Alterações no Fungetur beneficiam micro e pequenas empresas
Brasília (DF) – As micro e pequenas empresas do setor de turismo terão mais agilidade e menos burocracia para acessar as linhas de crédito do Fundo Geral de Turismo (Fungetur). Isso porque o Ministério do Turismo publicou, no Diário Oficial da União (DOU), portaria que altera as normas gerais e os critérios de aplicação dos […]
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Como a tecnologia pode nos ajudar a perder o sotaque ao falar línguas estrangeiras
Truque para perder sotaque carregado e imitar falantes nativos pode estar no re-treinamento do cérebro para ouvir novas frequências. Até 2020, 2 bilhões de pessoas vão falar inglês, prevê o British Council Nappy Você já teve dificuldade de compreender ao ouvir um falante de inglês nativo? Pois foi o que aconteceu com o tenista alemão Alexander Zverev durante uma coletiva de imprensa no Aberto da França em 2018. Zverev tentou, em vão, entender uma pergunta do repórter esportivo Jonathan Pinfield, natural de Yorkshire, no norte da Inglaterra. O vídeo acabou viralizando nas redes sociais. Pinfield riu da situação, mas disse depois à BBC que tem que falar devagar quando faz entrevistas. Além disso, costuma ser mal interpretado. A realidade é que um sotaque carregado pode ser um empecilho para a nossa carreira. Pesquisas mostram que os empregadores no Reino Unido ainda favorecem padrões de sotaques americano e/ou britânico para postos de maior prestígio ou "status mais alto". Língua franca Até 2020, 2 bilhões de pessoas vão falar inglês, prevê o British Council, órgão de promoção da cultura inglesa ao redor do mundo. O inglês já é falado por cerca de 1,75 bilhão de pessoas globalmente. Tornou-se a língua franca no mundo dos negócios. Ainda assim, falar sem sotaque carregado não é tão onipresente, pois muitos falantes não são nativos. E até mesmo falantes nativos se sentem julgados pela maneira como falam: mais de um quarto dos britânicos sente que sofreu discriminação por seu sotaque, segundo uma pesquisa realizada recentemente. O designer britânico Paul Spencer sentiu isso na pele. Spencer se mudou de Fens, no leste da Inglaterra, para Londres em 2003. Ele conta que se viu obrigado a abandonar seu jeito natural de falar e adotar um sotaque mais neutro para progredir no trabalho. "Foi um esforço consciente, porque originalmente não sabia que tinha um sotaque ou usava dialeto local, mas as pessoas olhavam para mim com uma cara de espanto", diz ele. "Comia sílabas. Achava que todo mundo aqui falava assim também, mas não". No mundo corporativo, várias empresas, como Audi, Airbus, Renault e Samsung, estão adotando o inglês como idioma oficial de negócios entre os países. Na prática, a maneira como isso é implementado varia de acordo com a cultura de cada uma. As regras de usar somente o inglês podem, por exemplo, se aplicar somente a executivos em reuniões do alto escalão ou a absolutamente todos os funcionários em todos os países em todos os níveis de comunicação. O maior site de comércio eletrônico do Japão, o Rakuten, levou a sério a política de usar apenas o inglês como língua franca, chegando até mesmo a substituir os menus do refeitório (em japonês) durante a noite. Na fabricante de automóveis japonesa Honda, executivos do alto escalão terão que provar que são fluentes em inglês até 2020. Tudo isso faz parte de uma tendência global cada vez mais abrangente, à medida que as empresas tentam aumentar suas receitas internacionais, especialmente aquelas que exportam bens e serviços, diz Christine Naschberger, professora de gestão de recursos humanos da Audencia Business School, em Nantes, na França. "Para grandes corporações como L'Oréal e LVMH que exportam a maioria de seus produtos, o inglês é realmente o idioma comercial. Mas eu diria que até empresas menores que estão em busca de expandir para fora de seus países de origem estão adotando o inglês como língua oficial. Por isso, se você tem um sotaque carregado pode ser uma desvantagem a longo prazo". Por exemplo, uma empresa alemã que exporta mercadorias para fornecedores em, digamos, 20 países diferentes em todos os continentes pode não ter funcionários fluentes nas línguas de todos eles, nem espera que todos eles sejam fluentes em alemão. Mas pode fazer negócios usando um idioma comum: inglês. Essa tendência ocorre apesar do fato de que, após o Reino Unido deixar a União Europeia, o inglês perderá o status que tinha no bloco. Nenhum dos 27 países-membros restantes usa o inglês como idioma oficial. No entanto, o inglês continuará a ser uma língua de trabalho na UE. Sendo assim, a capacidade de falá-lo de forma compreensível, sem sotaque – ainda será objeto de cobiça. Truque para perder sotaque carregado e imitar falantes nativos pode estar no re-treinamento do cérebro para ouvir novas frequências Pixabay Diga 'shibboleth' A forma de falar vem sendo usada como ferramenta de segregação social por milênios. Quando a Tribo de Gileade derrotou os Efraimitas na Bíblia, eles usaram o sotaque como um meio de identificar os efraimitas sobreviventes que tentavam fugir. Quem alegou não ser um sobrevivente foi solicitado a pronunciar a palavra hebraica "Shibboleth", que significa fluxo. As pessoas de Gileade pronunciavam-na com o som 'ch', enquanto os efraimitas não conseguiam fazer o chiado. Assim, qualquer um que falasse "Sibboleth" ao invés de "Shibboleth" foi morto no local: 42 mil falharam no teste, segundo o Antigo Testamento. Nosso sotaque ainda tem profundas implicações em nosso status social, diz Caroline Belot, consultora pedagógica e diretora de comunicações da Sound Sense, uma escola de idiomas em Paris. "Se você pronuncia uma palavra muito mal ou não tiver a entonação correta, pode ser 'fritado' em uma reunião." Belot cita o erro comum cometido pelos franceses de pronunciar a palavra "foco" como "fuc-us", que pode causar danos imediatos que prejudicam a credibilidade e a confiança de quem fala. "Como um francês, quando você vai para o exterior, percebe que a maneira como falamos pode ser percebida como fria, chata, irônica, às vezes rude, sarcástica, até deprimida ou geralmente mostrando falta de interesse." Reeducando seu cérebro Então, o