Cidade que abriga maior polo industrial da BA, Camaçari perderá 10% de arrecadação com fechamento da Ford
Polo Industrial de Camaçari completa, em junho, 43 anos de operação. Um dos maiores complexos industriais integrados do Hemisfério Sul, desempenha papel importante no setor produtivo do estado. Camaçari tem 10% de perda de arrecadação com fechamento da Ford Wilson Pedrosa/Estadão Conteúdo/Arquivo A cidade que abriga o maior Polo Industrial da Bahia, Camaçari, na região metropolitana de Salvador, vai ter cerca de 10% de perda na arrecadação de receitas após o encerramento das atividades da fábrica Ford no Brasil. PERGUNTAS E RESPOSTAS: Ford fecha fábricas no Brasil HISTÓRIA: Ford foi a 1ª a produzir carros no Brasil FOTOS históricas da Ford no Brasil REPERCUSSÃO do fechamento das fábricas O Polo Industrial de Camaçari completa, em junho, 43 anos de operação. Um dos maiores complexos industriais integrados do Hemisfério Sul, desempenha papel importante no setor produtivo do estado. Em entrevista ao G1, o prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo, contou que a cidade, que tem arrecadação anual de cerca de R$ 1,3 bilhão em impostos, perdeu R$ 30 milhões do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e mais R$ 100 milhões do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da receita líquida com o fechamento da montadora de veículos. “Esse ano já perdemos cerca de R$ 30 milhões e a partir do ano que vem cerca de R$ 130 milhões. O município tem uma receita anual de R$ 1,3 bilhão e vai perder R$ 130 milhões, vai perder mais de 10% da capacidade de arrecadar. Sendo que a receita era de recurso próprio e o R$ 1,3 bilhão era toda a receita. São receitas do Fundeb, do SUS, que juntas dão esse total”, disse o prefeito de Camaçari. Fábrica do Ford Ka, em Camaçari Divulgação Elinaldo Araújo conta que Camaçari, que hoje tem 300 mil habitantes, tinha 30 mil habitantes na década de 70. A população cresceu bastante com a implantação do polo petroquímico nos anos 80, 90 e início dos anos 2000, quando a Ford foi implantada na cidade. “Desde que a Ford foi implantada aqui [Camaçari] a população tem crescido cerca de 10 mil por ano”, revelou. De acordo com o prefeito, a chegada da Ford em Camaçari avançou na arrecadação da prefeitura e fortaleceu o polo petroquímico. “Nós já tínhamos um polo e com a vinda da Ford ele se tornou um polo automotivo. Juntando os dois polos, a cidade se tornou um polo industrial", contou. Elinaldo afirma que já se movimenta para trazer outra empresa do ramo automobilístico para a cidade. O governador da Bahia, Rui Costa, também afirmou que já procura a Embaixada da China para sondar investidores para assumir negócio no estado. Além da perda de receita, o município vai registrar mais de 12 mil demissões. O gestor municipal também lembrou das pessoas que não trabalham em empresas relacionadas com a Ford, mas prestam serviços para os funcionários, como escolas, restaurantes e lojas do comércio local. Impacto em outras áreas Centro Comercial de Camaçari, na região metropolitana de Salvador Divulgação De forma indireta, a Ford ajudava a manter viva uma enorme cadeia econômica em Camaçari. Muito dos 12 mil funcionários da empresa moravam na cidade e usufruíam do comércio local, hospitais e escolas da região. O prefeito Elinaldo Araújo afirma que o aluguel de casas, empresas que fazem transporte dos trabalhadores, restaurantes, outras fábricas que fornecem peças e equipamentos, como pneus, por exemplo, foram ou serão impactadas pela saída da Ford. “Só [empresas] agregada soma mais de 12 agregadas. As pessoas compravam no comércio de Camaçari, almoçavam no comércio de Camaçari, jantavam, tomavam café, muitos vieram morar aqui, tinham convênio, pagavam escola particular para os filhos”, disse. Segundo o prefeito, muitas desses funcionários vão precisar usar os serviços de educação e saúde ofertados pela prefeitura. Essa nova demanda necessitaria de mais investimento. “Agora as pessoas não vão ter mais convênio e vão começar a usar a saúde do município. As crianças vão começar a estudar nas escolas públicas. Isso cria um problema geral no município, porque além de ter que investir mais para as pessoas, vamos arrecadar menos”, explicou. Outro ajuste a ser feito pela prefeitura é na Lei Orçamentária Anual (LOA), que tinha previsão de arrecadação baseada no que a Ford significava para o município. “Nós vamos ter que reformar a nossa LOA, redistribuir e fazer alguns cortes para que o município não fique sem pagar as contas”. Para isso, a saída encontrada pelo prefeito é manter os serviços considerados essenciais e fazer apenas os investimentos necessários para a cidade. “Com essa questão, o município perdeu o poder de investimento que tinha, mas eu acredito, tenho fé em Deus, Camaçari