Fórum de Turismo LGBT: MS reforça seu posicionamento e participa de mais um evento do segmento esta semana
Durante esta semana, de 23 a 27 de novembro, a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FundturMS) participa do Fórum de Turismo LGBT do Brasil que, originalmente estava agendado para acontecer presencialmente em 9 de junho, acontece em de forma online devido à pandemia de covid-19. O diretor-presidente da FundturMS, Bruno Wendling, reforça […]
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O paraíso tropical da Austrália que só aceita 400 visitantes por vez
Em 1981, muito antes de 'ecoturismo' ser uma palavra da moda e 'overtourism' uma maldição, os habitantes da Ilha Lord Howe resolveram agir diante da possibilidade de destruição do bioma local. A Ilha de Lord Howe abriga o recife de coral mais austral do mundo PHOTOSBYASH/GETTY IMAGES Peixes multicoloridos nadam em volta das minhas pernas nas águas cristalinas do Pacífico Sul. Em uma caminhada pela floresta subtropical, bato palmas — e os pássaros em vez de voar, correm na minha direção, domesticados pela falta de predadores. As pessoas andam de bicicleta ao longo de 13 km de estradas estreitas, passando por túneis formados por palmeiras e crianças caminhando descalças para a escola. Não há outdoors, chave do quarto, cadeado para bicicleta, tampouco sinal de telefone celular. Após deixar moedas em uma caixinha, totalmente na confiança, peguei um abacate em uma barraca de frutas à beira da estrada; uma máscara e um snorkel em uma cabana numa praia deserta; e um carrinho e tacos de golfe num campo de nove buracos. Raramente há mais de outras duas pessoas pegando sol em uma das 11 praias de areia branca da ilha, e as maiores aglomerações que eu vi foram no festival semanal de peixe frito. A Ilha de Lord Howe tem apenas 11 km de comprimento e 2 km de largura, um pedaço de terra idílico em forma de bumerangue 780 km a nordeste de Sydney. Galinhos, no RN, tem praias isoladas, farol à beira-mar e montanhas de sal como paisagem A ilha circunda uma lagoa azul turquesa cercada pelo recife de coral mais austral do mundo, e foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco em 1982 por sua espetacular geografia vulcânica, fauna endêmica rara e espécies de plantas nativas que não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Após uma visita em 1997, o naturalista britânico Sir David Attenborough descreveu o lugar como "tão extraordinário que é quase inacreditável… poucas ilhas, com certeza, conseguem ser tão acessíveis, tão marcantes e, ainda assim, tão intocadas." No entanto, este pedaço do paraíso é um destino caro demais para a maioria dos viajantes. Embora seja um voo de apenas duas horas de Sydney ou Brisbane, sai mais barato comprar uma passagem para Los Angeles. A Ilha de Lord Howe foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco em 1982 por sua beleza e biodiversidade CUTHBERT48/GETTY IMAGES Os restaurantes são caros, assim como as acomodações de luxo da ilha, que devem ser reservadas com um ano de antecedência. Não há camping, tampouco hospedagem econômica — e navios de cruzeiro são proibidos. Será que Lord Howe é a ilha mais exclusiva da Austrália então, um refúgio para os super-ricos que olham com desprezo para o viajante comum? De jeito nenhum. Na verdade, é exatamente o oposto. Tudo em Lord Howe é descontraído, exceto o fervor com que seus moradores protegem este paraíso. A ilha outrora desabitada só foi descoberta em 1788 — e muitos residentes são descendentes dos primeiros colonizadores europeus que se estabeleceram ali em 1833. As paisagens intocadas são seu ganha pão há quase um século, desde que os turistas desembarcaram na lagoa em hidroaviões Sandringham no fim dos anos 1940. Em 1981, muito antes de "ecoturismo" ser uma palavra da moda e "overtourism" uma maldição, os cerca de 350 habitantes permanentes da ilha manifestaram preocupação com a destruição do seu habitat natural, com espécies invasoras, poluição e desenvolvimento. Como resultado, o Conselho eleito da Ilha de Lord Howe, composto por quatro moradores e três membros do governo estadual de Nova Gales do Sul, limitou o número de visitantes a 400 por vez. E assim permanece até hoje. A ilha tem regras rígidas e políticas ambientais. Os carros são restritos aos residentes que precisam deles. Não há ar-condicionado. O Conselho deve ser consultado antes de cortar um galho de árvore ou escolher uma tinta. "Nós brincamos que você precisa de uma licença para cavar no seu próprio jardim!", diz Clive Wilson, guia local e morador de longa data. "Somos acusados de ser burocratas ao extremo, mas nosso objetivo é preservar nosso único e delicado meio ambiente." Libby Grant, gerente do Capella Lodge, me contou sobre a vida na ilha no curto traslado do aeroporto para o resort de nove suítes em um carrinho de golfe elétrico. Como todas as residências, a pousada coleta água da chuva para beber, e usa água de poço para lavar e fazer jardinagem. "Um dos nossos maiores desafios é esperar pela barca quinzenal que chega com alimentos e suprimentos do continente", diz ela. Felizmente, frutas, legumes e verduras são cultivados nos viveiros da ilha. "Nosso chef também procura algas em todo o litoral da ilha, e os pescadores nos fornecem peixe fresco." A reciclagem é uma parte importante da vida diária dos habitantes. Resíduos orgânicos de residências, restaurantes e lixeiras públicas, além do lodo de esgoto, são enviados para uma unidade de compostagem vertical, uma instalação de nível internacional que converte 86% do lixo da ilha em adubo para a comunidade. Plásticos