Em Ibiza, a pandemia também é o grande estraga prazeres
Autoridades locais autorizaram apenas a abertura de locais pequenos, cuja capacidade não pode exceder 300 pessoas. Club Hi Ibiza Divulgação/Hi Ibiza Privado de seus 6.000 clientes e suas noites de insônia, o clube Hï Ibiza parece ter se tornado um simples e enorme galpão escuro e silencioso. A ilha espanhola, que normalmente recebe os DJs mais famosos do mundo, não pode dançar neste verão (boreal) devido à pandemia. As autoridades regionais das Ilhas Baleares autorizaram apenas a abertura de pequenas casas de espetáculos, cuja capacidade não pode exceder 300 pessoas, somente para tomar alguns 'drinks' e sem direito de ir à pista de dança. As grandes boates, que tornam Ibiza famosa, estão sem programação. Essas medidas não são rejeitadas pelo setor que, de qualquer modo, sabe que os padrões de distanciamento social impostos pela pandemia impedem qualquer festa digna deste nome. "Quando gritamos, a saliva pode chegar a até dois metros. Quem manterá essa distância em um clube noturno?", pergunta José Luis Benítez, gerente da associação Ocio de Ibiza, representando o setor noturno na ilha. Medo de manchar a marca Ibiza O impacto econômico não tem precedentes para este setor, que representa "mais de 35% do PIB da ilha", e gera centenas de milhões de euros por ano, diz Benítez. Mas os donos das boates e clubes noturnos se conformaram e preferem renunciar à temporada para evitar riscos. "Devo ser responsável", destaca Yann Pissenem, um francês co-proprietário do 'Hï Ibiza', um dos maiores clubes da ilha. Esta pausa na vida noturna é palpável em toda a ilha e frustrou turistas que chegaram quando as fronteiras foram abertas, no final de junho. "É a nossa primeira viagem para Ibiza e pensávamos que haveria festas, mesmo que o vírus ainda esteja presente aqui, por isso estamos um pouco desiludidos", lamenta Mirkan Unvar, de 19 anos, que chegou de Frankfurt com um amigo. Para Adam Clark-Bennett, um britânico de 23 anos que passa o verão em Ibiza desde os seis anos, "a música é um elemento muito importante em Ibiza e, sem os clubes, não é a mesma neste verão". A única lembrança da alma festiva da ilha são os jovens que circulam em seus carros com as janelas abertas e com a música no volume máximo. Após essa temporada "em branco", Ibiza espera recuperar rapidamente o espírito de suas noites, sem a necessidade de respeitar medidas sanitárias. "Gel, viseira protetora, medição de temperatura nas portas… Não quero pensar nisso agora, já que tenho muita fé em (no desenvolvimento) uma vacina (…). Realmente espero que a marcha volte a funcionar com sua capacidade máxima", estima Yann Pissenem.
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Primeiro cruzeiro a retomar viagens turísticas na Noruega registra surto de Covid-19 na tripulação
Ao menos quatro tripulantes da embarcação testaram positivo para a doença; navio com 160 tripulantes está ancorado em um porto norueguês. Primeiro cruzeiro a retomar viagens turísticas na Noruega registra surto de Covid-19 Quatro membros da tripulação de um cruzeiro norueguês estão com Covid-19, segundo o Hospital Universitário do Norte da Noruega. A instituição informou em nota que eles deram entrada no centro de saúde nesta sexta-feira (31). Temporada de cruzeiros é confirmada e deve começar em novembro em SP A embarcação MS Roald Amundsen foi a primeira a retomar viagens turísticas no país e está parada no porto de Tromsø, Noruega. O navio carregava 160 tripulantes –que estão em quarentena– e mais 177 passageiros, que já desembarcaram. Cruzeiro norueguês registra novos casos de coronavírus na tripulação após retomada das atividades, imagem de arquivo da embarcação MS Roald Amundsen Reprodução/Hurtigruten/Arquivo Em entrevista coletiva, a chefe de saúde da cidade portuária, Kathrine Kristoffersen, disse ter tomado conhecimento da infecção somente após o desembarque de todos os viajantes e por isso a recomendação é de que os passageiros fiquem isolados em casa. A operadora do navio, a norueguesa Hurtigruten, informou que está em contato com todos os desembarcados e que foram instruídos, por telefone, a respeitar uma quarentena voluntária. Tripulação estrangeira Segundo o Hospital Universitário do Norte da