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Disparam encomendas de robô brasileiro que alimenta suínos enquanto toca música clássica

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

A Roboagro, empresa de Caxias do Sul (RS) que vende a máquina, disse que os pedidos aumentaram, em média, 400% para 60 unidades por mês. Equipamento pode gerar uma economia anual de cerca de R$ 40 mil a cada lote de 1.000 animais. Roboagro, empresa de Caxias do Sul, vende um robô que alimenta os porcos enquanto toca música clássica Roboagro via Reuters A demanda por um robô brasileiro que alimenta suínos enquanto toca música clássica disparou neste ano, em um momento em que os criadores buscam cortar custos em meio à pandemia de Covid-19. A Roboagro, empresa de Caxias do Sul (RS) que vende o equipamento, disse que os pedidos aumentaram, em média, 400% para 60 unidades por mês. A máquina que alimenta os animais, acomodados em baias, garante que eles recebam a quantidade exata de ração em cada refeição. Enquanto avança entre os compartimentos, o robô toca música clássica, o que a empresa afirma aliviar o estresse dos porcos em fase de engorda. De onde vem: à frente dos carros, máquinas agrícolas já estão próximas da autonomia completa Roboagro, empresa de Caxias do Sul, vende um robô que alimenta os porcos enquanto toca música clássica Roboagro via Reuters O diretor da Roboagro, Giovani Molin, afirmou em nota que o robô reduz a presença de humanos nas criações de porcos, além de gerar dados que ajudam a melhorar o gerenciamento geral do rebanho. A ração corresponde por até 75% dos custos de produção de suínos, e cada centavo conta em meio a uma forte alta nos preços dos grãos, devido à demanda aquecida. Segundo a Roboagro, os produtores que utilizam a tecnologia podem melhorar o índice de conversão alimentar dos animais, aumentando o seu rendimento. O robô pode gerar uma economia anual de cerca de R$ 40 mil a cada lote de 1.000 animais, disse a empresa, em cálculo que não inclui custos de mão de obra. A Roboagro afirma que seu robô é utilizado em cerca de 500 granjas no Brasil, incluindo fornecedoras de grandes frigoríficos, como a JBS e a BRF, que enfrentaram surtos de Covid-19 em suas instalações. O Brasil, um grande produtor de proteína animal, aumentou o volume de exportações de carne suína em 40% nos dez primeiros meses deste ano. Esse comércio gerou 1,87 bilhão de dólares em receita, alta de quase 50%, diante da firme demanda chinesa. VÍDEOS: tudo sobre o agronegócio

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Bolívia propõe perdão da dívida externa diante da crise

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

Em abril, dívida externa pública do país alcançou US$ 11,6 bilhões, 27,3% do PIB boliviano. Luis Arce (à esquerda) e David Choquehuanca (à direita) tomam posse como presidente e vice-presidente, respectivamente, da Bolívia AFP A Bolívia propôs nesta quinta-feira (3) à comunidade internacional a mobilização de fontes de financiamento e o cancelamento da dívida externa para enfrentar a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, que no caso do país se soma a outros fatores internos. "Esperamos encontrar a devida compreensão e solidariedade da cooperação internacional. É imperativo mobilizar as diferentes fontes e instrumentos de financiamento e o perdão da dívida externa", disse o presidente da Bolívia, Luis Arce, em vídeo transmitido pela emissora de televisão estatal. O vídeo foi gravado durante a participação do presidente em uma assembleia das Nações Unidas com o tema "Unidos contra a Covid-19". Arce, herdeiro político do ex-presidente de esquerda Evo Morales (2006-2019), já havia manifestado em setembro, durante a campanha eleitoral, a ideia de não pagar a dívida externa por dois anos. Seu ministro da Economia, Marcelo Montenegro, disse em meados do mês passado que o governo administrará a suspensão temporária do pagamento de sua dívida. Em 30 de abril deste ano, a dívida externa pública alcançava US$ 11,6 bilhões, 27,3% do PIB, segundo dados divulgados pelo Banco Central da Bolívia (BCB). O presidente mencionou que a situação em seu país é difícil, por fatores internos que vão além do coronavírus, como a administração de sua antecessora por um ano, a direitista Jeanine Áñez. "A crise política de novembro de 2019 e a má gestão do governo de fato deterioraram a economia boliviana, situação agravada pela pandemia", argumentou Arce nas redes sociais. O presidente alertou em seu discurso que a economia boliviana "terá uma queda no PIB de 11,1%". Após assumir o cargo em 8 de novembro, ele descreveu a situação econômica do país como "patética", após estimar um déficit fiscal para 2020 de 12,1%. Desde março, a Covid-19 deixou na Bolívia mais de 8.900 mortos e mais de 144.900 infectados. Vídeos: Últimas notícias de economia

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Dasa compra grupo hospitalar Leforte por R$ 1,77 bilhão

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

Neste ano, empresa inaugurou o Hospital Águas Claras, em Brasília, e firmou acordo para compra do Grupo Carmo, que reúne dois hospitais no Rio de Janeiro. Leforte Morumbi Divulgação O grupo de saúde Dasa anunciou nesta quinta-feira a compra do grupo hospitalar Leforte por R$ 1,77 bilhão, fortalecendo sua entrada no setor de hospitais. O negócio inclui as unidades Morumbi, Leforte Liberdade e Hospital e Maternidade Christovão da Gama, além de clínicas gerais e uma especializada em pediatria. Neste ano, a Dasa já havia inaugurado o Hospital Águas Claras, em Brasília, e acordo para compra do Grupo Carmo, que reúne dois hospitais na cidade do Rio de Janeiro. Vídeos: Veja as últimas notícias de economia

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Auxílio Emergencial: Caixa paga nova parcela a 3,6 milhões nesta sexta

