Produção de carne suína da China em 2020 supera estimativas
Ainda sim, montante foi 3,3% menor que o de 2019. A produção de carne suína da China ficou acima do esperado por alguns analistas no ano passado, em recuperação após o setor ter sido dizimado por uma incurável doença que atingiu os suínos em 2019.
A produção de carne de porco da China em 2020 caiu 3,3% na comparação com o ano anterior, para 41,13 milhões de toneladas, após ter desabado 21% em 2019, disse o Escritório Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira (18).
Exportações da carne brasileira bateram recorde
Com isso, 'PF' do brasileiro ficou mais caro
Mas alguns analistas disseram que esperavam queda bem maior em 2020, depois que a peste suína africana devastou o rebanho suíno chinês em 2019.
Os estoques de porcos para reprodução na China haviam caído cerca de 60% em meados de 2019, depois que a doença atingiu fortemente o país na metade de 2018.
O número final foi "bem elevado, maior do que eu esperava", doses Pan Chenjun, analista do Rabobank. "Em novembro, nós provavelmente esperaríamos uma redução de 10% a 15%".
Xiao Lin, analista da Win & Fun Investment, com sede em Shenzhen, também disse que ela esperava um recuo maior, de entre 5% e 10% na produção em 2020.
Políticas de apoio ao setor e incentivos ajudaram a reviver a indústria, liberando mais de 200 bilhões de iuanes (US$ 30,87 bilhões) em investimentos.
A produção no último trimestre de 2020 saltou para 13 milhões de toneladas, segundo cálculos da Reuters com base nos dados. Isso representa alta de 21% frente aos 10,74 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior, e também fica acima dos 8,4 milhões de toneladas do terceiro trimestre.
Apesar do salto na produção, os preços da carne suína subiram significativamente no final de novembro, atingindo 47 iuanes por quilo na semana passada, quase no mesmo nível de há um ano atrás.
"Esse é um sinal de que há uma escassez muito grande", disse Pan, ao acrescentar que a demanda não aumentou de maneira acentuada.
Os dados também mostraram que o rebanho suíno chinês cresceu para 406,5 milhões de cabeças ao final de dezembro, de 370,39 milhões ao final de setembro.
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Preços do petróleo caem por temor com coronavírus e valorização do dólar
Ritmo lento da vacinação gera dúvidas sobre o quão cedo as economias poderão se recuperar. Os preços do petróleo tiveram leve queda nesta segunda-feira (18), com a valorização do dólar e temores relacionados ao aumento no número de casos de Covid-19 ao redor do mundo e ao ritmo lento de vacinação contra o coronavírus ofuscando uma recuperação trimestral acima do esperado na economia da China.
Economia da China cresce 2,3% em 2020
O petróleo Brent fechou em queda de 0,35 dólar, ou 0,64%, a US$ 54,75 por barril, enquanto o petróleo dos Estados Unidos (WTI) cedeu 0,27 dólar, ou 0,52%, para US$ 52,09 o barril, em dia em que os mercados norte-americanos permaneceram fechados devido a um feriado local.
"Os temores econômicos induzidos pelo coronavírus, o dólar mais forte e o sentimento mais pessimista dos investidores estão desempenhando seus papéis no fato de que o Brent está operando cerca de 3 dólares abaixo do visto na quarta-feira passada", disse Eugen Weinberg, analista do Commerzbank.
Os contratos de referência haviam se recuperado nas últimas semanas, impulsionados pelos avanços da vacina contra a Covid-19 e por um corte inesperado na produção de petróleo da Arábia Saudita. O ritmo lento da vacinação, porém, gerou dúvidas sobre o quão cedo as economias poderão se recuperar.
O dólar, enquanto isso, se fortaleceu pelo terceiro dia seguido nesta segunda-feira, atingindo uma máxima de quatro semanas. O preço do petróleo geralmente é cotado em dólares, o que faz com que a valorização da divisa norte-americana torne a commodity mais cara para compradores com outras divisas.