é uma cidade atraente, faz parte da região metropolitana, já temo o polo petroquímico e eu acho que vai ser fácil cobrir esse buraco”, disse. Polo Industrial Polo de Camaçari, na região metropolitana de Salvador Divulgação/Cofic O maior Polo Industrial da Bahia foi instalado em Camaçari há 42 anos e aposta em tecnologia de ponta para se destacar no mercado. Segundo o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), o faturamento era de mais de R$ 60 bilhões e gera 45 mil empregos diretos e indiretos. Os números colocavam Camaçari como o 15° maior Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país. O Cofic afirma que trabalha para atualizar os dados após o anúncio do fechamento da montadora de veículos. Antes da saída da Ford, o polo tinha um faturamento anual de aproximadamente US$ 15 bilhões e as vendas para o mercado externo correspondiam a 30% do total das exportações baianas. O Complexo Industrial respondia ainda por mais de 90% da arrecadação tributária dos municípios de Camaçari e Dias D´Ávila e por cerca de 22% do PIB da Indústria de Transformação do Estado da Bahia, de acordo com dados do Cofic. As principais linhas de aplicação dos produtos petroquímicos e químicos são os plásticos, fibras sintéticas, borrachas sintéticas, resinas e pigmentos. Após transformados, os produtos químicos e petroquímicos resultam em embalagens, utilidades domésticas, mobiliário, materiais de construção, vestuário, calçados, componentes industriais (indústria eletrônica, de informática, automobilística e aeronáutica), tintas, produtos de limpeza (detergentes), corantes, medicamentos, fraldas, absorventes higiênicos, defensivos agrícolas e fertilizantes. O Polo Industrial de Camaçari fabrica também automóveis, pneus, celulose solúvel, cobre eltrolítico, produtos têxteis (poliéster), fertilizantes, equipamentos para geração de energia eólica, bebidas, dentre outros, oferecendo ainda ampla gama de serviços especializados às empresas instaladas em sua área de influência. Veja mais notícias do estado no G1 Bahia. Assista aos vídeos do BATV
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6 empresas abrem vagas de emprego e trainee; veja lista
CashMe, Justa, Neodent, FreteBras, Cubo Itaú e Aegea são as empresas com processos seletivos abertos. As empresas CashMe, Justa, Neodent, FreteBras, Cubo Itaú e Aegea estão com vagas de emprego abertas. Veja abaixo detalhes dos processos seletivos:
Veja mais vagas de emprego pelo país
CashMe
A CashMe, fintech do Grupo Cyrela especializada em crédito com garantia de imóvel, abriu 3 vagas para trainees para a operação das áreas de Marketing, Novos Negócios e Performance. O programa ainda contará com a seleção de 3 posições para a Cyrela, focando nas áreas Comerciais e de Inovação.
O programa irá selecionar 6 profissionais com graduação concluída entre dezembro de 2018 a dezembro de 2020. Todas as vagas são para atuação nos escritórios de São Paulo (SP) e as inscrições podem ser feitas até o dia 17 de janeiro.
Entre os benefícios, os trainees terão salário compatível com o mercado, além de assistência médica e odontológica, vale transporte, vale refeição, parceria com academias e seguro de vida.
Para se inscrever acesse: https://talentoscashme.gupy.io/jobs/130487.
Justa
A fintech Justa abriu 300 vagas para consultores externos de vendas (especialistas de território) em cidades de todo o país, para a área de tecnologia na filial de Recife (PE) e áreas de back office na filial de Alphaville (SP).
As oportunidades abertas estão disponíveis em https://jobs.kenoby.com/justa e as remunerações e benefícios variam de acordo com cada oportunidade, porém, todos terão auxílios transporte, refeição e saúde.
Neodent
A Neodent vai abrir até março 200 vagas nas áreas de produção, qualidade, logística, processos e manutenção. A maior parte dos postos de trabalho é para compor o time de Produção e Logística da empresa, além de apoiar o crescimento no quadro da ClearCorrect e da nova fábrica da empresa, que entrou em operação em Curitiba no ano passado. As vagas também estão sendo ofertadas em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Juiz de Fora (MG) e São José do Rio Preto (SP).
As vagas disponíveis estão no site da companhia e o processo seletivo segue até o final de janeiro: https://www.straumann.com/neodent/br/pt/profissionais/sobre-nos/carreiras.html
FreteBras
A FreteBras anuncia a abertura de 750 vagas em áreas estratégicas como operações, tecnologia, produto e marketing. A companhia vai contratar cerca de 200 colaboradores para trabalhar diretamente na empresa, em formato home office. Outros 550 profissionais atuarão de forma terceirizada em postos rodoviários, atendendo e apoiando os caminhoneiros parceiros da plataforma em distintas localizações pelo Brasil.
