IPCA-15: prévia da inflação oficial fica em 0,78% em janeiro, aponta IBGE
Este foi o maior resultado para um mês de janeiro desde 2016. Índice desacelerou na passagem de dezembro para janeiro pressionado pela energia elétrica, que teve bandeira tarifária reduzida, mas alimentos seguem pressionando a inflação no país. Redução da bandeira tarifária das contas de energia elétrica ajudou a desacelerar o indicador prévio da inflação na passagem de dezembro para janeiro, segundo o IBGE Marcos Santos / USP Imagens O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,78% em janeiro, conforme divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o maior resultado para um mês de janeiro desde 2016, quando o índice ficou em 0,92%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%, acima dos 4,23% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. IPCA: inflação oficial fecha 2020 em 4,52%, maior alta desde 2016 Analistas do mercado sobem estimativa de inflação para 3,50% em 2021 Em dezembro de 2020, o IPCA-15 ficou em 1,06%. A desaceleração do indicador, segundo o IBGE, foi pressionada pela energia elétrica, já que houve redução das contas de luz devido à mudança da bandeira tarifária. Todavia, os preços dos alimentos seguem pressionando a inflação no país. IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação mensal) Economia/G1 Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito apresentaram alta em janeiro. Apenas comunicação apresentou deflação no mês. Veja o resultado para cada um dos grupos: Alimentação e bebidas: 1,53% Habitação: 1,44% Artigos de residência: 0,81% Vestuário: 0,85% Transportes: 0,14% Saúde e cuidados pessoais: 0,66% Despesas pessoais: 0,40% Educação: 0,11% Comunicação: -0,01% Para seis grupos, o índice desacelerou na passagem de dezembro para janeiro. Houve aceleração do indicador apenas para Vestuário, Saúde e cuidados pessoais e Despesas pessoais. Alimentação segue pressionando a inflação De acordo com o IBGE, o maior impacto no IPCA-15 de janeiro partiu do grupo de Alimentação e bebidas, embora a alta nos preços deste grupo tenha desacelerado de 2% em dezembro para 1,53% em janeiro. A desaceleração dos preços da alimentação ocorreu principalmente por conta dos alimentos para consumo no domicílio, que passaram de 2,57% em dezembro para 1,73% em janeiro. Óleo de soja tem maior subida de preço em 2020; veja as maiores altas e baixas As carnes (1,18%), o arroz (2,00%) e a batata-inglesa (12,34%) apresentaram altas menos intensas na comparação com o mês anterior, quando variaram 5,53%, 4,96% e 17,96%, respectivamente. Já as frutas subiram 5,68%, frente à alta de 3,62% no mês anterior, e contribuíram com o maior impacto (0,06 p.p.) entre os itens pesquisados. No lado das quedas, o destaque foi o recuo nos preços do tomate (-4,14%). Já os alimentos para consumo fora do domicílio seguiram movimento inverso e aceleraram de 0,58% em dezembro para 1,02% em janeiro. Enquanto a refeição (0,81%) apresentou variação próxima à do mês anterior (0,86%), o lanche passou de um recuo de 0,11% para alta de 1,45%, "contribuindo decisivamente para o resultado observado em janeiro", enfatizou o IBGE. Energia elétrica tem o maior impacto individual no mês Depois de Alimentação e bebidas, o segundo maior impacto no índice do mês partiu do grupo Habitação, que teve alta de 1,44% no mês, levemente abaixo do registrado em dezembro (1,50%). O principal impacto na alta da Habitação partiu da energia elétrica que, segundo o IBGE, foi o item com o maior impacto individual no mês (0,14 p.p.), ajudando a desacelerar a inflação na passagem de dezembro para janeiro. A energia elétrica passou de uma alta de 4,08% em dezembro para 3,14% em janeiro. Isso porque passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, em que há acréscimo de R$1,34 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos – em dezembro estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, cujo acréscimo é de R$ 6,24 para cada 100 kWh consumidos. Ainda no grupo Habitação, o