Índice de confiança do setor de serviços tem segunda queda seguida, aponta FGV
Indicador teve queda em 9 dos 13 segmentos pesquisados. Resultado, segundo a FGV, mostra que recuperação do setor 'ainda tem caminho longo pela frente'. O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou 2,1 pontos em novembro, para 85,4 pontos. Esta foi a segunda queda consecutiva – em outubro, havia recuado 0,4 pontos, interrompendo cinco meses de alta. De acordo com a FGV, 0 resultado indica que a "recuperação do setor de serviços ainda tem caminho longo pela frente". “A queda pelo segundo mês consecutivo da confiança de serviços mostra um retrocesso no processo de recuperação do setor, que vinha ocorrendo desde maio. A percepção sobre o momento presente vem reagindo lentamente e as expectativas para os próximos meses voltaram a se tornar mais pessimistas dada a dificuldade que o setor vem enfrentando", apontou o economista da FGV-Ibre, Rodolpho Tobler. Indicador teve segunda queda seguida em novembro, aponta FGV Economia/G1 O indicador da FGV teve queda em 9 dos 13 segmentos do setor de serviços pesquisados. Segundo Tobler, a baixa confiança é reflexo do período de transição dos programas do governo, da preocupação com a pandemia e da cautela dos consumidores. O Índice de Situação Atual (ISA-S) variou 0,3 ponto, para 79,5 pontos, mantendo tendência crescente iniciada em maio em ritmo gradual. Já o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 4,4 pontos, para 91,3 pontos, registrando também a segunda queda consecutiva. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços aumentou 1,8 ponto percentual para 83,1%, o maior valor desde novembro de 2015 (83,2%). Demanda insuficiente De acordo com o levantamento da FGV, a demanda insuficiente voltou a ser o principal entrave do setor de serviços, restringindo melhora da situação atual Apesar da recuperação do Índice de Situação Atual (ISA-S) iniciada em maio, o ritmo dessa recuperação tem sido menos intenso do que do Índice de Expectativas (IE-S). Segundo a FGV, nos últimos meses, o fator limitativo “Demanda Insuficiente” passou a ser cada vez mais citado pelas empresas do setor de serviços como impeditivo para crescimento dos negócios, superando em outubro o fator “Outros”, por meio do qual empresas reportam, majoritariamente, a pandemia de coronavírus como o fator responsável. Em novembro, quase metade das empresas mencionaram “Demanda Insuficiente” como fator limitativo (49,2%), sendo que, ao analisar pelos principais setores, chegando a atingir 63% no segmento de serviços prestados às famílias. A FGV destacou que esse segmento foi o que registrou a maior perda no ISA-S na pandemia no Brasil. Outros segmentos que que também tem mais de 50% das empresas citando “Demanda Insuficiente” são o de serviços profissionais e de transporte com 51,1% e 50,9%, respectivamente. Assista às últimas notícias de economia:
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Dólar opera em queda de olho no exterior e na atuação do BC
Na sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,17%, a R$ 5,3255, acumulando queda de 7,19% na parcial do mês. Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro Reuters O dólar opera em queda nesta segunda-feira (30), em sessão instável, caminhando para fechar o mês de novembro com recuo ante o real, acompanhando a maior fraqueza da moeda norte-americana no exterior. Às 11h14, a moeda norte-americana caía 0,41%, cotada a R$ 5,3037. Na mínima até o momento hegou a R$ 5,2750 e, na máxima, chegou a R$ 5,3415. Veja mais cotações. Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,17%, a R$ 5,3255, acumulando recuo de 1,13% na semana. Na parcial do mês, acumula baixa de 7,19%, mas ainda tem alta de 32,81% no ano. O Banco Central aumentou o volume ofertado em leilão de rolagem de swap cambial tradicional (que equivalem à venda de divisas no mercado futuro) previsto para esta segunda-feira, para um ritmo que, se mantido até o fim do mês, representará colocação líquida de dólares no mercado futuro, destaca a Reuters. Na sexta-feira, o BC anunciou que, entre 11h30 e 11h40 desta segunda, disponibilizaria 16 mil contratos de swap cambial, ou US$ 800 milhões, para rolagem do vencimento 4 de janeiro de 2021. Aumento no número de casos de Covid-19 volta a lotar hospitais e a preocupar especialistas de saúde Cenário local e externo O mês de novembro foi marcado pelo forte desempenho de ativos de maior risco em todo o mundo, com realização de lucros por parte dos investidores internacionais. Entre os