Veneza tem novo dia de maré alta e atrações fechadas ao público
Prefeito estima em 1 bilhão de euros os prejuízos com as inundações. Praça de São Marcos tomada pela água neste domingo (17) Alberto Lingria/Reuters Veneza teve mais um dia de maré alta neste domingo (17). As lojas e os museus da cidade ficaram fechados na região da Praça de São Marcos, área mais atingida, mas alguns turistas com botas de borracha altas não deixaram de visitar o local. Muitos donos de lojas em torno da Praça de São Marcos esvaziaram seus estabelecimentos, enquanto outros aumentaram os produtos o mais alto possível e colocaram sistemas de bombeamento automático para manter a água sob controle. As portas da famosa Basílica de São Marcos também foram fechadas como medida de segurança, enquanto as autoridades tomaram precauções como empilhar sacos de areia nas janelas ao lado do canal para impedir que a água entrasse novamente na cripta da igreja. O Departamento de Marés de Veneza informou que a maré atingiu o pico de 1,5 metro, menor que o previsto, de 1,6 m, graças a condições meteorológicas que impediram a chegada de ventos do sul do mar Adriático. Na terça-feira, Veneza sofreu as piores inundações em 53 anos, quando o nível da água chegou a 1,87 metro – a maré submergiu 80% da Veneza histórica, provocou a morte de uma pessoa de 70 anos e o afundamento de gôndolas e 'vaporetti', os barcos de transporte público. O pico recorde foi registrado em 4 de novembro de 1966, quando a maré chegou a 1,94 m. Interior de igreja inundado na cidade de Veneza neste domingo (17) Manuel Silvestri/Reuters Veneza recebe a cada ano 36 milhões de turistas, 90% deles estrangeiros. Os hotéis da cidade começaram a registrar cancelamentos nas reservas para as festas de fim de ano. A prefeitura de Veneza anunciou a abertura de uma conta bancária para doações, na Itália ou no exterior, que ajudarão nos trabalhos de reconstrução. "Veneza, lugar único, é patrimônio do todo o mundo. Graças a sua ajuda, a cidade brilhará de novo", afirmou o prefeito Luigi Brugnaro em um comunicado. Ele estimou em 1 bilhão de euros os prejuízos com as inundações. Na quinta-feira, o governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte aprovou o estado de emergência em Veneza e anunciou a liberação de 20 milhões euros para as obras mais urgentes. O ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini, afirmou que as obras de reconstrução serão consideráveis. Ele disse que mais 50 igrejas foram danificadas. Comerciante em loja aberta entre várias fechadas em frente à Praça de São Marcos Manuel Silvestri/Reuters Aquecimento global e cruzeiros Para o ministro do Meio Ambiente, Sergio Costa, a fragilidade de Veneza aumentou em consequência do que ele chamou de "tropicalização" do clima, com chuvas intensas e rajadas de vento, vinculadas ao aquecimento global. Os ecologistas também atribuem responsabilidade à expansão do grande porto industrial de Marghera, perto de Veneza, e às viagens de cruzeiros gigantes. Muitos visitantes parecem não perceber o risco de afundamento na cidade, construída sobre 118 ilhas e ilhotas majoritariamente artificiais e sobre pilares. Em um século, a cidade afundou 30 cm no mar Adriático. Diversas autoridades pediram a conclusão o mais rápido possível do projeto de comportas Mose. Esse plano de engenharia, apresentado em 2003 mas adiado por escândalos de corrupção, consiste em 78 barragens que sobem e bloqueiam o acesso à lagoa em caso de maré alta de até três metros de altura. O primeiro-ministro Conte afirmou que o projeto está pronto "em 93% e será concluído na primavera de 2021"
- Publicado em Turismo
Veja as dez vias de SP que vão receber os megablocos no carnaval de rua em 2020
Trios elétricos terão que desligar o som até as 19h, de acordo com regras da Prefeitura. Veja onde os megablocos vão desfilar no carnaval 2020 em São Paulo TV Globo/Reprodução Dez vias de São Paulo vão receber os megablocos do carnaval de rua em 2020. A Prefeitura divulgou nesta terça-feira (12) as regras no Diário Oficial e traz as determinações para os ensaios e desfiles. De acordo com as orientações, megablocos devem apresentar um plano de segurança que deverá ser aprovado pela Prefeitura. Veja as vias para os megablocos Avenida Gastão Vidigal (Vila Leopoldina) Avenida Luiz Dumont Villares (Santana) Rua Laguna (Santo Amaro) Avenida Faria Lima x Juscelino Kubitshek (Itaim Bibi) Avenida São João (Centro) Avenida Tiradentes (Centro) Rua da Consolação (Centro) Avenida Marquês de São Vicente (Barra Funda) Avenida Pedro Álvares Cabral (Ibirapuera) Avenida Luiz Carlos Berrini (Brooklin) O texto proíbe o uso de trios elétricos em zonas estritamente residenciais e som a partir das 19h. A dispersão deve acontecer até às 20h. Se houver inscrição de dois blocos no mesmo trajeto e horário, deve ser adotado como