truque para a verdadeira fluência reside em re-treinar seu cérebro para neutralizar seu sotaque? O otorrinolaringologista francês Alfred Tomatis descobriu que cada idioma tem sua própria largura de banda; Escolas de idiomas como o Sound Sense em Paris agora usam esse método para ajudar a re-treinar o cérebro de profissionais franceses para freqüências de inglês usando um dispositivo conhecido como ouvido eletrônico. Trata-se de um conjunto de fones de ouvido que transmite o som através da condução aérea e óssea, fazendo pequenas vibrações que passam através do crânio para o ouvido interno, semelhante a um aparelho auditivo. Os humanos podem ouvir cerca de 20 Hz a 20 mil Hz. Isso explica por que não escutamos o apito de cachorro porque tal dispositivo emite uma frequência muito maior; nós simplesmente não ouvimos tão bem quanto cachorros e outros animais. Toda linguagem humana oscila em uma gama diferente de freqüências, com o inglês britânico flutuando consideravelmente entre 2 mil e 12 mil Hz e o francês muito menos entre 15 e 250 Hz e 1 mil a 2 mil Hz. Se o francês pode ser descrito como um idioma uniforme, o inglês é repleto de variações. O russo flutua entre incríveis 125 a 12 mil Hz. Isso significa que alguns idiomas, como o inglês e o russo, podem ter um tom muito mais alto e mais baixo do que o francês. O método treina o ouvido para a frequência de outras línguas. Primeiro, um instrutor treinado realiza um teste de audição de meia hora para descobrir quão bem um aluno já pode ouvir frequências diferentes. Segue-se a isso uma gravação em fita de duas horas de música, tipicamente música clássica como Mozart, que foi modificada para filtrar as freqüências que você já pode ouvir bem e tocar aquelas que seu ouvido não pode ouvir tão bem. Essas frequências são ligadas e desligadas ao longo da gravação para acordar os pequenos músculos do ouvido médio e fortalecê-los – uma forma de exercício para os ouvidos que pode ser feito sentado em casa. "Misturamos música e programas específicos na língua que você quer aprender. Ao trabalhar em um método de treinamento, você quer educar os ouvidos e a boca para poder falar no comprimento de onda correto", explica Belot. O Sound Sense combina o método com aulas de idiomas, de preferência frente a frente ou por Skype. Fabienne Billat trabalha como consultora no setor de comunicação digital e estratégia, o que envolve viagens frequentes da França para os Estados Unidos para participar de conferências. Ela diz ter achado o método útil. "O foco do treinamento é realmente entender o ritmo e a acentuação", diz ela. "A combinação de aulas e o treinamento com o ouvido eletrônico é um método envolvente. É diferente." Outras empresas que usaram esse método para ajudar a equipe a melhorar suas habilidades em outros idiomas são IBM França, Renault e Cisco. Uma técnica diferente chamada método Berard também usa essa forma de treinamento auditivo para ajudar no desenvolvimento da linguagem. Algumas escolas de idiomas afirmam que o uso desse método de treinamento auditivo pode reduzir o tempo necessário para aprender um idioma em até 50%. A Universidade Politécnica de Valência, na Espanha, avaliou o método Tomatis em um estudo recente. A conclusão foi que se trata de uma ferramenta efetiva de aprendizado. A arte de ouvir Então, por que não podemos identificar os sotaques mais facilmente e desativá-los? É porque os nossos hábitos começam quando somos jovens. O cérebro de um recém-nascido pode perceber toda a gama de sons da fala humana, mas em cerca de oito meses ele começa a restringir esse alcance à sua língua ou idiomas nativos. Alguns linguistas dizem que o período crítico para aprender um idioma de forma fluente é por volta dos seis anos de idade, enquanto outros acreditam que o período de corte é na adolescência. Na idade adulta é quase impossível aprender uma nova língua sem sotaque, diz Jennifer Dorman, designer instrucional em didática no aplicativo de aprendizagem de idiomas Babbel. Em outras palavras, um falante nativo de francês pode ter dificuldade para falar inglês sem sotaque porque seu cérebro não consegue mais perceber toda a gama de frequências que forma a língua inglesa e sua boca não consegue reproduzir o som certo. Especialistas em linguística dizem que a melhor maneira de falar inglês como um nativo, como em qualquer outro idioma, é ouvir e falar o idioma o máximo possível Steven Thompson/Unsplash Dorman diz: "Algumas pessoas são naturalmente talentosas em aprender línguas e muitas vezes eram pessoas que foram expostas a vários idiomas quando crianças. Seus cérebros estavam abertos a muitos níveis diferentes e não começavam a filtrá-los e dessensibilizá-los àqueles diferentes intervalos, por isso é mais fácil para eles ouvirem sons". "Praticamente toda a gama de tom e largura de banda no francês está fora do tom e da largura de banda do inglês britânico. Pode ser necessário um pouco mais de esforço e exposição para que os falantes de francês reativem esses diferentes tons". O que posso fazer? Especialistas em linguística dizem que a melhor maneira de falar inglês como um nativo, como em qualquer outro idioma, é ouvir e falar o idioma o máximo possível. O empresário brasileiro Rafael dos Santos diz que quando se mudou para o Reino Unido em 2002, fez aulas formais de inglês e até contratou um técnico de voz, mas descobriu que a melhor maneira de melhorar seu sotaque era praticar a leitura com seu então namorado antes de ir para a cama. "Foi como eu aprendi mais", diz ele. "Ele era um falante nativo de inglês e realmente me ajudou a melhorar. Eu lia em voz alta e ele corrigia minha pronúncia." Mas, no final, um sotaque só é um problema se as pessoas não conseguem entender você facilmente, diz a empreendedora russa Polina Montano. Ela é cofundadora de uma empresa que anuncia cargos de nível básico em setores de serviços como o setor hoteleiro. Muitos dos candidatos não são falantes nativos de inglês. "Acredito que as pessoas em nossa sociedade estão se abrindo para abraçar a diversidade. Você precisa acreditar em si mesmo". E da próxima vez que seu sotaque afetar sua autoestima, Montano tem uma dica. "Diga a si mesmo: todo mundo tem um sotaque. mas o meu é fofo".