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

Pagamento é para trabalhadores fora do Bolsa Família nascidos em agosto. A Caixa Econômica Federal (CEF) paga nesta sexta-feira (4) mais uma parcela do Auxílio Emergencial a 3,6 milhões de trabalhadores que não fazem arte do Bolsa Família, nascidos em agosto. Entre os beneficiários, 3,5 milhões vão receber uma parcela do Auxílio Emergencial extensão, de R$ 300. Outros 100 mil ainda vão receber alguma das parcelas de R$ 600. Veja o calendário completo de pagamentos do Auxílio Emergencial Veja como serão os pagamentos de R$ 300 e tire dúvidas Saiba como liberar a conta bloqueada no aplicativo Caixa Tem Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL Confira as datas para o pagamento da nova fase do Auxílio Emergencial de R$ 300,00 A ajuda paga nesta sexta será creditada em conta poupança social digital da Caixa, que poderá ser usada inicialmente para pagamento de contas e compras por meio do cartão virtual. Saques e transferências para quem receber o crédito nesta sexta serão liberados no dia 18 de janeiro (veja nos calendários mais abaixo). VEJA QUEM RECEBE NESTA SEXTA: 200 mil trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em julho, recebem a próxima parcela de R$ 600: – aprovados que já receberam 4 parcelas recebem a quinta parcela; – aprovados que já receberam 3 parcelas recebem a quarta parcela; – aprovados que já receberam 2 parcelas recebem a terceira parcela; – aprovados que já receberam 1 parcela recebem a segunda parcela. 3,4 milhões de trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em julho, recebem a próxima parcela de R$ 300: – trabalhadores que já receberam as 5 parcelas de R$ 600 recebem a primeira de R$ 300 – trabalhadores que já receberam 1 parcela de R$ 300 recebem a segunda parcela de R$ 300 – trabalhadores que já receberam 2 parcelas de R$ 300 recebem a terceira parcela de R$ 300 Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Calendários de pagamento Veja abaixo os calendários de pagamento. BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA Auxílio Emergencial – Beneficiários do Bolsa Família Economia G1 BENEFICIÁRIOS FORA DO BOLSA FAMÍLIA Clique aqui para ver o calendário completo dos pagamentos VÍDEOS: as últimas notícias sobre o Auxílio Emergencial pa a 3,8 milhões de trabalhadores que nõa fazem a.

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Emprego: oito municípios do Grande Recife e da Zona da Mata reúnem 343 vagas

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

Do total desta sexta-feira (4), 22 oportunidades ofertadas através da Agência do Trabalho são temporárias e outras 11 são reservadas para pessoas com deficiência. Homem segura carteira de trabalho enquanto procura emprego Amanda Perobelli/Reuters/Arquivo A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq-PE) oferece, nesta sexta-feira (4), 343 vagas de emprego em oito municípios do Grande Recife e da Zona da Mata pernambucana através da Agência do Trabalho. Do total de oportunidades, 11 são reservadas para pessoas com deficiência e 22 são temporárias. Há vagas no Recife (254), Cabo de Santo Agostinho (43), Camaragibe (4), Goiana (1), Ipojuca (24), Paudalho (1), Nazaré da Mata (1) e Vitória de Santo Antão (18). Os interessados devem procurar uma das Agências do Trabalho do estado. O atendimento ocorre apenas com agendamento prévio, feito pelo site da secretaria ou pelo Portal Cidadão. Vagas de emprego Vagas para pessoas com deficiência Vagas temporárias VÍDEOS: Concursos e emprego

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Idep abre processo seletivo com vagas em mais de 40 cidades de RO; salários chegam a R$ 4,2 mil

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

Oportunidades são para todos os níveis de escolaridade. Inscrições abrem nesta sexta-feira (4). Processo seletivo é realizado em diversas cidades de Rondônia Reprodução/Redes sociais O Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional (Idep) está com um processo seletivo aberto para formação de cadastro reserva para cargos temporários em diversos níveis de escolaridade divididos em 43 cidades de Rondônia. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas a partir desta sexta-feira (4), até o dia 15 de dezembro, através do preenchimento de um formulário no site do instituto e envio dos documentos exigidos em edital. Confira o edital e local para inscrições A avaliação será realizada através da análise de currículo. As contratações serão por um período de 6 ou 12 meses, dependendo do cargo. Os salários chegam a R$ 4.280. Confira os cargos disponíveis no processo seletivo: Nível fundamental: Agente de Limpeza Escolar, Assistente de Manutenção Predial, Agente de Alimentação Escolar, Assistente de Campo e Carpinteiro. Nível médio e técnico: Inspetor de Pátio, Técnico Agrícola, Motorista CNH D, Assistente Administrativo, Técnico em TI, Monitor de Alunos, Assistente Administrativo para EAD, Técnico em Multimídia e Desenhista Cadista. Nível superior: Orientador Educacional, Supervisor Pedagógico, Coordenador de Estágio (em diferentes áreas), Coordenador de Curso (em diferentes áreas), Psicólogo, Nutricionista, Coordenador de EAD, Analista de TI (Desenvolvimento de Software), Administrador de Redes, Jornalista, Analista de Marketing, Engenheiro Civil, Arquiteto, Engenheiro Eletricista, Assistente de Projetos e Programas e Captação de Recursos, Tradutor e Intérprete de Libras e Diretor Escolar.