fatores que impulsionaram o apetite por risco neste mês, a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais norte-americanas e progressos relevantes no desenvolvimento de vacinas para a Covid-19 têm sido citados por analistas como os principais responsáveis. Nesta segunda, a farmacêutica norte-americana Moderna anunciou eficácia de 94,1% de sua vacina e que planeja solicitar uma autorização para uso emergencial do seu imunizante a agências reguladoras dos EUA e Europa. Por aqui, os analistas do mercado financeiro subiram a estimativa de inflação para 2020 pela décima sexta semana seguida, de 3,45% para 3,54%. Já a projeção para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) no ano foi reduzida de 4,55% para 4,50%, segundo pesquisa "Focus" do Banco Central. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,38 para R$ 5,36. O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) recuou em novembro pelo segundo mês seguido, evidenciando as dificuldades de recuperação do setor. Do lado mais estrutural, o foco dos mercados segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil –cujas dúvidas, segundo analistas, explicam grande parte da depreciação nominal da moeda brasileira ante o dólar neste ano. Além das preocupações com o risco de uma segunda onda de contaminações no país e de desaceleração do ritmo de recuperação da economia, segue no radar dos investidores as discussões em torno do Orçamento de 2021 e nas medidas de ajuste fiscal para garantir a saúde das contas públicas. Risco fiscal: entenda o que é e saiba por que a piora das contas públicas preocupa Assista às últimas notícias de economia Variação do dólar em 2020 Economia G1
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Compass não atendeu exigências de TCC para levar fatia na Gaspetro, diz Petrobras
Estatal possui participação de 51% na holding, que possui participação em 19 distribuidoras de gás. Prédio da Petrobras no Rio de Janeiro Sergio Moraes/Reuters A Compass Gás Energia não foi qualificada para a sequência do processo de venda de 51% da fatia da Petrobras na Gaspetro por não atender exigências do Termo de Compromisso de Cessação (TCC) firmado entre a petroleira e o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), informou a estatal nesta segunda-feira (30). "A Petrobras reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes serão divulgadas ao mercado…", afirmou. A desqualificação da subsidiária da Cosan no processo para adquirir fatia na Gaspetro havia sido divulgada na semana passada. A Petrobras deu início ao processo de venda de sua fatia na Gaspetro no final de fevereiro, tendo iniciado a fase vinculante em julho – após um adiamento em meados de março, quando a petroleira chegou a reabrir a fase de habilitação de interessados. A holding Gaspetro, que possui participação em 19 distribuidoras de gás, foi responsável pela distribuição de 29 milhões de metros cúbicos diários do produto em diversos Estados em 2019, segundo dados da Petrobras. Além da Petrobras, a Gaspetro possui como acionista a japonesa Mitsui, com participação de 49%. Vídeos: veja as últimas notícias de Economia
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China volta a autorizar exportação de unidade da BRF no RS após preocupações com casos de Covid entre funcionários
Agora, apenas 4 unidades continuam sem poder exportar ao país. Liberação ocorre após mudança de protocolo, onde as cargas passaram a ser testadas antes de chegarem ao mercado chinês. Vendedor segura peça de carne suína em mercado em Handan, na China REUTERS/Stringer O governo da China informou nesta segunda-feira (30) que mais um frigorífico brasileiro está autorizado novamente a exportar carne suína para o país. De acordo com a Administração Geral das Alfândegas (GACC, na sigla em inglês), a unidade liberada é um frigorífico de carne suína da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, em Lajeado, no Rio Grande do Sul. A unidade havia sido suspensa em julho deste ano. Esse frigorífico fazia parte de uma lista de 5 unidades que estavam suspensas pelos chineses por conta de preocupações com a Covid-19 entre trabalhadores desse setor. O Ministério da Agricultura confirmou o restabelecimento da autorização e disse que a planta frigorífica está apta a exportar a partir desta segunda. O G1 também procurou a BRF para comentar a decisão, mas, até a última atualização deste texto, não houve retorno. A suspensão dessa e de outras unidades ocorreram em um momento em que os chineses demonstravam preocupações com casos