Canal de TV especializado em pesca apoia cota zero em Mato Grosso do Sul
Campo Grande (MS) – A Fish TV, canal de televisão por assinatura dedicado à pesca esportiva praticada na América Latina, manifestou-se essa semana, por meio de editorial, em apoio à aplicação da cota zero na pesca amadora em Mato Grosso do Sul, anunciada pelo governador Reinaldo Azambuja. “Garantir o futuro dos ecossistemas implica migrar para um […]
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Brasil tem várias festas para comemorar o réveillon
País tem celebrações na praia, show com multidões e muito mais. Brasil tem várias festas para comemorar o Ano Novo
O Brasil tem várias festas para comemorar o réveillon. Nas avenidas das grandes cidades ou nas praias de norte a sul, as pessoas se reúnem para celebrar o ano novo. Várias cidades do país têm shows de fogos que colorem o céu durante a virada.
O mais famoso fica no Rio de Janeiro, em Copacabana, onde mais de dois milhões de pessoas celebraram a chegada de 2018. Para a chegada de 2019, a prefeitura da cidade anunciou o show da banda Skank.
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Autoridades indianas aumentam preços de ingressos para poder preservar Taj Mahal
Novos valores serão US$ 19 para turistas estrangeiros e US$ 3,50 para indianos, que representam maioria dos 15 mil vistantes diários. Objetivo é reduzir visitas entre 15% e 20%, além de gerar recursos para conservação. O Taj Mahal, em Agra, na Índia, em foto de 3 de janeiro Dominique Faget/AFP As autoridades indianas multiplicaram por cinco o preço da entrada no Taj Mahal para os visitantes locais, visando limitar o número de turistas e reduzir os danos causados ao monumento turístico mais importante da Índia. O ingresso "tudo incluído" para o Taj Mahal, mausoleu construído no século XVII pelo imperador mongol Shah Jahan em memória de sua esposa Mumtaz Maha, passou de 50 rupias (US$ 0,70) para 250 rupias (US$ 3,50) para os turistas indianos, a maioria entre os cerca de 15 mil visitantes diários ao palácio. O ingresso para turistas estrangeiros ao palácio de mármore branco da cidade de Agra, no norte da Índia, subiu de US$ 16 para US$ 19. "Queremos que as pessoas paguem mais para limitar a frequência", explicou à AFP um membro do Serviço de Arqueologia da Índia, o órgão governamental responsável pela manutenção do monumento, visitado por cerca de 6,5 milhões de pessoas em 2016. "Isto reduzirá o número de visitantes ao Taj Mahal em entre 15% e 20%, além de gerar os recursos necessários para sua conservação".
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Alter do Chão no PA está entre os 10 melhores destinos do mundo para conhecer em 2019
A vila fica em Santarém e esbanja charme como um dos lugares mais bonitos do Brasil e do mundo com praias de água doce. Praias de areia branquinha em Alter do Chão surgem no verão amazônico Reprodução/TV Tapajós Que destinos serão os mais cobiçados? Quais os mais favoráveis para o turista brasileiro? Uma pesquisa de tendências nacionais e internacionais elegeu os 10 melhores lugares do mundo para visitar em 2019. A famosa praia de Alter do Chão, em Santarém, no oeste do Pará, está entre os destinos e ocupa o 8º lugar na lista. A eleição os Melhores Destinos para 2019 foi realizada pelo sexto ano consecutivo pelo Viagem, promovida pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Com um total de 25 votos, o Peru foi o grande vencedor, isolado na liderança. Foi seguido pela Croácia e pela cidade do Porto, em Portugal, ambos com 22 pontos. Nas