Noruega, os quatro pacientes são de fora da Noruega, mas a instituição não foi permitida a divulgar mais informações sobre as identidades e estado de saúde dos internados. "Durante o dia, quatro pessoas que foram diagnosticadas com a Covid-19, que precisaram ser hospitalizadas, chegaram ao HUNN em Tromsø", diz o comunicado. Initial plugin text "Todos são membros da tripulação do navio da Hurtigruten, Roald Amundsen, e cidadãos estrangeiros. Informações adicionais sobre seus estados de saúde e identidade não serão fornecidas pelo HUNN." Uma das passageiras do cruzeiro é a ex-vice-ministra da Saúde do país, Line Miriam Haugan. Em entrevista à agência de notícias Reuters, ela disse que durante toda a viagem, os passageiros foram instruídos a manter o distanciamento social, para reduzir o risco de transmissão da Covid-19. "A equipe nos observava lavando as mãos e também media nossas temperaturas", disse Haugan. "Quando soube do surto, fui imediatamente fazer um teste me colocarei em quarentena pelo menos até obter o resultado." Viagens com capacidade reduzida A operadora e dona do navio, Hurtigruten, suspendeu a maioria das suas operações ainda em março, por conta da pandemia de coronavírus. No início de julho, a empresa anunciou que retornaria gradualmente às atividades, com capacidade reduzida. O MS Roald Amundsen estava em viagem há uma semana, em uma rota que partiu de Tromsø e foi em direção ao Polo Norte, antes de voltar. Havia planos para a embarcação partir para as Ilhas Britânicas em setembro, atracando em portos na Inglaterra e Escócia. Milhares de passageiros ficaram presos em navios de cruzeiro nas águas da Ásia, Estados Unidos e Europa na fase inicial da pandemia, o que levou as operadores a cancelar viagens, o que gerou uma onda de demissões em massa no setor. Infecção em navio japonês Pequenas partículas suspensas no ar tiveram papel decisivo na transmissão da infecção pelo novo coronavírus em um navio de cruzeiro no Japão, que infectou mais de 700 pessoas no início deste ano, de acordo com estudo assinado por pesquisadores de Harvard. Segundo o artigo, a transmissão pelo ar foi responsável por 59% dos contágios dentro da embarcação, e apenas 41% de todas as transmissões teriam sido feitas pelo contato com as gotículas de saliva. Para chegar a este número, os cientistas recriaram o surto em um computador e observaram os padrões nas taxas de contaminação. O navio Diamond Princess foi apontada como um dos hot spots da epidemia ainda em fevereiro, quando poucos países confirmavam casos de Covid-19. Com mais de 3,7 mil passageiros, o navio chegou a ficar quase um mês de quarentena em um porto japonês. Initial plugin text
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São João 2020 de Campina Grande é cancelado devido à pandemia do coronavírus
Evento estava previsto para acontecer de 9 de outubro a 8 de novembro deste ano. Apesar do cancelamento, a prefeitura antecipou as comemorações do Natal. São João 2020 de Campina Grande é cancelado devido à pandemia do coronavírus Emanuel Tadeu/Aliança O São João 2020 de Campina Grande foi cancelado devido à pandemia do novo coronavírus. A decisão foi anunciada na manhã desta sexta-feira (31) pelo prefeito da cidade, Romero Rodrigues (PSD). O evento conhecido como "O Maior São João do Mundo" havia sido adiado para acontecer entre os dias 9 de outubro e 8 de novembro deste ano. Apesar do cancelamento, a prefeitura antecipou as comemorações do Natal na cidade. São João 2020 de Campina Grande é adiado para outubro devido ao novo coronavírus Coronavírus: saiba o que fazer se apresentar sintomas de contaminação na Paraíba Curva de contágio do coronavírus na Paraíba: veja evolução de casos suspeitos e confirmados Essa seria a 37ª edição da festa junina e é a primeira vez que o evento não acontece. Em 2020, a festa contaria com shows de artistas da música sertaneja, forró e apresentações religiosas. Os shows privados, que seriam realizados durante o período junino na cidade, também foram cancelados. Em nota oficial divulgada nas redes sociais, a organização do Spazzio e Vila Forró informaram o cancelamento do São João Premium 2020. Algumas das festas privadas canceladas tiveram versões on-line. No ano de 2018, a festa chegou a ser adiada