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País trocou uma recuperação mais forte no 3º trimestre por problemas à frente, diz Marcos Lisboa

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

Na avaliação do presidente do Insper, inação do governo para avançar com agenda de reformas, em especial na área fiscal, já afeta o desempenho da economia brasileira. O presidente do Insper, Marcos Lisboa, avalia que o Brasil herdou um problema para o futuro com as medidas de auxílio adotadas pelo governo para mitigar os impactos da crise provocada pelo coronavírus. Na avaliação de Lisboa, que foi secretário de Política Econômica no primeiro governo Lula, o país se endividou e perdeu a oportunidade de colocar de pé uma agenda de reformas no momento em que a crise começou a arrefecer. "Até agora, há uma inação do governo que não diz como é que vai enfrentar esse problema (de piora fiscal). O governo está paralisado. Com esses preços de juros, câmbio, volatilidade, a economia rateia, e as perspectivas para 2021 ficam mais difíceis", diz Lisboa. O economista Marcos Lisboa, em entrevista ao G1 Marcelo Brandt/G1 O G1 e a GloboNews ouviram economistas sobre os desafios para 2021. A seguir, os principais trechos da entrevista com Marcos Lisboa, presidente do Insper. Leia também as entrevistas com José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados; e Solange Srour, economista-chefe do banco Credit Suisse. Especialistas apontam os principais problemas para a recuperação econômica Como avalia o quadro da economia? Houve uma grave recessão no segundo trimestre, e o governo adotou uma série de medidas com o Congresso. Na época, já tinha tido o alerta de que as medidas estavam um pouco descalibradas. Isso teve um impacto positivo e um custo negativo. No curto prazo, o impacto positivo foi uma recuperação mais forte no terceiro trimestre. Vários estados e municípios, por exemplo, recuperaram caixa. O custo disso tudo é que ficou uma dívida e um custo grande para a frente. O país trocou uma recuperação mais forte no terceiro trimestre por problemas à frente. Quais problemas? A grande questão é como o Brasil vai enfrentar a dívida e as restrições que tem. É a parte um do problema. Isso já está prejudicando o país. O Tesouro não está conseguindo vender papéis da dívida por prazos longos e, portanto, tem de encurtar a dívida. No ano que vem, vai ter um grande problema para rolar essa dívida. E, até agora, há uma inação do governo, que não diz como é que vai enfrentar esse problema. O governo está paralisado. Com esses preços de juros, câmbio, volatilidade, a economia rateia, e as perspectivas para 2021 ficam mais difíceis. O cenário é ruim para 2021, então? O cenário para 2021 e 2022 é de extremos. Um dos cenários é o governo vir com uma proposta consistente para enfrentar o problema fiscal, de não aumentar gastos. E isso vai dar tranquilidade para os mercados, para o dólar e os juros recuarem. Isso permite a recuperação da economia da grave crise, mas não garante o crescimento de longo prazo. O segundo cenário é o governo tentar algum atalho para permitir aumento dos gastos e não enfrentar os problemas que nós temos hoje. Nesse caso, o câmbio sobe mais ainda, os juros sobem mais ainda e nós teremos problemas graves na economia em 2021. Como o país sai da encruzilhada do Auxílio Emergencial? É possível um programa social efetivo e que seja fiscalmente responsável? No meio do ano, uma vez que a recessão estava arrefecendo, o país poderia ter aprovado uma agenda de reformas para começar a enfrentar o problema dos gastos obrigatórios no Brasil. O país gasta muito, e o dinheiro não chega na sociedade. O primeiro problema é enfrentar a questão dos gastos obrigatórios, senão não tem de onde tirar dinheiro. Segundo, uma agenda de reformas para a economia voltar a crescer. Temos muitos problemas, uma economia fechada, protegida, com distorções setoriais, que desestimula o empreendedorismo, o crédito. Enfrentando esses problemas, a economia se recuperaria da grave recessão, os preços de juros e câmbio não iriam subir como subiram, destoando do resto do mundo. Com isso, você poderia substituir parte do Auxílio Emergencial pelo emprego, que é a maneira saudável, e desenhar, com os programas sociais já existentes, um Bolsa Família muito mais eficaz e amplo, ajustando o dinheiro que hoje é muito mal focalizado. Criou-se uma armadilha, então? Essa oportunidade nós perdemos. Não fizemos as reformas necessárias. O cenário para o futuro – a continuar assim – não está bom. Se continuar essa inação, é um cenário ruim. Se o governo tentar aumentar muito o gasto público, sem ter reduzido o gasto obrigatório, vai piorar (a situação do país) no futuro, vai piorar a renda e o emprego. Se o governo tira o Auxílio Emergencial, sem fazer as reformas, é uma economia andando de lado com pessoas desassistidas. Marcos Lisboa Marcelo Brandt/G1 No curtíssimo prazo, o que poderia ser feito? São três pontos. Primeiro, endereçar a PEC Emergencial e o que o governo vai fazer com os seus gastos obrigatórios, qual vai ser a contribuição do governo federal com as suas despesas para poder ter um Renda Cidadã ou um Bolsa Família um pouco melhor. Dois, qual é a estratégia com estados e municípios, porque os gastos não param de aumentar com pessoal e, neste ano, eles tiveram uma folga imensa, com esse auxílio extremamente generoso que o governo federal deu. E, por fim, vamos finalmente fazer uma agenda para liberar a economia de todas as amarras que nos condenam a esse crescimento medíocre há uma década, como começar a abrir, de fato, a economia, ter privatização, uma reforma tributária que nos aproxime do que o restante do mundo pratica. E a inflação, preocupa em 2021? Sim e não. Eu acho que o sistema de inflação e a condução da política monetária são temas da política de curto prazo. Isso aí é a gestão do dia a dia da política econômica. O que é preocupante é que nós estamos sofrendo os efeitos dos erros dos problemas estruturais da economia brasileira. Por que o câmbio subiu tanto? Por que o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado, que reajusta a maioria dos contratos de aluguel) está tão alto? Nós estamos enfrentando esses problemas porque o investidor está indo embora, o capital está desistindo do Brasil. São empresas fechando os seus negócios no Brasil. Não é de hoje que isso está acontecendo. Isso é grave. O Brasil é um país muito complicado, as regras são muito incertas, o sistema tributário é caótico. O país está há vários anos, certamente desde o fim da década passada, construindo equívocos que estão custando muito caro e tem tornado o país cada vez mais pobre. Com uma agenda econômica tão clara e necessária, por que as medidas importantes não saem do papel? Em primeiro lugar, parece que são vários governos. E uma parte importante não quer reforma. Veja a reforma administrativa que foi mandada. Esquece. É um cosmético. Não vai ter impacto relevante. Na discussão da reforma tributária, uma pessoa fala uma coisa, outra pessoa fala outra coisa, alguém diz que não pode. Na discussão de vários itens, da própria Previdência, o Palácio do Planalto emitiu sinais de que era contra. Eu não sei se esse governo é um governo reformista, não parece ser. Parece ser um governo, pelo contrário, muito alinhado, no fim do dia, aos velhos interesses de corporações no Brasil Com esse quadro, até que ponto dá para ser otimista com o futuro do Brasil? Eu acho que tem uma notícia boa e uma notícia ruim. A ruim é que são muitas amarras. E as pessoas, às vezes, imaginam que são três reformas que transformam e tudo se resolve, o que revela que elas não conhecem a complexidade dos problemas do Brasil. Vou dar um outro exemplo: como é que o país vai atrair investimento com o que acontece com as agências reguladoras e com as concessões no Brasil? Uma pessoa responsável, uma empresa séria, vai querer investir no Brasil no longo prazo? Pegar dinheiro de fundo de pensão de estrangeiros, o dinheiro dos seus acionistas, e colocar num país em que houve controle de preços da Petrobras, intervenção no setor elétrico, mudança da regra do jogo do setor de óleo e gás? Não. E a boa notícia? A boa notícia é que o Brasil tem uma imensa oportunidade de crescimento. Se a gente conseguir enfrentar cada um desses pontos, a cada pequena batalha ganha, o país cresce. Agora, para isso, tem de ter disposição política para enfrentar os grupos de interesse que se beneficiam das distorções, porque elas trazem lucro pra alguém. O país paga um preço caro por elas, mas tem um grupo se beneficiando dessas distorções. Se o governo não tem vontade política de enfrentar, aí fica difícil avançar com uma agenda de reformas. Initial plugin text Vídeos: Últimas notícias de economia