redes sociais, a Croácia levou a melhor. Pela ordem, aparecem, Lençóis Maranhenses, Japão, Islândia, Sudeste Asiático, Alter do Chão, Egito e o Ceará. Alter do Chão Paróquia de Nossa Senhora da Saúde, na vila de Alter do Chão Zé Rodrigues/TV Tapajós Alter do Chão tem 260 anos. A vila, com seis mil habitantes, é famosa pelos seus atrativos e riquezas naturais que encantam brasileiros e estrangeiros. Alter é a primeira entre os 10 lugares com as praias mais bonitas do Brasil e o mais bonito do mundo com praias de água doce, segundo o jornal inglês The Guardian. De clima equatorial, quente e úmido, Alter do Chão tem praias águas claras e areia fina e branquinha, às margens do rio Tapajós, sendo um dos principais pontos turísticos de Santarém. O local é conhecido como o ‘Caribe Amazônico’ e está entre os roteiros de viagens, principalmente nas férias. Perfeita para relaxar, a praia possui um cenário paradisíaco e guarda uma beleza única. A vila é indicada pelo Ministério do Turismo como local que vale a pena conhecer. O lugar é ideal para aproveitar o ‘verão amazônico’, que ocorre entre os meses de agosto a dezembro. De janeiro a julho, a ilha praticamente desaparece. Tô de Folga mostra as belezas de Alter do Chão (PA) História Alter do Chão foi fundada em 6 de março de 1626, pelo português Pedro Teixeira. Em 6 de março de 1758, foi elevada a categoria de vila por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, então governador da capitania do Grão-Pará, durante o Brasil Colônia. Alter foi local das missões religiosas, comandadas pelos jesuítas. Até o século XVIII, a vila era habitada majoritariamente pelos índios Borari. Desde a década de 1990 até os dias de hoje, o atual distrito aposta no turismo para alavancar a economia local. A vila fica distante aproximadamente 37 quilômetros de Santarém. O acesso se dá pela rodovia estadual Everaldo Martins, a PA-457, totalmente pavimentada. Outra maneira de chegar até a vila é pelo rio Tapajós, de barco ou de lancha. A viagem dura em média 45min de carro e 3h pelo rio. Na vila, existem hotéis e pousadas e um albergue. Os preços das diárias variam a cada período do ano, durante os eventos tradicionais, os valores aumentam consideravelmente em algumas hospedarias. Carnaval, Festival Borari e Sairé Com vários acessórios, foliões se divertem no carnaval em Alter do Chão Adonias Silva/G1 Visitantes do Brasil e do mundo movimentam a vila no período do Carnaval do ‘Mela Mela’ – uma brincadeira de espuma e amido de milho que anima os foliões, e no Festival Borari – festa indígena que mantem a identidade cultural da vila. Abertura do Sairé 2018 em Alter do Chão, no Pará Adonias Silva/G1 A Festa do Sairé é outro atrativo. É a mais antiga manifestação folclórica que ocorre em setembro. Há cerca de 300 anos, o Sairé une rituais religiosos e inclui a disputa folclórica dos botos Tucuxi e Cor de Rosa. A festa reúne milhares de pessoas. Culinária Chefs inovam na criação de novos pratos com produtos regionais do Pará Espaço Gastronômico Alter do Chão/Arquivo Pessoal Os pratos mais procurados pelos visitantes são aqueles feitos à base de peixe. É o ponto forte da vila e não podem faltar no cardápio dos restaurantes. Entre as espécies mais preferidas estão o tucunaré e tambaqui. Os doces a base de frutas regionais também são destaques. Outros pratos, como o tacacá, vatapá, pato no tucupi, maniçoba e bolos tradicionais despertam o paladar dos visitantes de todas as regiões do mundo. Quer saber mais notícias de Santarém e Região? Acesse G1 Santarém.