de Covid-19 entre funcionários desse setor. O governo da China chegou a pedir que as empresas garantissem carnes livres do novo coronavírus. Porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que não há evidências de que o coronavírus possa ser transmitido por alimentos. Novo protocolo Com o passar do tempo e aprimoramento dos protocolos entre chineses e brasileiros, o país asiático começou a testar as cargas que chegavam por lá e determinou que, em caso da presença do vírus, a unidade é suspensa automaticamente por uma semana. Aurora decide suspender exportações de frigorífico de Xaxim para o mercado chinês Desde então, foram 2 casos em que os chineses encontraram a presença do vírus em embalagens dos produtos: em um pacote de pescados da empresa Monteiro Indústria de Pescados e na embalagem de carne bovina da Minerva Foods, de Barretos (SP). As duas empresas já podem voltar a vender para os chineses. No último dia 13, Wuhan, que já foi epicentro da pandemia, afirmou que havia detectado 3 amostras do vírus na parte externa de pacotes de um frigorífico da Marfrig que chegaram ao país em agosto. Houve um outro caso, em uma carga de frango do frigorífico Aurora, de Xaxim (SC), que ocorreu antes da adoção do protocolo que prevê essa "suspensão automática". A unidade ainda não teve a autorização restabelecida. 4 unidades ainda suspensas Neste momento, 4 frigoríficos seguem com sem poder vender para a China, são eles: JBS, de Passo Fundo (RS) – carne de frango; Minuano, de Lajeado (RS) – carne de frango; JBS, de Três Passos (RS) – carne suína; Aurora, de Xaxim (SC) – carne de frango. Desde o início da pandemia, 9 frigoríficos e 1 unidade de pescados do Brasil foram suspensos pela China. Do total, as unidades da BRF em Dourados e Lajeado, da Marfrig em Várzea Grande, da Minerva em Barretos, a empresa Monteiro Indústria de Pescados e a processadora de carne Agra, já tiveram a autorização restabelecida. VÍDEOS: mais notícias do agronegócio
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Após 8 meses de rombo, contas públicas têm superávit de R$ 2,95 bilhões em outubro
Superávit foi alcançado devido a resultado positivo das contas dos estados, municípios e empresas estatais. Dívida pública subiu para 90,7% do PIB no mês passado, informou o BC. As contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 2,953 bilhões em outubro, informou o Banco Central nesta segunda-feira (30). Os números englobam as contas do governo federal, estados, municípios e empresas estatais.
O superávit primário é registrado quando as receitas de impostos e contribuições do governo são maiores que as despesas. A conta não inclui, porém, os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.
Apesar de positivo, foi o pior resultado para meses de outubro desde 2015 (déficit de R$ 15,530 bilhões). No mesmo período de 2019, o superávit fiscal foi de R$ 9,444 bilhões.
Entretanto, informou o BC, foi o primeiro superávit fiscal desde janeiro.
De abril em diante, as contas públicas registraram rombos fiscais elevados por conta do aumento de despesas diante da pandemia do novo coronavírus e da queda na arrecadação, fruto do tombo na atividade econômica e da decisão do governo de adiar o prazo de pagamento de impostos para socorrer empresas.
Nos últimos meses, porém, indicadores apontam para um retomada da economia, ligada ao pagamento do auxílio emergencial e à redução do distanciamento social.
Em outubro, os dados oficiais mostraram uma alta maior da arrecadação federal, de quase 10% em termos reais, também devido ao pagamento de impostos atrasados.
Contas do governo têm défict de R$ 3,56 bilhões em outubro
Estados e municípios
De acordo com dados do Banco Central, o resultado positivo das contas públicas em outubro está relacionado com o desempenho dos estados, municípios e das empresas estatais.
No mês passado, o governo federal registrou um déficit primário de R$ 3,210 bilhões.
Esse valor, porém, foi compensado por um saldo positivo de R$ 5,164 bilhões nos estados e municípios, e de R$ 998 milhões nas estatais.
O Banco Central tem avaliado, nos últimos meses, que os superávits dos estados e municípios neste ano têm sido impulsionados pelo auxílio do governo federal para enfrentar a pandemia do novo coronavírus, aprovado pelo Congresso Nacional.
Parcial do ano
No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, as contas do setor público consolidado apresentaram déficit primário de R$ 632,973 bilhões. O resultado foi o pior já registrado para o período na série histórica do BC.
