A espetacular imagem da Via Láctea refletida em deserto de sal que ganhou homenagem da Nasa
O fotógrafo peruano Jheison Huerta levou três anos para fazer essa imagem da nossa galáxia, vista do salar de Uyuni, a Bolivia A Nasa elegeu como "foto astronômica do dia", em 22 de outubro, esta imagem da Via Láctea capturada por Jheison Huerta no Salar de Uyuni, na Bolívia Jheison Huerta/BBC "O que o maior espelho do mundo reflete nessa imagem?" A Nasa colocou essa questão em seu site quando selecionou a imagem acima como a "fotografia astronômica do dia", em 22 de outubro. A imagem da Via Láctea foi registrada pelo fotógrafo peruano Jheison Huerta, na Bolívia, no salar de Uyuni, cuja extensão plana de 130 km pode se tornar um espelho gigantesco durante temporadas úmidas. "Quando vi a foto, senti uma emoção muito grande", disse o fotógrafo. "A primeira coisa que veio à mente foi a conexão entre o homem e o universo. Somos todos filhos das estrelas." Huerta deu uma entrevista à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, e falou sobre sua foto, o boom da astrofotografia na América Latina e por que antes de capturar uma imagem "devemos pedir ajuda à natureza". Leia os principais trechos da entrevista: BBC News Mundo – Como define a foto que foi selecionada pela Nasa? Jheison Huerta – É uma astrofotografia de paisagem, também chamada de campo amplo, que é um dos ramos que compõem a astrofotografia. Muitos pensam que a astrofotografia tem a ver com telescópios, mas nosso ramo é o principal responsável por fazer registros envolvendo tanto a paisagem terrestre quanto os corpos celestes presentes no céu. Jheison Huerta: "Com o tempo, aprendi a ser muito paciente e esperar a hora certa, esperar a luz ou a chuva se dissiparem e ver as estrelas" Divulgação/Jheison Huerta BBC News Mundo – Por que levou três anos para tirar a foto no salar de Uyuni? Jheison Huerta – Estive pela primeira vez no salar de Uyuni em 2016 e tinha em mente fazer uma panorâmica em que não apenas o braço da Via Láctea pudesse ser visto, mas também seu reflexo. O salar de Uyuni fica a 3.600 metros acima do nível do mar e é um deserto de sal. Após a estação chuvosa, forma-se uma camada de água na qual é possível ver o reflexo não apenas das nuvens durante o dia, mas também das estrelas à noite. Na primeira tentativa de fazer a foto, fiquei muito frustrado, porque pensei que havia capturado uma super foto, mas quando cheguei em casa e analisei a foto, vi que meu equipamento não tinha a capacidade de obter uma imagem limpa e clara. BBC News Mundo – E aí decidiu voltar… Jheison Huerta – Voltei em 2017 já com equipamento melhor. Comprei outra câmera e outra lente com uma entrada de luz, um diafragma, muito mais aberto. Mas (na segunda vez) já foi uma questão de azar, porque na semana em que viajei para a Bolívia o céu esteve sempre nublado. E, teimoso, voltei em 2018 e tirei uma foto muito semelhante, mas me concentrei tanto na Via Láctea que, como personagem, fiquei fora de foco. Pense que estamos em um local com 30 cm de água salgada, muito frio. E você está no meio da noite, não vê absolutamente nada. Tirei a foto selecionada pela Nasa agora, em abril, depois de buscá-la por muitos anos. Panorâmica durante o crepúsculo no Salar de Uyuni, na Bolívia Jheison Huerta/BBC BBC News Mundo – Por que você viaja para o salar de Uyuni em março ou abril? Jheison Huerta – Porque de dezembro a fevereiro é a estação das chuvas lá, e muita água se acumula. E eu não viajei antes porque teríamos muitas nuvens que impediriam a visualização. Então, eu vou assim que a estação das chuvas termina. Tenho contatos em Uyuni e ligo para meus amigos para perguntar: "Ei, como vai o salar?". Eles me atualizam em tempo real. E também estudo as fases da lua, porque procuramos a lua nova, quando não há luz. A lua é um agente de iluminação muito poderoso, que pode atrapalhar a visualização das estrelas. BBC News Mundo – A Nasa destacou que, para conseguir a foto, foi necessário capturar 15 quadros verticais. Você poderia explicar isso? Jheison Huerta – À minha câmera, adiciono um braço mecânico chamado de cabeça panorâmica. Primeiro tirei a foto do céu. Tirei sete fotografias para cobrir todo o ângulo da Via Láctea, uma fileira de sete imagens verticais do céu. Então inclinei a câmera em direção ao chão para tirar mais sete fotografias do reflexo, o que deu 14 imagens. E, por último, retornei ao ângulo da câmera para o meio da Via Láctea, corri cerca de 15 metros e, com um controle remoto sem fio, apertei o botão à distância. BBC News Mundo – Você disse que a foto tem uma selfie no meio da imagem. Jheison Huerta – Muitos me perguntam: "Como você fez isso?" Primeiro, andei cerca de trinta passos para longe da câmera. E tenho que esperar cinco minutos sem me mexer, porque no momento em que você corre sobre a água gera movimentos e pequenas ondas que não permitiriam o reflexo perfeito das estrelas. Laguna Jahuacocha, na cordihleira Huayhuash, no Peru Jheison Huerta/BBC Uma vez parado, com o controle remoto ativado para que o disparador automático da câmera disparasse após 10 segundos, acendo a lanterna, me ilumino e tiro cerca de 30 fotos para ter certeza de não ficar fora de foco. Aqui, falamos de 15 fotos, mas eu fiz 200 para ter certeza de que, quando carrego todas as imagens em um programa, ele possui as uniões exatas para que você possa mesclá-las. BBC News Mundo – Como você mescla essas imagens? Jheison Huerta – Tudo é carregado em um programa e, nesse caso, você combina manualmente as correspondências entre uma foto e outra. Para a Via Láctea, composta por sete imagens, você olha manualmente os pontos em que elas coincidem e as monta como um quebra-cabeça. O programa o reconhece e, no final, fornece a imagem que você vê. BBC News Mundo – Você estudou administração e comércio. Quando nasceu sua paixão pela astrofotografia? Jheison Huerta – Viajei para a Itália com minha família aos 13 anos e, depois de 12 anos, retornei ao Peru. Foi aí que descobri a fotografia de paisagem. Eu moro em Huaraz, uma cidade nos Andes peruanos, no pé da montanha mais alta do país, Huascarán. Estamos no meio da cordilheira dos Andes e, como você pode imaginar, aqui temos muitas paisagens montanhosas. Em uma caminhada durante a noite, deixei minha barraca e vi esse show da Via Láctea a 5.000 metros acima do nível do mar, com grandes estrelas. Foi espetacular. Entre 2010 e 2014, tentei aprender todas as técnicas possíveis, pela internet, de fotógrafos da América do Norte e Nova Zelândia. Todo o processo de aprendizagem foi autodidata. Eu pensava: "deve haver uma maneira de registrar o que estou vendo". Porque aqui nos Andes você vê a Via Láctea a olho nu. Não precisamos de câmeras ou telescópios, porque são lugares tão altos, onde o céu está muito "seco" e a visibilidade aumenta. E a outra vantagem é que não há cidades por perto. As montanhas cobertas de neve de Huascarán e Huandoy, na Cordilheira Branca, no Peru. Jheison Huerta/BBC BBC News Mundo – Agora você organiza oficinas no salar de Uyuni… Jheison Huerta – Em 2014, fundei o grupo Astrofoto Andes e me dedico a ensinar. Não foi algo planejado, mas ao compartilhar minhas imagens em grupos de rede social, muitos outros fotógrafos começaram a me perguntar e dizer: "queremos ir com você e que nos ensine esse tipo de fotografia". No