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Se a gente não aprovar a PEC Emergencial, vamos ter uma minicrise no Brasil, diz Solange Srour

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

Economista-chefe do banco Credit Suisse avalia que a proposta que tramita no Senado é fundamental para o país conseguir manter o teto de gastos nos próximos anos. A economista-chefe do banco Credit Suisse, Solange Srour, acredita que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial vai funcionar como uma ponte até o fim do governo para que o país consiga lidar com os seus desequilíbrios fiscais. A proposta, que tramita no Senado, cria mecanismos emergenciais de controle de despesas públicas para União, estados e municípios. Ela permite, por exemplo, a redução da jornada e do salário dos servidores, abrindo espaço nos orçamentos. Se a PEC não for provada, Solange avalia que haverá um aumento da desconfiança entre os investidores, em relação ao rumo das contas públicas e à capacidade de o governo cumprir o teto de gastos nos próximos anos. "Se a gente não aprovar a PEC Emergencial, vamos ter uma minicrise no Brasil, ainda que o cenário internacional esteja muito favorável", afirma Solange. "Esse risco vai acabar empurrando o Congresso a aprovar a proposta." Economista-chefe do banco Credit Suisse, Solange Srour Wilton Junior/Estadão Conteúdo O G1 e a GloboNews ouviram economistas sobre os desafios para 2021. A seguir, os principais trechos da entrevista com Solange Srour, economista-chefe do banco Credit Suisse. Leia também as entrevistas com José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados; e Marcos Lisboa, presidente do Insper. Especialistas apontam os principais problemas para a recuperação econômica Como será a recuperação da economia? A recuperação da economia no final de 2020 se dará pela volta da normalidade da oferta. A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus foi abrupta, porque paralisou a oferta de uma forma nunca vista antes. Essa volta se dá pelo fato de as pessoas poderem retornar aos seus trabalhos, há uma movimentação, e isso já traz uma recuperação. É claro que existe o fator do impacto fiscal. O país gastou 8% do PIB no combate ao coronavírus, com medidas de auxílio à renda, ao crédito e ao emprego. E isso está trazendo um impacto importante no segundo semestre. Então, o país teve uma recuperação expressiva no terceiro trimestre, depois do tombo no segundo. E no quarto a gente ainda espera algum crescimento diante desses dois fatores. E para 2021, qual é o quadro? Para o ano que vem, a questão é quão rapidamente a gente volta para a normalidade. Hoje, as expectativas são mais otimistas, com a aproximação da aprovação da vacina. Ela já vai ser aplicada no primeiro trimestre em vários países do mundo, mas para os grupos mais expostos, que é o pessoal de saúde e os mais idosos. E aí, no segundo e terceiro trimestres, para a população em geral. Com isso, a gente tem uma puxada de PIB mundial importante, que tem impactos no Brasil. A volta da oferta vem com mais vigor ao longo do segundo e terceiro trimestre do ano que vem. Se o Brasil conseguir manter a credibilidade fiscal, a gente pode ter uma recuperação cíclica favorecida pelos juros baixos, pela volta do crédito e do emprego, ainda que os programas de sustentação do crédito, da renda e do emprego comecem a ser retirados. Você vê esse cenário positivo mesmo que o país não consiga fazer uma aterrisagem com responsabilidade fiscal do Auxílio Emergencial para o Renda Cidadã? Não, não vejo. O meu cenário base pressupõe a aprovação de uma PEC Emergencial no primeiro trimestre do ano que vem, depois da eleição na Câmara e no Senado. Essa PEC é super importante, não só para a criação do programa Renda Cidadã, mas para a manutenção do teto de gastos em 2022. A criação do Renda Cidadã é importante por uma questão de lidar com o aumento da desigualdade social, principalmente no pós-Covid. A crise vai trazer impactos de médio e longo para o Brasil. E existe uma demanda por gasto social. E o que deve puxar a recuperação? A gente está saindo este ano de um programa de 4,5% do PIB, que foi o Auxílio Emergencial, para algo muito mais modesto, que é o Renda Brasil ou Renda Cidadã. Não é isso que vai ser o condutor do crescimento. O condutor do crescimento vai ser conseguir aprovar a PEC Emergencial, mantendo o teto de gastos até 2022 e 2023, mantendo as condições frouxas no mercado financeiro: um câmbio mais valorizado, uma taxa de juros mais baixa, e um aumento da confiança, que traz o investimento e o crescimento para o Brasil. Então, é muito mais importante manter o teto para o crescimento, para as condições financeiras, do que criar um programa fora do teto que acabe ruindo com a confiança. O estímulo do ano que vem vai vir da volta da confiança, de juros baixos e da manutenção da inflação. A inflação é um tema que preocupa para o ano que vem? Me preocupa e muito. A gente tem uma inflação para o ano que vem que é de 3,9%. Não é nenhuma projeção de inflação super elevada. Mas é um tema preocupante, porque este ano tivemos um impacto muito relevante da depreciação do câmbio e da alta de commodities nos índices de atacado. E isso vai trazer o repasse para 2021, mesmo que a atividade não tenha uma