por uma semana por causa da greve de caminhoneiros nas rodovias da Paraíba. De acordo com Romero, a decisão de não realização da festa levou em consideração o cancelamento ou adiamento de outros grandes eventos do país, como o carnaval de São Paulo e o réveillon do Rio de Janeiro. A Medow Entretenimento, empresa realizadora do evento, comunicou que os comerciantes que já haviam pago o valor total ou parcial da taxa de ocupação dos espaços do Parque do Povo terão o ressarcimento dos valores. As informações como o calendário e local de pagamento foram divulgadas na página das redes sociais da empresa. Antecipação do 'Natal Iluminado' Durante a transmissão, o prefeito também anunciou a antecipação da inauguração da iluminação e da programação dos eventos natalinos para o dia 11 de outubro, no aniversário de 156 anos de emancipação política da cidade. Segundo Romero, o objetivo da antecipação é atrair turistas para a cidade. "Precisamos movimentar a cidade e fazer com que pessoas de outros locais visitem Campina Grande, mas de forma segura, já que as atrações do Natal Iluminado são sempre ao ar livre", disse. Em 2019, a programação contou com a participação de corais, cantatas, serenatas e recitais promovidos por grupos religiosos e de entidades. Iluminação de Natal na cidade de Campina Grande, na Paraíba, em 2017 Artur Lira/G1 PB
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Setor turístico de Mato Grosso do Sul adota selo nacional “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”
Fundtur estimula trade a também solicitar emissão do selo do Ministério do Turismo lançado em junho, além dos certificados locais Campo Grande (MS) – O selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro” é um compromisso que o empreendimento assume, junto ao Ministério do Turismo (MTur), de adoção dos protocolos para a segurança dos turistas e […]
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Pandemia provoca perdas de US$ 320 bilhões para turismo mundial entre janeiro e maio
O número de turistas internacionais caiu 56%, em comparação com o mesmo período de 2019, o que significa 300 milhões a menos de passageiros. Visitantes da Disney de Paris, na França, usam máscara na reabertura dos parques em 15 de julho Charles Platiau/Reuters A pandemia e o confinamento em boa parte do mundo causaram perdas de US$ 320 bilhões para o turismo mundial entre janeiro e maio – apontam dados divulgados nesta terça-feira (28) pela Organização Mundial de Turismo (OMT). "É mais do que o triplo das perdas registradas no turismo internacional durante a crise econômica global de 2009", afirmou esta agência da ONU com sede em Madri. Turismo na Espanha sofre golpe com aumento de casos de coronavírus Entre janeiro e maio, o número de turistas internacionais caiu 56%, em comparação com o mesmo período de 2019, o que significa 300 milhões a menos de passageiros. Apesar da recuperação tímida do turismo, especialmente no hemisfério norte, "o índice de confiança estabelecido pela OMT registra mínimos históricos", acrescenta o comunicado. Entre os principais perigos para o setor, a OMT cita "o aumento do vírus e o risco de novos confinamentos", além da situação de "ponto morto" na China e nos Estados Unidos, dois dos principais mercados provedores de turistas. No início de maio, esta agência previa uma queda entre 60% e 80% do número de turistas internacionais até 2020, com perdas associadas variando de US$ 910 bilhões a US$ 1,2 trilhão. A OMT alerta para a possível destruição "de 100 milhões a 120 milhões de empregos diretos" no setor.
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Restrições de viagens por causa de vírus atrapalham férias de verão na Europa
Alguns governos europeus começaram a exigir testes de Covid-19 negativos para viajantes. Europa sobe alerta para Covid-19 durante aumento de casos na temporada de férias
As decisões limitando as possibilidades de se multiplicaram nos últimos dias e atrapalham as férias de verão de muitos turistas europeus.
Restrições súbitas nas fronteiras, testes nos aeroportos, listas que mudam a toda hora de países não-seguros… Viajar pelo Velho Continente está cada vez mais complicado nesta época em que as autoridades martelam sobre o aumento das contaminações.