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Rovaniemi, a cidade da Finlândia onde é Natal o ano todo
Para a capital da Lapônia, o verdadeiro milagre do Natal foi levar o turismo para um local longínquo e que foi quase exterminado nos anos 1940. Para a capital da Lapônia, o verdadeiro milagre do Natal foi levar o turismo para um local longínquo Visit Rovaniemi/Divulgação Rovaniemi, capital da Lapônia, ao norte da Finlândia, é oficialmente a terra do Papai Noel. O que significa que pouco importa se você vai para lá no dia 25 de dezembro ou, por exemplo, em pleno agosto: vai ter pinheirinho enfeitado, pisca-pisca, desenho de rena por todos os lados, vai ter gente fantasiada de elfo e vai ter um bom velhinho vestido de vermelho pronto para desejar Feliz Natal. Transformar Rovaniemi na terra do Papai Noel foi muito mais uma decisão econômica do que uma eventual preocupação em honrar uma tradição. Atualmente, cerca de 500 mil pessoas por ano visitam o município de 63 mil habitantes. Para a capital da Lapônia, o verdadeiro milagre do Natal foi trazer turismo para um local longínquo e que foi quase exterminado nos anos 1940. Durante a Segunda Guerra Mundial, 90% dos imóveis de Rovaniemi foram destruídos. Anos depois, graças a esforços governamentais e financiamento da ONU (Organização das Nações Unidas), o local foi reconstruído. Os principais edifícios públicos foram concebidos pelo famoso arquiteto Alvar Aalto (1898-1976). E ele fez um plano urbanístico no mínimo curioso: vista de cima, a cidade parece a cabeça de uma rena. Então o turismo passou a ser utilizado como força motriz para a recuperação da região. Em 1957, a seção de viagens do New York Times já recomendava uma visitinha ao "deserto do norte da Europa". Mas a cereja do bolo viria apenas nos anos 1980, ano em que a Vila do Papai Noel seria construída, a 8 km da cidade. Ideia do departamento de turismo finlandês, ela foi concretizada na gestão do então governador da Lapônia Asko Oinas, que em dezembro de 1984 decretou a cidade como "sede oficial" do Papai Noel. O complexo foi inaugurado em 1985. A divulgação para o turismo ganharia força quatro anos mais tarde, quando as 16 maiores empresas finlandesas se uniriam e criariam a Associação da Terra do Papai Noel. A partir de então, o país passou a enviar papais noéis treinados a eventos de turismo em todo o globo para promover a região. Plano urbanístico da cidade, visto de cima, parece a cabeça de uma rena Divulgação História Mas como foi que uma cidade perto do Círculo Polar Ártico, no gélido extremo norte do planeta, se tornou a terra do Papai Noel? Trata-se de uma pitoresca história, já que o mito do bom velhinho deriva do religioso católico São Nicolau de Mira, conhecido como Taumaturgo, que nasceu, viveu e morreu na Ásia Menor, onde hoje é a Turquia, provavelmente entre os anos de 270 e 343. Tudo começou quando, no fim dos anos 1860, a revista feminina norte-americana Harper's Bazaar passou a publicar ilustrações do velhinho barbudo como sendo um habitante do Polo Norte, ambiente naturalmente propício para renas pastando ao ar livre, aliás. Cartinhas expostas no correio oficial do Papai Noel Mariana Veiga/BBC A lenda foi tomando corpo. Entre 1927 e 1956, o jornalista e locutor de rádio Elner Markus Rautio (1891-1973) encarnou o personagem Tio Markus na rádio estatal finlandesa. Ele tinha um programa infantil no qual trazia a figura do bom velhinho, identificando-o sempre como um ilustre morador da Finlândia. Provavelmente para dar ênfase ao caráter remoto do local em que o senhorzinho vivia, Tio Markus cravava que o Papai Noel ficava em Korvatunturi, uma erma montanha na fronteira entre a Finlândia e a Rússia, no município de Savukoski – somente o 298º maior da Finlândia, com apenas 1.009 habitantes. Korvatunturi significa algo como "penhasco da orelha" em finlandês. O