recuperação extraordinária. E a segunda questão, ainda mais importante, é a parte fiscal, porque ela impacta a inflação. Se a gente mantém a incerteza fiscal por muito tempo, se existem dúvidas de que o Brasil vai voltar para uma trajetória de sustentabilidade da dívida, esses choques de câmbio e oferta têm uma propensão a se espalhar mais para os preços da economia. A gente viu muito isso em 2015. A inflação atingiu o patamar acima de 10%, porque esses choques se propagaram para outros preços, muitas vezes não relacionados aos choques primários de oferta, porque não havia um âncora fiscal. E o teto é hoje a nossa âncora fiscal. Economista-chefe do Credit Suisse, Solange Srour Wilton Junior/Estadão Conteúdo O que leva vocês a acreditarem que o governo vai aprovar a PEC Emergencial? Dado que ele tem dificuldade em avançar na agenda de reformas fiscais… Eu não vejo a PEC Emergencial como uma reforma. Na verdade, ela é uma ponte, a única ponte que a gente tem para chegar até 2023, sem sofrer uma verdadeira crise de confiança. Sem a PEC, vai ser impossível manter o teto em 2022. Em 2021, já vai ser muito difícil, mas a gente conseguiu o acordo com estados e municípios, o governo não vai dar aumento de salário para funcionalismo público, então ainda é possível em 2021. Mas o país precisa discutir como manter o teto em 2022, no ano de 2021. Por isso que não vejo como uma reforma. Na verdade, a gente não tem uma alternativa. No final, o que faz o governo aprovar a PEC Emergencial é que a alternativa é uma situação muito ruim para a economia, uma situação de câmbio depreciado, uma inflação mais alta, queda de PIB com a puxada da taxa de juros longa… Muito provavelmente o Banco Central terá de subir mais fortemente a Selic no ano que vem. Qual será o cenário no caso de uma não aprovação da PEC Emergencial? Se a gente não aprovar a PEC Emergencial, eu acredito que a desconfiança vai voltar, assim como aconteceu há poucos meses, quando teve a história dos precatórios, de dar um furo no teto. Vimos o câmbio desvalorizar, as taxas de juros longas no mercado subirem muito. O Tesouro teve dificuldade de rolagem (trocar dívidas antigas que vencem por novas), mesmo encurtando o prazo. Se a gente não aprovar a PEC Emergencial, vamos ter uma minicrise no Brasil, ainda que o cenário internacional esteja muito favorável. Esse risco vai acabar empurrando o Congresso a aprovar a proposta. Eu digo que ela não é uma reforma, porque ela tem medidas temporárias. Todas as medidas de contenção de gastos são válidas por dois ou três anos, no máximo. E a agenda de reformas, quando deve sair? No começo do próximo governo, a gente deve ter uma agenda forte de reformas, principalmente a reforma administrativa porque, assim como a da Previdência, ela é muito importante, porque traz uma economia no médio prazo e espero, também, no curto prazo. Se a reforma administrativa só trouxer economia de muito longo prazo, não vai resolver o problema da credibilidade. Com isso, eu estou dizendo que não vejo a reforma administrativa que foi mandada sendo aprovada nos próximos dois anos. Só vejo no início de um próximo governo e valendo, em algum grau, para os atuais servidores para poder trazer economias importantes e ajudar a trazer essa trajetória da dívida para um nível mais baixo. Qual é a projeção para o mercado de trabalho em 2021? O Brasil adotou medidas muito importantes de sustentação do emprego, que vão fazer a situação ser menos dramática do que poderia ser. Todas as medidas adotadas para redução de jornada e afastamento temporário evitaram que a situação fosse mais agravada com o fechamento de empresas e postos de trabalho. Com a retomada da oferta, essas medidas de sustentação de emprego saem, e o mercado retoma lentamente. O desemprego vai subir, porque é a recuperação mais demorada. Mas a gente tem boas notícias. Você pega os dados do Caged, a contratação formal, está vindo mais forte que o esperado, assim como está vindo mais forte do que o esperado o consumo, a produção industrial, enfim, a parte da construção civil. E como a economia chega em 2022? Na verdade, a base de comparação é muito baixa. A minha projeção é de 4,1% para o ano que vem. Pode parecer um número muito forte, mas o carrego estatístico é elevado, em torno de 2,5%, mas pode chegar a 3%. Ou seja, se a economia crescer 3% no ano que vem, é como se ela tivesse estagnada no mesmo patamar do final de 2020. O desafio de crescer de forma sustentável pós-2021 é muito grande, muito elevado. E aí a manutenção do arcabouço fiscal é o mínimo necessário. Lembrando que o país fez a reforma da Previdência e nem por isso conseguiu crescer fortemente em 2019 e entrou neste ano com um ritmo gradual de recuperação, antes da crise do coronavírus. Ou seja, é preciso avançar além da questão fiscal. A agenda fiscal está incompleta, por isso a reforma administrativa é tão importante, e outras reformas que foquem no gasto obrigatório. Mas para crescer é preciso fazer reformas que aumentem a produtividade. E aí o Brasil está muito atrasado, estamos discutindo, por exemplo, a reforma tributária há séculos. E ela nunca sai do papel de verdade. 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Cenário para o ano que vem é de estagflação, diz José Roberto Mendonça de Barros