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Canadá vai retirar proibição a voos do Boeing 737 MAX em 20 de janeiro
Air Canada informou que vai retomar os voos comerciais com o 737 MAX em 1º de fevereiro. O Canadá informou nesta segunda-feira (18) que vai retirar uma proibição de quase dois anos de voos do Boeing 737 MAX em 20 de janeiro, aumentando a lista de países que liberaram o retorno da operação da aeronave após duas quedas que mataram centenas de pessoas. Foto aérea mostra vários aviões Boeing 737 MAX no aeroporto internacional Grant County em Moses Lake, nos EUA Lindsey Wasson/Reuters Separadamente, a Air Canada afirmou que vai retomar os voos comerciais com o 737 MAX em 1º de fevereiro, retornando gradualmente a operação do modelo em rotas na América do Norte. No início deste mês, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou a Boeing de conspirar para cometer fraude por não ter fornecido todas as informações sobre o processo de aprovação do 737 Max, modelo de avião que sofreu dois acidentes fatais. Vídeos: Últimas notícias de economia
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Ministro diz não ver prejuízo se privatização da Eletrobras ficar para o segundo semestre
Bento Albuquerque (Minas e Energia) afirmou que se não for privatizada estatal não manterá participação na geração e transmissão de energia. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta segunda-feira (18) que não haverá prejuízo se a votação pelo Congresso Nacional da privatização da Eletrobras ficar para o segundo semestre deste ano.
A expectativa da pasta era que o projeto fosse aprovado ainda no primeiro semestre. O ministro afirmou que, se não for privatizada, a Eletrobras não terá como manter a participação atual na geração e na transmissão de energia elétrica.
"Não há prejuízo. A empresa está lá, está fazendo aquilo que ela pode fazer. Ela não tem recursos que seriam necessários para manter a participação dela na geração e na transmissão de energia, mas ela está sendo muito bem administrada”, disse.
Saiba qual pode ser o impacto da privatização da Eletrobras na economia
No fim da tarde desta segunda-feira, Albuquerque se reuniu por mais de duas horas com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para planejar a articulação junto ao Congresso da aprovação de projetos econômicos considerados de maior prioridade para as duas pastas.
Albuquerque negou que para isso seja necessária a vitória de Arthur Lira (PP-AL)— que tem o apoio do governo — para a presidência da Câmara. A eleição será no próximo dia 2.
"Nós trabalhamos com o Congresso Nacional, com as lideranças políticas, quaisquer que sejam elas", disse.
Segundo Albuquerque, a articulação com o Congresso começará após a eleição das presidências da Câmara e do Senado, quando as comissões legislativas estiverem constituídas.
Os dois ministros também debateram a atuação conjunta dos ministérios nos leilões de geração e transmissão de energia anunciados para 2021.
Além da Eletrobras, Albuquerque apontou como prioritários o projeto que remete o regime de exploração do polígono do pré-sal ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a modernização do setor elétrico e a Nova Lei do Gás.
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Ministros da zona do euro prometem apoio fiscal contínuo no enfrentamento ao coronavírus
Autoridades da região alertaram que a pandemia está piorando os desequilíbrios econômicos do bloco. Os ministros das Finanças da zona do euro reiteraram nesta segunda-feira (18) apoio fiscal contínuo para suas economias e discutiram o desenho de planos de recuperação pós-pandemia, enquanto a Comissão Europeia alertou que a crise da Covid-19 está piorando os desequilíbrios econômicos do bloco. Presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe Reuters "Nossa discussão de hoje reconfirmou o consenso muito forte sobre a necessidade de manter uma posição orçamentária de apoio", disse o presidente do Eurogrupo – que reúne os ministros das Finanças do bloco -, Paschal Donohoe, em entrevista coletiva após a reunião. "Os ministros também enfatizaram a importância de coordenar nossos esforços a nível da zona do euro e o fato central de que podemos realizar mais coletivamente do que individualmente." Em uma nota preparada aos ministros, a Comissão informou que a pandemia estava pressionando países, já altamente endividados, a assumirem mais dívidas e aumentando os problemas