Para este ano, havia uma meta de déficit para o setor público de até R$ 118,9 bilhões. Entretanto, com o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional por conta da pandemia, não será mais necessário atingir esse valor.
Em todo ano de 2019, as contas do setor público tiveram um déficit primário de R$ 61,87 bilhões, ou 0,85% do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o sexto ano seguido de contas no vermelho, mas também foi o melhor resultado desde 2014, ou seja, em cinco anos.
Gastos com juros
Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional – houve déficit de R$ 30,924 bilhões nas contas do setor público em outubro.
Em 12 meses até outubro deste ano, o resultado ficou negativo (déficit nominal) em R$ 1,011 trilhão, o equivalente a 13,95% do PIB – valor alto para padrões internacionais e economias emergentes.
Esse número é acompanhado pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.
O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do déficit primário elevado, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica.
Dívida bruta
A dívida bruta do setor público brasileiro, indicador que também é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco, subiu novamente em outubro.
Em dezembro do ano passado, a dívida estava em 75,8% do PIB, somando R$ 5,5 trilhões. Em setembro deste ano, já tinha avançado para 90,5% do PIB (R$ 6,53 trilhões) e, em outubro, atingiu o recorde de 90,7% do PIB, o equivalente a R$ 6,57 trilhões, informou o Banco Central.
O Ministério da Economia tem estimado que a dívida bruta do setor público pode encerrar este ano em 94,4% do PIB devido aos gastos para combater a pandemia do novo coronavírus, e pelo tombo esperado na economia.
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Tempo está se esgotando para acordo comercial do Brexit, dizem Reino Unido e União Europeia
Período de transição para a saída do Reino Unido da UE termina em 31 de dezembro. O Reino Unido e a União Europeia alertaram nesta segunda-feira (30) que o tempo está acabando para um acordo comercial do Brexit, e os negociadores em disputa sobre auxílio estatal, fiscalização e pesca à medida que tentam evitar uma saída tumultuada dentro de um mês.
O Reino Unido finalmente deixará a órbita da UE em 31 de dezembro, quando termina um período de transição de adesão informal, embora ambos os lados estejam correndo para fechar um acordo que abrange quase US$ 1 trilhão em comércio.
Pôquer do Brexit começa: Reino Unido prepara saída sem acordo comercial
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que luta contra o pior número de mortos oficiais pela Covid-19 da Europa, disse que um acordo seria preferível, mas que o Reino Unido prosperaria sem um acordo quando ficasse sozinho após 48 anos de filiação ao bloco.
"Agora realmente estamos ficando sem tempo. Esta é a semana crucial — precisamos conseguir um avanço", disse o secretário britânico do Meio Ambiente, George Eustice, à Sky, acrescentando que, se um bom progresso for feito esta semana, as negociações poderiam ser prorrogadas.
A UE transmitiu uma mensagem parecida.
"Estamos ficando sem tempo aqui", disse o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney. "A verdade do Brexit agora está sendo exposta em termos de seus desafios."