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

Na leitura do economista, ex-secretário de Política Econômica do governo Fernando Henrique, o Brasil vai chegar ao próximo ano com vários desarranjos: na inflação, nas contas públicas, sem aumento do investimento e com o consumo andando de lado. O economista José Roberto Mendonça de Barros diz que que a economia brasileira vai enfrentar um quadro de estagflação no ano que vem. Na leitura do sócio da MB Associados e ex-secretário de Política Econômica do governo Fernando Henrique Cardoso, o Brasil vai chegar ao próximo ano com vários desarranjos: na inflação, nas contas públicas, sem aumento do investimento e com o consumo andando de lado. "A estagflação é isso: você sai do buraco, começa a andar de lado e volta para aquela mediocridade do crescimento que caracterizou o período de 2016 para frente", afirma. Economista José Roberto Mendonça de Barros Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo/Arquivo O G1 e a GloboNews ouviram economistas sobre os desafios para 2021. A seguir, os principais trechos da entrevista com José Roberto Mendonça de Barros. Leia também as entrevistas com Solange Srour, economista-chefe do banco Credit Suisse; e Marcos Lisboa, presidente do Insper. Especialistas apontam os principais problemas para a recuperação econômica Como avalia o quadro da economia e a expectativa para 2021? Quando olhamos para o ano que vem, o nosso cenário é de estagflação. A recuperação (do terceiro trimestre) não será sucedida por um crescimento sustentável. A questão central é o quadro fiscal muito difícil e, além disso, o fato de que essa robustez do terceiro trimestre é filha direta da grande transferência de renda que foi feita a partir do coronavoucher (Auxílio Emergencial). Há uma redução (na transferência). Nós estamos falando que, de repente, 67 milhões de pessoas estavam recebendo R$ 600 por mês, no mínimo, até agosto. Em setembro, outubro, novembro e dezembro, essas 67 milhões de pessoas estão recebendo R$ 300. É a metade. E no ano que vem isso acabou. O que tem no Orçamento de 2021, que está no Congresso e não foi votado, são as 14 milhões de pessoas que estão com Bolsa Família recebendo R$ 187. Vai haver um impacto no consumo, então? O país enfrentou uma parada súbita em março e abril, a economia parou, o PIB desmontou, porque não tinha produção. Houve um período, de alguns meses, com uma injeção na veia de dinheiro. Foi ótimo do ponto de vista de produção, consumo e emprego. Aí, de repente, haverá uma queda abrupta, e esse cenário será substituído por um mercado de trabalho muito enfraquecido. E, no mercado de trabalho, tem uma coisa que está acontecendo no mundo inteiro, o que, do ponto de vista do emprego, é uma pena. As empresas frágeis ou saem do mercado ou diminuem. Mas as empresas fortes – há uma nata de empresas fortes Brasil – estão se saindo muito bem, vendendo mais, com mais tecnologia e produtividade. Só que elas estão avançando na área tecnológica, na direção da digitalização, da automação, da consolidação das operações à distância. O resultado disso é que você emprega menos gente. É mais eficiente, o custo fica menor, mas à custa de emprego. Então, vai ser uma dureza o mercado de trabalho no ano que vem. Por isso nós temos uma projeção para o PIB do ano que vem de 2,5%. Projetado esse cenário de estagflação, qual é a expectativa para inflação? Há pouco tempo, a projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano estava um pouco acima de 2%. Hoje, a nossa projeção é de 3,4%, e tem gente muito boa que está apresentando 3,5% e 3,6%. Para o ano que vem, a nossa projeção é de 3,6%, e também tem gente competente prevendo perto de 4%. Esse é o primeiro número da inflação que preocupa. O segundo número que preocupa é o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Nós projetamos terminar em 4,1%. O INPC corrige o benefício previdenciário, então o gasto do governo vai ficar maior, e o teto vai ser mais pressionado, porque a receita sobe pelo IPCA, e a despesa previdenciária vai aumentar pelo INPC. E não é só isso. O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado, que reajusta a maioria dos contratos de aluguel) vai terminar este ano acima de 20%. Fazia anos, muitos anos, que não tínhamos nada parecido com isso. O que explica essa alta do IGP-M? Parte é por causa do câmbio, mas não é só isso. É onde aparece a mobilização da oferta. De repente, a empresa teve de acelerar a produção de muita coisa, os custos subiram e deu para fazer esse repasse. Por exemplo, no IGP-M, tem lá dentro o Índice Nacional da Construção