em áreas como competitividade e emprego. Essas divergências entre as economias que compartilham a mesma moeda aumentam o risco de crises e tornam a política monetária única do Banco Central Europeu (BCE) menos eficaz. Para evitar isso, a UE concordou com um pacote de recuperação de 750 bilhões de euros, a ser emprestado e reembolsado em conjunto, que financiará reformas e investimentos em cada um dos 27 países-membros da UE para impulsionar o potencial de crescimento, evitando o aumento da dívida. "Teremos de prestar muita atenção aos desequilíbrios decorrentes do impacto social da crise, que ainda não foram totalmente sentidos. Devemos evitar um agravamento das já preocupantes desigualdades dentro das nossas comunidades e entre os nossos países", afirmou Paolo Gentiloni, comissário europeu para Assuntos Econômicos e Financeiros. Antes de conseguirem obter os recursos do pacote de recuperação, os governos da UE devem traçar planos para gastá-lo sob a orientação da Comissão. Os planos têm de cumprir os requisitos da UE de tornar as economias mais verdes, mais digitalizadas, melhorar a resistência a crises e impulsionar o crescimento potencial. Eles também precisam levar em conta as recomendações individuais de cada país, emitidas pela Comissão no ano passado. Vídeos: Últimas notícias de economia
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PIS-Pasep 2020-2021: abono salarial é pago para nascidos em janeiro e fevereiro
Valor do benefício varia de R$ 92 a R$ 1.100, de acordo com a quantidade de meses trabalhados no ano-base 2019. Calendário de pagamentos se estenderá até 30 de junho de 2021. O abono salarial 2020-2021 começa a ser liberado nesta terça-feira (19) para os trabalhadores com direito ao benefício nascidos em janeiro e fevereiro. Para os trabalhadores que não são correntistas da Caixa, o dinheiro é depositado em poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Para quem já tem conta na Caixa, os créditos são realizados nas contas existentes e os valores podem ser movimentados com a utilização do cartão da conta, internet banking ou APP da Caixa. Com o aumento do salário mínimo em janeiro, o valor do abono salarial varia de R$ 92 a R$ 1.100, de acordo com a quantidade de meses trabalhados durante o ano-base 2019. Valores do abono salarial que serão pagos em 2021 Reprodução O PIS é destinado aos trabalhadores do setor privado e é pago na Caixa Econômica Federal. Já o Pasep é pago para servidores públicos por meio do Banco do Brasil. O calendário de saques do PIS-Pasep 2020-2021 se estenderá até 30 de junho de 2021. No caso do PIS (trabalhadores do setor privado), os pagamentos são feitos de acordo com o mês de nascimento do trabalhador. No Pasep (para servidores públicos), seguem o número final do benefício. Caixa começa a pagar abono salarial em poupança digital; entenda Como funciona o Caixa Tem A movimentação da poupança social digital é feita pelo aplicativo Caixa Tem, com limite mensal de R$ 5 mil. O trabalhador pode realizar compras em estabelecimentos com o cartão de débito virtual e QR Code, por meio de maquininhas de cartão, e pagar contas de água, luz, telefone, gás e boletos em geral pelo próprio aplicativo. Os saques podem ser realizados nos terminais de autoatendimento, lotéricas e Correspondentes Caixa Aqui a partir da geração de token diretamente no app Caixa Tem. O token também pode ser gerado nas agências, com a apresentação de documento de identificação com foto. Clique aqui para baixar o aplicativo para celulares Android Clique aqui para baixar o aplicativo para celulares iOS (Apple) Caixa inicia nesta semana o pagamento de abono para trabalhadores inscritos no PIS PIS-Pasep 2020-2021 Quem nasceu nos meses de julho a dezembro (PIS) ou tem número final de inscrição entre 0 e 4 (Pasep) recebeu o benefício ainda no ano de 2020. Já os nascidos entre janeiro e junho e com número de inscrição entre 5 e 9 receberão no primeiro semestre de 2021. Em qualquer situação, o recurso ficará à disposição do trabalhador até 30 de junho de 2021, prazo final para o recebimento. A Caixa vai disponibilizar cerca de R$ 15,8 bilhões para mais de 20,5 milhões de beneficiários do PIS até o final do calendário do exercício 2020/2021. Só entre os aniversariantes em janeiro e fevereiro com direito ao saque do benefício, são mais de 3,4 milhões de trabalhadores, que receberão mais de R$ 2,75 bilhões em recursos. Calendário do PIS Calendário de pagamento