Peru, não havia coletivo ou escola onde esse tipo de fotografia era ensinado. No começo, as pessoas também vinham por curiosidade, porque pensavam que as imagens eram falsas. As oficinas são assistidas por fotógrafos de toda a América Latina e não apenas profissionais. Já vieram pessoas com o celular, que queriam viver a experiência de ver a Via Láctea no salar de Uyuni. BBC News Mundo – Quão popular é a astrofotografia hoje na América Latina? Jheison Huerta – O tema da astrofotografia está atualmente em expansão em toda a América Latina. Existem grupos na Argentina, no Uruguai, e uma corrente muito forte está sendo gerada. Isso acontece porque no hemisfério sul podemos aproveitar um céu espetacular que os do norte não vêem. No sul, a Via Láctea pode ser vista em toda a sua beleza, porque atravessa o céu de sudeste a oeste. Parece um arco-íris de estrelas. Somente no hemisfério sul podemos vê-la dessa maneira. Existe um céu amigável para todos nós na América do Sul e é por isso que a astrofotografia está entrando muito fortemente. BBC News Mundo – Além da parte técnica, suas fotos despertam emoções profundas. Até que ponto a astrofotografia ajuda você a ver a vida de outra maneira? Jheison Huerta – Acredito que o universo sempre foi um lugar onde se busca respostas. É um mundo desconhecido e, ao fotografá-lo, sentimos parte dele com muita proximidade. Por exemplo, as luzes das estrelas que nossas câmeras capturam fazem parte do passado, porque essas luzes estelares foram emitidas há milhões de anos e estamos vendo apenas agora. Inclusive algumas estrelas já morreram, mas a luz chega até nós agora. Algumas são até estrelas mortas, mas a luz que elas enviaram chega até nós agora. Laguna Carhuacocha, na cordilheira Huayhuash, na região de Huánuco, no Peru. Jheison Huerta/BBC BBC News Mundo – E a foto escolhida pela Nasa, em particular, o que ela transmite para você? Jheison Huerta – Quando o programa me deu a imagem completa, foi uma emoção muito grande. A primeira coisa que veio à mente foi a conexão entre o homem e o universo. Na verdade, todos nós temos material estelar por dentro, somos filhos das estrelas. Ultimamente, nas minhas fotografias, tento sempre colocar o elemento humano. Eu acho que a foto sem a pessoa no meio teria sido mais uma imagem da Via Láctea que é vista na internet. Adicionar uma pessoa com uma luz é a ideia que eu tinha desde o início, e foi justamente para que o público se identificasse ao ver a foto. Associar elementos humanos a corpos do universo na composição é o tema central do meu trabalho. BBC News Mundo – No seu site, há uma frase: "Antes de tudo, é necessário ser paciente observador". Que conselho você daria aos leitores que desejam iniciar a astrofotografia? Jheison Huerta – Com o tempo, aprendi a ser muito paciente e a esperar a hora certa, a luz, o entardecer ou a chuva se dissipar para conseguir ver as estrelas. O conselho que sempre dou a quem assiste às oficinas é, antes de tudo, ter muito respeito pela natureza. Por exemplo, quando entramos em uma floresta rochosa, em uma lagoa ou em uma montanha, fazemos isso com muito respeito e pedimos que nos ajudem a obter as melhores fotos. É um tipo de devoção à Terra. O que eu recomendo é ser paciente, porque talvez na primeira viagem você não tenha a foto, nem na segunda, mas na terceira. E o próximo passo é treinar, porque sem treinamento não se pode conseguir muito. Você deve estar atualizado com novas técnicas de revelação ou novos programas que o ajudem a continuar crescendo. Você não deve estagnar ou pensar que, com uma foto premiada pela Nasa, você obteve tudo. Você deve sempre estar em busca de melhorias.