Cerca de 50 das 200 vagas internas serão destinadas a incrementar o time de produto e tecnologia. As vagas serão disponibilizadas ao longo de 2021 e os interessados podem conhecer as oportunidades disponíveis em https://jobs.kenoby.com/fretebras.
Cubo Itaú
O Cubo Itaú possui mais de 200 vagas disponíveis nas startups que fazem parte do hub. Dessas, mais de 50 são para profissionais de tecnologia. Confira:
Desenvolvedor – 35 vagas
Fintechs, como Accountfy, Bom pra Crédito e Magnetis, startups de educação e saúde, como a Quero Educação e Saúde Digital, são algumas representantes do ecossistema que estão em busca de profissionais de diferentes níveis para trabalhar com Web, back end, full stack, front end, Ruby, BI, Mobile, Python, entre outras especialidades.
Business Intelligence – 7 vagas
Para atuar com BI, é necessário ter habilidades de TI, comunicação e uma das soft skills mais requisitadas do momento: a resolução de problemas. Tudo isso para transformar números e dados em informação tangível e insights que possam guiar estratégias de negócios. Bom Pra Crédito, Infoprice, Quero Educação estão em busca destes profissionais multitasks para ocupar vagas de estágio, analista e coordenador.
Software – 4 vagas
A Cargo X, Pismo e QRPoint buscam pessoas que possam desenvolver o papel de engenheiro de software, para cuidar da parte técnica e científica dos sistemas, desde seu desenvolvimento até entrega e gestão, enquanto a Dootax busca um analista de implementação.
Outras – 12 vagas
Tech Lead, cientistas de dados e designers UX/UI são outras funções buscadas pelas startups membro do Cubo Itaú. Vale ressaltar que os profissionais de TI estão tão requisitados, que frequentemente há vagas de tech cruiter, pessoas especializadas em recrutar profissionais de tecnologia.
Essas e outras vagas podem ser acessadas em https://cubo.network/jobs .
Aegea
A Aegea abriu inscrições para seu programa de trainee 2021, com 20 vagas. Candidatos de todo o país podem participar, desde que formados entre dezembro de 2016 e dezembro 2019, com bacharelado nos cursos de Engenharias, Matemática, Estatística, Ciências Econômicas, Sistemas da Informação, Ciências da Computação e Análise de Sistemas.
Ter disponibilidade para viagens e mobilidade para mudar para qualquer cidade e/ou estado, domínio do pacote Office e inglês intermediário são os demais requisitos para participar da seleção. As inscrições podem ser feitas até 15/01/2021 pelo site aegea.across.jobs
O salário é compatível com a posição e, entre os benefícios, a empresa oferece participação nos lucros, assistência médico-odontológica, seguro de vida, vale alimentação e transporte.
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Quer investir em uma empresa de frete e transporte de cargas? Veja 10 dicas do Sebrae
Serviço está entre as ideias de negócio mais buscadas no site da instituição em 2020. Setor de frete e transporte de cargas gera interesse de novos empreendedores Reprodução/PEGN O serviço de frete e transporte de pequenas cargas foi uma das ideias de negócios mais buscadas em 2020 no site do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Utilizando veículos de pequeno porte, como motos, utilitários e pequenos caminhões, é possível transportar mercadorias dos mais diversos tipos, sejam perecíveis ou de grande valor. Veja dicas para abrir um pet shop Confira dicas para investir em uma distribuidora de bebidas Para incentivar e inspirar os futuros empresários, o Sebrae criou um material com dicas para quem quer investir no segmento, que atrai pela rapidez, a praticidade e o menor preço para o deslocamento de produtos. Veja 10 dicas do Sebrae para abrir uma empresa de frete e transporte de pequenas cargas: Exigências legais: antes de iniciar as atividades no setor, é necessário solicitar o Registro Nacional de Transportes Rodoviários, e verificar a necessidade de um alvará de funcionamento e licença sanitária. Estrutura: para quem está começando, é preciso pensar em um local para guardar os veículos com segurança, um escritório para receber clientes e banheiro para higiene e troca de roupas, quando necessário. Desafios: é muito importante cumprir horários. Falhas na entrega podem causar prejuízos financeiros e, principalmente, levar a perda de clientes. Por isso, é primordial ter rapidez na entrega e segurança no transporte. Apresentação: veículo sempre limpo e motorista uniformizado são regras fundamentais para empresas do setor, independentemente do tamanho ou produto a ser transportado. Segurança: O Sebrae aconselha terceirizar os serviços de mecânica e investir na manutenção preventiva dos veículos utilizados nos transportes. Diferenciais: acondicionar os produtos com segurança, usar embalagens anti-odor para separar produtos de limpeza de alimentos, por exemplo, e usar caixas lacradas são maneiras de conquistar clientes. Qualificação: é importante ter conhecimento sobre logística. Pode ser uma experiência de trabalho em outras empresas ou participação em cursos e eventos. Se precisar de ajudante, é preciso treiná-lo para que os serviços sejam feitos com qualidade. Localização: a área de zoneamento, ou seja, o local onde o veículo ficará, precisa ser autorizado pela prefeitura local. É importante que esse espaço tenha facilidade de saída em momentos de concentração de trânsito ou bloqueios para veículos de cargas. Divulgação: Uma boa pintura no veículo é uma divulgação móvel, que está sempre nas ruas. Além disso, o empreendedor pode investir em redes sociais, cartão de visita, banners, e sites especializados que tenham espaço para anúncios. Mercado em alta: o crescimento do e-commerce, a tendência do consumidor em fazer compras menores e mais frequentes, e o aumento das importações e exportações de pequenos volumes são fatores que favorecem o setor. Veja reportagem do PEGN sobre o aplicativo que conecta caminhoneiros a serviços essenciais durante a viagem: Aplicativo conecta caminhoneiros a serviços essenciais durante a viagem Vídeos: Conheça empreendedores que estão superando a crise
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Alemanha tem contração de 5% no PIB em 2020, apontam dados preliminares
Resultado foi ligeiramente melhor que a previsão de queda de 5,1% do mercado. O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha terminou o ano de 2020 com queda de 5%, segundos dados preliminares divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Destatis, o escritório federal de estatísticas alemão.