segundo maior impacto veio do gás de botijão, que teve alta de 2,42%, foi o oitavo mês consecutivo com alta de preços para o produto. Alta dos transportes desacelera de 1,43% para 0,14% O IBGE destacou que o grupo de Transportes, que é o segundo de maior peso no IPCA-15, apresentou forte de desaceleração – passou de 1,43% em dezembro para 0,14% em janeiro. "Isso ocorreu tanto pela queda nos preços das passagens aéreas quanto pela alta menos intensa da gasolina, que passou de 2,19% em dezembro para 0,95%", destacou o IBGE. As passagens aéreas registraram deflação de 20,49% em janeiro. Segundo o IBGE, essa queda também ajuda a explicar a desaceleração do IPCA-15 na passagem de dezembro para janeiro, somada à redução da energia elétrica. Alta em todas as regiões Todas as 11 regiões pesquisadas pelo IBGE registraram alta do IPCA-15 em janeiro, sendo que em apenas quatro delas o resultado tenha ficado abaixo da média nacional. O maior índice foi observado na região metropolitana do Recife, enquanto Brasília teve o menor resultado. Veja a prévia da inflação para cada uma das regiões pesquisadas pelo IBGE: Recife: 1,45% Porto Alegre: 1,11% Fortaleza: 0,97% Belo Horizonte: 0,97% Rio de Janeiro: 0,95% Goiânia: 0,89% Belém: 0,78% Brasil: 0,78% São Paulo: 0,63% Curitiba: 0,62% Salvador: 0,38% Brasília: 0,33% Para o cálculo do IPCA-15, o IBGE coletou os preços no período de 12 de dezembro de 2020 a 14 de janeiro de 2021 e os comparou àqueles vigentes de 13 de novembro a 11 de dezembro de 2020. Perspectivas e meta de inflação A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,52%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está atualmente em 2% ao ano. Os analistas das instituições financeiras projetam uma inflação de 3,50% no ano, conforme aponta a última pesquisa Focus do Banco Central. Em 2020, a inflação fechou em 4,52%, acima do centro da meta do governo, que era de 4%. Foi a maior inflação anual desde 2016. Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central Aparecido Gonçalves/Arte G1 Assista às últimas notícias de Economia: q
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Índices da China fecham em baixa em meio a especulação de aperto da política monetária
É a maior perda diária desde setembro, depois de tocar máxima de 13 anos na sessão anterior, em meio ao aperto das condições de liquidez e às tensões sino-americanas. O índice de blue-chips da China recuou nesta terça-feira (26), marcando a maior perda diária desde setembro depois de tocar máxima de 13 anos na sessão anterior, em meio ao aperto das condições de liquidez e às tensões sino-americanas.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 2,01%, maior queda no dia desde 9 de setembro. O índice de Xangai teve recuo de 1,51%, maior perda diária desde 22 de dezembro.
O subíndice do setor financeiro do CSI300 recuou 1,71%, o setor de consumo teve queda de 1,11% e o de saúde caiu 3,04%.
As empresas financeiras ficaram sob pressão diante do cenário de aperto das condições de liquidez. As taxas de curto prazo saltaram para níveis pré-Covid nesta terça-feira, com alguns investidores especulando que o banco central pode adotar um viés de aperto em sua política monetária.
As relações entre China e Estados Unidos continuam a pesar sobre o sentimento. A China afirmou nesta terça-feira que realizará exercícios militares no Mar do Sul da China, poucos dias depois de Pequim ter se irritado com a entrada de um grupo de porta-aviões dos EUA na região.
Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,96%, a 28.546 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,55%, a 29.391 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,51%, a 3.569 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 2,01%, a 5.512 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 2,14%, a 3.140 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,80%, a 15.658 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,95%, a 2.945 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 permaneceu fechado.