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Airbnb proíbe ‘casas de festa’ após tiros nos EUA
Anúncio foi feito pelo presidente da empresa neste sábado. Tiroteio deixou 5 mortos na Califórnia na última quinta. Airbnb proíbe 'casas de festa', após mortes nos EUA Divulgação/Airbnb O presidente da Airbnb anunciou, neste sábado (2), que a plataforma on-line que oferece casas privadas para alugar por períodos curtos proibiu as "casas de festa", após um evento de Halloween que terminou com mortes no estado americano da Califórnia. Cinco pessoas morreram, e várias ficaram feridas em um incidente com tiros, na última quinta-feira à noite, em Orinda, em uma casa alugada por meio da Airbnb. Mais de 100 pessoas participaram do evento, anunciado nas redes sociais. "A partir de hoje, estamos proibindo as 'casas de festa' e redobramos nossos esforços para combater as festas não autorizadas e para nos livrarmos da conduta abusiva de anfitriões e convidados, incluindo a que levou aos terríveis eventos que vimos em Orinda", tuitou o cofundador e CEO da Airbnb, Brian Chesky. Initial plugin text Para isso, acrescentou, a Airbnb aumentará a "detecção manual de reservas de alto risco marcadas por nossa tecnologia de detecção de riscos", criará uma "equipe dedicada de resposta rápida" e tomará "medidas imediatas" contra aqueles que violarem as políticas de hospedagem. "Temos de melhorar e vamos melhorar", afirmou. "Isto é inaceitável", completou. Michael Wang, dono da propriedade onde foi registrada a ocorrência, declarou ao jornal "San Francisco Chronicle" que alugou sua casa para uma mulher que pretendia organizar uma reunião familiar para uma dúzia de pessoas. A Polícia informou que respondia a uma reclamação por barulho no imóvel onde acontecia a festa, quando tiros foram dados. Três pessoas morreram no local. Outras duas chegaram a ser hospitalizadas, mas não resistiram aos ferimentos, completou a polícia.
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Brasil Central promove ecoturismo para mercado europeu em Londres
Campo Grande (MS) – Nos próximos dias 04, 05 e 06 de novembro, o turismo de Mato Grosso do Sul será promovido e divulgado em Londres, no Reino Unido. A Fundação de Turismo de MS participará da World Travel Market London (WTM) no estande do Consórcio Interestadual Brasil Central. A estratégia é uma novidade e […]
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Natal Luz começa com presença do Papai Noel e show de orquestra em Gramado
Evento segue até 12 de janeiro e reúne mais de 400 apresentações. Organização espera receber mais de 2 milhões de turistas durante os 81 dias de programação. Começa nesta quinta (24) a 34º Natal Luz em Gramado Cleiton Thiele/Natal Luz A cidade de Gramado, na Serra gaúcha, começa a receber a magia natalina nesta quinta-feira (24). Com apresentação da Orquestra Sinfônica, chegada do Papai Noel e show de acendimento de luzes, o Palácio dos Festivais é o palco da cerimônia de abertura da 34ª edição do Natal Luz. A tradicional decoração também já é encontrada pelas ruas, praças, rótulas e pórticos da cidade. Shows, espetáculos musicais, desfiles, teatro e música preenchem a programação do evento que segue até 12 de janeiro de 2020. Ao longo dos 81 dias de apresentações, a organização esperar receber mais 2 milhões de turistas, superando os números de anos anteriores. O Natal Luz apresenta quatro grandes espetáculos, sendo apenas o 'Show de Acendimento' gratuito. Os ingressos para as apresentações de 'A Lenda do Bosque de Natal', 'Illumination' e 'Desfile – A Magia de Noel' podem ser comprados por valores a partir de R$ 165. Confira a programação: Quinta-feira (24) 18h30: Abertura Oficial do 34º Natal Luz com Apresentação da Orquestra Sinfônica de Gramado e presença do Papai Noel Palácio dos Festivais. 20h: Show de Acendimento. Sexta-feira (25) 16h: Parada de Natal Local: Avenida Borges de Medeiros. 17h: Trupe de Natal Local: Vila de Natal. 19h: Bocalis canta os Símbolos de Natal Local: Rua Coberta. 20h: Show de Acendimento Local: Palácio dos Festivais. 21h: A Lenda do Bosque de Natal Local: ExpoGramado Sábado (26) 16h: Parada de Natal Local: Avenida Borges de Medeiros. 17h: Trupe de Natal Local: Vila de Natal. 19h: Show Brasil – Natal do Sul Local: Rua Coberta. 20h: Show de Acendimento Local: Palácio dos Festivais. 