O resultado foi ligeiramente melhor que a previsão de queda de 5,1% de economistas consultados pelo “Wall Street Journal”.
O ano de 2020 foi difícil para todas as economias do mundo devido à pandemia de Covid-19, que obrigou governos a decretarem medidas de distanciamento social e fechamento de negócios.
Embora a perspectiva para 2021 ainda seja de recuperação econômica, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, cogita estender o “lockdown” atual até abril em meio a um aumento persistente de casos de covid-19 no país.
A Alemanha registrou mais de 25 mil novos casos do coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o número total de casos para 1.978.590, segundo dados do Instituto Robert Koch.
O consumo privado despencou 6% em 2020, enquanto o investimento empresarial em novos equipamentos também caiu com força.
As exportações recuaram quase 10%, enquanto as importações caíram 8,6%, disse a agência. O únicos pontos positivos vieram dos gastos do governo, que elevaram o consumo estatal em 3,4%, e da construção, onde o investimento subiu 1,5%.
Alemanha anuncia extensão do lockdown até o fim de janeiro
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Exportações chinesas crescem em 2020, apesar da pandemia
Vendas para o exterior aumentam 3,6% na comparação interanual, enquanto as importações caíram 1,1%. Foto aérea mostra containers no terminal de exportações em Qingdao, na China. AFP As exportações da China cresceram 3,6% interanual em 2020, graças à venda de produtos para lutar contra o coronavírus – apontam dados divulgados oficiais divulgados nesta quinta-feira (14). Primeiro país afetado pelo covid-19, mas também o primeiro a se recuperar, a China aparece como o termômetro do tão esperado restabelecimento da economia mundial. Somente em dezembro, as exportações totais da China aumentaram 18,1% com relação ao ano anterior. Trata-se de um resultado superior às estimativas dos analistas, mas muito inferior aos dados de novembro (21,1%). A forte demanda por produtos de saúde e equipamentos de teletrabalho (principalmente computadores), coincidindo com a paralisação causada no mundo pela pandemia, contribuiu para o aumento das exportações, segundo a Alfândega. Já as importações para o gigante asiático cresceram 6,5% no mês passado. O dado é superior às projeções dos analistas (5,7%) e ao percentual do mês anterior (4,5%). No conjunto de 2020, porém, as importações caíram 1,1% em relação ao ano anterior. O superávit comercial da China com os Estados Unidos, que continua sendo o pomo da discórdia com o presidente Donald Trump, aumentou 7,1% no ano passado, para US$ 316,9 bilhões. FMI reduz para 7,9% previsão de crescimento na China em 2021 Desde sua chegada à Casa Branca há quatro anos, Donald Trump fez da redução do déficit comercial com Pequim uma de suas prioridades. Seu governo lançou uma guerra comercial com os chineses em 2018, a qual resultou em taxas alfandegárias recíprocas adicionais sobre muitas mercadorias. Os dois países assinaram uma trégua em janeiro de 2020, pouco antes de o mundo ser paralisado pela pandemia da Covid-19. China coloca mais de 22 milhões em lockdown Vídeos: veja as últimas notícias de economia do G1
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Bolsas da China recuam com aumento de casos de Covid-19
Índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,93%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,91%. O índice de ações blue-chips (mais negociadas) da China recuou nesta quinta-feira (14), afastando-se ainda mais da máxima de fechamento de 13 anos vista esta semana, uma vez que o país registrou o maior salto nos casos de Covid-19 em mais de 10 meses.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,93%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,91%.