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Como se tornar um turista melhor
O turismo em excesso está sufocando cidades ao redor do mundo; veja o que você pode fazer para evitar ser parte do problema – sem deixar de sair de casa. Turistas fazem fila no elevador Santa Justa, em Lisboa Patricia de Melo Moreira / AFP/Arquivo "Mais pessoas estão viajando – o que é ótimo – mas não há mais joias escondidas." Esse foi um comentário que eu ouvi esperando em uma fila de imigração em Dublin, na Irlanda, no mês passado. Os turistas estavam falando sobre Dubrovnik, na Croácia, e sobre como ultimamente todos os destinos parecem lotados. A ideia me impressionou de um modo estranho: Claro, mais pessoas estão viajando, o que é bom. Elas estão ampliando seus horizontes. Mas reduzir os destinos a uma coleção cada vez menor de "joias escondidas" a serem assinaladas em uma lista é o tipo de atitude que alimenta o excesso de turismo. Por que os islandeses não aguentam mais os influencers do Instagram Qual é o problema? O excesso de turistas é um problema no mundo todo: Machu Picchu, no Peru; Ilha de Skye, na Escócia; Gion, um distrito de gueixas em Kyoto, no Japão; Distrito da Luz Vermelha, em Amsterdã; os canais de Veneza; os campos de papoulas da Califórnia; Maya Bay, na Tailândia, agora fechada para turistas por tempo indeterminado; Museu do Louvre, em Paris – que reabriu no final do mês passado, após ter fechado porque os funcionários tiraram licença em massa devido às condições decorrentes da quantidade excessiva de turistas. Todos esses lugares receberam mais turistas do que eles podem receber – tanto pessoas do mesmo país quanto estrangeiros. O excesso de visitantes sobrecarrega os locais, causando problemas como danos ambientais. Além disso, muitos não respeitam a cultura local, bebem em excesso e até causam o aumento do valor dos aluguéis. Ao mesmo tempo, ninguém deve ser desencorajado a viajar. Então, como você pode ser um turista melhor? 'Por que eu quero ir até lá?' Em 2013, a jornalista Elizabeth Becker analisou a questão do excesso de turistas no livro Overbooked: The Exploding Business of Travel and Tourism. "Ninguém entendeu o que eu estava falando (na época)", ela disse. Agora, no entanto, é uma realidade com a qual cidades do mundo inteiro estão tendo que enfrentar. De acordo com um relatório de janeiro da Organização Mundial de Turismo da ONU, as entradas de turistas internacionais atingiram 1,4 bilhão em 2018. Compare isso com apenas 25 milhões em 1950, 602 milhões em 1998 e 936 milhões em 2008. Até 2030, a expectativa é que o número chegue a 1,8 bilhão. Há vários fatores para esse crescimento tão forte: uma crescente classe média global, tarifas aéreas mais baratas, metas ambiciosas de turismo estabelecidas pelos governos e pelas mídias sociais, que estimulam o FoMO (Fear of Missing Out, ou "medo de estar perdendo algo", em tradução livre). Para fazer sua parte, talvez seja interessante, antes de tudo, examinar por que você quer viajar. Em maio, eu caminhei ao longo do lado leste do Muro de Berlim – o lado comunista da barreira de concreto de 3 metros de altura que dividiu a cidade por décadas. Antes da queda do muro, qualquer tipo de grafite político ou cultural era proibido em sua estrutura. Agora, é uma galeria de arte de rua ao longo de 1,3 km – uma homenagem às liberdades que floresceram desde que a cidade se reunificou. No entanto, encontrar espaço para apreciar o local e todo seu simbolismo foi complicado: em três lugares, os jovens viajantes realizavam longas sessões de fotos amadoras, faziam poses e monopolizavam algumas áreas. Moradores e outros viajantes tinham que desviar desse espetáculo. "A questão é que você quer ir a um lugar ou mostrar às pessoas que você esteve no local." diz Eduardo Santander, diretor executivo da European Travel Commission. "Parte das razões pelas quais as pessoas têm experiências superficiais de viagens é porque elas fizeram planos superficiais", diz Becker. Ela incentiva as pessoas a fazer mais do que simplesmente ler um parágrafo em um guia ou copiar o que os amigos compartilham no Facebook e, depois, cair de paraquedas em uma cidade e fazer a mesma selfie que eles fizeram. Caso contrário, você corre o risco de cometer o que Becker chama de "turismo de passagem", o que contribui para muitos dos problemas do excesso de turistas, como a superlotação e a irritação dos habitantes locais. Outra dica é perguntar a si mesmo o que você realmente quer fazer e ver. Becker recomenda não fazer coisas que você não faria em casa: se você não gosta de museus, por exemplo, não vá ao Louvre para andar sem nem perceber o que está vendo, ela diz. Vá além "Se você estiver indo para Praga, em vez de passar dois dias, passe uma semana – e não vá a lugares turísticos. Ande por tudo", diz Becker. "Talvez você tenha realmente lido um romance – até mesmo de um autor tcheco. Talvez um livro de história ou política moderna, e você saiba mais sobre onde você está indo. Absorva aquele lugar, e garanto que você conseguirá evitar as multidões", diz. Se você for a Paris, é compreensível que queira ver a Torre Eiffel. Mas um rápido passeio apenas pelas atrações principais reforça o problema do excesso de turistas. Em vez de ver lugares que estão lotados, considere viajar mais longe. Baixe o aplicativo Você também pode usar