critério de escolha o histórico de desfiles dos anos anteriores. O guia também estabelece regras de segurança. Os blocos que possuem até 5 mil foliões, precisam ter cordeiros a cada 2 metros, já os que estimam atrair até 40 mil pessoas são obrigados a ter também Bombeiro Civil, Segurança e Equipe de Produção. Por fim, os blocos maiores deverão apresentar um plano de segurança que deverá ser aprovado pela Prefeitura. “Acho que isso extremamente importante porque aquele organizador de bloco ele tem que estar ciente que ele é responsável por aquele seu folião”, disse Jorge Vespero, membro do Fórum de Blocos de São Paulo. A região mais procurada pelos organizadores foi a subprefeitura da Sé, o que preocupa os moradores da consolação. “A medida que passam os anos, o carnaval cresce, mas não cresce a quantidade de segurança, não cresce a qualidade de fiscalização, não cresce a infraestrutura, então você vai cada vez mais tendo problemas”, disse a presidente da associação dos moradores, Marta Porta. Inscrições As inscrições para o carnaval de rua de 2020 terminaram em setembro e bateram recorde. Foram 865 blocos inscritos para 960 desfiles. Trinta e um blocos disseram que tem expectativa de reunir mais de 100 mil pessoas. A Prefeitura está analisando as informações e os trajetos propostos para autorizar os desfiles. Os blocos que não respeitarem datas, horários e trajetos dos desfiles, podem ser multados e até perder o direito de desfilar no ano seguinte. Bloco Casa Comigo em SP Reprodução/TV Globo Initial plugin text
- Publicado em Turismo
O que é ‘fuel tankering’, prática poluidora adotada por aéreas para economizar dinheiro
Uma investigação da BBC revelou ser comum nesta indústria abastecer aviões com combustível extra para evitar o custo mais alto deste insumo em seu destino, o que pode levar a emissões anuais extras equivalentes às de uma grande cidade europeia. A British Airways disse que irá rever uma prática adotada por ela e outras empresas do setor para economizar dinheiro e que aumenta suas emissões de gases de efeito estufa. O anúncio foi feito após uma investigação da BBC sobre "fuel tankering", em que os aviões são abastecidos com combustível extra, geralmente para evitar pagar preços mais altos pelo reabastecimento nos aeroportos de destino. Abastecer aviões com combustível extra ajuda a evitar o custo mais alto deste insumo em seu destino BBC Esse procedimento comumente adotado nesta indústria pode levar a emissões anuais extras equivalentes às de uma grande cidade europeia. A British Airways agora diz que usar "fuel tankering" para reduzir seus custos "pode ser a coisa errada a fazer". No entanto, a companhia aérea acrescentou que prática também tem razões operacionais e de segurança. Um em cinco voos de empresas europeias adotam a prática O programa BBC Panorama descobriu que os aviões da companhia aérea geraram 18 mil toneladas extras de dióxido de carbono no ano passado por meio de "fuel tankering". A economia de custos em um único voo pode ser tão pequena quanto pouco mais de R$ 53, mas pode chegar a centenas de reais. Pesquisadores estimam que um em cada cinco voos das companhias aéreas europeias envolve de alguma forma "fuel tankering". A prática nas rotas europeias poderia resultar em emissões anuais adicionais de gases de efeito estufa equivalentes às produzidas por uma cidade de 100 mil pessoas. Os críticos desta prática dizem que seu uso generalizado mina as alegações de que a indústria da aviação está comprometida em reduzir suas emissões de carbono. John Sauven, diretor-executivo do Greenpeace do Reino Unido, disse à BBC que isso é um "exemplo clássico de uma empresa que coloca o lucro antes do planeta". Em reação à decisão da British Airways de rever esta medida, Sauven disse que isso mostra como o setor de companhias aéreas tem tratado as mudanças climáticas "como um problema de relações públicas". "É por isso que precisamos de metas de redução impostas pelo governo para garantir que as companhias aéreas se responsabilizem pelos danos que suas emissões estão causando", afirmou ele. Prática 'hipócrita' A International Airlines Group (IAG), empresa proprietária da British Airways, afirma que trabalha para ser líder mundial em sustentabilidade no setor aéreo. No entanto, o BBC Panorama teve acesso a dezenas de documentos internos da British Airways que mostram que até 6 toneladas de combustível extra foram carregados nos aviões desta maneira. A reportagem encontrou ainda evidências de que a companhia Easyjet também pratica "fuel tankering". As companhias aéreas podem economizar dinheiro com o fato de o preço do combustível de aviação diferir entre os destinos europeus. Fontes ouvidas pela BBC que trabalham na British Airways afirmam que a empresa, como muitas companhias aéreas que operam rotas de curta distância na Europa, possui