Civil. No mês de agosto, em 12 meses, o custo do material de construção civil já subiu 12%. E tem produto faltando. E como fica a política de juros? O Banco Central está se esfalfando para tentar demostrar que não precisa mexer na Selic no ano que vem. Eu acho um erro. A inflação vai ser um pouco mais desagradável. Não é que ela vai subir e descolar. Mas ela vai subir, depois vai cair, mas deve parar mais alta de onde partiu. A inflação reforça o cenário de que a demanda subiu muito e que, depois, deve andar de lado. O custo da alimentação deve subir 12%. Então, a conta do supermercado e do armazém aumenta muito – logo, sobra menos dinheiro. O poder de compra está mais espremido. E acho que a gente já está vendo: está diminuindo a intensidade de compra nos supermercados, no varejo final, porque a comida está muito cara e isso compromete um pedaço maior do salário. Nós vamos entrar no ano que vem com um certo desarranjo da inflação e das contas públicas e com uma demanda de consumo que subiu muito, mas que agora vai andar de lado, sem que o investimento tenha aumentado. Economista José Roberto Mendonça de Barros Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo/Arquivo Em relação a esse desarranjo nas contas públicas, quão grave é a situação? Eu acho que é muito grave, eu não usaria desesperadora, porque ela é financiável. O que mais preocupa é que a gente percebe uma festa. É uma festa do gasto. O presidente da República e boa parte do governo querem gastar mais para fazer estrada, fazer isso, fazer aquilo. A maior parte do Congresso quer saber é de gastar mais mesmo, de ter projeto para gastar mais. Eu não estou dizendo se é necessário, se é meritório. Num país de renda média como o nosso, muita coisa é meritória. Mas a pergunta não é só se é meritória: dá para pagar ou não dá para pagar? Além de a gente já ter um rombo aberto, ter a perspectiva de déficit no ano que vem, nós temos um sistema de governança federal que é uma aliança a favor de aumentar o gasto, sem olhar a qualidade dele. E como fica a agenda de reformas? Ela não aconteceu e não acontecerá. Infelizmente. Não acontecerá porque o timing ficou totalmente atropelado. Por decisão do presidente da República, só vai se discutir reforma a partir de dezembro. Ora, dezembro tem uma pauta necessária: orçamento, LDO, já é tumultuado. Janeiro está na véspera da eleição das mesas da Câmara e do Senado, que atrai a atenção de tudo mundo. E a equipe econômica está muito distante do Congresso. Tem de estar muito próxima do Congresso para poder levar as pautas adiante. Não são pautas populares, são pautas difíceis. Isso não está acontecendo. E a PEC Emergencial, vai sair? Tem uma grande resistência, a conferir se ela vai sair. Deveria. Ela seria individualmente a mais importante, mas eu não tenho certeza. O executivo não está fazendo força para reforma nenhuma. Muita conversa, muito discurso, mas, na prática, força mesmo de ir lá, fazer acontecer, não tem. Volto a dizer: nunca se viu uma equipe econômica tão distante do Congresso. E a própria estatura da equipe econômica diminuiu, qualquer analista percebe. A minha sensação é que vai acabar saindo um pouquinho de cada coisa. É o mesmo que não ter nada. Vai ter um pouquinho de gatilho, um pouquinho de corte de despesa. Vai ser um pouco de tudo e o resultado disso é andar de lado. A estagflação é isso: você sai do buraco, começa a andar de lado e volta para aquela mediocridade do crescimento que caracterizou o período de 2016 para frente. E como o país chega em 2022? O que tem é um país muito desigual. Uma desigualdade entre as pessoas, no que tange a renda e o mercado de trabalho. Isso já está mais do que conhecido. Mas tem uma outra desigualdade, que é a seguinte: a gente pode classificar as milhões de empresas brasileiras em três grupos. Nós temos uma nata de grandes empresas, algumas médias, de primeira qualidade. Há um conjunto intermediário, de empresas médias e pequenas, da maior parte dos setores, que infelizmente está passando por um período dificílimo. Esse grosso de empresas está mal, muita gente quebrou, encolheu, está andando de lado. E aí embaixo de tudo, por tamanho, você tem uma coisa borbulhante, positiva, que são as chamadas startups. O problema é que essa faixa intermediária é muito maior do que as grandes e as pequenininhas embaixo. Isso é para dizer que temos um país cuja desigualdade, por qualquer critério que você olhe, aumentou. Vale para as pessoas e para as empresas. O dinamismo de crescimento se perde. Esse é o problema. Initial plugin text Vídeos: Últimas notícias de economia