As medidas tomadas unilateralmente chegam a surpreender os próprios governos. As autoridades espanholas tomaram um choque com a decisão do governo britânico de impor um isolamento de 14 dias a quem chegar ao país vindo da Espanha. O jornal Les Echos desta terça-feira (28) afirma que a medida pegou de surpresa até mesmo o ministro britânico dos Transportes, Grant Shapps, que está de férias na Espanha.
Os espanhóis não são os únicos viajantes que devem cumprir isolamento no Reino Unido. A medida também diz respeito aos portugueses, sérvios, suecos, russos, canadenses, norte-americanos e latino-americanos. Londres não exclui estender a decisão à França e à Alemanha.
Outros países, como a Dinamarca, a Áustria, a Bélgica e a Holanda, também impõem o isolamento aos viajantes originários dos Reino Unido, Suécia e Portugal. Já a Finlândia bloqueia os turistas que chegam da França por 14 dias. A Irlanda simplificou essa lista e impõe a quarentena de duas semanas a todos os europeus, com exceção de uma meia dúzia de pequenos países.
Outra medida que alguns governos europeus começaram a aplicar é a exigência de testes de Covid-19 negativos. Já a Grécia impõe o preenchimento de um formulário a ser apresentado pelo viajante no território grego e que pode resultar em um isolamento surpresa de 14 dias, caso as autoridades determinem.
Preocupação aumenta na Espanha e na Itália
As restrições, que variam de acordo com cada país, não acontecem à toa. De fato, alguns países começam a registrar um novo e preocupante aumento das contaminações. Na Espanha, a propagação da Covid-19 nas regiões da Catalunha, de Aragón e Navarro chama a atenção de toda a Europa.
Já a Itália, que foi a porta de entrada do vírus no Velho Continente e um dos países europeus mais castigados pela doença, registra atualmente poucas contaminações e mortes. O temor agora é que viajantes de países vizinhos – especialmente dos Bálcãs e do leste – piorem a situação no território italiano.
A Itália é altamente dependente dos milhares de trabalhadores sazonais nesta época do ano. Roma também hesita em impor medidas aos viajantes europeus porque o turismo é uma atividade essencial para a economia do país. Por isso, as autoridades investem no controle de gestos básicos de proteção contra a Covid-19. Em Milão, a multa para quem utilizar o metrô sem máscara é de € 400. Na região da Campânia, onde está Nápoles, esse valor foi elevado a € 1.000.
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Para atrair passageiros, empresa aérea banca tratamento para covid-19 e até funeral
Emirates, a maior operadora de voos de rotas longas, está tentando criar formas de atrair passageiros novamente. Trabalhadoras da Emirates Getty Images A Emirates se tornou a primeira companhia aérea a oferecer seguro gratuito contra a covid-19, como parte do esforço da empresa de fazer com que as pessoas voltem a voar. Passageiros terão cobertura para tratamento médico, quarentena em hotéis e até mesmo em gastos com funeral se adoecerem durante a viagem — não importa se a infecção ocorreu durante o voo ou depois. A indústria global de aviação foi fortemente afetada pela pandemia e as empresas tentam criar soluções para voltar a criar demanda por voos. "Nós sabemos que as pessoas estão desejando voar na medida em que as fronteiras do mundo estão reabrindo, mas elas estão buscando flexibilidade e garantias caso aconteça algo imprevisto nas suas viagens", disse o diretor do Emirates Group, Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum. A oferta é válida por 31 dias a partir do primeiro voo do passageiro, e já está disponível desde agora, com término previsto para o final de outubro. A cobertura é gratuita para todos os clientes, independente da classe de viagem ou destino. Ela também é aplicada automaticamente, sem necessidade de se registrar. A empresa, que é sediada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, disse que o seguro cobre gastos médicos de até US$ 176,5 mi (cerca de R$ 990 mil). Gastos com diárias de hotéis de até 100 euros por dia (R$ 600) devido à quarentena também estão cobertos. No caso de morte do passageiro devido à covid-19, o seguro cobre gastos de funerais de até 1,5 mil euros (cerca de R$ 9 mil). Medo de voar Ano de 2020 será o pior da história das companhias aéreas, diz associação O número de pessoas voando de avião despencou neste ano, com o fechamento de fronteiras e os temores de passageiros de se contaminarem em voos ou aeroportos. O cancelamento ou adiamento de grandes eventos — como os Jogos Olímpicos do Japão, festivais musicais e conferências de negócios — também teve grande impacto na demanda por voos. No mês passado, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) alertou que 2020 será o pior ano da história do setor em termos financeiros. A queda em receitas das companhias aéreas é estimada em US$ 84 bilhões (cerca de R$ 430 bilhões), uma queda de 50% em comparação com 2019. A queda em demanda forçou empresas aéreas a cortar voos e demitir dezenas de milhares de trabalhadores. Neste mês, a Emirates — que é a maior companhia aérea operando rotas longas — confirmou para BBC que pretende cortar 9 mil empregos. O presidente da empresa, Tim Clark, disse que 10% da força de trabalho foi demitida e que esse percentual provavelmente ainda vai crescer para 15%. Antes da crise, a Emirates tinha 60 mil funcionários.