um programa de computador que calcula se os custos podem ser reduzidos desta forma, o que orienta suas equipes. Avião da Lufthansa decolando da pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos Sidnei Barros/Prefeitura de Guarulhos Um dos documentos ao qual o Panorama teve acesso mostra que, em um recente voo da British Airways do Reino Unido para a Itália, o avião carregava quase 3 toneladas de combustível extra. O peso extra significa que o avião emitiu mais de 600 kg de dióxido de carbono adicional. A economia de custos nessa viagem foi inferior a R$ 215. O IAG registrou um lucro anual de 2,9 bilhões de euros (R$ 13,24 bilhões) em 2018, cerca de 80% dos quais provenientes da British Airways. Uma fonte de dentro da companhia descreveu a prática como "hipócrita". "Para uma empresa tão grande, tentar economizar quantidades tão pequenas e emitir tanto CO² extra parece injustificável no mundo atual", disse. Em resposta a estas revelações, o presidente da IAG, Willie Walsh, anunciou que a companhia aérea faria uma revisão da prática e afirmou aos investidores que a empresa quer garantir que não estava "incentivando um comportamento errado". "Claramente, a economia financeira nos incentivaria a fazer 'fuel tankering'. Mas talvez… seja a coisa errada a fazer e de incentivar. Por isso, queremos garantir que nossos incentivos estejam alinhados às atividades corretas, para garantir a sustentabilidade financeira, mas também ambiental." 'Fuel tankering' gera economia anual bilionária A British Airways afirmou ser uma prática comum carregar combustível adicional em alguns voos. A companhia disse que, no seu caso, isso se aplica principalmente a viagens de curta distância "em que existem diferenças consideráveis de preço do combustível entre os aeroportos europeus". Ele afirmou que as emissões adicionais da companhia aérea representam aproximadamente 2% do total de emissões extras geradas por todas as empresas aéreas que abastecem combustível na Europa, com base em pesquisas do Eurocontrol, o órgão que coordena o controle de tráfego aéreo da Europa. A British Airways destacou que, desde 2012, todos os voos na Europa estão cobertos pelo Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia – mecanismo que estabelece limites de emissões, seu monitoramento e a comercialização entre os participantes de quotas de produção de gases. Acrescentou que, a partir de 2020, a empresa compensará todas as emissões de CO² de seus voos domésticos no Reino Unido. Imagem de arquivo mostram aeronaves da British Airways paradas no aeroporto de Heathrow, em Londres Frank Augstein/AP A Easyjet disse que reduziu a prática de "fuel tankering" nos últimos anos e que isso só ocorreu em uma pequena proporção de voos por razões operacionais e comerciais. O Eurocontrol calcula que essa prática na Europa resultou na queima anual de 286 mil toneladas de combustível extra e na emissão de 901 mil toneladas adicionais de dióxido de carbono. O órgão calcula que a prática economizou às companhias aéreas um total de 265 milhões de euros (R$ 1,22 bilhão) por ano e a descreve como "questionável" em um momento em que a aviação está sendo cobrada pela contribuição que dá para as mudanças climáticas.
- Publicado em Turismo
Maré alta histórica afeta Veneza
'Acqua alta' atingiu 1,87 m segundo o Centro de Marés da cidade italiana, a maior desde novembro de 1966. Gôndola encalhada na Ponte della Paglia Marco Bertorello / AFP Photo Veneza registrou na noite desta terça-feira (12) uma histórica "acqua alta" (maré alta), com um pico que pode atingir ou superar 1,90 metro, segundo o Centro de Marés da cidade italiana. "Enfrentamos uma maré mais que excepcional. Todos estão mobilizados para manejar a emergência", tuitou o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro. Veneza registra piores enchentes dos últimos 50 anos "Amanhã (nesta quarta, 13) pediremos o estado de catástrofe natural porque os custos (os danos) serão provavelmente significativos e se espera que o nível da água continue subindo", acrescentou Brugnaro. "Necessitamos que todos nos ajudem a lidar com o que é claramente o impacto da mudança climática", acrescentou o prefeito, no fim da noite na famosa praça de São Marcos. Turistas atravessam a praça inundada de São Marcos Marco Bertorello / AFP Photo Por volta de meia-noite, o Centro de Marés indicava uma altura de 1,87 m, a maior "acqua alta" desde o recorde registrado em 4 de novembro de 1966. O nível das marés é registrado em Veneza desde 1923. Um nível de maré de 1,87 m não significa que a cidade esteja submersa sob quase dois metros de água. Desta altura deve-se subtrair o nível médio da cidade, que se encontra em entre um metro e 1,30 m. Segundo jornalistas da AFP-TV, o nível da água atingia "1,20 metro em algumas zonas". "Estávamos a par do fenômeno, mas fomos