21h: Illumination Local: Lago Joaquina Bier Domingo (27) 16h: Parada de Natal Local: Avenida Borges de Medeiros. 17h: Trupe de Natal Local: Vila de Natal. 19h: Tenor Evandro Martins Local: Rua Coberta. 20h: Show de Acendimento Local: Palácio dos Festivais. 21h: Desfile A Magia do Noel Local: ExpoGramado. Saiba mais sobre os espetáculos pagos A lenda do bosque de Natal (terças e sextas às 21h, no Expogramado): dirigida por Fabrício Ghomes, é uma peça teatral que conta a história de moradores de uma bela vila escondida no bosque de pinheiros de Natal. Eles irão passar por momentos de muita emoção após do suposto sumiço do Papai Noel. O espetáculo conta com 16 atores e 16 bailarinos e convida o público a descobrir como os simpáticos camponeses irão resolver a situação. Desfile – A magia do Noel (quintas e domingos às 21h, no Expogramado): apresentação começa com o símbolo maior do Natal, o nascimento do menino Jesus. Unindo tecnologia, música, atuação, som e luz, a avenida do Expogramado se transforma em uma Parada de Natal Circense, com mais de trinta artistas entre músicos, acrobatas, malabaristas e palhaços, que irão levantar o público. O bom velhinho também aparece e interage ao longo de todas as alas do Desfile, devidamente acompanhado de elfos, duendes, fadas, brinquedos, doces, bailarinos, atores, patinadores, artistas circenses, carros elétricos, carros aéreos, projeção mapeada, enfeites de Natal e muita interação com a plateia. Illumination (quartas e sábados às 21h e em dezembro acontece também às segundas-feiras às 21h, sempre no Lago Joaquina Rita Bier): dirigido por Sérgio Korsakoff, a atração conta com tenores e sopranos e arranjos musicais sob o comando de Walther Neto e dois maestros que irão apresentar grandes clássicos de Natal. No palco, 24 bailarinas e bailarinos, 32 coralistas, 20 percussionistas, violinistas, fogos, águas dançantes, quatro telas de projeção em água com 200 m² cada uma e um novo chafariz. O show do Lago terá uma narrativa introdutória com a voz de Cid Moreira, contando a criação do Mundo, o Nascimento de Jesus, e o verdadeiro sentido do Natal.
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BH recebe título de Cidade Criativa da Gastronomia, pela Unesco
Outras nove cidades em vários países também receberam o título pela gastronomia. BH recebe título de Cidade Criativa da Gastronomia, pela Unesco Magno Dantas/TV Globo Conhecida nacionalmente como a capital dos bares e da boa comida, Belo Horizonte ganhou, nesta quarta-feira (30), o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco. Ao todo, 66 cidades em todo o mundo, que investem na cultura e criatividade como aceleradoras do desenvolvimento sustentável, passaram a fazer parte da Rede das Cidades Criativas. Além de gastronomia, a rede da Unesco contempla outras categoria, como literatura, música, filme e design. No Brasil, apenas Belo Horizonte e Fortaleza receberam o título em 2019. A capital cearense, no entanto, foi pela categoria design. Com as duas cidades, o país soma dez títulos da Unesco. Belém, Florianópolis, Belo Horizonte e Paraty são Cidades Criativas da Gastronomia. Brasília, Curitiba e Fortaleza são Cidades Criativas do Design. João Pessoa é Cidade Criativa do Artesanato e Arte Folclórica. Salvador é cidade criativa da música . Santos é cidade criativa do Cinema. BH recebe título de Cidade Criativa da Gastronomia O processo O edital para candidatura foi publicado em abril. Em maio, a prefeitura promoveu oficinas de trabalho, para construção colaborativa do dossiê, com participação de chefs de cozinha e especialistas. Para se preparar, Belo Horizonte recebeu assessoria especializada oferecida pela Secretaria Especial de Cultura, integrante do Ministério da Cidadania. O documento foi entregue em junho para a Unesco Brasil. Outros vencedores Dez cidades em todo o mundo receberam o título de Cidade Criativa da Gastronomia neste ano. Conheça as outras cidades: Afyonkarahisar (Turquia) Arequipa (Peru) Bendigo (Australia) Bergamo (Itália) Hyderabad (Índia) Mérida (México) Overstrand Hermanus (África do Sul) Portoviejo (Equador) Yangzhou (China) Números da gastronomia em BH Segundo o Ministério do Turismo, o setor responde por quase 40% dos empregos gerados na capital. São mais de 21 mil pessoas empregadas nessa área formalmente. O setor movimenta R$ 4,5 bilhões por ano. Ainda de acordo com o Ministério do Turismo, a gastronomia de BH tem aprovação de 98% dos turistas estrangeiros. A comida é o item mais bem avaliado na cidade. Dez delícias imperdíveis de BH