do PIS Reprodução Calendário do Pasep Calendário de pagamento do Pasep Reprodução/D.O.U. Qual o valor e quem tem direito? O valor do abono salarial varia de R$ 92 a R$ 1.100, de acordo com a quantidade de meses trabalhados durante o ano base 2019. Só receberá o valor total quem trabalhou os 12 meses de 2019. Tem direito ao abono salarial quem recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais com carteira assinada e exerceu atividade remunerada durante, pelo menos, 30 dias em 2019. É preciso ainda estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter os dados atualizados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Para saber se tem direito e como sacar Para sacar o abono do PIS, o trabalhador que possuir Cartão do Cidadão e senha cadastrada pode se dirigir aos terminais de autoatendimento da Caixa ou a uma casa lotérica. Se não tiver o Cartão do Cidadão, pode receber o valor em qualquer agência da Caixa, mediante apresentação de documento de identificação. Informações sobre o PIS também podem ser obtidas pelo telefone 0800-726-02-07 da Caixa. O trabalhador pode fazer uma consulta ainda no site www.caixa.gov.br/PIS, em Consultar Pagamento. Para isso, é preciso ter o número do NIS (PIS/Pasep) em mãos. Veja como localizar o número do PIS na internet Os servidores públicos que têm direito ao Pasep precisam verificar se houve depósito em conta. Caso isso não tenha ocorrido, precisam procurar uma agência do Banco do Brasil e apresentar um documento de identificação. Mais informações sobre o Pasep podem ser obtidas pelo telefone 0800-729 00 01, do Banco do Brasil. Abono salarial 2019-2020 Cerca de dois milhões de trabalhadores que não realizaram o saque do Abono Salarial do calendário anterior, finalizado em 29 de maio deste ano, ainda podem sacar os valores. O prazo vai até 30 de junho de 2021. A consulta do direito ao benefício, bem como do valor disponibilizado, pode ser realizada por meio do app CAIXA Trabalhador, pelo atendimento CAIXA ao Cidadão – 0800 726 0207 e no site http://www.caixa.gov.br/abonosalarial/. Assista às últimas notícias de Economia
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Exportação de café do Brasil bate recorde em 2020, diz Cecafé
Vendas cresceram 9,4% com relação ao ano anterior, atingindo 44,5 milhões de sacas de 60 kg. Segundo a entidade, efeito da seca ainda será avaliado. Plantação de café em Minas Gerais Reprodução/Globo Rural As exportações de café do Brasil atingiram recorde de 44,5 milhões de sacas de 60 kg em 2020, considerando a soma dos produtos verde, solúvel e torrado & moído, afirmou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) nesta segunda-feira (18). Exportações de commodities do Brasil em 2020 têm recordes que vão do petróleo ao café De onde vem o que eu como: café é a 2ª bebida mais consumida no país e interesse por métodos de preparo cresceu na pandemia A tendência indica que o ritmo de exportações continue, mas podem ocorrer efeitos do ciclo de baixa da cultura e da longa estiagem ocorrida no ano passado, que ainda serão avaliados, de acordo com Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé. "Ainda temos café suficiente para atender os mercados. O Brasil vai continuar embarcando o máximo que é possível, mas é importante esperarmos fevereiro e março para termos um número mais seguro (sobre os estoques e safra)", afirma Carvalhaes. Em relação a 2019, o resultado dos embarques de 2020 representa alta de 9,4%. Do volume total embarcado, 40,4 milhões de sacas foram de café verde, aumento de 10,2% comparado ao ano anterior. Os cafés verdes são compostos pelos grãos tipo arábica, cujas exportações totalizaram 35,5 milhões de sacas no ano passado, alta de 8,4% ante 2019 e recorde histórico para essa variedade. Os embarques da variedade robusta (conilon) atingiram 4,9 milhões de sacas, crescimento de 24,3% e também maior volume embarcado na história, segundo o Cecafé. As exportações de café solúvel foram de 4,1 milhões de sacas, alta de 2,4% e volume recorde do produto industrializado. "Devido à pandemia da Covid-19, estamos passando por um período desafiador e, ao mesmo tempo, tivemos uma das maiores safras, batendo um recorde histórico", afirmou o presidente da entidade. Segundo o Cecafé, houve uma mudança na dinâmica de consumo da bebida imposta pelo surto do novo coronavírus no mundo, que fez com que a população parasse de frequentar as cafeterias, mas não parasse de tomar café. Além