recicláveis, alumínio e vidro são transportados de barco para o continente e vendidos para compensar os custos do frete. Já os resíduos não-recicláveis são compactados e levados para um lixão no continente, uma vez que não há mais aterros sanitários na ilha. Um sistema baseado no princípio do "poluidor pagador" desencoraja o descarte de lixo doméstico, o que significa que comprar um sofá novo, pode custar US$ 1,2 mil para despachar o antigo. A eletricidade também tem um custo alto — um sistema de captação de energia solar para reduzir a dependência do diesel, que é caro e poluente, está previsto para ser concluído em 2020. "Os altos custos para moradores e empresas são resultado de um vida cada vez mais contemporânea e ecologicamente correta em uma ilha remota", afirma Grant, especialmente quando hospedam uma clientela que espera todos os confortos de casa dentro dos rigorosos limites ecológicos da ilha. Peguei uma bicicleta gratuita e pedalei até o pequeno vilarejo da ilha, escondido pela folhagem tropical. Tem um centro comunitário, teatro, uma padaria, um açougue e uma mercearia; uma agência dos correios, algumas lojinhas e a sede do governo, onde o nascimento de um bebê na ilha é anunciado por uma "fralda" rosa ou azul no mastro da bandeira. Os lucros das vendas na loja de bebida, operada pelo Conselho da ilha, são revertidos para projetos de melhoria local, o que significa que tomar uma cerveja é literalmente um serviço comunitário. A paisagem da ilha é diversificada — da densa floresta tropical a montanhas íngremes. Então há uma série de atividades ao ar livre para desfrutar, incluindo surf, mountain bike e boliche de grama. Na lagoa de 6 km de comprimento, aluguei um caiaque e remei até a Ilha do Coelho, onde havia apenas eu — e aproveitei para fazer um piquenique. De volta à costa, coloquei o equipamento de mergulho e saí de barco para mergulhar — foi quando me deparei com cardumes de espécies tropicais das correntes quentes da Grande Barreira de Corais que se misturam às águas mais frias de Lord Howe. Essa mistura cria uma coleção rica e incomum de criaturas marinhas e corais que normalmente não são encontrados juntos, como atum e salmão ao lado de peixes-anjo tropicais e 86 tipos de coral. No fim da tarde, pedalei até a Ned's Beach para participar do ritual de alimentar peixes em águas rasas. Na manhã seguinte, me juntei a um pequeno grupo para uma caminhada de dia inteiro no Monte Gower, de 875 metros de altura, localizado na ponta sul da ilha, ao lado do Monte Lidgbird. Nosso guia, Jack Shick, é um morador de quinta geração e um guia de montanha de terceira geração. "Cerca de 170 espécies de pássaros marinhos e terrestres vivem ou visitam a ilha, onde eles não têm nenhum predador", revela. "Agora eu quero que todos vocês cantem alto." Fizemos isso, e os petréis que voavam sobre as nossas cabeças de repente pousaram curiosos, cambaleando desajeitadamente em nossa direção com as asas compridas abertas. A caminhada se tornou cada vez mais surreal à medida que nos aproximávamos do cume do monte – em meio à floresta enevoada e cheia de musgo, me senti no mundo de Tolkein com árvores atrofiadas e retorcidas, orquídeas e samambaias gotejantes. Mas por mais que eu estivesse fascinado pelas belezas naturais de Lord Howe, o mais gratificante foi testemunhar a paixão e determinação de uma comunidade unida em prol de proteger sua ilha de conto de fadas. No escritório do Conselho da ilha, conheci um dos membros, Darcelle Matassoni, um morador de sexta geração, que saiu para estudar e trabalhar no continente em 1998. "Depois que minha filha nasceu em 2014, percebi que seria negligência não permitir que ela crescesse neste ambiente", ela me disse, explicando que voltou no ano seguinte, pegando sete empregos de meio período para sobreviver. "Adoro pensar que os 'dispositivos' nesta ilha são máscaras, snorkels e bicicletas; trocamos legumes, verduras e frutas por ovos ou peixes; e vivemos 'na estação'", afirma. "Fomos criados com a crença fundamental de que é nossa responsabilidade proteger nosso meio ambiente e modo de vida." Na mesma rua, no instigante Museu da llha de Lord Howe, cujo acervo abrange o patrimônio local, sua história e natureza, procurei o curador Ian Hutton, naturalista residente e autor de 10 livros sobre a ilha, incluindo A Guide to World Heritage – Lord Howe Island. "As pessoas falam sobre as Ilhas Galápagos por causa da conexão com Darwin, mas há mais diversidade na Ilha de Lord Howe, e ela está bastante intacta – muito parecida com quando foi descoberta", diz Hutton, ilhéu desde 1980. "E nós estamos fazendo todo o possível para retornar a ilha ao seu estado original", completa. Gatos selvagens, cabras, porcos e, em 2019, ratos foram erradicados da ilha — eles haviam dizimado espécies da flora e fauna endêmicas. Ao mesmo tempo, animais nativos à beira da extinção foram trazidos de volta, como o pássaro Hypotaenidia sylvestris (há cerca de 30 atualmente), além de um dos insetos mais raros do mundo, o Dryococelus australis, uma espécie de bicho-pau. Lord Howe também é líder mundial na erradicação de ervas daninhas, reduzindo as infestações em 90% em um dos mais ambiciosos projetos do tipo em uma ilha habitada. Desde 2001, o entusiasmo de Hutton foi canalizado para seu projeto Friends of Lord Howe Island, que trabalha com voluntários que pagam para visitar a ilha e passam metade do dia retirando ervas daninhas ou regenerando a vegetação. "É uma forma mais econômica de visitar, além do que eles sentem que estão contribuindo para o futuro da ilha", avalia. "Já registramos 26.622 