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OMS diz que viagens terão que recomeçar e faz apelo para países intensificarem combate ao coronavírus
Segundo Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, é impossível os países continuarem com as fronteiras fechadas no futuro próximo. Tedros Adhanom Ghebreyesus durante coletiva da OMS. Denis Balibouse/Reuters As proibições de viagens internacionais não podem vigorar por tempo indeterminado, e os países terão que se esforçar mais para diminuir a disseminação do novo coronavírus dentro de suas fronteiras, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (27). Um aumento de infecções levou diversos países a readotarem algumas restrições de viagens nos últimos dias, e o Reino Unido causou transtornos à reativação da indústria turística da Europa ao impor uma quarentena a viajantes voltando da Espanha. Somente por meio da obediência rígida das medidas de saúde, que vão do uso de máscaras à distância de aglomerações, o mundo conseguirá derrotar a pandemia de Covid-19, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa virtual em Genebra. "Onde estas medidas são seguidas, os casos diminuem. Onde não são, os casos aumentam", disse ele, elogiando Canadá, China, Alemanha e Coreia do Sul por controlarem seus surtos. O chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, disse que é impossível os países manterem as fronteiras fechadas no futuro próximo. "Será quase impossível para países individuais manter suas fronteiras fechadas em um futuro previsível. As economias têm que se abrir, as pessoas têm que trabalhar, o comércio tem que recomeçar", disse. "O que está claro é que a pressão sobre o vírus empurra os números para baixo. Reduzam esta pressão e os casos voltam a subir." Ryan disse que a situação atual da Espanha não é nem de longe tão ruim quanto foi no pico do surto local e que acredita que os focos serão controlados, mas que levará dias ou semanas para se discernir o padrão futuro da doença. "Quanto mais entendemos a doença, quando mais colocamos um microscópio no vírus, mais precisos conseguimos ser na remoção cirúrgica dele das comunidades", acrescentou.
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Queda drástica no número de turistas prejudica economia do Vaticano
Com as bilheterias fechadas do início de março até o final de maio por conta da pandemia de Covid-19, museus do Vaticano receberam apenas 60.000 visitantes em junho. Vaticano, na Itália, vazio durante a quarentena por conta da pandemia. Arquivo pessoal/Nina Diniz A pandemia do coronavírus afetou as finanças do Vaticano. A queda no número de turistas, o fechamento dos museus durante quase três meses e a redução das doações dos fiéis provocaram consequências negativas na economia do menor estado do mundo. O fluxo de turistas diminuiu repentinamente desde 10 de março, quando foi decretado o confinamento nacional na Itália, que durou até 1° de junho. Apesar do fim do lockdown ter sido gradual, as atividades turísticas não retornaram como eram antes. Hoje as poucas pessoas que visitam o Vaticano são europeias e muitos italianos de várias partes do país. Turistas dos Estados Unidos, da América Latina e da Ásia, que antes eram numerosos, desapareceram. Há séculos as viagens religiosas sempre foram a principal fonte de entrada econômica para a cidade, antes mesmo de Roma se tornar capital da Itália, em 1870. Setores afetados pela redução do turismo Muitos viajantes se alojavam em hospedarias religiosas que agora estão quase vazias. A drástica redução dos turistas danificou também o comércio em torno ao Vaticano. Muitas lojas que vendem artigos religiosos e suvenires estão fechadas. Os comerciantes devem pagar aluguel à Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa), o dicastério da cúria romana criado em 1967 sob o papa Paulo VI, responsável por gerenciar as propriedades do Vaticano. A Apsa tem 2.400 apartamentos e 600 escritórios e instalações comerciais. Em entrevista ao jornal