do consumo em casa, também avançaram novas modalidades de venda, como a online. Quanto à segunda onda da pandemia, que desencadeou novos lockdowns em diversos países, Carvalhaes disse que o comportamento dos consumidores será avaliado. "O consumo doméstico deverá continuar firme e forte, mas o fora do lar continuará prejudicado com esses lockdowns, principalmente na Europa", alertou o presidente. Entre os compradores, os Estados Unidos permaneceram como principal destino do café brasileiro, com 8,1 milhões de sacas exportadas para o país, equivalente a 18,3% das exportações totais no ano passado. O segundo maior destino foi a Alemanha, com 7,6 milhões (17,1%) e, em terceiro, a Bélgica, com 3,7 milhões (8,4%). "Nos dois continentes mais afetados pela Covid-19, Europa e América do Norte, o Brasil apresentou crescimento nas exportações, de 8,8% e de 3,8%, respectivamente", pontuou Carvalhaes. Retorno financeiro A receita cambial com as exportações de café no ano passado alcançou 5,6 bilhões de dólares, alta de 10,3% em relação a 2019 e equivalente a R$ 29 bilhões, representando aumento de 44,1% na conversão em moeda local, de acordo com o Cecafé. Com isso, o conselho afirmou que o setor teve participação de 5,6% nas exportações do agronegócio e de 2,7% nos embarques totais do país. Já o preço médio da saca no ano foi de 126,52 dólares. "O Brasil é o país que mais repassa preço ao produtor. De todos os ganhos que se tem nas exportações, a maior parte fica com o produtor. Mostrar recordes significa receita a mais para o produtor", disse a entidade. Dezembro recorde Ainda de acordo com o Cecafé, em dezembro o Brasil exportou 4,3 milhões de sacas de café para o mundo, dado que representa também um recorde histórico em volume exportado para o mês, além do aumento de 38,6% no comparativo anual. A receita cambial gerada no período foi de 541 milhões de dólares, crescimento de 37,1% e equivalente a 2,8 bilhões de reais, representando alta de 71,7% na conversão em reais. As exportações de cafés verdes somaram 3,9 milhões de sacas (+41,8% ante dezembro de 2019), sendo 3,5 milhões de sacas de café arábica (+46,3%) e 381 mil de robusta (+10,1%). Os cafés industrializados corresponderam a 353,1 mil sacas embarcadas (+11,3%), sendo 352 mil sacas de café solúvel (+11,5%). Vídeos: tudo sobre o agronegócio
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Preço do aluguel tem alta de 2,48% em 2020, diz FipeZap
Indicador teve alta de 0,43% em dezembro, novamente abaixo da inflação registrada por IPCA e IGP-M. Goiânia teve o maior aumento do preço médio no mês, de 1,17% Fernanda Carvalho/Fotos Públicas msmosicO O oooiO nooo O preço médio dos novos alugueis residenciais teve alta de 2,48% em 2020, segundo o Índice FipeZap. O indicador foi divulgado nesta terça-feira (19), e fecha o último mês do ano, de dezembro, com valorização de 0,43%. No resultado anterior, o valor de locação subiu 0,03%, interrompendo uma sequência de 5 meses de queda. Mesmo acelerando em dezembro, a alta novamente foi menor que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, e que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da FGV. Variação do preço de locação de imóveis residenciais no Índice FipeZap G1 Economia No ano, a alta nos de preços de aluguel só venceram o IPCA em 5 das 11 capitais monitoradas. Goiânia lidera o índice, com valorização acumulada de 8,87% em 2020. As outras quatro são Belo Horizonte (6,24%), Recife (5%), Salvador (4,96%) e Brasília (4,91%). A menor valorização anual foi em Fortaleza (0,26%). Em seguida, estão Rio de Janeiro (0,7%), Florianópolis (0,82%), São Paulo (1,14%) e Porto Alegre (1,27%). Curitiba foi a única cidade que teve desvalorização de preços de aluguel no ano: -0,37%. Como fica o aluguel em 2021 com a alta do IGP-M Preço médio Em relação ao mês anterior, o preço médio do aluguel residencial em dezembro subiu, ficando em R$ 30,46/m². Entre as 11 capitais monitoradas, São Paulo permaneceu com o maior valor (R$ 40,06/m²), seguida de Brasília (R$ 32,16/m²), Recife (R$ 31,50/m²) e Rio de Janeiro (R$ 30,74/m²). O menor preço médio ficou em Fortaleza, R$ 17,34/m²). Inquilinos brasileiros começam o ano negociando o valor do aluguel Rentabilidade Para quem investe em imóveis, o melhor negócio está em Recife. A rentabilidade foi de 0,50% ao mês. Em seguida, vêm Salvador (0,44% a.m.), São Paulo (0,43% a.m.) e Porto Alegre (0,41% a.m.). A pior rentabilidade está em Fortaleza, com 0,29% ao mês. O Rio de Janeiro vem em seguida, com 0,32% a.m. A média do FipeZap foi de 0,39% ao mês entre as capitais. VÍDEOS: veja as últimas notícias de economia