beber algo e quando saímos, olhem….", declarou à AFP-TV uma turista francesa, que foi surpreendida pelas águas. Mulher perto da Basílica de São Marcos Marco Bertorello / AFP Photo As águas inundaram o vestíbulo da basílica de São Marcos, algo pouco frequente. O procurador do prédio, Pierpaolo Campostrini, recordou que em toda a história da basílica – construída em 828 e reconstruída em 1063 (após um incêndio) – o vestíbulo só foi inundado em cinco ocasiões. O mais preocupante é que três das cinco grandes inundações ocorreram nos últimos 20 anos. A última em 2018. O fenômeno da "acqua alta" costuma inundar as zonas baixas da cidade, em particular a praça de São Marcos. Na noite desta terça-feira o fenômeno foi agravado pelo siroco, um forte vento saariano. Para proteger Veneza das marés, que afetam cada vez mais seu patrimônio artístico, em 2003 foi iniciada a construção de 78 diques flutuantes com base no projeto MOSE (Módulo Experimental Eletromecânico). Este sistema fechará a lagoa em caso de excessiva elevação das águas do Adriático. Turistas usam uma passarela improvisada para deixar hotel em Veneza Marco Bertorello / AFP Photo
- Publicado em Turismo
Turismo em Salvador: veja 4 passeios grátis
Da religiosidade na Igreja do Senhor do Bonfim ao Pelourinho, roteiro inclui opções para o turista fazer caminhando ou de ônibus. O G1 dá dicas de passeios para se fazer em Salvador sem gastar nada. Pelas casas coloniais do bairro de Santo Antônio Além do Carmo, ou nas ladeiras do Pelourinho, o roteiro passa pela Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Caminhando, ainda dá para chegar na Casa de Jorge Amado e depois aproveitar o visual do Elevador Lacerda. Também de graça, que tal conhecer a Igreja do Senhor do Bonfim, comprar uma fitinha, amarrar no braço e, de quebra, faz um pedido na Baía de Todos-os-Santos?
Veja quatro opções de passeios gratuitos em Salvador
Vai para Rio ou São Paulo? Veja dicas de lá também
Veja quatro dicas de passeios gratuitos em São Paulo
Veja quatro dicas de passeios gratuitos no Rio de Janeiro
- Publicado em Turismo
Costa Rica tem primeiro Festival de Máscaras em San José; fotos
Festas fazem parte das tradições populares do país e têm raízes na época em que ainda era uma colônia da Espanha. Com influência das comunidades indígenas, a Costa Rica iniciou seu primeiro Festival de Máscaras de San José neste sábado (9). Elas fazem parte das tradições populares do país e têm raízes na época em que o país ainda era uma colônia da Espanha. Veja fotos da festa: Costa Rica tem seu primeiro Festival de Máscaras de San Jose Ezequiel Becerra/AFP Costa Rica tem seu primeiro Festival de Máscaras de San Jose Ezequiel Becerra/AFP Costa Rica tem seu primeiro Festival de Máscaras de San Jose Ezequiel Becerra/AFP Costa Rica tem seu primeiro Festival de Máscaras de San Jose Ezequiel Becerra/AFP Costa Rica tem seu primeiro Festival de Máscaras de San Jose Ezequiel Becerra/AFP Costa Rica tem seu primeiro Festival de Máscaras de San Jose Ezequiel Becerra/AFP Costa Rica tem seu primeiro Festival de Máscaras de San Jose Ezequiel Becerra/AFP Costa Rica tem seu primeiro Festival de Máscaras de San Jose Ezequiel Becerra/AFP
- Publicado em Turismo
Cachoeiras com águas cristalinas são atrativo de região quilombola na Chapada dos Veadeiros
Queda da Santa Bárbara pode receber apenas 300 visitantes por dia; passeio pode ser feito por guias locais. Cachoeiras com águas cristalinas são atrativo de região quilombola na Chapada dos Veadeiro Fora do circuito tradicional de quem procura a Chapada dos Veadeiros, cachoeiras com águas cristalinas e a oportunidade de conhecer um território quilombola têm atraído turistas ao Engenho II, em Goiás. A comunidade faz parte do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, o maior quilombo do país. 650 mil famílias se declaram 'povos tradicionais' no Brasil Hidrelétrica ameaça comunidade que vive há 300 anos no maior quilombo do Brasil Quilombolas transformam plantas do Cerrado em remédios, alimentos e cosméticos Quilombolas se mudam por uma semana para vila feita só para romaria A estrela do roteiro é a cachoeira Santa Bárbara. Com uma queda de 28 metros e cor azul turquesa, os turistas chegam a fazer fila para tirar foto no melhor ângulo da cachoeira – ainda que isso os faça perder parte da uma hora autorizada aos visitantes no local. A cor da água é resultado da formação de calcário do fundo da cachoeira. A hora mais desejada dos turistas no local é entre as 10h e 13h, quando a luz do sol incide na água, revelando todas as cores da cachoeira. Por ser um local de preservação ambiental, além do tempo de permanência, a cachoeira recebe no máximo 300 turistas por dia. Cachoeira Santa Bárbara é a estrela do roteiro turístico de Cavalcante. Água azul turquesa é resultado da formação de calcário do lugar Fábio