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Dólar opera em queda após baixa liquidez na véspera
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,6%, a R$ 5,5125. O dólar opera em queda no início dos negócios desta terça-feira (26), após um dia de baixa liquidez na véspera, devido ao feriado municipal pelo aniversário de São Paulo. Às 11h31, a moeda norte-americana era vendida a R$ 5,4036 em queda de 1,98%. Veja mais cotações. Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,6%, a R$ 5,5125. Cenário O dia é de cautela nos mercados. Por aqui, o O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou mais cedo que a evolução da pandemia, com o aumento do número de casos neste começo de ano, assim como o fim do auxílio emergencial, podem implicar um cenário doméstico "caracterizado por mais gradualismo ou até uma reversão temporária da retomada econômica". O Copom também afirmou que chegou a avaliar uma elevação na taxa básica de juros. Dados da Fundação Getulio Vargas apontaram pioras nas confianças do consumidor e da indústria da construção, indicando um início de ano caminhando para o pessimismo. Também mais cedo, o IBGE divulgou os primeiros dados sobre a inflação em 2021: a prévia do IPCA trouxe uma alta de 0,78% em janeiro, o maior resultado para o mês desde 2016. Nos Estados Unidos, a espera é pela reunião do Federal Reserve, o Banco Central local. Poucas mudanças são esperadas no comunicado de política monetária do banco central na quarta-feira, com o chair Jerome Powell devendo falar sobre a inflação na entrevista após a reunião. Para onde o dólar vai em 2021? Entenda os fatores que pesam no câmbio Risco fiscal: entenda o que é e saiba por que a situação das contas públicas preocupa Dólar 25.01.2021 Economia G1 VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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FMI vê nova melhora em projeções para PIB global; Brasil deve ter ‘encolhido’ 4,5% em 2020
Para este ano e o próximo, fundo projeta altas de 5,5% e 4,2% na economia global; e de 3,5% e 2,6% no Brasil. O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou nesta terça-feira (26) suas estimativas para a economia mundial. Na atualização de seu relatório 'World Economic Outlook', o fundo estima que a economia global levou um tombo de 3,5% em 2020 – uma melhora em relação à projeção feita em outubro, que via uma queda de 4,4%. Houve uma nova melhora também nas estimativas para o Brasil: o FMI agora vê uma queda de 4,5% no PIB brasileiro do ano passado. Em outubro, a estimativa era de um tombo de 5,8% – já bem menos acentuado que a queda de 9,1% que a entidade projetava para o ano em junho. Os números oficiais serão divulgados em 3 de março pelo IBGE. "Apesar do alto e crescente custo humano da pandemia, a atividade econômica parece estar adaptando-se a atividades intensivas de contato moderadas com o passar do tempo. Finalmente, medidas adicionais anunciadas no final de 2020 – principalmente nos Estados Unidos e no Japão – são esperadas para fornecer mais apoio em 2021–22 à economia global", diz o fundo. Previsões do FMI para 2020 Economia G1 2021 e 2022 O fundo também revisou para cima suas projeções para o desempenho da economia global – e do Brasil – neste ano. No documento, o FMI afirma que, "ainda que as recentes aprovações de vacinas tenham aumentado as esperanças de uma reviravolta na pandemia ainda este ano, renovadas 'ondas' e novas variantes do vírus representam preocupações para as projeções". Desse modo, "em meio a uma incerteza excepcional", o fundo projeta um crescimento de 5,5% na economia global em 2021 – acima da taxa de 5,2% estimada em outubro. Para 2022, o crescimento esperado é de 4,2%. Para o Brasil, o FMI estima expansões de 3,6% e 2,6% neste ano e no próximo, respectivamente. Em outubro, as projeções apontavam para altas de 2,8% e 2,3%. Os Estados Unidos aparecem como destaque positivo nesta revisão: a estimativa de junho, de queda de 8%, foi substancialmente melhorada, para uma queda de 4,3%. Economias avançadas A estimativa do FMI é que a economia desse bloco tenha fechado 2020 com queda de 4,9%, inferior à projeção de tombo de 5,8% feita em outubro. Os Estados Unidos devem mostrar um desempenho superior ao da zona do euro, com queda de 3,4%, ante 7,2% no bloco europeu – onde a Espanha é destaque negativo, com tombo de 11,1% seguida pela queda de 10% na Itália. Já para este ano e o próximo, o fundo vê expansões de 5,5% e 4,2%. Economias em desenvolvimento Nos países emergentes e em desenvolvimento, o PIB de 2020 deve mostrar queda de 2,4% – bastante ajudado pelo resultado da China, onde a economia aponta para um crescimento de 2,3% (seguido por fortes altas de 11,5% e 6,8% em 2021 e 2022). Quedas mais acentuadas nos números de 2020 devem ser registradas no México (-8,5%), na Índia (-8%) e África do Sul (-7,5%). Já para 2021 e 2022, o FMI projeta expansões de 6,3% e 5% no PIB das economias emergentes e em desenvolvimento. FMI – Projeções para o PIB Economia G1 Assista as últimas notícias de economia