aplicativos para evitar deixar um local que já é cheio ainda mais lotado. Martha Honey, diretora executiva do Center for Responsible Travel de Washington, nos Estados Unidos, menciona um aplicativo em Amsterdã que envia notificações para o seu celular se determinada parte da cidade estiver mais cheia que o usual. Em cruzeiros, Honey sugere escolher navios menores. "Em vez de fazer um grande cruzeiro em lugares como Veneza, Barcelona e Dubrovnik, viaje em navios de cruzeiro menores. Dessa forma, você pode ir a lugares menos visitados porque navios menores podem chegar a portos menores." Prefeitura está tomando medidas para controlar melhor o turismo e preservar a cidade CONSELHO DE TURISMO/DUBROVNIK Soluções na Islândia A Islândia tem uma população de apenas 340 mil pessoas – mas recebeu 2,3 milhões turistas em 2018. Lá, os turistas estão sendo incentivados a se espalhar e visitar locais mais distantes, além da capital Reykjavik ou da famosa Lagoa Azul. A iniciativa estimula a economia de uma forma que ajuda a população local. "Isso está ajudando, porque os turistas são clientes que vão sustentar empresas na área rural da Islândia", diz Sigríður Dögg Guðmundsdóttir, gerente de relações públicas da Promote Iceland. "Isso é muito importante para os moradores locais, que são poucos." Respeite O excesso de turistas não está simplesmente enchendo os lugares mais do que eles podem suportar: está enchendo esses lugares de pessoas que não conhecem a cultura local. "As pessoas querem fazer a coisa certa, mas precisam saber o que é certo", diz Guðmundsdóttir. É por isso que destinos como a Islândia e o Japão adotaram campanhas para ensinar os visitantes a se comportarem de acordo com as regras locais. No caso da Islândia, a ideia é evitar que dirijam fora da estrada, tirem selfies em locais perigosos ou que danifiquem a natureza. Em Kyoto, no Japão, eles distribuem panfletos em várias línguas com mensagens que explicam a forma adequada de se comportar. Os turistas devem ter em mente que "eles estão apenas pegando emprestado os lugares dos residentes locais", diz Tadashi Kaneko, diretor executivo da Organização Nacional de Turismo do Japão. Pesquise Também é muito importante a escolha responsável em relação à acomodação. Apesar dos anúncios do Airbnb que prometem que você "viverá como um morador local", muitas experiências do Airbnb envolvem coletar uma chave de um cofre e nunca encontrar o anfitrião local, muito menos fazer amigos. E aí, você pode economizar um pouco, mas pode estar estimulando um movimento de expulsar os habitantes locais – ou pior que isso. Martha Honey lembra quem os turistas precisar checar se o modelo está de acordo com as leis locais – porque às vezes não está. "Faça uma pesquisa no Google – veja se houve problemas. Se você estiver indo para Barcelona ou Charleston, Carolina do Sul ou Savannah (na Geórgia, nos Estados Unidos), por exemplo, são cidades que têm realmente sentido o impacto de muitas propriedades sendo transferidas para alugueis de curto prazo ", diz ela. Planeje melhor Com tantos recém-chegados à classe média em países com rápido desenvolvimento, todas essas dicas ainda se aplicam? Um cenário é procurar destinos menos visitados se você tiver dinheiro para voltar ao país algum dia. Mas e se for a sua primeira viagem internacional e você está animado, sem garantia de que poderá voltar? Quem poderia culpá-lo por priorizar pontos turísticos muito famosos? Becker diz que ter consciência do orçamento limitado – ou encarar viagens como a oportunidade preciosa que elas são – não só ajuda você a ser um turista mais consciente, mas também é importante para reduzir os gastos. "Se você não tem muito dinheiro, você tende a planejar melhor suas viagens", diz ela. "Você vai pesquisar na internet o melhor valor para hospedagem. Você vai pesquisar previamente sobre o seu destino. Você encontrará, por um preço bom, o voo sem escalas." Ela diz que muitos pacotes turísticos não só estão cheios de taxas escondidas, mas também priorizam o turismo "de passagem" pelos lugares, deixando as pessoas com pouco para lembrar depois. O excesso de turistas pode prejudicar não só as culturas locais, mas também as próprias experiências dos viajantes. "Embora possa ser percebido assim, eu não acredito que desistir de visitar um destino popular é objetivamente um sacrifício para aqueles que não conseguem viajar com frequência. Estamos no ponto em que o excesso de turistas está arruinando as férias daqueles que podem ter só uma chance de conhecer um novo país", diz Samantha Bray, diretora administrativa do Center for Responsible Travel. "As memórias da França que você quer levar para casa são de multidões de pessoas tentando tirar fotos da Mona Lisa? Ou de pessoas espremidas em uma praia?" A maior questão para ter em mente, não importa para onde você viaje, é: fazer uma boa pesquisa, e ser respeitoso e genuinamente curioso sobre o destino. Não seja vítima do que Honey chama de "cultura da selfie" e "cultura da lista de desejos". Trate o destino como se fosse sua própria casa – não como uma "joia escondida" em que você joga dinheiro para ter uma determinada experiência que você se sente direito. "Muitas pessoas acham que têm o direito de ir a qualquer lugar que quiserem", diz Becker. Mas ela diz que se trata de um privilégio: "O direito de viajar não existe."