Tito/G1 Em outras cachoeiras, como Candaru e Capivara, não há tempo máximo de permanência, e o limite de visitantes diários sobe para 400. O Engenho II é uma área do município de Cavalcante, distante quatro horas de carro de Brasília, pela BR-010. Do centro de Cavalcante, o turista percorre mais uma hora para chegar ao Centro de Atendimento ao Turista (CAT) do Engenho II. Lá, é obrigatório contratar um guia cadastrado para acessar a rota das cachoeiras. Cada guia acompanha grupos de até seis pessoas. Para visitar duas cachoeiras, a diária do profissional sai R$ 100. Para ir em três, R$ 150. Além da diária do guia, é preciso pagar pelo ingresso das cachoeiras. No CAT, a entrada da Santa Bárbara, a mais cara, custa R$ 20. Das 300 entradas diárias, 100 são vendidas pela internet. Assim, o visitante evita ter que chegar muito cedo no CAT para garantir o ingresso. Cachoeira Candaru tem uma queda de 80 metros e limite de 400 visitantes por dia Fábio Tito/G1 As trilhas do roteiro das cachoeiras foram planejadas pelos kalungas para não causar estragos à natureza. Na caminhada até a Santa Bárbara, por exemplo, o trajeto mais curto seria seguir em linha reta, mas um trecho do percurso é feito em zigue-zague, para evitar a erosão do solo. “O caminho é planejado para a preservação do Cerrado, das pessoas que aqui vivem. Porque tem pessoa que só vai vir aqui uma vez na vida, e a gente vai permanecer aqui a vida toda”, disse o guia ambiental Geovan dos Santos Moreira. Turismo ‘aquilombado’ O dinheiro arrecadado com os ingressos das cachoeiras é direcionado para as associações kalungas da região. O recurso é usado para a manutenção e melhoria da infraestrutura local. Com o dinheiro do turismo, o Engenho II conseguiu ter água encanada e até Wi-Fi em alguns pontos – serviços básicos que ainda não chegaram em outras comunidades quilombolas da região, como o Vão de Almas e o Vão do Moleque. Já há, porém, a preocupação de que a exploração do turismo possa ser predatória e relegue aos habitantes e histórias locais um papel secundário. O guia ambiental Geovan dos Santos Moreira conta a história kalunga durante o passeio guiado nas cachoeiras de Cavalcante Fábio Tito/G1 Para a turismóloga Rosiene Francisco dos Santos, é preciso apresentar aos turistas roteiros e passeios que incluam os conhecimentos dos kalungas. Assim, acredita ela, a memória kalunga não se perderia em meio às selfies tiradas pelos turistas. “Quando falam desta área da Chapada dos Veadeiros, às vezes o quilombo é apagado, é silenciado”. Rosiene defendeu sua tese no mestrado da UNB sobre os limites e possibilidades da exploração do turismo na região. Pensando nisso, ela criou o termo “turismo aquilombado”. “O turismo lá começou pelos galhos e esqueceu o tronco e as raízes. Esse ‘aquilombado’ é nesse sentido, de as pessoas tentarem ver ou entender a raiz, e depois irem para os galhos”. Uma das maneiras de conhecer a história local é contratando um profissional kalunga. “Assim, você ajuda a contribuir com a economia local da comunidade, além de ter todas as informações do território vindas de quem vive aqui mesmo”, disse o guia Geovan. Existe também o estudo para a criação de um centro de memória kalunga no CAT engenho II. Uma das maneiras de conhecer a história local é contratando um profissional kalunga. Fábio Tito/G1 Mestra em Turismo pela UNB, Rosiene dos Santos escreveu sobre os limites e possibilidades do turismo na região quilombola Fábio Tito/G1 SERVIÇO Ingressos pela internet: http://quilombokalunga.ecobooking.com.br Dias do ano que os atrativos são fechados por causa dos festejos tradicionais: Janeiro: 6 e 7 (Folia de Reis); 17 a 21 (São Sebastião) Julho: 9 a 14 (Santo Antônio) Setembro: 1 a 6 (Nossa Senhora das Neves) Initial plugin text
- Publicado em Turismo
Após fechar por causa da chegada do óleo, Parque Nacional de Abrolhos é reaberto para visitação
Anúncio da reabertura foi feito na quinta-feira (7). Chefe da unidade confirmou nesta sexta que parque já está aberto, esperando a chegada dos visitantes. Parque Nacional dos Abrolhos foi reaberto nesta sexta-feira rede globo Foi reaberto para visitações, na manhã desta sexta-feira (8), o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, localizado na região sul da Bahia. A informação foi confirmada por Fernando Repinaldo Filho, chefe da unidade. G1 lista locais atingidos pelas manchas de óleo na Bahia Manchas de óleo no Nordeste: o que se sabe sobre o problema Ainda segundo ele, os primeiros passeios estão previstos para chegar ao local por volta das 8h. A visitação ao local estava suspensa desde o dia 3 de novembro. Um dia após as manchas atingirem a região. A previsão de reabertura do parque era o dia 14 de novembro, entretanto, na quinta-feira (7), Repinaldo informou que os fragmentos de óleo encontrados em todas as ilhas reduziram-se