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Bovespa opera em alta após feriado; Eletrobras tem forte queda
Na sexta-feira, o principal índice da bolsa caiu 0,80%, a 117.380 pontos. Ibovespa é o principal índice da B3, a bolsa brasileira Amanda Perobelli/Reuters ooo O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta terça-feira (26), na retomada dos negócios após o feriado da véspera, aniversário da cidade de São Paulo. Às 11h40, o Ibovespa tinha alta de 1,02%, a 118.582 pontos. Veja mais cotações. As ações da Eletrobras eram destaque de queda, recuando mais de 7%, depois que o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, anunciou sua renúncia ao cargo no último domingo. O executivo foi indicado para assumir o comando da BR Distribuidora. Na última sexta, a bolsa fechou em queda de 0,80%, a 117.380 pontos, e acumulou queda de 2,47% na semana. Cenário O dia é de cautela nos mercados. Por aqui, o O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou mais cedo que a evolução da pandemia, com o aumento do número de casos neste começo de ano, assim como o fim do auxílio emergencial, podem implicar um cenário doméstico "caracterizado por mais gradualismo ou até uma reversão temporária da retomada econômica". O Copom também afirmou que chegou a avaliar uma elevação na taxa básica de juros. Dados da Fundação Getulio Vargas apontaram pioras nas confianças do consumidor e da indústria da construção, indicando um início de ano caminhando para o pessimismo. Também mais cedo, o IBGE divulgou os primeiros dados sobre a inflação em 2021: a prévia do IPCA trouxe uma alta de 0,78% em janeiro, o maior resultado para o mês desde 2016. Nos Estados Unidos, a espera é pela reunião do Federal Reserve, o Banco Central local. Poucas mudanças são esperadas no comunicado de política monetária do banco central na quarta-feira, com o chair Jerome Powell devendo falar sobre a inflação na entrevista após a reunião. Ibovespa – 22.01.2021 Economia G1 VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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Após saída de Wilson Ferreira, Eletrobras vai buscar executivo no mercado
Estatal vai contratar uma consultoria externa especializada em recrutamento e seleção de altos executivos para assessorar o conselho de administração no processo de seleção e eleição do novo presidente, depois da renúncia de Wilson Ferreira Junior no domingo (24). Wilson Ferreira Jr. Ueslei Marcelino/Reuters A Eletrobras informou que vai contratar uma consultoria externa especializada em recrutamento e seleção de altos executivos para assessorar o conselho de administração no processo de seleção e eleição do novo presidente, depois da renúncia de Wilson Ferreira Junior no domingo (24). A companhia informou ainda que Wilson Junior continua ocupando uma das cadeiras do conselho de administração. A renúncia reforçou a ideia no mercado de que a privatização está fora do radar do governo, pelo menos no curto prazo. Wilson Ferreira Junior alegou que sua saída da empresa foi motivada pela "quebra de perspectiva" de privatização da empresa. Na segunda-feira (25), ele foi anunciado como futuro presidente da BR Distribuidora. Nesta terça-feira, as ações da Eletrobras caíam ao redor de 10% na Bovespa, com o mercado repercutindo a saída de Ferreira Junior. "A privatização carece de capital político. Tivemos a pandemia, que deslocou os planos para o segundo semestre do ano passado, e agora tivemos manifestação de candidatos [na eleição legislativa] de que esse processo não seria prioritário", disse o executivo em entrevista coletiva na segunda-feira. "O que falta fazer é aumentar a capacidade de investimento, se não consigo ver perspectiva de prioridade para esse processo, minha contribuição fica perdida", afirmou. O executivo não mencionou nomes, mas a declaração a que fez referência foi de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato à presidência do Senado. O parlamentar disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a privatização da empresa não estava garantida e deveria ser feita sem se subter a "entreguismo sem critério". "Não estou aqui para questionar. Posso dizer que é uma prioridade do Ministério de Minas e Energia e Ministério da Economia, necessário para fazer frente aos desafios fiscais que o país tem. É uma condição necessária, mas, aparentemente, não suficiente", disse Ferreira Junior. Para ele, a discussão sobre privatizações amadureceu pouco no país e sofre resistência da opinião pública. Assim, novos atrasos no cronograma inviabilizariam a