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Venda de vinhos tem alta de 31% em 2020, impulsionada pela quarentena
Pandemia do coronavírus reduziu comemorações que priorizavam outras bebidas; expectativa para 2021 é mais contida por conta da crise econômica. Vinho: foram 501,1 milhões de litros comercializados em 2020 contra 383,9 milhões de litros no ano anterior. Freepik Na contramão de setores que sofreram com a pandemia do coronavírus, o mercado de vinhos teve alta de 31% em 2020. Ao todo, foram 501,1 milhões de litros comercializados em 2020 contra 383,9 milhões de litros no ano anterior. Como mostrou o G1 em outubro, as vendas subiram no ano passado por conta do isolamento social. Subiu a preferência pela bebida para momentos de lazer em casa. Wine pede suspensão de sua entrada na bolsa O levantamento final de 2020 foi cedido com exclusividade ao G1 pela Ideal Consulting, empresa que mede o comércio entre as vinícolas e supermercados, lojas e restaurantes, somando importações. Os números captam, portanto, a formação de estoque e não a venda na ponta. A venda de vinhos nacionais subiu 32,4% no ano passado, enquanto os importados tiveram crescimento de 26,5%. Assim, o produto brasileiro ganhou 3 pontos percentuais no mercado. A preferência por vinhos daqui é efeito direto do dólar mais alto. A moeda americana teve alta acumulada de 29% no ano, elevando junto o preço de produtos importados. A boa notícia para produtores é que os vinhos finos brasileiros ganharam 2 pontos percentuais do mercado, um crescimento de 100% em 2020. Casal pede vinho barato em restaurante de NY e recebe garrafa de US$ 2 mil por engano Os finos são aqueles de qualidade mais alta, feitos com uvas próprias para a produção da bebida (vitiviníferas). São eles que tentam bater de frente com produtores vizinhos, como Argentina, Chile e Uruguai, e que têm ampla procura de quem aprecia a bebida. "Foi um ano atípico. O desafio para 2021 será sustentar esse crescimento, com as pessoas voltando às suas rotinas, com crise econômica, câmbio desfavorável e aumento do preço dos vinhos brasileiros por conta da falta de insumos", diz Felipe Galtaroça, CEO da Ideal Consulting. Segundo Galtaroça, a moeda americana será decisiva também no ano que virá. Por conta das pressões de mercado de commodities, por exemplo, as vinícolas brasileiras sofreram com a falta de garrafas e caixas de papelão nos últimos meses. As importadoras, diz, também aproveitaram para formar estoque com o enfraquecimento do dólar depois das eleições americanas. Houve, então, queda de procura em dezembro e haverá nos primeiros meses deste ano. Felipe Galtaroça, CEO da Ideal Consulting: mercado de vinhos sofrerá pressão da crise econômica e falta de insumos produtivos Divulgação Mercado de vinhos comemora crescimento recorde nas vendas Consumo A Ideal estima ainda que o volume consumido em litros por habitante no Brasil tenha crescido substancialmente. Em 2019, cada brasileiro maior de 18 anos bebia, em média, 2,13 litros de vinho ao ano, segundo a empresa. O resultado apurado de 2020 foi de 2,78 litros no ano. A autoridade máxima nessa estatística, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), nem mesmo divulgou o resultado para 2019. Em 2018, o número apurado no Brasil foi de 2 litros anuais para cada habitante. A diferença para outros mercados é considerável. O líder do ranking da OIV foi Portugal, que teve consumo de 62 litros per capita naquele ano. Franceses beberam 50 litros em média. Italianos, 44 litros. Argentinos, 25 litros. Em outras palavras: a cada garrafa bebida por um brasileiro, mais de 30 são consumidas por um português. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia ,
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5 passos para começar um negócio digital ou levar sua empresa para a internet
Do planejamento aos cuidados com a Lei Geral de Proteção de Dados, veja dicas de como montar um empreendimento na internet. 5 passos para começar um negócio digital ou levar sua empresa para a internet
A pandemia de coronavírus impulsionou as vendas online em 2020. Com medidas de isolamento social e lojas com as portas fechadas, o crescimento no faturamento do comércio online superou 38% no ano, segundo estimativa da Ebit/Nielsen.