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A ilha paradisíaca que foi à ruína e agora está à venda
Há uma série de resorts abandonados nas ilhas que cercam a Grande Barreira de Corais na Austrália. Ilha Dunk Melalouise/Visual Hunt Nos últimos anos, a Ilha Dunk, na costa australiana de Queensland, tem sido um refúgio de férias privado para seus proprietários. Até 2011, a ilha paradisíaca, que fica próxima à Grande Barreira de Corais, abrigava um resort com 160 quartos. Mas a propriedade foi destruída por um ciclone naquele ano. Na época, o turismo em toda a região estava em crise. Então, em vez de reformar o hotel, os proprietários embolsaram o pagamento do seguro e decidiram curtir Dunk sozinhos. Agora, a ilha está à venda no mercado com um preço inicial de aproximadamente 20 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 54 milhões). Tom Gibson, que está gerenciando a venda na empresa de serviços imobiliários JLL, diz que o comprador receberá o "esqueleto" do antigo resort, uma pista de pouso construída pela companhia aérea australiana Qantas, energia elétrica e uma estação de tratamento de esgoto. Segundo ele, os atuais proprietários querem vender a ilha para alguém que possa "trazer a operação de volta à vida". Do tamanho da Itália O destino de Dunk faz parte de um cenário de decadência que atinge diversos resorts ao longo da icônica barreira de corais australiana. É uma da série de ilhas paradisíacas que foram à ruína, à medida que fortes ciclones e a crescente concorrência atingiram em cheio o turismo. Os investimentos sofreram perdas e vários hotéis insulares ficaram abandonados. "Não podemos depender das glórias passadas, quando éramos destino de férias favorito dos australianos", diz Daniel Gschwind, diretor-executivo do Conselho da Indústria de Turismo de Queensland. "Levou um tempo para a gente perceber isso e reagir", acrescenta. Com aproximadamente o tamanho da Itália, a Grande Barreira de Corais se estende por 2.300 km ao longo da costa de Queensland. Uma das principais portas de entrada para o maior recife de corais do mundo é o conjunto de resorts das Ilhas Whitsundays. E, neste momento, Gschwind diz que quatro das sete ilhas do arquipélago que oferecem hospedagem para turistas estão fechadas. Isso se deve em parte aos fortes ciclones que atingiram a região, sobretudo o ciclone tropical Debbie em 2017. Mas a devastação causada vai muito além dos danos às propriedades, explica Gschwind, uma vez que os desastres naturais podem golpear o turismo muito tempo depois de o sol voltar a brilhar. "Esses impactos de percepção costumam ser mais catastróficos para a nossa indústria do que os danos físicos causados", afirma. Segundo ele, alguns negócios não sofreram avarias físicas, mas estão "à beira do colapso", já que os turistas se afastaram da região por medo de não ser um passeio seguro ou agradável. "É deprimente quando você vai a esses lugares e o sol está brilhando, está calor [e] as pessoas estão lá sentadas, sem clientes, por nenhum motivo aparente." Aperto econômico O clima não foi o único fator que prejudicou o turismo na ilha. O dólar australiano forte, aliado a um aumento nas tarifas das passagens aéreas, representou um duro golpe para muitos operadores de turismo. De acordo com analistas, essa tendência se intensificou há cerca de uma década, quando em vez de passar férias no próprio país, os australianos conseguiam pagar por viagens mais exóticas para lugares como Bali, na Indonésia, ou Phuket, na Tailândia. E, para os turistas internacionais, a Austrália parecia um destino muito caro. "A força da moeda é o maior impulsionador do mercado de turismo australiano", diz Sam Charlton, coproprietário do Bedarra Island, um resort de luxo ao longo da costa norte de Queensland. Charlton e a mulher, Kerri-Ann, compraram Bedarra em 2011. Naquela época, a crise financeira global estava pesando sobre o turismo, e o dólar alto piorava a situação. Ele diz que quando o ciclone Yasi chegou em 2011, criou "a tempestade perfeita de (efeitos) negativos" para os operadores da ilha. Foi o início de um período de decadência para muitos resorts da região. Com cada vez menos turistas chegando e o dinheiro acabando, a manutenção começou a ficar em segundo plano. "O resultado agora é uma coleção de ilhas que têm construções que não são cuidadas há 10 anos", diz Charlton. Recuperação gradual Algumas ilhas fecharam quando os tempos estavam mais difíceis, diz ele, e agora "há muito trabalho a fazer" para reativar essa indústria. Mas muito desse trabalho já começou. O investimento está voltando para a região por meio de uma onda de revitalização. O resort da Ilha Daydream reabriu oficialmente neste mês, e a Ilha Great Keppel – famosa pelas festas – foi comprada por uma empresa cingapuriano-taiwanesa em 2018. Um resort Intercontinental na Ilha Hayman está previsto para abrir no próximo mês, e há um projeto de revitalização da Ilha Lindeman avaliado em 583 milhões de dólares australianos. Em paralelo, a Long Island estaria à venda no mercado por cerca de 15 milhões de dólares australianos. A empresa JLL, de Gibson, gerenciou várias vendas de ilhas em Queensland nos últimos anos. Ele diz que a região "baixou um pouco a guarda a partir de 2005 com a falta de reinvestimento", mas isso está mudando. Neste mês, o governo de Queensland disse que investiria mais de 55 milhões de dólares australianos em parceria com o setor privado "para restaurar a antiga glória desses resorts". O turismo já apresenta sinais de recuperação. O grupo Tourism and Events Queensland diz que 7,7 milhões de pessoas visitaram regiões ligadas à Grande Barreira de Corais em 2018 – um aumento de 13% em relação ao ano anterior. Isso representa um impulso importante ao setor. Um relatório da Deloitte de 2017 mostrou que a Grande Barreira de Corais sustenta 64 mil empregos e contribui com 6,4 bilhões de dólares australianos por ano para a economia australiana. Ainda assim, algumas pessoas estão preocupadas com o impacto da mudança. Grupos de conservação têm demonstrado receio em relação aos planos de desenvolver ilhas como Hinchinbrook, um dos maiores parques nacionais insulares, arrendando a grupos comerciais. A preservação dos corais também está sob os holofotes. A ameaça representada pelas mudanças climáticas e o aumento da temperatura do mar, que provoca o branqueamento generalizado de corais, levanta preocupações sobre seu futuro. Essa perspectiva não está ajudando a indústria do turismo, diz Charlton, do resort Bedarra Island. "É frustrante como (proprietário do resort) que haja toda essa pressão de (dizer) que o coral está morrendo. Não está." Ele argumenta que o recife de corais está "em condições muito boas, na verdade". "O pobrezinho do recife atraiu muita publicidade negativa que não merece. Ao ponto de recebermos hóspedes que vêm para ver o coral antes que desapareça. E quando voltam do passeio ao coral, dizem que é espetacular, cheio de cor e vida – e é mesmo."
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Conheça o Centro-Oeste brasileiro
Região tem belezas naturais e cidades históricas. Conheça o Centro-Oeste brasileiro
Descubra as belezas do Centro-Oeste brasileiro. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás têm paisagens que misturam o pantanal, o cerrado e a Amazônia.
Uma diversidade de vida natural que inclui santuários como o Parque das Emais, as Chapadas, as águas termais e um paraíso chamado Bonito.
O Centro-Oeste tem ainda cidades históricas e museus. Além do urbanismo inovador de Brasília, no Distrito Federal. É um cenário repleto de belezas humanas e naturais.