a poucas gramas e que não foi encontrada nenhuma quantidade significativa no mar na região do Arquipélago dos Abrolhos. Por isso a reabertura foi antecipada. Ainda de acordo com Repinaldo, também não foi constatado nenhum impacto negativo direto à fauna e flora no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Com isso, a partir desta sexta, fica autorizada a realização do serviço de visitação embarcada, mergulho autônomo e trilhas no Arquipélago dos Abrolhos. Região de Abrolhos, na Bahia. Manu Dias/GOVBA Inicialmente, a direção do parque anunciou suspensão da visitação pelo período por três dias. Nesta última terça-feira (5), no entanto, foi anunciada a prorrogação da suspensão das visitas até o dia 14. A decisão, segundo ele, tinha sido tomada para "garantir o máximo empenho das equipes envolvidas nos esforços de prevenção, controle e remoção do óleo, bem como a necessidade de minimizar ao máximo riscos à saúde de visitantes". Fragmento de óleo encontrado no sábado (2) na praia norte da Ilha de Santa Bárbara, em Abrolhos. Divulgação/Marinha A direção do parque informou que a suspensão da visitação levou em consideração a confirmação da chegada, no dia 2 de novembro, de resíduos no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, com subsequente chegada de fragmentos do petróleo nas ilhas Redonda e Siriba, bem como constatação de fragmentos em alguns pontos no mar, ainda que em quantidades pequenas e esparsas. Diz que a decisão também levou em conta o fato de que a limpeza dos ambientes afetados exigia grande esforço e mobilização de toda equipe do ICMBio, voluntários e militares mobilizados no Arquipélago dos Abrolhos, restrita aos horários de marés baixas. Um vídeo divulgado pelo Marinha mostra pequenas manchas no mar na região, no sábado (2). [Confira abaixo] VÍDEO: Manchas de óleo na região de Abrolhos Manchas na Bahia Manchas de petróleo chegaram à praia de Arembepe, Bahia Arquivo Pessoal As manchas de óleo começaram a chegar à Bahia em 3 de outubro, quase um mês após o início do problema no país. Ao menos 30 cidades baianas e o Parque Nacional de Abrolhos já foram atingidos. O Governo do Estado decretou situação de emergência. Os pequenos fragmentos de óleo foram detectados em Abrolhos – berço de baleias-jubarte e de espécies raras de corais foram confirmados pela Marinha no dia 2 de novembro. Por causa disso, a visitação a Abrolhos foi suspensa por três dias. Desde o início da semana, quando praias de municípios próximos foram contaminadas, pescadores realizavam uma força-tarefa para impedir que o petróleo chegasse a essa região, porém a ação não impediu o problema. [Ouça abaixo podcast que explica de onde veio o petróleo que mancha praias do Nordeste, e os danos que ele pode causar] Veja mais notícias do estado no G1 Bahia. Initial plugin text
- Publicado em Turismo
Turistas jogam R$ 14 mil em moedas nas Cataratas do Iguaçu e causam risco ambiental ao parque
Para os visitantes, a chance de fazer um desejo. Para o parque, problema: com o tempo os metais pesados, como níquel e cobre, contaminam as águas. Hábito de turistas preocupa o Parque Nacional do Iguaçu
A baixa vazão das Cataratas do Iguaçu, no Paraná, evidenciou um problema provocado por turistas, sobretudo os brasileiros. Com pouca água, paredões de pedra estão à mostra, deixando visíveis milhares de moedas jogadas na água – o que é proibido.
Para alguns turistas, é a chance de fazer um desejo. Mas para o parque nacional, um problema ambiental.
Segundo Pedro Fogaça, biólogo do Parque Nacional do Iguaçu, muitas moedas se dissolvem com o tempo e seus metais pesados, como níquel e cobre, vão parar na água.
Visita às Cataratas do Iguaçu fica mais cara
"Tiramos moedas que estão aqui, com certeza, há mais de 30 anos no rio. Elas vão se corroendo e esse metal pesado acaba contaminando a água. É uma contaminação química que afeta toda a cadeia alimentar", disse Fogaça.
A equipe do parque já retirou 329 quilos de moeda, um recorde histórico do parque. A maioria, moedas brasileiras. Na sequência, pesos argentinos e depois guaranis paraguaios.
Também foram encontradas moedas da China, Panamá, Israel, Japão, Austrália, Canadá e da África do Sul. Algumas moedas já até saíram de circulação há duas décadas. Levando em conta somente moedas estrangeiras, foram recolhidos 130 quilos. Todas serão enviadas para reciclagem.
Já no montante de moedas brasileiras, foram recolhidos R$ 14 mil. O valor será destinado a um dos 14 municípios que ficam às margens do Parque Nacional do Iguaçu. A escolha acontecerá por meio de concurso.
Outros problemas
Quem também sofre com o efeito das moedas jogadas nas cataratas são os animais. Muitos deles, sobretudo peixes e aves aquáticas, confundem as moedas com suas presas por causa do brilho. Se ingerirem, acabaram sofrendo problemas sérios no organismo.