Os números dos 12 meses do ano passado ainda não foram compilados, mas, somente no primeiro semestre, o faturamento de lojas online cresceu 47%, maior alta registrada em 20 anos, segundo a consultoria.
“A tendência é que o digital cresça cada vez mais. Avançamos o equivalente a 5 anos com a pandemia”, afirma Eder Max, consultor do Sebrae. “O consumidor já se acostumou a comprar de maneira digital”.
Especialistas recomendam focar em 5 pontos na hora de montar o empreendimento digital: planejamento, plataforma de vendas, rede social, pós-venda e adequação a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A maioria deles serve para quem está começado, do zero, um negócio online ou migrando do meio físico para o digital (veja algumas dicas para quem quer fazer este segundo processo no final da reportagem).
O motivo para a escolha do meio digital está ligada também ao custo, explica o consultor. “É mais seguro e mais barato começar só no digital. No negócio físico é necessário atrair a pessoa até o local”, afirma Eder Max.
1. Planejamento
Planejar é essencial ao começar um negócio, seja no meio físico ou digital. Por isso, é importante fazer um plano de negócio, para quem está começando um empreendimento ou migrando para o digital, focando em 6 pontos:
formar o preço de venda;
garantir fornecedores;
negociar o frete;
estudar empresas da área;
pesquisar números do segmento;
entender quais os custos fixos e prazo de retorno do investimento;
definir meios de receber os pagamentos.
“É preciso entender antes de construir, tem que analisar tudo e somente depois investir”, recomenda Miklos Grof, CEO da Company Hero, startup que auxilia empresas a migrarem para o meio digital.
Para Miklos, um empreendedor húngaro radicado no Brasil, é importante encontrar o chamado “Mínimo Produto Viável” (MPV), ou seja, qual o gasto mínimo para que a loja funcione dentro do que o empresário espera, um patamar para que a empresa tenha o mínimo de funcionalidade, com o menor gasto, para testar o encaixe do produto no mercado.
"Um bom teste do MPV para quem não tem e-commerce é começar a vendendo apenas pelas redes sociais e WhatsApp", explica Eder Max, do Sebrae.
Conheça sete passos para montar um plano de negócios
2. Plataforma de vendas
Outro passo essencial é escolher qual será a sua plataforma de vendas. Além de vender diretamente pelas redes sociais para ter menor custo, os empreendedores podem optar por 2 formas mais avançadas:
E-commerce (com seu próprio site de vendas).
Market place (são plataformas agregadoras, como Amazon, Mercado Livre e Magalu).
A escolha entre essas opções vai depender do que se mostrar mais financeiramente viável para cada negócio. Para Márcia Ogawa, sócia-líder de tecnologia da consultoria Deloitte, apostar em market place tem suas vantagens principalmente para quem está começando.
Isso porque a estrutura possibilita o uso de meios de pagamento e de entrega.
“Ela reduz as suas despesas e acaba tornando o negócio visível para um público maior", afirma Márcia.
Mas, o consultor do Sebrae, Eder Max, indica que é importante construir um site próprio, mesmo que não efetue a venda diretamente por este meio.
“Ter o site dá mais segurança para o comprador. Ele acaba funcionando como uma vitrine de loja, um endereço virtual para quem não tem o físico”, afirma. Nessa hora, é importante que o site seja compatível com smartphones.
Sobre o uso de redes sociais, pode ser um modo de evitar custos e participação de terceiros na venda. "Pode usar catálogos de WhatsApp e Facebook para expor de forma organizada, mas a transação comercial é feita por fora da plataforma", explica Eder Max. O consultor aponta o uso do Pix como uma opção em alta para quem vai fazer a venda direta.