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Nova York aprova lei que proíbe venda de foie gras na cidade
Comércio da iguaria – um patê de fígado de ganso ou pato – passa a ser proibido a partir de 2022. Multa para quem desrespeitar lei chegará a US$ 2 mil. Pato em fazenda perto de Nova York que produz foie gras Bebeto Matthews/Arquivo/AP Photo O conselho da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, aprovou nesta quarta-feira (30) a proibição do comércio de foie gras na cidade a partir de 2022. Ativistas consideram que a produção da iguaria, um patê feito com fígado de ganso ou pato, desrespeita os direitos dos animais. As aves são alimentadas de maneira forçada, com um tubo enfiado diretamente na garganta, para que fiquem gordas. Método para produção de foie gras, com tubo enfiado na garganta da ave, é considerado cruel Bebeto Matthews/Arquivo/AP Photo Quem desrespeitar a lei terá de pagar multa de US$ 2 mil – quase R$ 8 mil segundo a cotação atual. O prato é considerado da alta gastronomia e vendido em diversos restaurantes da cidade. Foie Gras Reprodução/Globonews Segundo a agência Associated Press, a norma deve atingir duas grandes fazendas produtoras de foie gras perto de Nova York e que têm os restaurantes chiques da cidade como principal mercado. Juntos, cada produtor cria 350 mil aves para a produção da iguaria por ano. As empresas disseram temer fechar as portas e demitir centenas de empregados, a maioria migrantes. VEJA TAMBÉM: Startup francesa produz protótipo de foie gras artificial
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Observação de onças é realidade no turismo ecológico do Brasil
Opção de viagem tem atraído gente do mundo todo para cá; prática exige regras para a segurança de pessoas e animais. Observação de onças-pintadas Entre os sonhos de muitos admiradores da natureza, um, com certeza, é compartilhado pela maioria: ver de perto uma onça-pintada. Essa missão, que sempre foi considerada algo difícil e perigoso, hoje é uma prática de turismo ecológico que tem movimentado milhões. No Pantanal Norte (MT), na região de Porto Jofre, é possível dizer que as onças têm endereço. A prática de observação destes animais começou por volta dos anos 2000. No começo, era difícil encontrar as onças, mas hoje elas cruzam o caminho de quem navega pelos rios do Parque Estadual Encontro das Águas. A equipe do TG, em poucas horas de navegação, consegue avistar duas, um macho e uma fêmea. A onça-pintada é o maior felino das Américas e o terceiro maior felino do mundo, ficando atrás apenas dos tigres e leões. Pode pesar até 150 quilos e medir quase dois metros de comprimento. E é dela a mordida mais forte entre todos os felinos. A onça-pintada no Brasil é uma habitante das regiões de matas alagadas Ananda Porto/TG Depois de se exibir com toda elegância e imponência, as onças seguem o seu caminho. A tranquilidade do animal, mesmo próximo dos barcos, indica que ele parece ter se acostumado com a presença do homem. “Ao longo dos anos, como a região tem muitos pescadores, elas acabaram se acostumando com a presença do homem”, conta Fernando Tortato, pesquisador da ONG Panthera Brasil. Para a observação das onças, é preciso muito organização. De acordo com a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente, é preciso manter uma distância mínima de 10 metros da onça que estiver na margem do rio e 30 metros da que aparecer em terra firme. Não é permitido alimentar as onças e nem cevá-las. É expressamente proibido atrapalhar a travessia da onça na água ou em qualquer outro percurso. O turista não pode, de forma alguma, tentar atrair a atenção do animal e é necessário permanecer em silêncio. Além destas regras, os guias e operadores criaram uma associação para garantir a qualidade e a segurança do turismo de observação. Muitos estrangeiros têm procurado pelos pacotes que incluem a observação de onças. De acordo com uma pesquisa da ONG Panthera Brasil, este tipo de turismo já movimenta R$ 25 milhões por temporada, período entre junho e outubro.