horas de trabalho voluntário, e algumas pessoas voltaram várias vezes." Moradores e visitantes também podem trabalhar juntos como cientistas cidadãos ao lado de conservacionistas do instituto LHI Conservation Volunteers para proteger a biodiversidade da ilha — desde o topo das montanhas até a base do parque marinho, de 460 quilômetros quadrados, que foi estabelecido em 1999. "Protegemos Lord Howe do impacto do turismo que atinge alguns outros destinos, oferecendo programas de conservação em que tanto moradores quanto visitantes podem participar", afirma a diretora executiva de turismo da ilha, Trina Shepherd. Em 2018, devido a seu longo histórico de programas sustentáveis e de conservação, o Conselho da Ilha de Lord Howe recebeu o principal prêmio ecológico da Austrália, o Gold Banksia. E, no outono de 2019, os holofotes do turismo internacional se voltaram pela primeira vez para a ilha, quando o guia de viagem Lonely Planet a colocou entre as Top 10 regiões para visitar em 2020. Como isso vai afetar este ambiente frágil, eu me perguntei? "Embora estejamos orgulhosos com a indicação do Lonely Planet, não esperamos nenhuma mudança ou impacto significativo, já que nosso número de visitantes foi limitado há muito tempo", diz Shepherd. As reservas, no entanto, podem ter que ser feitas com mais antecedência devido à maior exposição. "Certamente estamos recebendo mais solicitações", afirma. Esta foi minha terceira visita à Ilha de Lord Howe desde 1983. E, quando a viagem estava prestes a terminar, fiquei emocionada ao confirmar um fato notável e infelizmente raro atualmente: meu lugar favorito na Terra permaneceu encantadoramente retrô, sem aglomeração, pouco desenvolvido, fortemente voltado para a comunidade e ainda mais ecológico do que há 36 anos. Ou seja, é possível. Vídeos: Viagem e Turismo
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Em live no próximo domingo (22), Luan Santana promove “Movimento Pantanal Chama” e turismo do MS apoia ação solidária
Como bom sul-mato-grossense o cantor Luan Santana, que é nascido em Campo Grande, sempre teve o Pantanal como referência. E como bom brasileiro, também sentiu as dores causadas pela maior queimada das últimas décadas e que afetou boa parte da fauna e flora pantaneiras. Foi então que ele criou o 'Movimento Pantanal Chama' e, somando […]
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Campanha ‘Prefeito Amigo do Turismo’ pretende engajar futuros prefeitos
O movimento constitui um Termo de Compromisso, chancelado por cerca de 30 entidades da cadeia turística O Movimento Supera Turismo Brasil lançou campanha de adesão e engajamento, com foco nos candidatos a prefeito, em primeiro ou segundo mandato. Proposta busca disseminar a pertinência e a crença no turismo, enquanto atividade econômica de peso, a partir […]
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MS participa da edição virtual da 4ª Conferência Internacional da Diversidade e do Turismo LGBT
A Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul reforça o posicionamento de agregar o turismo LGBT e leva o MS, um dos principais destinos de ecoturismo e turismo de aventura do país, para a 4ª edição da Conferência Internacional da Diversidade e do Turismo LGBT. O evento, que acontece de 17 a 19 de […]
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Icapuí, no Ceará, é terra da lagosta e oferece falésias, dunas e piscinas como atrações naturais
Descubra o Brasil: série mostra destinos que merecem ser mais conhecidos, mas que ainda estão no radar apenas de viajantes que já buscam roteiros diferentes. Descubra o Brasil: Icapuí, a praia cearense ainda escondida
Última cidade do litoral do Ceará, antes da divisa com o Rio Grande do Norte, Icapuí é conhecida pela diversidade paisagens protegidas e conservadas. Ao todo, são 64 km de litoral e 16 praias formadas por inúmeros paredões de falésias, dunas, mangues, piscinas naturais e centenas de coqueirais, ou seja, pode soar atraente para fãs de dias relaxados em contato com a natureza.
O Descubra o Brasil vai apresentar nos próximos três meses destinos que já estão no radar dos viajantes que buscam roteiros diferentes, mas que merecem ser mais conhecidos.
Icapuí integra a Rota das Falésias (o maior conjunto desses paredões rochosos na América Latina), um roteiro turístico formado por mais de 10 cidades entre os territórios cearense e potiguar.
O turismo comunitário começou a despontar na década de 1990, mas só se organizou de maneira profissional para atrair mais visitantes no início dos anos 2.000.
O processo de ocupação do território de Icapuí teve início no século 18, graças à economia das charqueadas – a famosa carne de sol. O nome surgiu em 1943, tem origem indígena e significa “coisa ligeira”.
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“Temos um patrimônio natural estabelecido pelo próprio território e um potencial muito forte. A praia de Ponta Grossa se tornou a nossa porta de entrada para turistas e, a partir dela, as outras comunidades foram se organizando”, contou Eliabe Crispim da Silva, turismólogo nascido e criado em Icapuí.
É justamente da praia de Ponta Grossa que parte a maioria dos passeios, entre eles mergulho em águas calmas para observar peixes coloridos. Também é possível degustar os famosos “espetinhos de lagosta” feitos com o filé do crustáceo que é a principal fonte de renda da cidade.
Considere a lagosta
Icapuí é conhecida como a “terra da lagosta”, a maior produtora do crustáceo do Ceará – somente em 2019 foram produzidos e exportados quase 600 toneladas, segundo relatório anual da prefeitura.