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Bovespa opera em alta e caminha para maior ganho mensal desde pelo menos 2002
Na sexta-feira, o principal índice da bolsa subiu 0,32%, a 110.575 pontos. O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta segunda-feira (30), em meio à falta de um viés único no exterior, após cinco pregões seguidos de ganhos e caminhando para a maior alta mensal desde, pelo menos, outubro de 2002. Às 10h48, o Ibovespa tinha alta de 0,162%, a 110.750 pontos. Veja mais cotações. Na sexta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,32%, a 110.575 pontos, nova máxima desde o Carnaval. Com o resultado o Ibovespa passou a acumular alta de 17,69% na parcial do mês. No ano, tem queda de 4,38%. B3 mais que dobra número de investidores ativos em 12 meses Cenário global e local Na visão do estrategista Dan H. Kawa, CIO da TAG Investimentos, movimentos de acomodação em ativos de risco como os registrados no exterior nesta sessão são plenamente normais e esperados mesmo em momentos de otimismo do mercado, segundo comentários a clientes. "Seguimos vivendo uma dicotomia entre um curto-prazo de notícias ainda desafiadoras em relação a pandemia, porém com perspectivas mais esperançosas em torna da vacina", afirmou à Reuters. Por aqui, os analistas do mercado financeiro subiram a estimativa de inflação para 2020 pela décima sexta semana seguida, de 3,45% para 3,54%. Já a projeção para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) no ano foi reduzida de 4,55% para 4,50%, segundo pesquisa "Focus" do Banco Central. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,38 para R$ 5,36. O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) recuou em novembro pelo segundo mês seguido, evidenciando as dificuldades de recuperação do setor. Além das preocupações com o risco de uma segunda onda de contaminações no país e de desaceleração do ritmo de recuperação da economia, segue no radar dos investidores as discussões em torno do Orçamento de 2021 e nas medidas de ajuste fiscal para garantir a saúde das contas públicas. Risco fiscal: entenda o que é e saiba por que a piora das contas públicas preocupa No exterior, os mercados seguem guiados pelas esperanças de uma vacina contra o coronavírus e expectativa de recuperação da economia global. Nesta segunda, a farmacêutica norte-americana anunciou uma eficácia de 94,1% da sua vacina e que planeja solicitar uma autorização para uso emergencial do seu imunizante a agências reguladoras dos EUA e Europa. Variação do Ibovespa em 2020 G1 Economia VÍDEOS: Últimas notícias de Economia se, opera em alta nesta segunda-feira (30), em meio à falta de um viés único no exterior, engatando o quinto pregão e de alta e caminhando para a maior alta mensal desde, pelo menos, outubro de 2002.
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FGTS emergencial: R$ 7,9 bilhões não foram sacados; prazo para solicitar resgate termina dia 31 de dezembro
Trabalhadores que tenham optado por não fazer a retirada ainda podem mudar de ideia e solicitar o saque entre os dias 7 e 31 de dezembro. Trabalhadores que tenham optado por não fazer o resgate podem mudar de ideia e solicitar o saque entre os dias 7 e 31 de dezembro. CAIO ROCHA/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO A Caixa informou nesta segunda-feira (30) que cerca de R$ 7,9 bilhões do Saque Emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) creditados em poupança digital não foram movimentados e, em razão disso, retornarão para as contas vinculadas dos trabalhadores, devidamente corrigidos. O calendário de pagamentos do Saque Emergencial do FGTS no valor de R$ 1.045 começou em junho e terminou neste mês de novembro. Durante todo o calendário, foram disponibilizados R$ 37,8 bilhões para mais de 60 milhões de trabalhadores. Ou seja, 20,9% do total não foi retirado. A Caixa lembra, porém, que os trabalhadores que ainda desejarem retirar os recursos podem solicitar o saque pelo aplicativo FGTS entre os dias 7 e 31 de dezembro. "Nesses casos, o saldo será transferido novamente para a conta digital aberta pela Caixa e ficará disponível para movimentação pelo aplicativo Caixa Tem", explica o banco. O saque emergencial foi criado por meio da Medida Provisória 946/20 em meio ao conjunto de açõs do governo para atenuar os impactos da pandemia de coronavírus. Veja tira-dúvidas sobre saques do FGTS de até R$ 1.045 Veja como consultar o saldo do FGTS Consulta de saldo e informações de saque Para receber o Saque Emergencial FGTS, é preciso estar com os dados cadastrais atualizados. Segundo a Caixa, os trabalhadores que ainda não receberam devem acessar o aplicativo FGTS, complementar os dados cadastrais e solicitar o saque dos valores, que serão creditados na Conta Poupança Social Digital. O valor e a data do crédito serão informados em seguida. A Caixa disponibiliza os seguintes canais de atendimento para o saque emergencial FGTS: Site fgts.caixa.gov.br Central de Atendimento CAIXA 111, opção 2: Internet Banking Caixa: APP FGTS – Clique aqui para baixar o aplicativo para celulares Android – Clique aqui para baixar o aplicativo para celulares iOS (Apple) Vídeos: veja mais notícias sobre o FGTS
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Prefeitura de Cambé abre inscrições para concurso público com 25 vagas
Inscrições devem ser feitas pela internet até 28 de dezembro. Há vagas para professores, auxiliar de saúde bucal, técnico em saúde bucal, enfermeiro, farmacêutico bioquímico e médicos. Concurso será realizado em fevereiro de 2021 Divulgação A Prefeitura de Cambé, no norte do Paraná, abriu, nesta segunda-feira (30), as inscrições para um concurso público com 25 vagas mais cadastro de reserva. As inscrições devem ser feitas pela internet até o dia 28 de dezembro, as taxas custam R$ 60 e R$ 90, conforme o cargo desejado. Os pedidos de isenção de pagamento da inscrição devem ser feitos até o dia 4 de dezembro pelo site da organizadora do concurso. Do total de vagas, 13 são destinadas para contratação de professores que vão atuar na educação infantil e no ensino fundamental, quatro são para auxiliar em saúde bucal, três para médicos, e ainda há uma vaga para técnico em saúde bucal, enfermeiro, farmacêutico bioquímico, respectivamente. Confira o edital Os selecionados terão carga horária que podem variar de 20 a 40 horas semanais, ou em escala de plantão 12/36 horas. Os salários variam de R$ 1.697,46 a R$ 10.066,33, conforme o cargo pretendido. Provas As provas estão previstas para serem aplicadas no dia 21 de fevereiro de 2021. Todos os candidatos responderão a uma prova objetiva que tem caráter classificatório e eliminatório. Os inscritos para as vagas de professor também deverão escrever uma redação. O processo ainda contará com a etapa de avaliação de títulos para todos os cargos. O concurso terá validade por dois anos podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Veja mais notícias da região no G1 Norte e Noroeste.