A limpeza é outro entrave. A retirada das moedas só pode ser feita com equipamentos de segurança, por causa do risco de acidentes por parte dos bombeiros.
- Publicado em Turismo
A falha no Boeing 787 que poderia deixar passageiros sem oxigênio, segundo ex-funcionário
Um ex-gerente de qualidade diz que a Boeing colocou custos e cronogramas acima da segurança, o que a empresa nega. Boeing 787 Boeing/Divulgação – via BBC Um ex-funcionário da empresa Boeing afirmou que os passageiros do 787 Dreamliner poderiam ficar sem oxigênio se a cabine sofresse uma descompressão repentina. John Barnett diz que testes indicaram que até um quarto dos sistemas de oxigênio pode estar com defeito e não funcionar quando necessário. Ele também afirmou que peças defeituosas foram instaladas nos aviões da linha de produção de uma fábrica da Boeing. A Boeing nega suas acusações e diz que todas as suas aeronaves são construídas com os mais altos níveis de segurança e qualidade. A empresa passou por intenso questionamento após dois acidentes catastróficos envolvendo outro de seus aviões, o 737 Max — o acidente da Ethiopian Airlines em março e o desastre da Lion Air na Indonésia no ano passado. Barnett, ex-engenheiro de controle de qualidade, trabalhou na Boeing por 32 anos, até sua aposentadoria por motivos de saúde, em março de 2017. A partir de 2010, ele foi gerente de qualidade na fábrica da Boeing em North Charleston, Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Essa fábrica é uma das duas envolvidas na construção do 787 Dreamliner, um avião moderno de ponta, amplamente utilizado em rotas de longo curso em todo o mundo. Apesar dos primeiros problemas após a entrada em serviço, a aeronave provou ser um sucesso entre as companhias aéreas e uma boa fonte de lucros para a empresa. Danos cerebrais e morte Mas, de acordo com Barnett, de 57 anos, a pressa de fazer mais aeronaves significou que o processo de montagem foi acelerado e a segurança foi comprometida. A empresa nega isso e insiste que "segurança, qualidade e integridade estão no centro dos valores da Boeing". Em 2016, conta Barnett à BBC, ele descobriu problemas com os sistemas de oxigênio de emergência. O sistema deve manter os passageiros e a tripulação vivos se a pressurização da cabine falhar por qualquer motivo em altitude. As máscaras de respiração devem cair do teto, e fornecem oxigênio a partir de um cilindro de gás. Sem esses sistemas, os ocupantes de um avião ficariam rapidamente incapacitados. A 35.000 pés (10.600 m), eles ficariam inconscientes em menos de um minuto. A 40.000 pés, isso pode acontecer em 20 segundos. Danos cerebrais e até a morte podem ocorrer. Embora eventos de descompressão repentina sejam raros, eles acontecem. Em abril de 2018, por exemplo, uma janela de uma aeronave da Southwest Airlines explodiu após ser atingida por destroços de um motor danificado. Um passageiro sentado ao lado da janela sofreu ferimentos graves e acabou morrendo — mas outros foram capazes de utilizar o suprimento de oxigênio de emergência e sobreviveram ilesos. Taxa alarmante de defeitos Barnett, ex-engenheiro de controle de qualidade, trabalhou na Boeing por 32 anos John Barnett/Arquivo Pessoal Barnett diz que, quando estava desativando sistemas que sofreram danos estéticos menores, ele descobriu que algumas das garrafas de oxigênio não estavam descarregando quando deveriam. Posteriormente, ele organizou um teste controlado a ser realizado pela própria unidade de pesquisa e desenvolvimento da Boeing. Esse teste foi projetado para imitar a maneira como sistemas de oxigênio seriam implantados a bordo de uma aeronave, usando exatamente a mesma corrente elétrica como gatilho. Ele diz que 300 sistemas foram testados — e 75 deles tiveram problemas, uma taxa de falha de 25%. Barnett diz que suas tentativas de aprofundar o assunto foram bloqueadas pelos gerentes da Boeing. Em 2017, ele reclamou ao órgão regulador dos EUA, a Federal Aviation Administration (FAA na sigla em inglês, Administração Federal de Aviação em tradução livre), que nenhuma ação havia sido tomada para resolver o problema. A FAA, no entanto, disse que não poderia fundamentar essa alegação porque a Boeing havia indicado que estava trabalhando na questão na época. A Boeing rejeita as afirmações de Barnett. Ela admite que em 2017 "identificou algumas garrafas de oxigênio recebidas do fornecedor que não estavam sendo implantadas adequadamente. Removemos essas garrafas da produção para que nenhuma garrafa defeituosa fosse colocada nos aviões e abordamos o assunto com o nosso fornecedor". A empresa também afirma que "todo sistema de oxigênio de passageiros instalado em nossos aviões é testado várias vezes antes da entrega para garantir que esteja funcionando corretamente e deve passar nesses testes para permanecer no avião". "O sistema também é testado em intervalos regulares quando o avião entra em serviço", diz o documento. Peças defeituosas 'perdidas' Boeing 787 em fibra de carbono