Entre outras opções de lazer, destacam-se os passeios de buggy ou de quadriciclo pelas principais praias, falésias e mangues. No centro da cidade, no mercado de artesanato, o turista terá contato com o trabalho de artesãs – tramas de labirinto, rendas e bordados típicos da região.
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Da praia de Ponta Grossa também parte o passeio pela trilha ecológica, uma caminhada até as dunas e que dura cerca 20 minutos. A prefeitura considera as dunas um patrimônio natural da cidade e não recomenda passeios de buggy pelos bancos de areia por considerá-los prejudiciais à natureza.
Segundo Manuel de Freitas Filho, secretário de Cultura e Turismo da Prefeitura de Icapuí, as dunas de Icapuí são um dos pontos mais altos do Ceará e podem ser avistadas a cerca de 19 milhas (30 km) mar adentro.
“A população luta para preservar as dunas. Por isso recomendamos que os passeios sejam feitos a pé”, explicou.
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Do alto das dunas, o visitante terá uma visão panorâmica do mar, das dunas e falésias. Ao final do dia, o pôr do sol atrai os turistas.
A praia de Requenguela, que está na Área de Preservação Ambiental da Barra Grande, é outro destino muito procurado para quem gosta de apreciar a natureza.
Lá os visitantes podem conhecer a dinâmica do ecossistema dos manguezais, sua fauna e sua flora. A prefeitura construiu uma passarela suspensa por cima do mangue, por onde se observam diversas espécies de plantas e aves nativas do mangue. A trilha é toda sinalizada.
Veja a seguir outros destaques de Icapuí:
Há 12 anos a prefeitura organiza o “Festival da Lagosta” que oferece também pratos com camarão, mariscos e peixe. O evento recebe cerca de 15 mil visitantes por ano e reúne cerca de 30 restaurantes e barracas onde os turistas podem degustar pratos locais como lagosta alho e óleo e lagosta ao molho de manga.
Um dos passeios é acompanhar os pescadores para vivenciar a pesca artesanal da lagosta e visitar o Projeto Lagosta Certificada, que busca garantir a preservação e a certificação desse crustáceo.
Há aulas de kitesurf na praia de Tremembé, e para quem quer sossego há passeios a cavalo entre dunas e coqueirais na praia de Manibu.
Na praia de Requenguela, os visitantes podem observar o fenômeno de recuo e chegada do mar – a maré chega a recuar 3 km. Quando sobe, transforma o local numa espécie de piscina natural para banho.
Icapuí também oferece passeios para ver os peixes-boi-marinho, animais ameaçados de extinção. A observação acontece a pelo menos 30 metros de distância. Um projeto de preservação recolhe os filhotes que encalham e se perdem da mãe e os enviam para recuperação em cativeiro até que possam voltar à natureza
Na Praia de Barrinha, há o Banco de Algas dos Cajuais e o projeto Mulheres de Corpo e Algas, iniciativa comunitária na qual se produzem e comercializam cosméticos e alimentos a base de algas.
Serviço
Para o turista se organizar, Icapuí possui 34 opções de hospedagem, incluindo hotéis, chalés e pousadas. Tem 47 restaurantes e barracas que trabalham o forte da culinária local. A cidade tem 18 bugueiros e 15 quadriclos credenciados.
VÍDEOS: Agora é assim? O que mudará no turismo após a pandemia
Possui agências bancárias do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco, mas não possui nenhum banco 24 horas. Os estabelecimentos comerciais trabalham com cartão. As quatro principais operadoras de celular funcionam na região – Vivo, TIM, Oi e Claro – mas o sinal pode oscilar dependendo da localização.
Ao menos 70 mil pessoas visitam Icapuí todos os anos. Segundo o secretário de turismo, houve investimentos em infraestrutura – construção de estradas, vias de acesso às praias e melhoria no abastecimento de água. Há cinco anos nossa situação era muito mais deficitária”, afirmou Freitas.