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Viagem internacional: entenda o que é exigido para crianças e menores sem a companhia dos pais
Saiba tudo sobre a autorização para o menor viajar desacompanhado, os cuidados que a gestante deve tomar e os documentos necessários para fazer uma boa viagem. Menores de até 18 anos só podem viajar para o exterior com autorização judicial. Chuttersnap/Unsplash O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que menores de 18 anos só podem viajar para o exterior com autorização judicial. Crianças e adolescentes sozinhos ou na companhia de apenas um de seus pais também devem apresentar uma autorização de viagem emitida conforme a lei N° 131 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Leia mais notícias sobre Turismo e Viagem O modelo de autorização disponível no site da Polícia Federal exige a assinatura de ambos os pais ou do responsável legal. De quem a autorização será exigida Menor desacompanhado dos pais ou de outro responsável legal Menor acompanhado de apenas um dos pais Menor na companhia de um responsável maior de idade Menor que estiver voltando ao Brasil desacompanhado dos pais ou de um responsável A apresentação do documento deve ser feita no momento do check-in, independentemente da presença dos pais, responsáveis legais, tutores ou guardiões. A presença de um responsável não elimina a necessidade da autorização. Quando o menor não precisa de autorização O menor que estiver acompanhado de ambos os pais Jovem emancipado nos termos do art. 5° do Código Civil (com a comprovação da emancipação) Quando um dos pais é destituído do poder familiar, o menor pode viajar com o genitor responsável Em caso de morte de um dos pais (deve ser apresentada uma certidão de óbito) Área de check-in do Aeroporto Internacional São Paulo – Cumbica (GRU), em Guarulhos Celso Tavares/G1 Preenchendo a autorização corretamente O documento deve ser preenchido à mão e não deve conter rasuras e abreviações. Faça duas vias de cada autorização. Em caso de duas crianças viajando, é preciso preencher duas autorizações diferentes. É opcional incluir ou não a foto do menor. Para o preenchimento da validade, é recomendável que seja de até 2 anos. O documento deve ser reconhecido em cartório. Coloque as cópias dos documentos do menor anexadas à autorização. É possível viajar com um bebê? Uma das principais dúvidas em torno das viagens internacionais com crianças é a idade miníma para a criança possa viajar. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a partir dos 7 dias de vida, a criança já pode viajar, entretanto, os pais devem avaliar a necessidade da viagem se estiverem levando um recém-nascido, por exemplo. No caso de crianças com até 7 dias, algumas companhias podem solicitar uma autorização médica. Os documentos das crianças são tão importantes quanto os dos adultos. Para viagens internacionais, os responsáveis devem apresentar RG atualizado para países da América do Sul, passaporte e visto (quando necessário) para outros países. Preciso pagar passagem para uma criança de colo? De acordo com a Abear, algumas companhias cobram apenas a taxa de embarque para crianças de até 2 anos (sem assento). Até 12 anos, as companhias oferecem descontos especiais. Gravidez e viagem Viajar na gravidez não é contraindicado, mas é preciso tomar alguns cuidados para não comprometer a saúde da criança e nem da mãe. A principal orientação é viajar entre o terceiro e o sétimo mês (antes disso o feto está em formação, e depois do sétimo mês já há risco de parto prematuro). A recomendação da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), é que as companhias aéreas peçam uma autorização médica para as gestantes que forem viajar a partir do sétimo mês de gravidez. Vale ressaltar que, em qualquer período da gravidez, um médico obstetra deve ser consultado para saber se há algum risco ou se é preciso tomar algum cuidado específico. A Iata orienta que as companhias solicitem autorização médica para gravidez viajarem a a partir do sétimo mês de gestação. Instituto Nascer/Divulgação
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Saiba como funciona e como escolher o seguro viagem ideal
Ter um seguro viagem é essencial, mas melhor ainda é não precisar usá-lo. Entenda também tudo sobre as vacinas que o turista deve tomar antes da viagem. Turistas devem escolher bem o seguro viagem de acordo com o período fora. Pixabay Imprevistos acontecem e podem ser extremamente desgastantes durante qualquer viagem. Foi pensando nisso que 26 países estabeleceram o acordo de Schengen, que obriga a contratação de um seguro viagem para turistas. No tratado, foi estipulado um valor mínimo de 30 mil euros para todos os viajantes. Leia mais notícias sobre Turismo e Viagem Apesar do valor de 30 mil euros estipulado pelo tratado, o turista vai pagar apenas um valor de acordo com o total de dias viajando. Geralmente, o valor do seguro para viagens internacionais é de R$ 9 a R$ 25 por dia. A maioria dos seguros cobre despesas médicas mas também outros serviços como suporte jurídico, indenização por extravio da bagagem, auxílio em caso de perda de documentos e reembolso por atrasos ou cancelamentos de voos. Como faço para contratar um seguro viagem? Existem várias empresas no mercado que são especializadas em seguro viagem e que são facilmente acessíveis. Além das agências de turismo, muitas vezes a própria bandeira do cartão de crédito usado para comprar a passagem aérea também oferece a proteção. Vale a pena consultar a operadora do cartão, especialmente se ele for do tipo gold ou platinum. Qual seguro devo contratar? No momento da contratação do serviço é importante ficar atento à cobertura de cada plano, que pode ir do mais simples ao mais completo. Para identificar o plano ideal, o viajante deve fornecer informações exatas do seu período de viagem e suas atividades turísticas. Cada turista possui a sua especificidade, alguns precisam proteger também seus equipamentos eletrônicos como computadores, equipamento fotográfico e celulares. Já outras pessoas precisam de um seguro mais específico por conta das suas atividades – caso dos viajantes que praticam esportes radicais como escalada, mergulho ou esqui, por exemplo. Portanto, a dica é: analise com calma suas principais necessidades para escolher seu plano O plano do seguro viagem deve ser escolhido de acordo com suas atividades. João Schawtz/Semptur Como utilizar o seguro viagem? O ideal ao fazer uma viagem internacional é prevenir-se de qualquer coisa que possa ser desagradável. Por isso, é importante levar os dados de contato da sua seguradora sempre consigo. Há uma grande diferença entre seguro e assistência de viagem: normalmente o seguro reembolsa as despesas do viajante, que paga as contas do próprio bolso e depois submete notas fiscais e laudos médicos à seguradora. Já a assistência recomenda que o viajante faça uma triagem por telefone e, se necessário, encaminha o cliente a um hospital credenciado ou manda um médico até o hotel. Atualmente a maioria das empresas comercializam um produto híbrido, que funciona como assistência ou seguro a depender da gravidade da ocorrência. Saiba se seu destino exige alguma vacina Outra forma de garantir uma viagem sem imprevistos é ficar atento às vacinas necessárias de acordo com seu destino. O ideal é que a pessoa mantenha sempre a carteira de vacinação em dia, em conformidade com o calendário brasileiro de imunização. A única vacina que pode ser exigida pela imigração de um país é a da febre amarela. Ela é exigida especialmente em países tropicais, onde os mosquitos transmissores do vírus circulam mais. Vale lembrar que ela deve ser aplicada pelo menos 10 dias antes do embarque, para garantir a eficácia da imunização. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), vários países exigem a apresentação do Certificado Internacional de Vacina ou Profilaxia (CIVP) – documento que comprova a vacinação contra a febre amarela. A Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) anunciou a lista atualizada em novembro de 2018. Neste levantamento, a agência listou 135 países que exigem que o turista apresente o CIVP. Veja a lista aqui. Como emitir o CIVP Primeiro passo é: tome a vacina exigida. Faça a solicitação em https://www.servicos.gov.br/. Aguarde a análise da Anvisa, que pode levar até 5 dias úteis. Imprima o certificado e assine no local indicado. CIVP comprova a regularidade de vacinas contra doenças como a febre amarela Samira Lima/G1 Como saber se devo tomar uma vacina específica? Em São Paulo, a Instituto de Infectologia Emílio Ribas oferece aos viajantes informação, orientação e uma avaliação de acordo com o destino do turista. Após a avaliação, se necessário, o paciente é direcionado ao Centro de eferência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para a aplicação da vacina. Qualquer pessoa pode utilizar o serviço, não é necessário ser paciente do hospital. Para a avaliação, é preciso realizar um agendamento prévio no site do instituto. Vacinas recomendadas para o viajante: Febre amarela Tétano Difteria Hepatites A e B Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e da Rubéola) Antirrábica (raiva transmitida por mordida animais)
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Dinheiro no exterior: saiba como lidar com as taxas e as regras
Veja qual moeda levar, qual modalidade financeira escolher e o limite de compras permitido. Notas de dólar em casa de câmbio em Jacarta, na Indonésia. Hafidz Mubarak/Reuters Além do seguro viagem e dos cuidados com os documentos, o viajante também deve ter cautela com o dinheiro ao organizar uma viagem. Saber como lidar com a grana em outros países pode garantir a tranquilidade. Leia mais notícias sobre Turismo e Viagem A principal pergunta da maioria dos viajantes é: qual a melhor forma de usar o dinheiro no exterior? A resposta para esta pergunta depende do seu destino, quanto tempo vai ficar em determinado local e quais são suas prioridades. Primeiro, é importante pesquisar as taxas de câmbio em vários lugares e fechar negócio apenas com uma casa de câmbio de confiança. Outro cuidado é ficar atento às modalidades bancárias para os gastos no exterior. Para a escolha da modalidade bancária, o viajante deve ficar atento, principalmente, no Imposto Sobre Operações Financeiras, o famoso IOF, que varia conforme o tipo de operação. No entanto, mesmo que o IOF seja mais baixo em determinada modalidade, não significa que essa forma de operação financeira é a ideal para o viajante. Escolha a modalidade financeira ideal Dinheiro em espécie – A moeda em espécie é a ideal para os turistas que preferem lidar com o IOF mais baixo – de 1,10%. Entretanto, a modalidade é a menos segura e é preciso ficar atento ao limite permitido. Cartão pré-pago – O cartão pré-pago é destinado às pessoas que querem praticidade. Nele, é possível recarregar até seis moedas diferentes, além de acumular milhas, pontos e outras vantagens. Em contrapartida, o IOF para o pré-pago é de 6,38%, muito acima do dinheiro em espécie e, em alguns países, o cartão passa sem precisar de senha, aumentando a insegurança sobre seu uso. Cartão de crédito – Como o pré-pago, o cartão de crédito possui o IOF de 6,38%. Porém, a modalidade pode facilitar compras pela internet, reservas e também é muito útil em caso de emergências. Cartão de débito – Nesta modalidade, o viajante pode sacar dinheiro e fazer compras com a função débito, descontando direto da conta. Além do IOF de 6,38%, a modalidade possui taxas para saque que podem variar entre os caixas eletrônicos e os bancos. De acordo com a polícia, na ligação, o suposto funcionário diz que o cliente precisa cancelar o cartão, e solicita informações, e pede para que a senha seja digitada TV Morena/Reprodução Qual moeda devo levar? A escolha da moeda vai depender do seu destino. Para países onde a moeda local é altamente valorizada é importante considerar levar a moeda do país. Por exemplo, nos Estados Unidos, países da Zona do Euro e na Inglaterra, é aconselhável o uso da moeda local, no caso, o dólar, o euro e a libra, respectivamente. Para países onde não há mercado para o real, a dica é que o viajante considere fazer dois câmbios, ou seja, que ele troque o real por dólares ainda no Brasil e, em seu destino final, troque os dólares pela moeda local. Esta medida pode ser vantajosa em países que contém uma moeda desvalorizada e uma baixa procura pelo real. Limite para comprar no exterior De acordo com as regras da Receita Federal, o limite para isenção de impostos nas compras é de US$ 500 para quem viaja de navio e avião. Para quem viaja por terra, o limite é de US$ 300. Itens de uso pessoal estão livres de impostos e não entram no limite de US$ 500 estipulados pela receita. Pode trazer sem pagar imposto Livros, folhetos e periódicos, sem restrições de quantidade. Câmera fotográfica e celulares (Desde que seja um por pessoa e estejam fora da embalagem) Itens de uso ou consumo pessoal desde que usados e compatíveis com as circunstâncias e duração da viagem. Roupa e sapato (três peças de cada modelo). Objetos comprados durante a viagem para uso profissional, desde que possa provar o uso. Pode trazer, mas há limitação Bebidas alcoólicas: 12 litros. Cigarros estrangeiros: 10 maços. Charutos ou cigarrilhas: 25 unidades. Fumo: 250 gramas. Bens com valor até US$ 10, no máximo 20 unidades e até 10 idênticos. Bens com valor acima de US$ 10, no máximo 20 unidades, e até 3 idênticos. Pode trazer, mas são tributados Objetos acima do limite de isenção de US$ 500. Veículos automotores, peças ou componentes, inclusive pneus. Encomendas para terceiros. Máquinas e aparelhos que requeiram alguma instalação para seu uso (Computador de mesa, ar-condicionado e projetor de vídeo). Itens proibidos Cigarros de marca não comercializada no Brasil. Réplicas de arma de fogo. Agrotóxicos e seus componentes. Substâncias entorpecentes ou drogas. Produtos pirateados (Pode resultar em multas, repreensão e até mesmo a prisão).