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Financiamento imobiliário dispara, mas alta de juros e desemprego são alerta para bancos
De janeiro a outubro, foram financiados mais de 320 mil imóveis, somando R$ 92,6 bilhões, alta de 49% em relação ao mesmo período de 2019. Prédio em construção no Rio de Janeiro Pilar Olivares/Reuters Ter a primeira casa em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, parecia um sonho distante quando o tatuador Fernando do Prado e a técnica em farmácia Jenifer Ferreira ficaram noivos em janeiro. Eles logo perceberam, porém, que estaria ao alcance deles se usassem suas economias como entrada, com o pagamento do financiamento de um apartamento de tamanho semelhante na periferia da maior cidade da América do Sul custando menos da metade do aluguel mensal equivalente. "Significou muito para nós começarmos nossas vidas juntos já possuindo nossa casa", disse Jenifer depois que o sonho do casal se tornou realidade em setembro com a compra de um apartamento de dois quartos. A forte queda nas taxas de juros deflagrou um boom de financiamento imobiliário no Brasil, tornando viável a compra da casa própria para milhares como Jenifer e Fernando e permitindo a outros mudar para imóveis maiores ou comprar uma casa de praia ou de campo. O aumento é bem-vindo para os bancos Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil, cujas carteiras de crédito ficaram sob pressão com a crise do coronavírus. A Covid-19 também gerou perdas enormes de empregos e um aumento, pelo menos inicial, dos ativos problemáticos nos financiamentos imobiliários, o que pode se mostrar um caminho potencialmente traiçoeiro mais à frente para tomadores e credores, a depender do desenrolar da crise. O último boom imobiliário do Brasil terminou mal, mas os banqueiros dizem que este é diferente, pois é impulsionado por taxas de juros baixas e é sustentado por cuidadosos modelos de crédito. "O mercado imobiliário no Brasil está bem abaixo de seu potencial, deixando muito espaço para crescimento, apesar do estresse econômico", disse Danilo Caffaro, diretor de crédito imobiliário do Itaú. Os financiamentos imobiliários aumentaram 49% no acumulado do ano até outubro em relação ao mesmo período de 2019, para seu maior volume mensal desde 1994, mostraram dados da associação de financiamentos imobiliários do Brasil, a Abecip, impulsionados pela queda na taxa Selic para 2%, ante mais de 14% em 2016. Abecip – outubro/2020 Economia G1 Comprar um imóvel agora se tornou muito mais competitivo e cada queda de um ponto percentual nas taxas de juros traz o financiamento imobiliário ao alcance de mais 2,8 milhões de famílias, diz a associação de incorporadoras imobiliárias, a Abrainc. "As taxas baixas tornam o financiamento imobiliário muito mais palatável e permitem que mais e mais pessoas aproveitem… Então, aquelas pessoas que não foram atingidas pela pandemia mantiveram seus planos de aquisição", disse Cristiane Portella, presidente da Abecip. Sinais de alerta O mercado de financiamento imobiliário no Brasil ainda é nascente, com empréstimos imobiliários em aberto totalizando 720 bilhões de reais, ou cerca de 10% do PIB, o que é menos da metade da proporção no Chile e um quinto da participação nos Estados Unidos. Economistas estimam que o Brasil tenha um déficit habitacional de cerca de 4,5 milhões de unidades, uma lacuna tentadora para bancos e incorporadores. Rafael Menin, presidente da MRV, prevê que as vendas de casas surfarão uma onda de alta pelos próximos 20 a 30 anos se as taxas de juros continuarem em níveis baixos. Porém, a expectativa é que a Selic suba nos próximos anos. Uma pesquisa do Banco Central dá uma previsão para a taxa