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Paraíso em crise: retomada do turismo traz esperança a Caraíva, mas ainda gera incertezas para moradores
Vilarejo no litoral Sul da Bahia ficou fechado por seis meses por conta da pandemia do novo coronavírus. Com a reabertura, moradores e empresários locais vão descobrindo novas formas para sair da crise. Paraíso em crise: Caraíva – Bahia Banho de mar, pôr do sol no rio e forró a noite inteira. A rotina de Caraíva, distrito de Porto Seguro, na região sul da Bahia, não é mais esta para turistas e moradores desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março deste ano. De lá para cá, muita coisa mudou na vila, como o fechamento do turismo e o lockdown para a comunidade. Donos de pousadas, restaurantes e comércio local contam ao G1, na série "Paraísos em crise", como foram os meses sem as atividades que fazem a economia do vilarejo banhado pelo rio e pelo mar girar. Caraíva, distrito de Porto Seguro, se tornou um dos destinos mais populares no litoral sul do estado da Bahia Divulgação/Secretaria de Turismo de Porto Seguro Para Agrício Ribeiro, que é proprietário de uma pousada e também do Forró do Pelé, os seis meses de total quarentena trouxeram prejuízos a longo prazo para Caraíva. (Veja no vídeo acima) "A gente fechou na segunda quinzena de março. Até então, se tinha a expectativa de um período curto, porque era o que todo mundo achava que fosse acontecer. Mês a mês a gente foi convivendo com os prazos de fechamento aumentando. Alguns hotéis já fecharam as portas, outros devolveram arrendamento e foram embora. Todo mundo sobrevive do turismo e, agora, a gente está sobrevivendo com as economias do que muitos trabalharam no verão. Mas, algumas pessoas não tiveram essa opção", conta. "E não é só uma questão financeira, é muito maior. É uma questão de saúde pública e em uma vila que é muito frágil nessa questão. Está todo mundo no limite, mas tudo tem que ser feito com cautela", analisa Agrício. Em todo esse tempo fechado, Gustavo Muniz, da Pousada Coco Brasil, recorreu a auxílios do governo e precisou estudar uma nova rotina para o seu negócio. "Todos os auxílios ajudaram bastante, tanto a empresa quanto os meus funcionários. Mesmo com a pousada fechada, precisamos manter uma rotina ainda que restrita. Mas as consequências de um fechamento a longo prazo da vila podem ser piores do que um fechamento só para evitar o contágio. Isso tudo pode ser irreversível para algumas pessoas que vivem aqui e dependem do turismo." O movimento na pousada de Gustavo Muniz vai voltando aos poucos com a retomada do turismo em Caraíva, no litoral Sul da Bahia Reprodução/Redes sociais "Com a empresa fechada, eu gasto R$ 500 no dia, e com a empresa aberta, esse gasto sobe para R$ 3 mil. Então, se eu não tiver movimento, é muito melhor deixar fechado, esperando por um momento mais oportuno. A reabertura não é garantia de movimento, porque está todo mundo em uma situação muito delicada financeiramente também", completa Gustavo. Reabertura com polêmicas e arranjos Ainda com a pandemia acontecendo no Brasil e no mundo, Caraíva abriu as portas novamente para os turistas no dia 1º de setembro. O plano de retomada tinha sido estudado para julho, mas acabou sendo adiado. Por parte dos moradores, insegurança e a busca por condições eficazes. Por parte do poder público, protocolos e retomada do turismo. Avisos são colocados nos estabelecimentos de hospedagem e restaurantes de Caraíva para que os turistas respeitem os protocolos de segurança Reprodução/Redes sociais Segundo Paulo César Magalhães, secretário de Turismo de Porto Seguro, o plano de reabertura tanto de Caraíva quanto de Trancoso e de Porto Seguro é todo baseado em protocolos que visam à segurança. Com o selo "Porto Mais Seguro", a prefeitura lista e certifica os estabelecimentos que estão aptos a funcionar e que seguem os protocolos estabelecidos, como redução da lotação, uso de equipamentos de segurança, utilização de máscara e higienização com álcool em gel, entre outros. "Existe um plano de risco que é avaliado toda semana. Se o resultado for positivo, a gente vai avançando de acordo com as possibilidades. Mas, se por alguma razão, ocorrer um retrocesso, existem os processos que podem implicar desde o fechamento parcial de algumas atividades até o fechamento total da vila", explica Paulo César. No entanto, Martim Arantes, integrante do Conselho Comunitário de Caraíva, conta que ações da prefeitura deixam muito a desejar, no que diz respeito ao auxílio aos moradores. "Quase sempre, quando alguma coisa precisa ser feita, acaba dependendo da força-tarefa do vilarejo. Como Caraíva está se tornando um lugar famoso como destino turístico, isso tem despertado um pouco mais de preocupação do poder público. Existiu algum trabalho da prefeitura, no que diz respeito a divulgar informações, mas muito pouco do que deveria ser feito", diz. Entre os procedimentos de segurança para Caraíva estão o uso de equipamentos de segurança e máscara e higienização com álcool em gel, entre outros Reprodução/Redes sociais "No momento em que a gente vive essa pandemia, o vilarejo não tem um médico fixo. E isso já mostra como a gente está desamparado. Sem a organização do vilarejo em fazer uma barreira controlando o acesso já no início do nosso lockdown, organizando mutirões e distribuindo cestas básicas, estaríamos em uma situação muito pior", completa Martim. Já para o secretário de Turismo, a relação entre Caraíva e a prefeitura só deve crescer com a pandemia. "Por mais que a gente queira, a distância nos impede de ter um relacionamento mais próximo. Mas, no turismo, a gente já vinha numa crescente nessa relação. E isso é muito maior do que era no passado. Certamente, depois dessa pandemia, essa relação deve se estreitar muito mais, e Caraíva só tem a ganhar com isso." Veja mais vídeos de Viagem e Turismo
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Setor de serviços tem 4ª alta seguida, mas segue abaixo do nível pré-pandemia