francês Le Monde, o bispo Nunzio Galantino, presidente da entidade, declarou que o Vaticano ajudou os comerciantes em dificuldades. Ele disse que foi aplicado o cancelamento de um terço dos aluguéis por os meses de março a junho, que permitiram adiar o pagamento de outro terço para setembro de 2020 e confirmou o pagamento do terço restante dentro do prazo previsto. O bispo Galatino ressaltou também que entre março e junho, a Apsa registrou uma perda de quase 30% da receita de aluguel, ou seja, € 3,8 milhões, aproximadamente R$ 23 milhões. As receitas do Vaticano As outras fontes de entrada são os Museus do Vaticano e as doações vindas dos fiéis. Os Museus do Vaticano são autofinanciados e todos os anos destinam seus lucros à Santa Sé. Com as bilheterias fechadas do início de março até o final de maio, e apenas 60.000 visitantes em junho, eles arrecadaram cerca de € 1 milhão de euros (R$ 6 milhões). Normalmente a bilheteria fatura de cerca de € 150 milhões por ano, cerca de € 12,5 milhões por mês. Agora com a necessidade de manter o distanciamento físico, o número de visitantes admitidos é menor. Tradicionalmente, todos os anos chegam as doações do óbolo de São Pedro, um sistema de arrecadação de donativos da Igreja Católica, onde os fiéis oferecem ajuda econômica diretamente ao Papa, para a manutenção da igreja e ajudar as caridades, também é coletado nas paróquias do mundo inteiro no dia 29 de junho, festa dos apóstolos São Pedro e São Paulo. O Vaticano conta também as contribuições de igrejas locais. As principais são da Alemanha e dos Estados Unidos, mas estas encolheram nos últimos anos por causa dos escândalos sexuais. As principais despesas do Vaticano Em recente entrevista ao Vatican News, o ministro da Economia da Santa Sé, o jesuíta espanhol Guerrero Alves, explicou as despesas detalhadamente. Cerca de 5 mil funcionários trabalham no Vaticano, seus salários e empregos foram mantidos, mas não houve novas contratações. As despesas são 45% para pagar os funcionários, 45% para gastos gerais e administrativos, o restante para doações (7,5%) e outras despesas residuais. O Vaticano paga impostos à Itália, cerca de 6% do orçamento, ou seja, € 17 milhões. Boa parte das saídas é destinada ao custo da equipe que trabalha com a comunicação, mais de 500 pessoas. Eles comunicam o que o papa faz em 36 idiomas, através do rádio, TV, web, redes sociais, jornal, gráfica, editora, a sala de imprensa, uma estrutura que não tem igual no mundo. Sem contar que o Vaticano não permite entrada de verba publicitária. O equilíbrio financeiro do Vaticano não melhorou. Em 2015, o déficit foi limitado a € 12,4 milhões. Para 2020, de acordo com as estimativas mais recentes de junho, o déficit deve ser de pelo menos € 50 milhões de euros, € 320 milhões em gastos e € 270 milhões em receita. Se não houver receita extraordinária, haverá um aumento no déficit. No entanto, nem tudo pode ser medido apenas como um déficit e nem como um mero custo na economia porque, como explicou o padre Guerrero Alves, “a Santa Sé não é uma firma nem uma empresa. O objetivo do Vaticano não é obter lucro.” Um estado sem PIB O Vaticano é o único estado do mundo que não possui seu próprio Produto Interno Bruto (PIB). A Cidade do Vaticano, um território soberano com o Papa como chefe de estado, tem seu próprio sistema de produção de bens e serviços, mas devido às peculiaridades e dimensões limitadas de sua economia, não é possível atribuir um valor bruto às atividades econômicas realizadas dentro das fronteiras locais ou calcular os custos dos bens e serviços nele consumidos. O índice do Produto Interno Bruto não é, portanto, aplicável à jurisdição. Os únicos produtos que o Vaticano fornece são alimentos produzidos em pouca quantidade nas propriedades de Caltelgandolfo, conhecida como “A Fazenda do Papa”. Os produtos alimentares são vendidos aos próprios funcionários por um módico preço. O Vaticano vende também medalhas e selos ao público, mas não consiste em grande produção.