As infecções por Covid-19 na província de Heilongjiang quase triplicaram, destacando a crescente ameaça antes de importante feriado nacional, quando centenas de milhões de pessoas normalmente viajam.
As empresas de consumo lideraram as perdas, com o setor de consumo caindo 2,42%. O subíndice do setor financeiro perdeu 1,17% e o de saúde teve queda de 1,8%.
Na Europa, as ações europeias subiam pela terceira sessão seguida nesta quinta-feira, com as esperanças de um grande estímulo a ser apresentado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, e dados positivos de exportações chinesas impulsionando o sentimento.
Vejas as cotações de fechamento das bolsas da Ásia
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,85%, a 28.698 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,93%, a 28.496 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,91%, a 3.565 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,93%, a 5.470 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,05%, a 3.149 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,40%, a 15.707 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,76%, a 3.000 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,43%, a 6.715 pontos.
Covid-19: missão da OMS que investiga origem do vírus chega à China
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Veja as vagas de emprego oferecidas nesta quinta (14) em Petrolina, Araripina e Salgueiro
Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. Carteira de Trabalho, emprego Natalia Filippin/G1 Foram divulgadas as vagas de emprego disponíveis nesta quinta-feira (14) em Petrolina e Salgueiro, Sertão de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco e atualizadas no G1 Petrolina. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. O atendimento na Agência do Trabalho ocorre apenas com agendamento prévio, feito tanto pelo site da secretaria, quanto pelo Portal Cidadão. Petrolina Contato: (87) 3866 – 6540 Vagas disponíveis Araripina Contato: (87) 3873 – 8381 Vagas disponíveis Salgueiro Contato: (87) 3871-8467 Vagas disponíveis GR2 de quarta-feira, 13 de janeiro
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Presidente-executivo do Twitter defende decisão de banir Trump mas afirma que abre ‘precedente perigoso’
Chefe da rede social publicou uma série de posts para justificar restrições à conta do presidente dos Estados Unidos. Jack Dorsey, presidente e fundador do Twitter. Toby Melville/Reuters O presidente-executivo do Twitter, Jack Dorsey, usou a própria rede social na última quarta-feira (13) para defender a decisão de bloquear permanentemente a conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da plataforma. Dorsey disse que "não celebra ou sente orgulho" de banir Trump do Twitter, mas que acredita que essa foi "a decisão correta". A suspensão da conta do republicano aconteceu na última sexta-feira (8), sob alegações de que seus posts recentes incitavam a violência, dois dias depois de apoiadores do presidente dos Estados Unidos invadirem o Congresso, em ato que resultou em 5 mortes. A página pessoal de Trump no Twitter tinha quase 89 milhões de seguidores e era o principal meio de comunicação dele com o público. O executivo disse ainda que a decisão abriu "um precedente que acha perigoso", citando o poder que um indivíduo ou corporação pode ter sobre a conversa pública ao redor do mundo. SAIBA MAIS: Para Merkel, suspensão definitiva de Trump do Twitter é 'problemática' Segundo ele, se as pessoas não concordassem com as regras do Twitter, poderiam procurar outro serviço na internet, mas que esse conceito foi desafiado na última semana, citando a decisão de provedores de internet se recusarem a hospedar a rede social Parler, utilizada por apoiadores do presidente americano Donald Trump. Em sua sequência de tuítes, Dorsey afirmou que uma alternativa descentralizada seria a melhor opção para uma "internet livre e aberta", e citou o Bitcoin como modelo. Initial plugin text t Suspensão em outras redes Na quinta-feira passada (7), o Facebook e Instagram também bloquearam a conta de Trump por tempo indeterminado. O tempo mínimo em que Trump ficará impedido de postar nessas redes será de duas semanas – data que coincide com a posse do presidente eleito Joe Biden, marcada para o próximo dia 20 de janeiro. SAIBA MAIS: Facebook vai remover conteúdo com a frase 'parem com o roubo' Twitter suspende mais de 70 mil contas vinculadas à conspiração pró-Trump QAnon Na última quarta (13), o YouTube, serviço de vídeos do Google, suspendeu o canal do republicano por violar política de incitação à violência. Ele ficou impedido de enviar novos vídeos e fazer transmissões ao vivo na plataforma por pelo menos 7 dias. A suspensão ocorreu após comentários que Trump fez em uma entrevista coletiva, que foi transmitida na plataforma na manhã de terça (12). Outras plataformas como Snapchat e Twitch desabilitaram a conta de Trump. Veja como se organizaram e quem eram extremistas que invadiram Capitólio: Vídeo: saiba como se organizaram e quem eram extremistas que invadiram Capitólio Veja vídeos sobre tecnologia a