Apesar do avanço de 1,8% em setembro, setor segue 8% abaixo do patamar de fevereiro e continua mostrando recuperação mais lenta do que a observada no comércio e indústria. O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,8% em setembro, na comparação com agosto, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de engatar a quarta alta seguida, o setor ainda não conseguiu recuperar o patamar pré-pandemia e continua mostrando recuperação mais lenta do que a observada no comércio e indústria. "O volume de serviços ainda se encontra 18,3% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014 e 8% abaixo de fevereiro de 2020", informou o IBGE, destacando que o ganho acumulado de 13,4% em 4 meses foi insuficiente para compensar a perda acumulada de 19,8% entre fevereiro e maio. Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o setor de serviços ainda precisa avançar 8,7% para recuperar o patamar de fevereiro, mês que antecedeu o início das medidas de isolamento para contenção do coronavírus. Volume de serviços mês a mês Economia G1 Embora o ritmo de recuperação tenha desacelerado, a alta de 1,8% em setembro foi o maior avanço já registrado para meses de setembro em toda a série histórica iniciada em 2011. Em relação a setembro de 2019, o setor recuou 7,2%, a sétima taxa negativa seguida nessa base de comparação. A expectativa eem pesquisa da Reuters era de alta de 1,1% na comparação mensal e queda de 8,1% ante setembro de 2019. Perda de 8,8% no acumulado no ano e queda recorde em 12 meses No acumulado no ano, setor ainda tem queda de 8,8% frente ao mesmo período do ano passado, maior perda já registrada para meses de setembro em toda a série histórica do IBGE, com expansão em apenas 25,3% dos 166 tipos de serviços investigados. Em 12 meses até setembro, a perda acelerou para uma taxa recorde de -6%, vindo de -5,3% em agosto, chegando também ao resultado negativo mais intenso da série deste indicador. A receita nominal do setor cresceu 2% em setembro, frente ao mês imediatamente anterior, mas caiu 7,5% na comparação anual. No acumulado no ano, o indicador mostra baixa de 8,1%. Em 12 meses, diminuiu 4,7%. Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação acumulam taxas negativas no acumulado no ano, com destaque para SP (-8,3%), RJ, (-7,3%), RS (-14,0%) e MG (-7,9%). Rondônia (3,4%) é o único estado com crescimento em 2020. Desempenho por segmento Setorialmente, 4 das 5 atividades mostraram avanço no volume na passagem de agosto para setembro. Apenas serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) tiveram resultado negativo. Variação do volume de serviços em setembro, por atividade e subgrupos: Serviços prestados às famílias: 9% Serviços de alojamento e alimentação: 9,1% Outros serviços prestados às famílias: 10,9% Serviços de informação e comunicação: 2% Serviços de tecnologia da informação e comunicação: 1,4% Telecomunicações: 0,3% Serviços de tecnologia da informação: 3,2% Serviços audiovisuais: 5,6% Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,6% Serviços técnico-profissionais: -1,9% Serviços administrativos e complementares: 1,1% Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,1% Transporte terrestre: 2,3% Transporte aquaviário: 3,1% Transporte aéreo: 19,2% Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: -2,9% Outros serviços: 4,8% O setor de outros serviços, que avançou 4,8% na comparação com o mês anterior, alcançou 6,1% no acumulado do ano, foi o único a superar o nível pré-pandemia, refletindo a alta nos serviços financeiros e auxiliares. "As empresas nesse segmento vêm obtendo incrementos de receita desde o segundo semestre de 2018 em função da redução consistente da taxa Selic, que reduziu os ganhos com a poupança e levou os agentes econômicos a buscarem alternativas mais atraentes de investimentos, sejam de renda fixa ou variável. Neste sentido, empresas que atuam como intermediárias desse processo de captação recursos, tais como as corretoras de títulos e as administradoras de bolsas de valores, têm obtido ganhos expressivos de receita por conta da maior procura por ativos de maior rentabilidade”, explicou Lobo. Quanto falta crescer para voltar ao patamar pré-pandemia Economia G1 Serviços prestados às famílias acumulam queda 38,6% no ano Os serviços prestados às famílias acumulam retração de 38,6% no ano, sendo que o segmento de serviços de alojamento e alimentação é o que acumula a maior queda do setor: -40,2%. Segundo o IBGE, os serviços prestados às famílias são o segmento que ainda mais precisa avançar para voltar ao patamar pré-pandemia: 55,9%. Já transportes ainda acumulam queda de 8,6% no ano e ainda precisam avançar 11,1% para retomar o nível de fevereiro. O subgrupo transporte aéreo, por sua vez, tem que avançar ainda 65,9%. “Muitos trabalhadores ainda estão exercendo suas funções fora do local de trabalho e ainda há muitas pessoas que não estão saindo de casa nem viajando. Por isso, estabelecimentos como restaurantes e hotéis, além do transporte de passageiros ainda não estão funcionando em plena capacidade, atuando como limitadores de um processo mais acelerado de retomada tanto dos serviços prestados às famílias como do setor de transportes como um todo”, destacou Lobo. Alta de 8,6% no 3º trimestre Após duas taxas negativas seguidas, o setor de serviços avançou 8,6% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. No segundo trimestre, a queda havia sido de 15,5%, a mais intensa de toda a série histórica da pesquisa. Já no primeiro trimestre, a queda havia sido de 2,9%. "Nos dois primeiros trimestres, tivemos uma queda acumulada de 18%. Então, apesar da taxa positiva do terceiro trimestre, ainda é um crescimento insuficiente para reverter as perdas passadas", apontou o pesquisador. Recuperação e perspectivas Após o forte tombo da economia no 1º semestre, a atividade econômica vem mostrando reação no 3º trimestre, mas com um desempenho desigual entre os setores. O setor de serviços foi o mais abalados pela pandemia de coronavírus