Itsuo Inouye / AP Photo Esta não é a única alegação levantada na Boeing em relação à fábrica da Carolina do Sul, no entanto. Barnett também diz que a Boeing não seguiu seus próprios procedimentos, que têm o objetivo de rastrear as peças durante o processo de montagem, permitindo que vários itens defeituosos ficassem "perdidos". Ele afirma que os trabalhadores, que estavam sob pressão, chegaram a instalar peças abaixo do padrão em aeronaves na linha de produção, em pelo menos um caso com o conhecimento de um gerente sênior. Ele diz que isso foi feito para economizar tempo, porque "a Boeing na Carolina do Sul é estritamente orientada pelo cronograma e pelo custo". Sobre a perda de peças, no início de 2017, uma revisão da FAA confirmou as preocupações de Barnett, identificando que pelo menos 53 peças eram consideradas perdidas. A Boeing foi condenada a tomar medidas corretivas. Desde então, a empresa diz que "resolveu completamente as falhas descobertas pela FAA com relação à rastreabilidade das peças e implementou ações corretivas para evitar a recorrência". A companhia não comentou sobre a possibilidade de que peças fora do padrão tenham sido instaladas em aeronaves — embora os membros da fábrica de North Charleston insistam que isso não poderia acontecer. Barnett está atualmente processando a Boeing, que ele acusa de denegrir sua imagem e dificultar sua carreira por causa dos problemas que ele apontou, levando à sua aposentadoria. A resposta da empresa é que ele tinha planos antigos de se aposentar e o fez voluntariamente. Ela afirma que "a Boeing não afetou negativamente a capacidade de Barnett de continuar na profissão escolhida". A empresa diz que oferece a seus funcionários vários canais para levantar preocupações e reclamações e possui processos rigorosos para protegê-los e garantir que os problemas para os quais eles chamam atenção sejam levados em conta. "Encorajamos e esperamos que nossos funcionários levantem preocupações e, quando o fazem, investigamos e resolvemos completamente." Mas Barnett não é o único funcionário da Boeing que levantou preocupações sobre os processos de fabricação. No início deste ano, por exemplo, após o acidente da Ethiopian Airlines com o 737 Max, quatro funcionários atuais ou antigos entraram em contato com uma linha direta da FAA para relatar possíveis problemas. Barnett acredita que as preocupações que destacou refletem uma cultura corporativa "voltada para velocidade, redução de custos e contagem de unidades produzidas". Ele afirma que os gerentes "não estão preocupados com a segurança, apenas cumprindo o cronograma". Essa é uma visão corroborada por outro ex-engenheiro, Adam Dickson, envolvido no desenvolvimento do 737 Max na fábrica da Boeing em Renton, no Estado de Washington. Ele disse à BBC que havia "um esforço para manter os aviões em movimento pela fábrica. Havia frequentemente pressões para manter os níveis de produção elevados. Minha equipe brigava constantemente com a fábrica por processos e qualidade. E nossos gerentes sêniores não ajudaram." Medo de embarcar Em audiência no Congresso americano em outubro, o congressista democrata Albio Sires citou um e-mail enviado por um gerente sênior sobre a linha de produção do 737 Max. Nele, o gerente reclamou que os trabalhadores estavam "exaustos" por terem que trabalhar em um ritmo muito forte por um período prolongado. Ele disse que a pressão do cronograma estava "criando uma cultura em que os funcionários estão deliberada ou inconscientemente contornando os processos estabelecidos", afetando negativamente a qualidade. Pela primeira vez em sua vida, disse o autor do e-mail, ele hesitava em permitir que sua família embarcasse em um avião da Boeing. A Boeing diz que, juntamente com a FAA, implementa um "processo rigoroso de inspeção" para garantir que suas aeronaves sejam seguras e que todas elas passam por "vários voos de segurança e teste", além de inspeções extensivas antes que possam sair da fábrica. A Boeing encomendou recentemente uma revisão independente de seus processos de segurança. A empresa disse que a revisão "identificou que o design e o desenvolvimento do [737] Max foram feitos de acordo com os procedimentos e processos que produziram consistentemente aviões seguros". No entanto, como resultado dessa análise, no final de setembro, a empresa anunciou várias alterações em suas estruturas de segurança. Elas incluem a criação de uma nova "organização de segurança de produtos e serviços". Ela será encarregada de revisar todos os aspectos de segurança do produto, "incluindo a investigação de casos de pressão indevida e preocupações sobre produtos e segurança levantadas pelos funcionários". Enquanto isso, Barnett continua profundamente preocupado com a segurança da aeronave que ajudou a construir. "Com base em meus anos de experiência, acredito que seja apenas uma questão de tempo até que algo grande aconteça com um 787", diz ele. "Rezo para que eu esteja errado."
- Publicado em Turismo