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Observação de onças é realidade no turismo ecológico do Brasil
Opção de viagem tem atraído gente do mundo todo para cá; prática exige regras para a segurança de pessoas e animais. Observação de onças-pintadas Entre os sonhos de muitos admiradores da natureza, um, com certeza, é compartilhado pela maioria: ver de perto uma onça-pintada. Essa missão, que sempre foi considerada algo difícil e perigoso, hoje é uma prática de turismo ecológico que tem movimentado milhões. No Pantanal Norte (MT), na região de Porto Jofre, é possível dizer que as onças têm endereço. A prática de observação destes animais começou por volta dos anos 2000. No começo, era difícil encontrar as onças, mas hoje elas cruzam o caminho de quem navega pelos rios do Parque Estadual Encontro das Águas. A equipe do TG, em poucas horas de navegação, consegue avistar duas, um macho e uma fêmea. A onça-pintada é o maior felino das Américas e o terceiro maior felino do mundo, ficando atrás apenas dos tigres e leões. Pode pesar até 150 quilos e medir quase dois metros de comprimento. E é dela a mordida mais forte entre todos os felinos. A onça-pintada no Brasil é uma habitante das regiões de matas alagadas Ananda Porto/TG Depois de se exibir com toda elegância e imponência, as onças seguem o seu caminho. A tranquilidade do animal, mesmo próximo dos barcos, indica que ele parece ter se acostumado com a presença do homem. “Ao longo dos anos, como a região tem muitos pescadores, elas acabaram se acostumando com a presença do homem”, conta Fernando Tortato, pesquisador da ONG Panthera Brasil. Para a observação das onças, é preciso muito organização. De acordo com a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente, é preciso manter uma distância mínima de 10 metros da onça que estiver na margem do rio e 30 metros da que aparecer em terra firme. Não é permitido alimentar as onças e nem cevá-las. É expressamente proibido atrapalhar a travessia da onça na água ou em qualquer outro percurso. O turista não pode, de forma alguma, tentar atrair a atenção do animal e é necessário permanecer em silêncio. Além destas regras, os guias e operadores criaram uma associação para garantir a qualidade e a segurança do turismo de observação. Muitos estrangeiros têm procurado pelos pacotes que incluem a observação de onças. De acordo com uma pesquisa da ONG Panthera Brasil, este tipo de turismo já movimenta R$ 25 milhões por temporada, período entre junho e outubro.