e continua mostrando um nível de atividade bem menor do que o observado no comércio e na indústria, sobretudo nas atividades que envolvem atendimento presencial. Na quarta-feira, o IBGE mostrou que o comércio varejista cresceu pelo 5º mês seguido em setembro, zerando as perdas no ano. A indústria também cravou a quinta alta seguida em em setembro, eliminando completamente as perdas registradas entre março e abril. No acumulado no ano, porém, ainda acumula perda de 7,2%. Relatório divulgado pelo Banco Central com base em dados de transações com cartão de débito mostram que as atividades de cabelereiro, lavanderias e outros serviços pessoais já voltaram ao nível de faturamento pré-pandemia, enquanto que o segmento de alimentação, que tem o maior peso no setor, ainda se encontra aproximadamente 7% abaixo do observado no 1º bimestre. Já as atividades culturais, de recreação e lazer possuem a retomada mais lenta, com faturamento 53% abaixo do nível pré-pandemia, "uma vez que grande parte desses serviços ainda não estão funcionando normalmente na maioria dos estados". Analistas apontam que o desemprego elevado e perspectiva de término dos programas de auxílio devem limitar o ritmo de recuperação da economia na virada de ano. Pesam também nas perspectivas para o país, as incertezas ainda elevadas sobre a evolução da pandemia de coronavírus e as preocupações com a saúde das contas públicas. O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 0,4 ponto em outubro, para 97,1 pontos, após 5 altas mensais consecutivas. "De maneira geral os dados do terceiro trimestre como um todo vieram muito bons e isto deve forçar alguma revisão em nossas projeções de PIB, no entanto com os dados desacelerando na margem teremos fatalmente um quarto trimestre de 2020 mais fraco o que pode contrabalançar a atividade deste ano", destacou o economista da Necton, André Perfeito. A estimativa atual do mercado é de um tombo de 4,8% em 2020 e alta de 3,31% em 2021, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Vendas do varejo crescem pelo 5º mês seguido, mas desaceleram em setembro Atividade turística cresce 11,5% em setembro O IBGE também mostoru que o índice de atividades turísticas registrou expansão de 11,5% frente a agosto, quinta alta seguida. O indicador, porém, também não eliminou ainda as perdas registradas entre os meses de março e abril. Frente a agosto de 2019, o volume de atividades turísticas caiu 38,7%, sétima taxa negativa seguida. No acumulado no ano, a perda ainda é de 38,8% frente a igual período de 2019. O segmento de turismo ainda precisa avançar 66,1% para retornar ao patamar pré-pandemia. Vídeos: veja as últimas notícias de Economia
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Galinhos, no RN, tem praias isoladas, farol à beira-mar e montanhas de sal como paisagem
Descubra o Brasil: série mostra destinos que merecem ser mais conhecidos, mas que ainda estão no radar apenas de viajantes que já buscam roteiros diferentes. Descubra o Brasil: Galinhos (RN) tem sossego e lindas praias Galinhos, no Rio Grande do Norte, é uma península. Isso significa que a cidade é banhada pelas águas do mar por quase todos os lados. No destino, a 170km de Natal, o turista encontra um farol à beira-mar, praias isoladas, uma montanha de sal, dunas, um mangue cheio de vida e bastante sol e vento. O Descubra o Brasil vai apresentar nos próximos três meses destinos que já estão no radar dos viajantes que buscam roteiros diferentes, mas que merecem ser mais conhecidos. Icapuí (CE) é terra da lagosta e oferece falésias, dunas e piscinas como atrações naturais Aurora do Tocantins tem o 3º menor rio do mundo e 200 cavernas como atração para quem curte desafio físico O pequeno município fica na região conhecida como Polo Costa Branca – nome que faz referência tanto às dunas quanto às montanhas de sal criadas por empresas de extração de sal, ambas abundantes neste pedaço do Rio Grande do Norte. O melhor jeito de chegar a Galinhos é pegar duas horas de estrada desde a capital potiguar (pelas BR-406 e RN-402) e depois cruzar um braço de mar que banha a cidade. Prefeitura de Galinhos/Reprodução Prefeitura de Galinhos/Reprodução Os turistas deixam os carros em um estacionamento público, com segurança 24h, e pegam um barco no porto de Pratagil. A travessia leva apenas 10 minutos e acontece diariamente a cada meia hora. Ao desembarcar, o visitante se depara com um lugar onde carros comuns não circulam. Você tem a opção de contratar um burro-táxi: charretes usadas para ajudar os visitantes no transfer do píer até sua hospedagem. É que em Galinhos só é possível se locomover com veículos 4×4, buggy ou nas charretes de tração animal. Carrancas (MG) já foi cenário para diversas novelas e é destino para fã de cachoeira 'Nevou em Urubici': cidade de SC que aparece no noticiário pelas baixas temperaturas oferece cânions e turismo rural Com menos de três mil habitantes e muito espaço nas areias para você se isolar, o município tem 57 anos de fundação. Até o início dos anos 60 ele era um distrito de São Bento do Norte, outra cidade da região. Emancipado em 1963, Galinhos tinha sua economia baseada na pesca e na extração de sal. Foi só nos últimos anos que a vocação para o turismo passou a ser mais notada. Uma das atrações do lugar é o fotogênico Farol de Galinhos. Seja na maré baixa, quando você pode chegar bem pertinho, ou na maré alta, quando o Farol desponta no mar, vale dedicar alguns cliques para registrar o cenário – principalmente na hora do pôr do sol. Prefeitura de Galinhos/Reprodução Prefeitura de Galinhos/Reprodução Buggies e charretes fazem esse trajeto, mas você também pode optar por caminhar pela orla, dependendo da sua localização e disposição para caminhada. Barcos cruzam as águas, circundando a cidade, para apresentar belezas naturais e outras curiosidades locais. É a chance de ver de perto o manguezal rico em vida, as dunas da região e a grande montanha branca da salina instalada na cidade há mais de 50 anos. Prefeitura