conclusão do processo no curto prazo pela proximidade com as eleições de 2022. Ferreira Junior pode ter que cumprir quarentena antes de assumir a BR Distribuidora. A partir de 1º de fevereiro, e até que ele possa assumir o posto, a companhia será liderada interinamente pelo diretor executivo de operações e logística, Marcelo Bragança, que será apoiado por um comitê de transição. Privatização a passos lentos A saída do executivo, que antes da Eletrobras presidiu por 18 anos a CPFL Energia, vem após poucos avanços na desestatização – Ferreira Jr. é grande defensor da privatização da empresa. No cargo desde julho de 2016, ele foi nomeado pelo ex-presidente Michel Temer. Depois, foi convidado pelo governo de Jair Bolsonaro para continuar no comando da estatal, sob expectativas de que liderasse a continuidade de planos para a privatização da companhia. Em dezembro, o governo anunciou que pretende realizar nove privatizações em 2021, entre as quais a da Eletrobras. A venda da estatal, porém, é um dos grandes desafios do governo Bolsonaro. A expectativa da pasta era que o projeto fosse aprovado ainda no primeiro semestre. Mas, na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que não haverá prejuízo se a votação pelo Congresso Nacional da privatização da companhia ficar para o segundo semestre deste ano. O governo prevê levantar cerca de R$ 16 bilhões com a privatização da Eletrobras, por meio de uma capitalização da companhia por meio da emissão de novas ações e envolve pagamento de outorgas à União. O governo anterior, de Michel Temer, falava em promover uma desestatização da Eletrobras, por meio de uma operação em que a empresa emitiria novas ações e diluiria a fatia governamental na companhia para uma posição minoritária. A gestão Bolsonaro passou a adotar o termo "capitalização" para se referir ao processo. A equipe do ministro Paulo Guedes teve grande dificuldade para avançar em 2020 com o programa federal de privatizações. Em dois anos de governo, nenhuma estatal de controle direto da União foi vendida e muitos dos leilões de concessão ou de parceria com a iniciativa privada previstos para o ano foram adiados ou cancelados. Em novembro, Guedes admitiu estar "bastante frustrado" por ainda não ter conseguido vender uma estatal. Na ocasião, ele afirmou que "acordos políticos" no Congresso têm impedido as privatizações. A nova meta da equipe econômica é realizar 104 leilões em 2021, incluindo 9 privatizações, entre as quais Eletrobras e Correios, além de 25 projetos de estados e prefeituras. Se os projetos saíram do papel, a expectativa é que resultem em mais de R$ 371 bilhões em investimentos ao longo dos anos de contrato. Assista a mais notícias de Economia:
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Guedes defende ‘travar o resto todo’ do orçamento caso auxílio emergencial seja renovado
Ministro da Economia defendeu que servidores públicos continuem sem reajuste e que não haja aumento automático de verbas para educação e segurança pública. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (26) que a estratégia da área econômica é levar adiante a vacinação em massa da população brasileira e aguardar a queda da taxa de mortalidade da Covid-19 e o retorno de um nível mais forte da atividade econômica, de modo que não seja preciso renovar o auxílio emergencial.
Segundo ele, porém, se a vacinação atrasar e a pandemia se agravar, e isso leve à necessidade de renovar o auxílio emergencial, os demais gastos do governo têm de ser contidos.
"Não pode ficar gritando guerra toda hora. Tem de ter muito cuidado", disse Guedes, se referindo ao chamado "orçamento de guerra", aprovado pelo Congresso no ano passado e que permitiu ao governo o investimento bilionário em ações de combate à pandemia, entre elas o pagamento do auxílio emergencial a trabalhadores informais.
"Quer criar o auxilio emergencial de novo, tem de ter muito cuidado. Pensa bastante, pois, se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública, pois a prioridade passou a ser absoluta, é uma guerra. Aqui é a mesma coisa, se apertar o botão ali, vai ter de travar o resto todo [do orçamento]. Então vamos observar a economia, a saúde, os dois andam juntos, e esperar pelo melhor", completou.
Quase 68 milhões de brasileiros são impactados pelo fim do auxílio emergencial
Partido de oposição, e mesmo aliados do governo, têm defendido uma nova rodada do auxílio emergencial. O presidente Jair Bolsonaro, entretanto, têm dito que não será possível o pagamento do benefício em 2021 devido à disparada do endividamento público no ano passado.
Sem reajuste
Entre as medidas para cortar gastos em caso de renovação do auxílio, Guedes defendeu que servidores públicos continuem sem reajuste e que não haja aumento automático de verbas para educação e segurança pública.