básica de juros chegar em 3% em 2021, 4,5% em 2022 e 6% em 2023. Mesmo assim, o financiamento imobiliário se tornou uma das áreas de crédito de crescimento mais rápido para os bancos, ávidos por empréstimos com garantias, já que a Covid-19 ameaça colocar consumidores e empresas em situação de inadimplência. Mas, embora as hipotecas pareçam um caminho de menor risco, alguns céticos alertam que pode haver algum tropeço. Isso ocorre em parte porque, ao contrário dos bancos norte-americanos, que vendem quase todos seus financiamentos imobiliários a investidores, os bancos brasileiros mantêm a maioria em seus balanços. Na Caixa Econômica Federal, esses financiamentos representam 66% de sua carteira de empréstimos, enquanto os bancos do setor privado têm de 6% a 8%. Os bancos insistem que modelos de crédito cautelosos com garantias manterão os riscos baixos e, embora os reguladores proíbam os tomadores de empréstimos de financiar mais de 80% do valor de uma casa, os credores têm mantido, em média, esse índice mais baixo, próximo de 60%. No entanto, o volume de ativos problemáticos chegou a aumentar, atingindo o recorde de 6% de todos os empréstimos imobiliários em aberto de todos os bancos no primeiro semestre de 2020, mostram dados do Banco Central em relatório de estabilidade financeira. Os financiamentos imobiliários responderam por 61% de todos os empréstimos concedidos como parte do amplo programa de concessão de carência do setor bancário durante a pandemia, apontou o regulador. Isso representou um soluço temporário, já que 80% dos tomadores de empréstimos retomaram os pagamentos regulares em setembro, disse o BC à Reuters. Os tomadores continuam solicitando períodos de carência, mas em um ritmo menor, disse o regulador. Erros passados Há pouco mais de cinco anos, um boom imobiliário terminou com os bancos retomando centenas de apartamentos e prédios inteiros, dos quais se desfizeram com descontos posteriormente. Mas bancos e construtoras dizem que esses erros não se repetirão por causa dos juros baixos e novas regras de distratos. No entanto, existem riscos no horizonte e um aumento na taxa básica de juros – que os economistas veem como provável em meio à crescente preocupação com a situação fiscal do Brasil – assim como a inflação, pode elevar o custo de alguns financiamentos. Os empréstimos imobiliários com taxa variável ainda representam apenas 3% do total, mas dados recentes do BC mostram que eles estão em alta, expondo os mutuários a qualquer aumento nas taxas. E outro aumento do desemprego, que já está em 14,6%, também pode representar um risco até para quem tem empréstimos com taxa fixa. "Pode haver alguns problemas aqui e ali para os bancos, mas não vejo um risco sistêmico. Ao contrário da última crise imobiliária, os preços das moradias e dos juros estão baixos no momento", disse o analista Fábio Fonseca, sócio da JGP Gestão de Recursos. Mesmo assim, há sinais de aumento dos preços, com os valores em alguns bairros de São Paulo subindo em 2020. A Cyrela disse que a demanda aumentou os preços de lançamentos no bairro do Brooklin, em São Paulo, em cerca de 5% em menos de um ano, embora nem todas as cidades tenham visto esses ganhos. O diretor de crédito imobiliário do Bradesco, Romero Albuquerque, disse que, embora a turbulência provocada pela pandemia de Covid-19 tenha levado seu banco e outros a aumentar os critérios de concessão de crédito, ainda há muito a ser feito. "As baixas taxas de juros tornaram o financiamento imobiliário tão mais barato que a demanda é enorme, mesmo considerando apenas os pagadores muito bons", disse ele. Vídeos: veja as últimas notícias de economia
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