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Por que os islandeses não aguentam mais os influencers do Instagram
Popular entre turistas que querem conseguir a foto perfeita, o destino vem sendo invadido por influenciadores digitais e o comportamento de muitos deles não está agradando. Islândia é uma ilha no Atlântico Norte que vive da pesca e do turismo Patricia van den Berg/Pixabay Com mais de 10 milhões de imagens no Instagram, a Islândia é um destino popular entre turistas que querem conseguir a foto perfeita. O país nórdico há muito é considerado "instagramável" – ou seja, com forte potencial de ser exibido em posts na rede – mas agora os moradores dizem que influenciadores digitais imprudentes viraram um problema na ilha. Veja mais notícias sobre Turismo e Viagem No início do mês, um visitante foi criticado por sair da estrada em um carro alugado e ficar preso no barro. Ele foi resgatado por policiais que registraram o incidente no Facebook. Dirigir fora das estradas é estritamente proibido na Islândia pelo receio de que possa causar danos à vida selvagem. A polícia da Islândia disse que motorista teve problemas para dirigir no barro NORTH-EAST ICELAND POLICE/Divulgação A questão agora ficou tão problemática que existem páginas no Facebook e no Instagram onde os islandeses registram o mau comportamento dos instagrammers. As páginas em que estas fotos são postadas mostram influenciadores digitais bebendo e dirigindo, sentados nas geleiras, andando sobre musgos – um tipo de vegetação – atravessando perímetros turísticos em locais populares e pilotando drones sobre cavalos selvagens. Michalina Okreglicka disse à BBC News que muitos influenciadores que vão para a Islândia "não têm conhecimento do que é permitido ou não no país". "Eu tenho a sensação de que tudo agora tem a ver com o Instagram e a foto perfeita para o Instagram. Eu nunca vi tantos comportamentos estúpidos e irresponsáveis em diferentes países em comparação com a Islândia. Estou indo aos perfis deles, comentando o que estão fazendo e tentando notificá-los para que parem com isso. " A Islândia lançou várias iniciativas na tentativa de promover o comportamento responsável dos turistas. O país avisa aos visitantes em vídeos e em seu site sobre a importância do musgo islandês e a necessidade de se manter nas principais estradas e trilhas ao dirigir. Initial plugin text O governo também lançou um compromisso para os turistas assinarem no aeroporto, onde eles podem prometer deixar os lugares do jeito que os encontraram e parar de urinar no campo. O musgo islandês é especialmente frágil e pode morrer se for pisado. Ele ajuda a evitar a erosão do solo, retém água e umidade e é o lar de muitos microorganismos. Dirigir fora da estrada é considerado prejudicial ao meio ambiente do país. Os verões nas terras altas são curtos e úmidos, o que significa que a vegetação pode levar tempo para se recuperar dos efeitos desse off-road. Na beira do penhasco por uma selfie Pall Jokull Petursson, que vive de mostrar aos fotógrafos a natureza única da Islândia, acredita que há bons e maus influenciadores no Instagram. "A exposição de maus hábitos geralmente atraem maus visitantes ao mostrar comportamento irresponsável e a quebra de regras, dando aos outros a ideia de que na Islândia você não precisa seguir regras, como dirigir fora de estrada. "Eu tenho visto todos os tipos de comportamento, tanto perigosos quanto desrespeitosos – como escalar cercas e ficar na beira de um penhasco apenas para fazer uma selfie. "Os bons instagrammers tentam mostrar diferentes formas de desfrutar da natureza. Nós não identificamos lugares que estão fora das rotas turísticas tradicionais, estes locais são os que queremos proteger tanto quanto possível. Alguns lugares se tornaram "insta famosos" sem sequer terem tido suas localizações citadas – eventualmente eles se tornam conhecidos de todos. Um destino que ficou famoso é o Desfiladeiro de Fjadrargljufur, que foi invadido por turistas após virar cenário do clip I'll Show you music, do cantor Justin Bieber. Initial plugin text O governo foi forçado a fechar a área por duas semanas antes de decidir fechá-la até o começo de junho. 'Eles realmente se importam?' "O comportamento imprudente de uma pessoa famosa pode afetar seriamente toda uma área se a multidão for atrás", disse o ministro do Meio Ambiente, Gudmundur Ingi Gudbrandsson, à Associated Press. Ainda que o fotógrafo Ben Simon Rehn adore o Instagram para buscar inspiração e networking, ele também vê grandes problemas quando os visitantes mostram uma conduta que ele considera desrespeitosa. "Alguns instagrammers são patrocinados por empresas e deixam de obedecer a regras muito simples só para conseguirem uma foto mais incrível de um ângulo ligeiramente diferente. "É uma vergonha que eles se comportem desse jeito – especialmente os fotógrafos de paisagens/aventuras", que parecem estar tão próximos à natureza e amar tanto o ar livre, mas parecem esquecer ou falhar quando se trata da compreensão mais simples das leis criadas para protegar esse meio ambiente". "Então eu sempre me pergunto: 'isso tem a ver com curtidas e com eles mesmos ou eles realmente se importam com o planeta e a natureza?"
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NOTA DE PESAR
É com muito pesar que lamentamos o falecimento de Paulo Estevão da Cruz Souza, advogado, professor universitário, foi deputado estadual e presidente da Empresa de Turismo de Mato Grosso do Sul (MSTur), primeiro órgão oficial do turismo de Mato Grosso do Sul, nos anos de 1983 e 1984. A Fundação de Turismo de Mato Grosso […]
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