qualificar os investimentos da China por aqui, aliás, deveria ser prioridade em Brasília", diz. Essa também é a avaliação de Evandro Menezes, que acredita que o Brasil vem perdendo uma oportunidade de atrair investimentos chineses em segmentos mais intensivos em tecnologia. No recém-aprovado plano quinquenal chinês — o 14º, que estabelece as diretrizes econômicas que vão nortear o período entre 2021 e 2025 —, a inovação é um dos grandes destaques, diz o professor. "A China vai investir muito em inovação, em ganho de eficiência." Análise: os conflitos nas relações entre Brasil e China Os limites da 'fartura' chinesa Outra tendência que aparece no plano e em relatórios do Partido Comunista Chinês é a concentração de parte dos investimentos dentro da própria China, na esteira do fortalecimento do mercado interno, diz Túlio Cariello, coordenador de análise e pesquisa do CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China). "Facilitando inclusive investimentos de fora para dentro", diz ele. Isso pode significar, no médio prazo, menos capital chinês disponível. Em um cenário em que os investimentos externos do país passam a ser mais seletivos, uma eventual indisposição com o Brasil pode levá-los a dar preferência a outros mercados. "Não significa que a China deixará de comprar soja do Brasil, mas que vai passar a comprar uma parte maior da Argentina como prevenção", ela exemplifica. Pelas próprias dimensões do comércio entre os dois países, um esvaziamento brusco nas relações com o Brasil é improvável, analisa Letícia Tancredi, mestre em História, Política e Bens Culturais pela FGV e editora da plataforma Shumian. E não é só da Argentina. A China tem comprado cada vez mais soja de países como Uruguai e Canadá, com um esforço crescente para expandir o leque de fornecedores, diz Lívia Costa, que também é editora da plataforma e mestre em Estudos Chineses pela Yenching Academy da Universidade de Pequim. "Com o crescente escrutínio sobre o desmatamento da Amazônia, ou o Brasil dá mais sinais de que a nossa soja, por exemplo, não é oriunda de zonas de desmatamento, ou vamos passar por tempos difíceis nos próximos 10-20 anos", ela avalia. Para além da relação bilateral, Tacredi elenca outro possível efeito adverso de médio e longo prazo: a perda de espaço para a China dentro da própria América Latina. Nesse sentido, ela lembra que, recentemente, o país asiático tornou-se o maior parceiro comercial de Chile e Argentina, ultrapassando o Brasil neste último. "Isso significa que perdemos espaço no mercado argentino, que é um destino estratégico para as exportações brasileiras, principalmente de industrializados." "Em período de instabilidade econômica e com empresas já enfrentando dificuldades devido à pandemia, abrir espaço para essa intensificação nas relações China-América Latina por conta de diferenças ideológicas é um tiro no pé", acrescenta. O embaixador Marcos Caramuru pontua que, de maneira geral, os chineses têm a visão de que a política externa brasileira hoje mimetiza muito a americana e reflete a posição de um grupo minoritário. "É uma conversa entre eleitores de direita, que tem conexão limitada com o resto da sociedade brasileira, com os que movem a economia, as elites de maneira geral." Essa percepção reforça a tendência chinesa de apostar no pragmatismo econômico. Ainda assim, em sua experiência pessoal com empresários e investidores do país, o diplomata diz não ter observado grande impulso para novos negócios. "Não acho que possa ser interpretado como um esfriamento das relações, mas vejo que existe entre as empresas chinesas um menor encorajamento para investimentos novos." Além do Banco dos Brics, uma iniciativa que já vinha sendo costurada em governos anteriores, e da retomada do diálogo da Cosban, o país fez pouco para estreitar as relações com seu principal parceiro comercial, acrescenta Evandro Menezes, da FGV. Do outro lado, a China fez alguns acenos, como a participação no megaleilão do pré-sal que naufragou em novembro de 2019. Após grande expectativa de participação de empresas estrangeiras, o consórcio entre Petrobras e a chinesa CNODC foi o único a fazer oferta. Conforme declarou na época o ministro da Economia, Paulo Guedes, a entrada da China no certame atendeu a um pedido feito pelo presidente Bolsonaro. O grande tema da relação Brasil-China em 2021 Tanto Menezes quanto Caramuru citam o leilão do 5G marcado para 2021 no Brasil como um dos eventos mais importantes no