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Calendário da feira: dezembro tem ameixa, figo, melancia e berinjela

sexta-feira, 04 dezembro 2020 por Administrador

Série do G1 mostra, todo mês, quais alimentos estão na safra e, por isso, podem ficar mais em conta. Além das frutas típicas de Natal como o pêssego, também é tempo de manga, melão, pepino e abobrinha. Já a cebola, apesar de estar na época, teve o seu cultivo prejudicado pela seca. Dezembro é época de frutas típicas das festas de Natal, como ameixa, figo e pêssego. Por estarem em pleno período de colheita, elas podem ser encontradas por um preço mais baixo nos mercados do que no restante do ano. Também é época de melancia, manga e melão. No grupo dos legumes, a berinjela, o pepino e a abobrinha estão com uma boa oferta. A cebola, por sua vez, apesar de fazer parte da safra de dezembro, teve o seu cultivo prejudicado pela seca nas regiões produtoras. Com a estiagem, a qualidade e o volume disponível do alimento diminuíram, o que deve impactar preços. Na série Calendário da Feira, iniciada em julho, o G1 mostra, todo mês, quais alimentos estão na safra e, por isso, podem ficar mais em conta. Calendário de frutas de julho a dezembro Arte/G1 Calendário de legumes de julho a dezembro Arte/G1 A seguir, confira mais detalhes sobre a safra das principais frutas e legumes do mês, além de saber como comprar, conservar e outras curiosidades. Ameixa Ameixas no pé Divulgação/MNS Doce e levemente ácida, a ameixa é muito procurada em dezembro para enfeitar as mesas e as receitas da ceia de Natal. E o bom disso tudo é que, justamente nessa época, o seu preço cai e a sua qualidade sobe. Isso acontece porque de dezembro a fevereiro, a ameixa que chega ao mercado é nacional, diferentemente do restante do ano, quando ela é importada de outros países, principalmente da Espanha. Nos três meses de safra, os preços da ameixa costumam cair entre 40% a 50%, afirma Amauri Vieira, gerente de marketing do Grupo MNS. E, por ser nacional, a fruta chega mais fresca até a mesa dos brasileiros. "A ameixa importada demora de 40 a 50 dias para chegar ao Brasil. Já a nacional chega nos mercados em cerca de 5 dias", diz Vieira. Receita Nosso Campo: aprenda a fazer bolo de ameixa Segundo ele, a oferta de ameixa deve ter um aumento de 25% neste ano. "Elas estão também com um calibre maior e mais saborosa". Em dezembro, a safra de ameixa fica concentrada no Sudeste, principalmente no estado de São Paulo. Já nos meses de janeiro e fevereiro, as frutas que entram nos mercados e feiras vêm do Sul, com destaque para Santa Catarina. Auge da safra: dezembro a fevereiro. Como comprar: escolha as frutas firmes, sem rachaduras e de cor concentrada, segundo a Ceasa Minas. Como conservar: a ameixa fresca pode ser conservada na geladeira por uma semana. Figo Figo Divulgação/Benassi Outra fruta muito comum nas receitas de Natal é o figo, que acaba de entrar na safra e que já está com o preço em queda, segundo levantamento da Ceagesp. "A safra de figo esse ano deve seguir boa até março e depois a oferta no mercado nacional tende a diminuir por conta das exportações", diz Eduardo Benassi, diretor de Relacionamento da Benassi São Paulo. Chef ensina receita de torta de nozes para ceia de Natal Veja a receita do tender ao molho de figo para fazer no Natal "No entanto, apesar da boa qualidade, instabilidades climáticas no campo impactaram a produção, e esse mês haverá uma oferta 30% menor do que em dezembro do ano passado", ressalta Benassi. Mesmo assim, ele afirma que, até meados de março, o figo poderá ser encontrado até 4 vezes mais barato do que nos períodos de baixa oferta da fruta, como em junho, por exemplo. Os principais estados produtores do figo no Brasil são, atualmente, São Paulo e Rio Grande do Sul. Auge da safra: dezembro a março. Como comprar: é preciso observar bem a pequena abertura na ponta do figo. Ela deve apresentar um tom vermelho-vinho, nunca verde-musgo, e não ter a presença de larvas, de acordo com a Ceasa Minas. Como conservar: na geladeira tem duração de uma semana. Apesar de ser geralmente consumido na forma fresca, o figo pode ser utilizado para preparar doces, caldas, molhos para carnes e até aperitivos, como a receita de crostini de figo com requeijão no vídeo abaixo: Prato Feito: veja como fazer um delicioso crostini de figo com requeijão Melancia Melancia Unsplash A melancia é produzida o ano todo, mas é durante os meses de verão que a sua oferta cresce em função do aumento da demanda por frutas mais refrescantes. Segundo a Ceagesp, o período de maior disponibilidade da melancia vai de novembro a dezembro, meses em que os seus preços, geralmente, caem. Veja a receita de geleia de melancia Porém, neste mês, a safra de melancia de São Paulo, por exemplo, está menor do que em 2019 por causa seca, segundo a pesquisadora Fernanda Geraldini, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). Apesar disso, um levantamento da Ceagesp mostra que a melancia está entre os produtos com queda de preços nesta semana. São Paulo é o 3º principal estado produtor da melancia. Em primeiro está o Rio Grande do Norte, seguido do Rio Grande do Sul, estado que deve começar a fornecer melancias para o Centro-Sul do país a partir do dia 10 de dezembro, segundo o proprietário da Agropecuária Marini, Andreo Marini. Ele conta que uma das variedades de melancia que a fazenda oferta aos mercados neste período é a pingo doce, que se diferencia das melancias tradicionais por ter um tamanho menor, o que facilita a armazenagem na geladeira. Além disso, ela tem uma polpa amarela e não tem sementes. Auge da safra: novembro a fevereiro. Como comprar: procure uma melancia de superfície uniforme, ou seja, sem cortes ou arranhões. Quanto mais pesada for a melancia em relação ao seu tamanho, mais líquido ela terá e mais madura estará. Como conservar: em local ventilado e seco. Já em ambiente refrigerado, conserva-se por até 30 dias. Veja uma receita de doce de melancia em calda e cristalizado: Artesã ensina a receita de doce de melancia em calda e cristalizado Berinjela Berinjela Reprodução/TV Globo A berinjela é um dos legumes que está com uma boa oferta em dezembro, junto com o pepino, a abobrinha e o pimentão. E na lista da Ceagesp, ela é um dos alimentos que está com o preço em queda, puxado, principalmente, pela redução do consumo do legume, diz o produtor de orgânicos de São Paulo, Alex Lee. Segundo ele, o preço da berinjela, assim como o de outros legumes que estão na safra no final do ano, poderia ter recuado mais, se não fosse a seca e a onda de calor que atingiu o país em setembro, evento que acabou prejudicando a irrigação das lavouras. Receita Nosso Campo: aprenda a fazer uma berinjela recheada Na culinária, a berinjela é bastante versátil. Além de ser consumida assada ou cozida, ela pode ser recheada com queijos e carnes ou substituir a massa de farinha usada nas lasanhas. Auge da safra: setembro a dezembro Como comprar: prefira as de coloração roxo-azulada ou quase preta. A casca deve ser lisa e firme. Se estiver opaca ou com manchas cor de ferrugem indicam amadurecimento excessivo. Como conservar: na geladeira, sem lavar e em sacos plásticos por até 5 dias. Por que consumir alimentos da safra? Frutas, legumes e verduras. Divulgação Com a modernização das técnicas agrícolas, hoje já é possível encontrar uma grande variedade de frutas, legumes e verduras o ano inteiro nos mercados e nas feiras. Porém, consumir produtos de época pode ser uma opção mais barata e saudável. Com o crescimento da oferta nos períodos de safra, a tendência é os preços caírem. Mas isso nem sempre é uma regra. Como a produção de hortaliças depende muito de fatores climáticos, qualquer mudança muito intensa na temperatura, por exemplo, pode impactar a oferta. Além disso, o consumo de alimentos de época tende a ser mais saudável, pelo menor uso de agrotóxicos em seu cultivo. Como reduzir a chance de ingerir agrotóxicos nos alimentos, segundo especialistas Por que a produção de alimentos depende tanto de agrotóxicos? "Para terem um bom desenvolvimento fora do seu ciclo natural de produção, é necessário uma intervenção mais intensa de químicos durante o preparo do solo, por exemplo", ressalta Lígia dos Santos, do São Camilo. Além disso, quando estão em seu ciclo natural de produção, sem a necessidade de tanto uso de agrotóxico, os alimentos ficam com o seu sabor natural mais acentuado. Agro é tech… veja vídeos da indústria-riqueza do Brasil

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