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Impacto na procura pelas praias só poderá ser avaliado daqui a 4 meses, diz ministro do Turismo
Marcelo Álvaro Antônio vai receber operadores do exterior em novembro, para passar 'retrato da realidade', e afirma que problema com óleo será solucionado 'dentro de 3 ou 4 meses'. Mancha de óleo vista no litoral de Maragogi, em Pernambuco, no dia 17 de outubro Diego Nigro/Reuters O Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio afirmou ao G1 nesta terça-feira (29) que o impacto na procura de turistas por praias atingidas por manchas de óleo só poderá ser avaliado daqui a quatro meses. "A venda de pacotes turísticos hoje vai impactar daqui a quatro meses. Obviamente, essa questão inesperada do óleo atingir a costa, do alto grau de dificuldade para trabalhar preventivamente – já que o óleo navega abaixo da superfície das águas – é uma preocupação", disse. O ministro disse ainda que, no mês que vem, vai receber operadores de turismo do exterior para passar "um panorama, um retrato da realidade" do Nordeste. O evento vai acontecer em Porto de Galinhas (PE), no feriado de 15 de novembro, e são esperados mais de 100 operadores. Porto está entre os balneários que foram afetados pelo óleo. "Esse evento vai ser importante para que a gente evite esse impacto negativo na vinda de turistas estrangeiros", explicou Antônio, após participar do Fórum de Líderes da Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (ALTA). Praias paradisíacas do Nordeste: veja em quais apareceu óleo Como ficam viagens e passeios para praias atingidas? Fim do problema em 4 meses, diz ministro Em entrevista, Marcelo Álvaro Antônio disse que daqui a três ou quatro meses "esse problema [do óleo nas praias] vai estar completamente resolvido". Segundo ele, é preciso "formatar um discurso certo e passar para frente" após a realização de um trabalho conjunto com Marinha, Ministério do Meio Ambiente e da Saúde. As manchas de petróleo em praias do Nordeste já atingiram pelo menos 268 localidades em 94 municípios de 9 estados desde o final de agosto – o balanço mais recente do governo é de segunda-feira (28). A substância é a mesma em todos os locais: petróleo cru. O fenômeno tem afetado a vida de animais marinhos e causado impactos nas cidades litorâneas. Trinta navios de 11 países estão sendo investigados como possíveis responsáveis pelo vazamento. O que dizem Embratur e agências Questionada sobre ações para evitar desgaste no setor turístico, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) disse que está monitorando o impacto do tema no exterior, "trabalhando assim para que não haja deturpação dos fatos e prejuízo a imagem brasileira". O órgão também falou que não há relatos de queda no setor hoteleiro no nordeste brasileiro, citando a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). Procurada, a Associação não respondeu. "Dados obtidos junto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e empresas aéreas, demonstram, em outubro, um aumento 11,39% de voos internacionais na região Nordeste em relação a 2018", diz a Embratur em nota. Também procurada pelo G1, a Associação Brasileira das Agências de Viagens disse que, como outubro é um mês de baixa temporada, o movimento está "normal para o período". "Entre nossas agências de viagens associadas não há registro de cancelamentos. Não temos como falar de impactos sobre a temporada, porque as vendas, em geral, aquecem a partir da segunda quinzena de novembro", disse por meio de nota. Initial plugin text
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Bolsonaro diz que vai isentar chineses e indianos de visto para turismo ou negócios no Brasil
Ministro de Relações Exteriores diz que 'não necessariamente' haverá reciprocidade. A mesma medida já foi adotada para cidadãos dos Estados Unidos, Austrália, Japão e Canadá. Bolsonaro diz que vai isentar turistas chineses e indianos de visto para entrar no Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quinta-feira (24) que vai isentar os chineses de visto para turismo ou negócios no Brasil.
"Vamos o mais rápido possível, seguindo a legislação, isentar turista chinês de visto para adentrar o Brasil. Pretendemos também fazer a mesma coisa com a Índia", afirmou em Pequim.
Bolsonaro faz uma viagem de 12 dias a países da Ásia e do Oriente Médio. Ele deve retornar a Brasília no próximo dia 31.
'Estou num país capitalista', diz Bolsonaro ao chegar à China
'Queiroz cuida da vida dele, eu cuido da minha', diz Bolsonaro na China
O presidente, que estava acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, não informou quando a medida entra em vigor. Segundo Araújo, "não necessariamente" vai haver reciprocidade – ou seja, isenção de vistos para brasileiros.
A medida já foi anunciada para cidadãos dos Estados Unidos, Austrália, Japão e Canadá, mesmo sem reciprocidade por parte desses países – os brasileiros ainda precisam de visto para visitá-los.
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