próximo ano no contexto da relação entre os dois países. Os EUA afirmam que a tecnologia chinesa, das empresas Huawei e ZTE, seria instrumento de espionagem usado pelo Partido Comunista e pedem que o Brasil vete o uso dos produtos pelas companhias de telefonia que vencerem o certame. A China, por sua vez, nega as acusações e já declarou, por meio de seu embaixador no país, acreditar que o Brasil tomaria uma "decisão racional", emendando que o leilão serviria para que as empresas chinesas avaliassem a "maturidade" do país. A Huawei é a maior fornecedora de equipamentos para redes de telecomunicação do mundo Reuters/BBC "O leilão é o definidor do que será a relação Brasil-China nos próximos anos", diz Menezes. Caso o país opte por vetar a tecnologia chinesa, diz ele, perde a oportunidade de desenvolver "uma relação de alto perfil", mais centrada em inovação e tecnologia, os grandes focos do próximo plano quinquenal do país. "Vamos nos restringir a pequenas ambições", opina. O governo não deu uma resposta definitiva sobre o assunto e vinha evitando manifestar-se sobre ele — até o comentário do deputado Eduardo Bolsonaro no Twitter, acusando o uso do 5G por parte da China para fins de espionagem. Entre a paciência e pragmatismo Apesar da escalada de tensão e das respostas incisivas do embaixador às provocações nas redes sociais, a China não chegou, no decorrer desses dois anos, a retaliar o Brasil pela diplomacia de hostilidades. O que tem prevalecido é o conhecido pragmatismo chinês, que dá preferência aos interesses econômicos. Esse pragmatismo tem sido, entretanto, colocado à prova na esfera da geopolítica regional do país asiático. Após sequências reiteradas de atritos, as relações entre China e Austrália azedaram de vez, a ponto de o governo chinês elevar tarifas de importação de diversos produtos, de carne e vinhos a algodão e carvão. A Huawei, que viu os produtos relacionados ao 5G banidos do país, anunciou demissões em sua fábrica e cortou investimentos. Questionado se a Austrália de hoje poderia ser o Brasil de amanhã, Caramuru ressalva que há algumas particularidades na relação entre os dois países, que estão geograficamente próximos. A escalada de desentendimentos, que incluiu o 5G e um pedido de investigação na OMS sobre a origem do novo coronavírus (sob insinuações de que seria chinesa), envolveu também questões domésticas — acusações de tentativa de interferência chinesa nas eleições australianas, por exemplo. Menezes cita ainda os comentários de autoridades australianas em relação ao status de Taiwan. "Todos os países que entrarem nessa discussão vão ter problema", diz ele, lembrando que a unificação do país é uma das prioridades da China até 2049, quando será comemorado o centenário da revolução comunista. Jordy Pasa também destaca que o caso da Austrália tem características próprias "e não necessariamente se aplica a nós", mas pontua que é possível observar "algumas mudanças importantes na maneira como Pequim se engaja com o restante do mundo". "Desde uma retórica mais agressiva de Xi Jinping em se tratando de questões como as disputas no Mar do Sul da China até a postura mais ativa e por vezes até mesmo provocadora dos diplomatas do país, os próprios chineses vêm desconstruindo, em certa medida, o entendimento que por muito tempo houve de sua política externa como pragmática." Para Lívia Costa, é difícil imaginar uma reação chinesa semelhante à que acontece na Austrália. Ela poderia ser, entretanto, mais sutil: "Precisamos prestar especial atenção à exportação de produtos congelados que poderiam ser facilmente contaminados com o novo coronavírus, para evitar possíveis críticas de que estejam impróprios para o consumo". "A retaliação poderia vir daí. Estamos cutucando o dragão com vara curta." Essa possível inflexão se soma a outro ingrediente importante: a saída de Donald Trump da Casa Branca. Ainda que não se espere uma guinada radical da postura americana em relação à China, com Joe Biden há uma expectativa de maior estabilidade e de volta ao multilateralismo, com maior diálogo. Nesse cenário, diz Letícia Tancredi, o Brasil perde margem de manobra para "sustentar o tipo de embate que vem sendo empregado com a China no nível diplomático". "Nosso isolamento em arenas multilaterais será maior sem a aliança com o governo Trump, e é insustentável manter o tom ofensivo com dois dos nossos maiores parceiros comerciais em um contexto de dificuldades econômicas. Alguma flexibilidade na política externa do governo Bolsonaro será inevitável, resta saber para qual direção." "A questão que permanece", acrescenta Pasa, "é se também vamos mudar de tom, adotando uma abordagem que, ainda que substancialmente parecida, seja ao menos mais estável e tenha formato mais polido, ou se vamos insistir no conspiracionismo e nas ofensas abertas da era Trump". "Se for o caso, podemos acabar isolados e, portanto, mais vulneráveis caso se esgote o pragmatismo chinês diante das provocações de Brasília." Vídeos: veja últimas notícias de economia no Brasil e no mundo