"A classe política tem de assumir a responsabilidade pelos orçamentos. Se ela apertar o botão vermelho, de emergência, não é só pegar o dinheiro e sair correndo. Tem de fazer todo o protocolo de sacrifício por anos. Se você está em guerra, não tem distribuição de medalha antes da guerra acabar, ou seja, não pode ter aumento de salário enquanto não passar um, dois anos depois da guerra. Tem de pagar o custo da guerra, não pode empurrar isso para as futuras gerações", disse..
Ainda comparando a pandemia com um cenário de guerra, ele afirmou que liberar uma nova rodada de auxílio emergencial, com alto impacto nos gastos públicos, seria igual disparar uma "bomba atômica".
"Tem o botão vermelho. Se apertar, prepara, destruiu o outro lado, mas vai ter desastre ambiental para tudo quanto é lado, pois o outro lado também dispara. Vai ser o caos", disse.
Para levar adiante esse plano, porém, Guedes afirmou que é preciso incluir na PEC do pacto federativo, que ainda não foi votada, uma "cláusula de calamidade pública".
"É um caso agudo de emergência fiscal. Desindexa, desvincula, trava sua despesa lá, e em um ano ou dois, o aumento natural da receita resolve a situação", disse.
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GUERREIRO DISCUTE CORREDOR CULTURAL E GASTRONÔMICO DE TIA EVA COM SECRETÁRIA ADJUNTA DA SEDESC
O vereador Ronilço Guerreiro se reuniu com a secretária adjunta da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia (SEDESC), Mara Bethânia Gurgel, discutindo diversos projetos voltados ao empreendedorismo, entre eles o Corredor Cultural e Gastronômico da Comunidade de Tia Eva.
“Sempre digo que ‘empreendedorismo é a arte de realizar o sonho de maneira planejada’ e precisamos provocar nas pessoas o sonho de empreender. Essa reunião foi muito importante, pois discutimos possibilidades concretas, ideias que podem virar realidade e saí muito otimista desse encontro”, comentou Guerreiro.
Mara Bethânia avaliou o encontro como positivo e destacou o projeto na Comunidade de Tia Eva. “Já temos quatro corredores gastronômicos em Campo Grande, mas apenas um totalmente regulamentado. Achei fantástica essa proposta, pois é uma região cultural e que pode ser um diferencial turístico para a cidade. Vamos nos reunir com os moradores, apresentar modelos e dizer que existem alguns aspectos que precisam ser atendidos e acredito que será um projeto muito bom para a cidade”.
Outro ponto discutido no encontro foram as incubadoras. “Falamos sobre empreendedorismo e possibilidade de oferecer cursos para as pessoas que vivem próximas das incubadoras. Vamos em busca de parcerias, pois é um tema importante e necessário para os moradores e trabalharemos em conjunto na formação de novos empreendedores”, destacou a secretária adjunta.
Guerreiro complementou dizendo que vai trabalhar para que as hortas urbanas possam chegar em toda cidade. “A SEDESC tem esse projeto das hortas urbanas que acho fantástico, valoriza a produção local e o trabalhador. Vamos buscar apoiar a entidade para que possa levar esse trabalho para mais bairros e assim estar mais próximo da população”.
“Precisamos despertar nas pessoas o sonho adormecido. Empreender é dar a oportunidade para que todos melhorem a vida e essa é uma das bandeiras que quero sempre atuar”, complementou o vereador.
Mais informações sobre o mandato do vereador Ronilço Guerreiro podem ser obtidas pelo site www.souguerreiro.com ou pelo telefone 3316-1549.
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Lufthansa perde 1 milhão de euros a cada duas horas, diz presidente da companhia
A Lufthansa está perdendo 1 milhão de euros (R$ 6,4 milhões) a cada duas horas, "uma melhora significativa" em relação ao período mais duro para o setor durante a pandemia, disse o presidente do grupo alemão na quinta-feira (21).
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Fã de ‘Breaking Bad’ é principal suspeito de assassinar bilionário chinês de gigante de games
Ele se inspirou na série de TV americana "Breaking Bad", e usou gatos e cachorros como vítimas de testes antes de envenenar pelo menos três pessoas, o que causou a morte de um magnata dos jogos online.
Leia mais (01/21/2021 – 17h20)
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