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Prestes a deixar o Brasil, Ford liderou estilo de vida que vem sendo abandonado pelas novas gerações
Para quem nasceu a partir dos anos 1980 ou junto com a internet, vivenciar é melhor do que comprar Após 102 anos no Brasil, Ford decidiu interromper a produção no país; imagem mostra visita à fábrica em São Paulo, em 1922 Divulgação/Ford Aos 48 anos, o diretor geral da empresa de pesquisas Euromonitor no Brasil, Marcel Motta, ainda se lembra do seu principal sonho de consumo 30 anos atrás. "Eu queria um carro, para ter a liberdade de ir e vir e encontrar meus amigos", diz. Hoje, a sua filha de 13 anos está longe de pensar na carteira de habilitação como meta, mesmo porque ela pode se conectar online aos amigos a qualquer momento, de qualquer lugar do mundo. Ford encerra a produção de veículos no Brasil Empresa inaugurou a primeira fábrica de automóveis do Brasil; veja o histórico No ano passado, o levantamento "Mobility Survey", da própria Euromonitor, mostrou que, na chamada geração Z, nascida a partir de 1995, 60% usam o transporte público e 33% optam por táxi ou serviços de aplicativos como Uber — mesmo que 64% deles tenham alguém da família (ou eles próprios) com carro na garagem. No caso dos Millenials (nascidos entre 1980 e 1994), o carro está em 83% das residências, mas 68% usam o transporte público e 47% preferem táxi ou Uber para se deslocar. O exemplo na família de Marcel Motta, corroborado por pesquisas, ilustra um dos principais motivos por trás da saída da montadora Ford no Brasil anunciada na segunda (11). Após 102 anos no país, a multinacional americana decidiu interromper a produção no Brasil, que passará a importar automóveis da Argentina e do Uruguai. Com o fechamento das suas três fábricas no país (Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE), cerca de 5 mil trabalhadores serão demitidos e a maioria das 350 concessionárias da marca deixará de existir. Oficialmente, os motivos para a decisão de sair do Brasil foram a "continuidade do ambiente econômico desfavorável" e "pressão adicional causada pela pandemia" de covid-19, mas a sua perda de competitividade no Brasil — um país onde a montadora chegou a fundar em 1928 uma cidade no interior do Pará, a Fordlândia, para explorar as seringueiras que abasteceriam suas fábricas com borracha — é apontada por analistas como o principal motivo para jogar a toalha. Nos últimos cinco anos, a companhia perdeu espaço no país para as asiáticas Hyundai e Toyota: sua participação nas vendas caiu 10,4% em 2015 para 7,1% em 2020. Em 2019, anunciou o fechamento da sua fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo (SP) — berço do PT, onde os metalúrgicos guiados por Luiz Inácio Lula da Silva foram percebidos como uma classe social e política nos anos 70 e 80. Mas o encerramento das operações da Ford no Brasil vai muito além de uma disputa de mercado. É um ponto de inflexão que representa um novo comportamento da sociedade guiado pelas novas gerações, que desejam mais usufruir um serviço do que ter um bem — daí o crescimento do uso de aplicativos de transporte frente ao declínio da compra de automóveis. Empresa chegou a fundar em 1928 uma cidade no interior do Pará, a Fordlândia, para explorar as seringueiras que abasteceriam suas fábricas com borracha Divulgação/Ford De acordo com a associação dos fabricantes no Brasil, a Anfavea, serão produzidos 2,5 milhões de veículos este ano, uma taxa de ociosidade de 50% em relação à capacidade instalada. Em 2020, as montadoras tiveram a produção mais baixa em 17 anos, atingindo 2 milhões de unidades, com a pandemia do novo coronavírus só impulsionando um cenário que já era ruim. A sociedade da terceira década do terceiro milênio é completamente diferente daquela que Henry Ford procurou incentivar em 1903, a partir da criação da fábrica de automóveis: seu modelo de produção, em larga escala, buscava atender uma sociedade de consumo que se formava e que nas décadas seguintes cresceu exponencialmente. Mas hoje o consumo está saturado e a discussão em voga é a reciclagem, a partir da compra de roupas e eletrônicos usados, por exemplo. Da mesma forma, o modelo de trabalho fordista, pautado pela disciplina na linha de produção, onde cada um faz apenas o que lhe compete, já não encontra eco em uma sociedade em que a riqueza está pautada na disseminação digital do conhecimento. Henry Ford, que aplicou a montagem em série para produzir automóveis em massa Divulgação/Ford "A revolução tecnológica que vivemos é muito mais do que uma etapa da revolução industrial", diz Ladislau Dowbor, economista e professor titular de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "Existe uma força reorganizadora e geradora de novas estruturas que caracteriza a revolução digital", diz ele, que acaba de lançar o