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Veja as vagas de emprego disponíveis nesta terça (15) em Petrolina, Araripina e Salgueiro
As vagas são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Carteira de trabalho Divulgação/ Reprodução Foram divulgadas as vagas de emprego disponíveis nesta terça-feira (15), em Petrolina, Salgueiro e Araripina, no Sertão de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco e atualizadas no G1 Petrolina. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. O atendimento na Agência do Trabalho ocorre apenas com agendamento prévio, feito tanto pelo site da secretaria, quanto pelo Portal Cidadão. Petrolina Contato: (87) 3866 – 6540 Vagas disponíveis Araripina Contato: (87) 3873 – 8381 Vagas disponíveis Salgueiro Contato: (87) 3871-8467 Vagas disponíveis GR2 de sábado, 12 de dezembro
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Dólar opera em queda, alinhado ao exterior
Na segunda-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,55%, a R$ 5,1228. Notas de dólar Gary Cameron/Reuters O dólar opera em queda nesta terça-feira (15), alinhado ao cenário externo, com os investidores analisando a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e com maior otimismo no exterior em razão do início da vacinação conta a Covid-19 em vários países. Às 11h40, a moeda norte-americana caía 0,29%, a R$ 5,1081. Veja mais cotações. Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,55%, a R$ 5,1228. Na parcial do mês, passou a ter queda 4,19%. No ano, ainda registra alta de 27,76%. O BC fará neste pregão leilão de swap tradicional de até 16 mil contratos com vencimento em abril e setembro de 2021, destaca a Reuters. Saiba se é hora de comprar dólar Os EUA iniciaram hoje seu plano nacional de vacinação contra a Covid-19 Cenário local e externo No exterior, o início da campanha de vacinação nos Estados Unidos, a mais recente de um país ocidental, depois do Reino Unido, contribuía para uma melhora das expectativas em relação à recuperação da economia Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou a ata da sua última reunião, na qual avalia que a economia pode apresentar uma "retomada ainda mais gradual" e indicando que pode voltar a subir a taxa básica de juros no futuro. Continuava também no radar dos investidores a questão fiscal, que há meses têm sido apontada como um fator decisivo na disparada do dólar frente ao real no ano de 2020, assim como a taxa básica de juros em mínimas históricas. Em reuniões recentes com o presidente Jair Bolsonaro e líderes do Congresso, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, tem feito a avaliação de que o Brasil tem o primeiro semestre de 2021 para aprovar reformas e dar uma forte sinalização de que pretende enfrentar desafios fiscais, informa o Blog da Ana Flor. Assista às últimas notícias de economia ma Ibovespa opera em queda, após zerar aalta Variação do dólar em 2020 Economia G1
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Bovespa opera em alta nesta terça-feira
Na segunda-feira, o principal índice da bolsa de valores chegou a zerar perdas no ano, mas perdeu força e fechou em queda de 0,45%, a 114.611 pontos. O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta terça-feira (15), com os investidores de olho nos sinais de otimismo global e na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Às 11h41, o Ibovespa subia 0,70%, a 115.416 pontos. Veja mais cotações. Na segunda-feira, a Bolsa fechou em queda de 045%, a 114.611 pontos. Na máxima da sessão, porém, chegou a 115.740 pontos, zerando provisoriamente as perdas no ano. Na parcial do mês, o Ibovespa acumula alta de 5,29%. No ano, a perda é de 0,86%. Cenário local e global De pano de fundo, permanecem as expectativas atreladas aos programas de vacinação contra o coronavírus que começam a ser iniciados pelos mundo, bem como a continuidade de fluxo de capital externo para a bolsa brasileira. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou a ata da sua última reunião, na qual avalia que a economia pode apresentar uma "retomada ainda mais gradual" e indicando que pode voltar a subir a taxa básica de juros no futuro. O BC também reconheceu que a inflação em dezembro deverá ser alta apesar da trégua dada pelo preço dos alimentos. Continuava também no radar dos investidores a questão fiscal, que há meses têm sido apontada como um fator decisivo na disparada do dólar frente ao real no ano de 2020, assim como a taxa básica de juros em mínimas históricas. Em reuniões recentes com o presidente Jair Bolsonaro e líderes do Congresso, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, tem feito a avaliação de que o Brasil tem o primeiro semestre de 2021 para aprovar reformas e dar uma forte sinalização de que pretende enfrentar desafios fiscais, informa o Blog da Ana Flor. Com fim do Auxílio Emergencial e piora fiscal, país lida com incertezas para 2021 VÍDEO: Entenda a queda do Brasil no ranking mundial de IDH Variação do Ibovespa em 2020 G1 Economia VÍDEOS: Últimas notícias de Economia p
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Valor da produção agropecuária do Brasil em 2021 deve superar R$1 trilhão pela 1ª vez
Em destaque, o faturamento previsto para a soja é de R$ 328,6 bilhões; para o milho, de R$ 112,8 bilhões; e para carne bovina outros R$ 139,9 bilhões. Brasil exportou US$ 7 bilhões a mais em soja para a China em 2018. No primeiro semestre deste ano, houve queda em comparação com o ano passado, mas produtores esperam aumentar as vendas com o acirramento da guerra comercial Enrique Marcarian/Reuters O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Brasil pode alcançar o recorde de R$ 1,025 trilhão em 2021, estimou o Ministério da Agricultura na segunda-feira (14), em projeção preliminar que conta com bom desempenho tanto das lavouras quanto do setor de carnes no ano que vem. A expectativa é que a agricultura represente uma alta de 18,2% em relação a 2020, com R$ 707,7 bilhões. A produção pecuária deve avançar 10,7%, para R$ 317,5 bilhões. "Milho e soja continuam apresentando crescimento. Além desses, cacau, arroz, trigo, carne bovina e carne suína", disse a pasta em nota. Em destaque, o faturamento previsto para a soja é de R$ 328,6 bilhões; para o milho, de R$ 112,8 bilhões; e para carne bovina outros R$ 139,9 bilhões. Na área de grãos, a oleaginosa é beneficiada pela perspectiva de safra recorde em 2020/21 e firme demanda externa. O milho deve ter aumento de área plantada na segunda safra, em vista de elevados patamares de preço pagos pelo cereal. Já nas carnes – cujos VBPs podem atingir máximas históricas no bovino, suíno e no frango em 2021– segue a projeção de firme demanda externa vinda da China, em decorrência dos efeitos da peste suína africana nos plantéis do país asiático desde 2018. Apesar dos resultados gerais positivos, algumas culturas de ampla relevância para o agronegócio brasileiro têm queda no valor de produção previsto para 2021. É o caso do algodão, café, cana-de-açúcar e laranja. O algodão pode recuar 4,1%, para R$ 50,69 bilhões, com alguns produtores desistindo de plantar a pluma para apostar na soja ou no milho safrinha em 2020/21. Cana, café e a citricultura foram três atividades afetadas pela forte seca que atingiu as lavouras do país neste segundo semestre. O VBP do café está estimado em baixa de 5,8%, seguido pela retração na cana (3%) e na laranja (2,8%) O Ministério da Agricultura ainda estimou o VBP de 2020 em R$ 885,8 bilhões, alta de 15,1% no comparativo anual. As lavouras tiveram um acréscimo de valor de 19,2% e a pecuária, 7,3%. "O mercado internacional mostra-se atrativo devido à taxa de câmbio favorável e ao crescimento da demanda mundial de produtos da agropecuária", disse em nota o coordenador geral de Avaliação de Políticas e Informação da pasta, José Garcia Gasques. VÍDEOS: tudo sobre agronegócio
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Regulador da Irlanda multa Twitter em marco para o regime de privacidade de dados da UE