de Galinhos/Reprodução Prefeitura de Galinhos/Reprodução Outra opção para conhecer toda a região é contratar os passeios de buggy. Eles percorrem a orla e dunas de Galinhos. Como a água que abastece Galinhos tem uma concentração maior de sal, é comum encontrar nos banheiros dos hotéis da cidade dois chuveiros – um deles improvisado, com água mineral, para os hóspedes finalizarem o banho. Veja a seguir outros destaques de Galinhos: As praias da cidade banhadas pelo mar aberto são mais procuradas por praticantes de kitesurf, principalmente no segundo semestre do ano, quando há mais vento e o mar fica mais agitado. Por conta da força do vento, inclusive, há também muita areia voando. Óculos escuros é item indispensável. Quem prefere águas mais calmas também tem vez: basta optar pelas praias do braço de mar, chamado de “rio” pelos moradores locais, dada a falta de ondas. Na maré baixa também dá para encontrar piscinas naturais formadas nas areias. Alguns dos passeios de barco oferecem refeições fresquinhas, com peixes, ostras e outros frutos do mar pescados durante o trajeto. De buggy se acessa a praia de Galos, mais afastada e isolada, com um visual de natureza ainda mais intocada. O Morro do André é um dos pontos procurados para se ter uma vista do alto da região. Vá de buggy para apreciar a vista, tirar fotos ou admirar o pôr do sol. Por conta do vento constante, as dunas de Galinhos foram escolhidas para abrigar um parque de geração de energia eólica. As gigantes pás dos aerogeradores dão um visual peculiar ao horizonte e atraem a curiosidade dos visitantes. Serviço Entre pousadas, hotéis e casas de aluguel, Galinhos tem 26 opções de hospedagem, com 496 leitos. São 8 restaurantes e 20 trailers de food truck servindo principalmente peixes e frutos do mar, mas você encontra na cidade até uma pizzaria. Galinhos tem 45 charretes, 20 buggys e 45 barcos de passeio cadastrados para oferecer passeios aos visitantes. Apesar de todos os estabelecimentos locais aceitarem cartão, é recomendado levar algum dinheiro em espécie, já que a cidade não possui caixas eletrônicos nem agências bancárias. Há apenas uma lotérica e correspondentes bancários do Bradesco e Banco do Brasil. As operadoras de celular Claro e Vivo tem bom sinal 4G no local. Para as demais, o sinal é o de 3G e pode oscilar de acordo com a localização. Na pandemia Para garantir a segurança sanitária em tempos de pandemia, a cidade criou o selo Galinhos Destino Seguro, com algumas exigências para o setor turístico. Além de higiene redobrada, há a preocupação em se manter o distanciamento social. Assim, barcos, buggies e charretes têm transportado um número reduzido de pessoas por vez. Por enquanto, apenas os visitantes com comprovação de hospedagem ou passeios agendados junto à Secretaria de Turismo da cidade estão liberados para acessar a península, entre 8h e 18h. Duas barreiras sanitárias na cidade verificam a temperatura corporal de cada visitante que chega e dão orientações gerais, como o uso constante de máscara, por exemplo. Veja mais vídeos de Descubra o Brasil
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Hotéis de Roma trocam turistas por pacientes com Covid-19
Redes hospitalares da cidade já estão enfrentando dificuldades. A Itália passa por uma segunda onda de Covid-19: em um dia, foram 600 mortos. Homem faz serenata para a mulher em hospital na Itália
Com hospitais e clínicas sob forte pressão e muitos hotéis vazios devido à falta de turistas, o Ministério de Assuntos Regionais da Itália providenciou 15 mil camas de hotel para serem usadas em todo o país para pacientes do Covid-19.
Nem todas as 20 regiões da Itália optaram por essa medida, embora o ministério tenha prometido aumentar a rede para aliviar a pressão em emergências e sobre os médicos de família.
Casa de repouso na Itália monta 'quarto do abraço' com estruturas de vidro e plástico
A cidade de Roma, na Itália, adaptou 15 hotéis para abrigar pacientes de Covid-19. Sem turistas e com contas no vermelho, os hotéis da capital do país tentam sobreviver a uma das piores crises da história recente.
Após o primeiro surto de coronavírus em março, eles registraram uma ligeira recuperação entre julho e agosto, segundo o presidente da federação de hotéis Federalberghi, Giuseppe Roscioli. O golpe veio em setembro, com 90% menos turistas em relação ao mesmo mês de 2019.
Os hospitais da cidade estão saturados. "A falta de leitos nos últimos dias levou ao bloqueio de ambulâncias na entrada de emergência dos hospitais", explicou Simona Amato, diretora de um dos centros de saúde locais em Roma.
A Itália foi o primeiro país europeu a ser gravemente afetado pelo coronavírus no início deste ano. Nas últimas semanas, ela registrou um aumento de casos, com mais de 30 mil infectados e 600 mortes registradas nesta quinta-feira (12).
O Sheraton Parco de'Medici, um dos 15 hotéis adaptados em Roma, tem capacidade para 800 leitos, mas já ocupou metade deles até agora. O edifício tem uma piscina e é localizado no meio de um campo de golfe no sul de Roma. Foram disponibilizados 169 quartos para pacientes, 49 deles equipados com oxigênio.
Também pode ajudar pessoas assintomáticas que precisam de um local para se isolar, pacientes em recuperação e aqueles que precisam de tratamento, mas não estão gravemente doentes.
Antonella De Gregorio, gerente do Urban Garden Hotel, na outra ponta da cidade, disponibilizou 50 quartos para pacientes com coronavírus assintomáticos que não podem cumprir a quarentena em suas casas ou que tenham uma casa pequena.
A instalação tem experiência porque habilitou quartos durante o primeiro surto da Itália no início deste ano.
Cada quarto custa 30 euros por dia para as autoridades regionais. Há atendimento médico e a equipe do hotel não tem contato com os pacientes, concentrando-se nas tarefas administrativas.
"Oferecemos um serviço e ao mesmo tempo podemos cobrir algumas despesas e poupar empregos", explica De Gregori
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