livro O Capitalismo se Desloca – Novas Arquiteturas Sociais (Edições Sesc). Dowbor destaca o quanto a sociedade está hoje muito mais informada, conectada e colaborativa do que aquela que viu nascer as grandes montadoras. "Passamos da terra à máquina e da máquina ao conhecimento", diz ele. "O grande eixo transformador é que a tecnologia é hoje o principal fator de produção". Não por acaso, a lista das empresas com maior valor de mercado do mundo é basicamente formada por gigantes da tecnologia, como Apple, Alphabet (dona do Google), Microsoft, Amazon e Facebook. Veículo a gasogênio (caldeira alimentada por carvão vegetal), para contornar a falta de combustível durante a 2ª Guerra (1941-1947) Divulgação/Ford Daí o recuo das grandes montadoras — o veículo como símbolo de status pessoal já não faz tanto sentido para quem tem menos de 40 anos. Segundo a pesquisa Lifestyle Survey da Euromonitor, que aponta algumas preferências dos consumidores, separados por gerações, em diversos setores de consumo, em 2019, 56% dos millenials no Brasil concordavam que era melhor gastar dinheiro em experiências do que em comprar coisas. Em 2020, mesmo com todo o impulso ao comércio eletrônico provocado pela pandemia, esse percentual subiu para 62%. É o que explica o surgimento de negócios como o Airbnb: você não precisa comprar a casa dos sonhos, basta alugá-la por uma temporada. Entre 2019 e 2020, a disposição em comprar produtos de segunda mão em vez de algo novo também cresceu, mas em menor proporção: de 35,5% para 37,5% dos jovens nessa faixa etária, segundo a Euromonitor. É o tipo de interesse que fez surgir a plataforma de brechós Enjoei, que abriu o capital em novembro e levantou R$ 1,13 bilhão na B3. Campanha do Corcel II a álcool, com Ayrton Senna Divulgação/Ford "Esse tipo de comportamento entre os mais jovens é cada vez mais comum em todo o mundo", diz Marcel Motta, da Euromonitor. É o que justifica o uso de veículos compartilhados, ou o aluguel de veículos para ocasiões especiais, no lugar da compra de um carro, afirma. "Dessa forma, eles não precisam se preocupar com seguro de carro, custos de manutenção, estacionamento ou deixar de beber se forem a uma festa." O executivo, porém, destaca um diferencial entre os millenials do Brasil e os da Europa ou dos Estados Unidos. "No exterior, o salário de entrada dos jovens no mercado de trabalho é de quatro a cinco vezes maior do que no Brasil", afirma Motta. Ou seja, no Brasil, a compra do carro para quem está no início da vida profissional é uma realidade distante para a maioria. Ford Maverick Divulgação/Ford Os jovens consumidores, especialmente no exterior, têm pautado os caminhos da indústria automobilística — cada vez mais interessada em entregar um serviço e não simplesmente um produto acabado. A Ford Lab, no Vale do Silício, por exemplo, faz testes com veículos autônomos, que dispensam o motorista. A preocupação das novas gerações com a sustentabilidade do planeta também levou as grandes fabricantes a buscar o carro elétrico. "Este é um investimento alto, daí não ser possível para as montadoras insistirem em mercados pouco rentáveis, como o Brasil, se os recursos estão escassos", diz Motta. Na opinião da consultora Betânia Tanure de Barros, a indústria automobilística, assim como muitas outras, vivencia um momento de ruptura para se adaptar rapidamente à nova geração de consumidores. "Já existem estudos que apontam que, dentro de 10 a 15 anos, as montadoras podem representar a 'nova indústria do tabaco' se não mudarem o seu modelo de negócio", diz ela, doutora em psicologia e especialista em cultura organizacional. Fábrica em São Bernardo do Campo (SP), em 1996 Divulgação/Ford A troca dos modelos a combustão pelos veículos elétricos, não poluentes e muito mais econômicos, é um caminho sem volta e em sintonia com o conceito ESG — governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês, que busca medir o impacto de uma empresa ou negócio na sociedade. "As premissas ESG estão cada vez mais no radar de investidores em todo o mundo e ditam o caminho do dinheiro", diz Betânia. O próprio presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, é um entusiasta desta agenda que, para Betânia, está longe de ser apenas retórica. "Seja pela ética da consequência ou da convicção, as empresas vão ter que seguir este caminho — caso contrário, correm o risco de perder não só consumidores, como investidores e até talentos", afirma. "Hoje as pessoas trabalham com propósito e não querem estar associadas a algo que faça mal para o planeta, direta ou indiretamente", diz. Para a especialista, do ponto de vista de gestão, Henry Ford fez um trabalho fundamental e marcou época, trazendo inovação para o sistema produtivo. Mas na era das mídias sociais, onde as informações são rapidamente compartilhadas e não existem fronteiras, criatividade vale muito mais do que produtividade. VÍDEOS: as últimas notícias de economia