Rede social americana recebeu penalização de 450 mil euros por falha que tornou públicos alguns tuítes que deveriam ser privados. Aplicativo do Twitter em um smartphone. Thomas White/Reuters O órgão regulador de dados da Irlanda anunciou nesta terça-feira (15) uma multa de 450.000 euros ao Twitter por uma falha que tornou públicos alguns tuítes privados. Essa foi a primeira penalização contra uma empresa norte-americana no novo sistema de privacidade de dados da União Europeia. 2020, um ano vivido pelas telas: veja tendências que devem seguir O regime "One Stop Shop" do Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE (GDPR, na sigla em inglês) torna a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda o principal regulador do Twitter, Facebook, Apple e Google no bloco, devido à localização de suas sedes na UE. O GDPR está em vigor desde 2018, mas o caso do Twitter é o primeiro a usar o novo sistema de resolução de disputas sob o qual um regulador nacional toma uma decisão antes de consultar os outros reguladores locais da UE. Defeito no aplicativo A multa aplicada ao Twitter está relacionada a uma investigação de 2019 sobre um bug em seu aplicativo para o sistema operacional Android, no qual tuítes de alguns usuários que deveriam ser privados foram tornados públicos. A penalidade ocorreu devido à "falha do Twitter em notificar a violação a tempo para a DPC e uma falha em documentar adequadamente a violação", disse a Comissão de Proteção de Dados em comunicado. O Twitter afirmou que o atraso em relatar o incidente foi uma "consequência imprevista da contratação de funcionários entre o dia de Natal de 2018 e o dia de ano-novo" e que fez alterações para que futuros incidentes fossem relatados em tempo hábil. "Assumimos total responsabilidade por esse erro e permanecemos totalmente comprometidos em proteger a privacidade e os dados de nossos clientes, inclusive por meio de nosso trabalho de informar o público de forma rápida e transparente sobre os problemas que ocorram", disse o comunicado do Twitter. Veja os vídeos mais assistidos do G1
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De artilheiro a ministro, Martín Guzmán busca salvar economia argentina
Ministro da Economia da Argentina, no cargo há um ano, tem a reputação de ser um tecnocrata inabalável e progressista. Quando Martín Guzmán fazia um PhD em economia na Brown University dos Estados Unidos, ele e dois amigos argentinos formavam parte do time de futebol de seu departamento e chegaram à final do torneio. Perdendo de 1 x 0, o atual ministro da Economia da Argentina fez um gol de empate, mas se machucou, disse seu ex-colega de time, Martín Fiszbein, à Reuters. "Ele disse 'meu pé está me matando'. Eu lhe disse para conseguir um reserva. Ele me olhou e disse: 'De jeito nenhum'", contou Fiszbein. Guzmán fez um segundo gol que garantiu uma vitória de 2 x 1 e depois foi para o hospital, onde soube que tinha uma fratura dupla que exigiria uma cirurgia. O ministro da Economia da Argentina, Martin Guzman, em imagem de arquivo Remo Casilli/Reuters Hoje com 38 anos, Guzmán mantém o mesmo foco para seu novo desafio: administrar a terceira maior economia da América Latina. No cargo há um ano, ele tem a reputação de ser um tecnocrata inabalável e progressista – embora também seja acusado de intervencionismo às vezes – enquanto lida com uma reestruturação de dívida e uma recessão prolongada exacerbada pela Covid-19. Embora não faça mais gols, na maioria dos dias ele levanta de madrugada para uma corrida no parque, e acaba jantando no ministério na maioria das noites da semana. "O dia nunca termina de verdade", disse ele à Reuters. Enfrentando uma contração econômica que começou em 2018 e aumento da pobreza, Guzmán está tentando engendrar uma recuperação que espera começar na primeira metade de 2021. Na quinta-feira, depois de realizar uma videoconferência com o empresário Paolo Rocca, um dos homens mais ricos da Argentina, Guzmán visitou a fábrica têxtil "Azul e Amarelo", no polo industrial de San Martín, nos arredores da capital, para se encontrar com cerca de uma dúzia de chefes de pequenas e médias empresas. Alguns deles podem ter apoiado o ex-presidente de centro-direita, Mauricio Macri, e não votado no chefe de Guzmán, Alberto Fernández, do movimento peronista que conquistou a Presidência em 2019, uma guinada para a esquerda. O ministro e os líderes empresariais trataram de temas espinhosos, como a taxa de câmbio, impostos, os custo altos da força de trabalho e a reestruturação do fundo soberano que Guzmán negociou no ano passado – tudo de olho em 2021, quando ele espera uma expansão econômica de 5% na esteira da contração de quase 11% prevista por analistas particulares para este ano. Assista as últimas notícias de economia
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