Escolha correta da plataforma e plano de negócio são essenciais para começar um e-commerce
3. Redes sociais
Um de seus primeiros passos deve ser abir uma página nas redes sociais, ainda quando se está engatinhando no planejamento. Nas redes sociais, você vai encontrar os seus primeiros clientes, mesmo antes de iniciar as vendas.
Esse espaço não serve só para mostrar o produto, mas também é importante para o empreendedor se tornar uma verdadeira referência no assunto. Para isso, é indicado:
entender do assunto para se tornar uma referência;
buscar informações em livros, cursos e podcasts;
postar dicas e curiosidades sobre seu produto;
interagir com os seguidores;
cadastrar a empresa no “Meu negócio”, do Google (página de cadastro com informações principais da empresa: telefone, endereço, etc0;
caprichar no visual (cuidados com as fotos com luz ruim, escuro e fora de foco. É indicado procurar sites que oferecem templates gratuitos para postagens).
A ideia é trabalhar nas postagens falando amplamente sobre o tema de seu nicho. Se for vender bolos, faça postagens sobre confeitaria em geral, por exemplo. "Tudo que você escreve, organicamente, vai funcionar a longo prazo no seu SEO”, diz o gestor Miklos Grof.
O termo SEO vem de “Search Engine Optimization”, em inglês, que é a maneira como seu conteúdo melhora o posicionamento nos buscadores da internet.
Só não vale exagerar nas postagens. “Cuidado para não postar demais, não ser aquele cara chato”, afirma Eder Max, do Sebrae. “A cada três posts, dois podem ser de dicas e apenas um, de venda”, recomenda.
Uso adequado das redes sociais pode aproximar o cliente e trazer resultados
4. Pós-venda
Além disso, o Sebrae explica que o pós-venda não se trata apenas de ouvir e resolver reclamações, o empreendedor deve:
ouvir sobre a experiência de compra do cliente;
ter área de atendimento ao consumidor de fácil acesso no site;
oferecer diversos canais de contato como: telefone, WhatsApp, e-mail e redes sociais.
Como não possui o local físico para que o cliente possa efetuar a devolução, o empreendedor do meio digital precisa seguir corretamente a política de reenvio da mercadoria não desejada pelo consumidor.
"Sobre a lei do arrependimento, durante 7 dias, o empresário não pode cobrar a logística reversa”, explica Eder Max, do Sebrae. Desse modo, o vendedor tem que arcar também com o possível frete de devolução.
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5. Adequar à LGPD
Por estar no ambiente online, o empreendedor precisa seguir regras específicas da LGPD. Ela entrou vigor em setembro de 2020, mas as penalidades só começam a ser aplicadas em agosto de 2021. Entre alguns pontos da lei estão:
Empresas que possuem canais digitais têm que pedir o consentimento para coletar informações dos clientes, como o CPF, por exemplo.
Os cidadãos podem solicitar a retificação de informações e pedir que dados sejam apagados.
Se a empresa reconhecer algum vazamento de dados de clientes, por exemplo, precisará solucioná-lo e notificar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
Além da LGPD, o empreendedor ainda deve estar atento ao Marco Civil da Internet e o Código de Defesa do Consumidor.
“Não é somente abrir uma plataforma e começar a vender a internet”, relembra Eder Max, do Sebrae. “Quando divulga o produto, por exemplo, tem que mostrar o preço. Boa parte dos empreendedores não coloca o preço".
Em alguns casos, além de multa, descumprir a legislação pode levar até a prisão.
EXTRA: migrando para o online
Mesmo quem tem um negócio estabelecido em meio físico pode querer migrar também para o online. Além do que já foi mencionado, o Sebrae indica algumas estratégias iniciais para isso:
Se não tiver muita habilidade com ferramentas digitais, migrar para um market place, onde encontrará toda estrutura já pronta;
Se tem um pouco de habilidade com ferramentas digitais, utilizar plataformas prontas de e-commerce;
Se possui habilidade com as ferramentas digitais, construir o próprio site.
Tanto no caso 2 como no 3, o empreendedor deve usar as redes sociais para poder gerar tráfego aos seus endereços.
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