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Produção industrial cresce, em novembro, em 10 dos 15 regiões pesquisadas pelo IBGE
Oito das dez regiões que tiveram alta apresentaram taxas superiores à média nacional. Com o resultado de novembro, nove regiões recuperaram o patamar de produção pré-pandemia. São Paulo, que tem o maior parque industrial do país, teve a maior influência sobre a produção nacional em novembro, puxada pelo setor de veículos Shutterstock A produção industrial cresceu, na passagem de outubro para novembro, em 10 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14). No resultado geral do país, a produção industrial cresceu 1,2% em novembro – foi a sétima alta consecutiva, mas ainda insuficiente para apresentar crescimento no acumulado no ano de 2020. Das dez regiões com alta no mês, oito tiveram taxa superior à média nacional. Produção industrial cresce 1,2% em novembro, 7ª alta consecutiva As altas mais expressivas foram registradas na Bahia (4,9%), Rio Grande do Sul (3,8%) Amazonas (3,4%). Já entre as cinco regiões com queda na produção, os piores resultados foram os do Pará (-5,3%) e em Mato Grosso (-4,3%). Das dez regiões com alta na produção industrial em novembro, oito tiveram taxas superiores à média nacional Economia/G1 O IBGE destacou que, com o resultado de novembro, oito das 15 regiões recuperaram o patamar de produção pré-pandemia: Amazonas, Santa Catarina, Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Em outubro, eram nove as localidades que haviam recuperado o patamar produtivo de fevereiro. No entanto, o Pará saiu deste grupo ao registrar o tombo da produção em novembro. O IBGE destacou, também, que as taxas positivas das dez localidades pesquisadas refletiram a ampliação do retorno à produção, após paralisações e interrupções causadas pela pandemia da COVID-19. No acumulado do ano, porém, em que a indústria nacional registra queda de 5,5%, somente três das 15 regiões apresentaram taxas positivas em novembro: Pernambuco (3,2%), Rio de Janeiro (0,5%) e Goiás (0,4%). Espírito Santo (-15,9%), Ceará (-8,2%) e Rio Grande do Sul (-7,4%) foram as regiões com os resultados negativos mais expressivos para o acumulado de janeiro a novembro. Entre janeiro e novembro de 2020, somente três regiões do país apresentavam crescimento da produção industrial Economia/G1 Principais influências para a alta nacional De acordo com o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, São Paulo, que exerce a maior influência no resultado da indústria nacional, viu a produção ser acelerada em novembro pelo setor de veículos. Ele lembrou que em outubro a indústria paulista havia recuado em 0,5%, interrompendo cinco meses seguidos de alta. “Como nos últimos meses, as influências positivas na indústria paulista foram do setor de veículos e do setor de máquinas e equipamentos”, apontou o pesquisador. Almeida enfatizou, ainda, que a indústria paulista acumulou queda de 7,2% entre janeiro e novembro, o quarto pior resultado dentre as 15 regiões pesquisadas. A segunda influência positiva do resultado de novembro partiu da indústria gaúcha, que apresentou o segundo maior resultado entre as regiões pesquisadas e a sétima alta consecutiva. Segundo Almeida, o resultado foi puxado pelo setor de couro, artigos de viagens e calçados. A terceira influência positiva no resultado geral ficou por conta da Bahia, que apresentou a maior taxa entre as regiões pesquisadas. “Esse aumento em novembro na Bahia foi impulsionado pelo resultado do setor de celulose e do setor de bebidas”, explicou o gerente da pesquisa. Já dentre as cinco localidades que tiveram taxas negativas em novembro, a maior influência partiu do Pará, , que teve a maior queda em termos absolutos e a terceira taxa negativa consecutiva. Segundo Bernardo Almeida, a indústria paraense foi prejudicada pelo setor extrativo, que concentra cerca de 88% de toda produção local, e pelo setor de alimentos. Já o Mato Grosso teve a segunda maior taxa negativa do mês, puxada pelos setores de alimentos, muito influente na indústria local, e de derivados do petróleo e biocombustíveis. Dez locais com alta na comparação com 2020 Na comparação com novembro de 2020, em que a indústria nacional apresentou crescimento de 2,8%, também foram dez das 15 regiões pesquisadas que registraram taxas positivas, nove delas superiores à média nacional. Os maiores resultados foram alcançados pelo Paraná, Santa Catarina e Pernambuco. Dentre as cinco regiões com queda na produção nesta base de comparação, Mato Grosso foi a que apresentou o pior resultado. Resultado, por região, na comparação com novembro de 2020: Paraná (14,0%) Santa Catarina (11,1%) Pernambuco (10,0%) Rio Grande do Sul (8,7%) Amazonas (7,8%) Ceará (6,0%) Minas Gerais (5,2%) São Paulo (4,7%) Região Nordeste (3,0%) Brasil (2,8%) Bahia (1,0%) Espírito Santo (-3,9%) Pará (-4,6%) Goiás (- 4,2%) Rio de Janeiro (-7,0%) Mato Grosso (-18,4%) Assista às últimas notícias de Economia:
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