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Turismo na Espanha sofre golpe com aumento de casos de coronavírus
A decisão do Reino Unido de impor desde domingo uma quarentena a todos os passageiros provenientes da Espanha caiu como água fria no país, que tem os britânicos como principal contingente de turistas estrangeiros. Pessoas caminham pelas Ramblas de Barcelona, na Espanha, na quinta-feira (16) Emilio Morenatti/AP A Espanha esperava salvar sua temporada de verão, promovendo-se como um destino seguro diante do coronavírus. No entanto, o aumento de casos no segundo destino turístico internacional faz o setor temer o pior. A decisão do Reino Unido de impor desde domingo uma quarentena a todos os passageiros provenientes da Espanha caiu como água fria no país, que tem os britânicos como principal contingente de turistas estrangeiros, com mais de 18 milhões em 2019. "É um golpe muito duro (…) Para agosto, havia uma esperança de pelo menos salvar os móveis", resumiu nesta segunda-feira o presidente da região de Valência (leste), Ximo Puig. Alguns destinos turísticos da região, como a cidade de Benidorm, contam com até 40% de clientes britânicos. A notícia veio justamente quando "tínhamos expectativas positivas para as próximas semanas, com reservas aumentando, embora longe do que seria normal nessa época do ano", lamentou a gerência da Valencia Hosbec. "Já há cancelamentos. Ninguém vai passar uma semana de férias e depois passar 14 dias trancado em sua casa", disse à AFP Emilio Gallego, secretário geral da Federação Espanhola de Hospitalidade. A Exceltur, outra empregadora do setor, estima que a quarentena britânica pode custar 8,7 bilhões de euros entre agosto e setembro para o setor, que previa redução de seu faturamento pela metade em 2020. Ciente do impacto em sua economia, que deve 12% de sua riqueza e 13% de seus empregos ao turismo, o governo espanhol trabalhou para que Londres excluísse da quarentena os passageiros dos arquipélagos das Canárias e das Baleares, onde a incidência do vírus é tão baixa que o operador turístico TUI decidiu manter os pacotes de férias para os clientes do Reino Unido. As regiões da Andaluzia e Valência, altamente dependentes desses visitantes, também pediram a criação de corredores aéreos seguros nas Ilhas Britânicas. A Espanha se esforçou para recuperar a confiança dos turistas e se estabelecer como um destino seguro. Desde abril, momento mais difícil do confinamento, os destinos costeiros desenvolveram uma ampla e dispendiosa gama de medidas: desde o estabelecimento de divisórias nas praias ou o uso de drones para monitorar seu cumprimento, até a instalação de capachos impregnados com desinfetante ou a realização de testes rápidos em hotéis. Porém, quando a epidemia parecia estar sob controle após um confinamento mais severo do que nos países vizinhos, as infecções por coronavírus começaram a aumentar rapidamente, triplicando em duas semanas. Nos últimos 14 dias, a Espanha contabilizava 40 novos casos por 100.000 habitantes, contra 15 no Reino Unido e França ou 8 na Alemanha, segundo um cálculo feito pela AFP com base em dados oficiais. Por outro lado, em termos de óbitos, com 26 nas últimas duas semanas, está em melhor situação que o Reino Unido (816). A situação varia por região. Aragão e Catalunha, no nordeste, acumulam a maioria das infecções, enquanto Andaluzia e Valência mostram uma evolução mais positiva. Diante da recomendação do governo francês de não viajar para a Catalunha, o presidente desta região, Quim Torra, garantiu nesta segunda-feira que "destinos importantes como a Costa Brava ou a Costa Dorada (…) não são afetados (pelo vírus) e você pode viajar com segurança". Mas admitiu que a situação é "crítica" em Barcelona ou Lérida (150 km a oeste), onde os cidadãos são chamados a ficar em casa. A Confederação Espanhola de Hotéis (CEHAT) denunciou uma situação "injusta (…) e totalmente ilógica" e defendeu que os estabelecimentos espanhóis têm os "protocolos mais rigorosos da Europa". Tmbém pediu medidas "cirúrgicas" para conter contágios localmente e pediu que os turistas passem por testes de diagnóstico antes e depois da viagem para evitar essas quarentenas.
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