nome é por conta de seu formato. Na rádio, Tio Markus enfatizava uma característica do bom velhinho até hoje conhecida: ouvir o pedido de cada criança. Mas e Rovaniemi? As cartas enviadas para o Papai Noel para Korvatunturi (no CEP 99999) são direcionadas para a vila do bom velhinho em Rovaniemi, a capital da Lapônia. De acordo com o Visit Rovaniemi, o órgão oficial de promoção turística de lá, a casa do Papai Noel segue em Korvatunturi. Atualmente, cerca de 500 mil pessoas por ano visitam Rovaniemi, município de 63 mil habitantes Visit Rovaniemi/Divulgação "Mas como o lugar é conhecido apenas por poucas pessoas, ele decidiu estabelecer seu escritório em Rovaniemi", afirma a entidade. "Eu vou todos os dias de Korvatunturi para Rovaniemi. Ho ho ho", diz o Papai Noel. "Minhas renas são rápidas. Korvantunturi é minha casa. Rovaniemi é meu trabalho." E precisam mesmo ser. Afinal, o trajeto todo é de quase 400 km. Papai Noel A vila em Rovaniemi é um complexo de chalés em que funcionam um hotel, dois restaurantes, lojas temáticas, o recanto do Papai Noel e, claro, o correio que recebe cartinhas do mundo todo. Como parte das atrações, é possível interagir com renas e, se houver neve, pilotar um snowmobile. A Vila do Papai Noel, a 8 km de Rovaniemi, é um complexo de chalés em que funcionam hotel, restaurantes e lojas temáticas Visit Rovaniemi/Divulgação O trono do Papai Noel fica no centro de uma das casas. Chega-se até ele depois de um percurso em que a história do Natal é retratada, cômodo a cômodo, com cenas temáticas cenográficas. O bom velhinho que dá plantão na Vila do Papai Noel não sai do papel nem quando interage com adultos – conforme a reportagem da BBC News Brasil constatou quando lá esteve. Se você perguntar a ele se conhece seu país, por exemplo, vai ouvir algo como: "É claro, eu vou para lá todos os anos". Se você notar que é outro ator no papel porque já houve troca de turno, ele vai seguir agindo como se fosse o mesmo de horas atrás. Afinal, Papai Noel é único. E conhece bem todos nós – comporte-se! A agência dos correios que funciona na Vila é uma agência real, operada pela Posti, o sistema de correios da Finlândia. É a única que tem um carimbo exclusivo do círculo polar ártico, o que significa que mandar uma carta dali é um souvenir único. De acordo com dados da Posti, desde 1985, quando a agência foi criada, o bom velhinho já recebeu 15 milhões de cartas de 198 países diferentes. Tudo arquivado ali. Círculo Polar Ártico A linha do Círculo Polar Ártico passa pelo meio da Vila do Papai Noel. O que significa que, sim, estando ali é possível cruzá-la. Há uma marca no chão – e fila de turistas à espera de um clique perfeito para postar no Instagram. Operadoras de turismo oferecem passeios interessantes pela região. Uma vez hospedado ali, vale a pena fazer uma imersão mais profunda. Entre o final de setembro e o início de março, por exemplo, é o período em que se tem mais chance de observar a aurora boreal. Se for verão, é possível sair para colher frutas vermelhas pelos bosques da Lapônia. Também estão no cardápio de atrações os safáris, nos quais renas são facilmente observadas na natureza. Uma dessas empresas de safáris da região, aliás, foi quem salvou o escritório do Papai Noel da falência, em 2015. Sim, a crise já acometeu até o bom velhinho. Fotos de animais observados em Rovaniemi, na Lapônia Mariana Veiga/BBC A companhia que administra o complexo acumulava uma dívida de 206 mil euros com o fisco finlandês. Na última hora do prazo de pagamento, uma das operadoras de safári injetou o valor necessário para quitar o débito e se tornou sócia da vila. A operação, diz a lenda, garantiu que o Natal seguisse existindo para milhões de crianças em todo o mundo. Ou, ao menos na realidade, garantiu que todo dia fosse dia de Natal em Rovaniemi, no extremo norte da Lapônia.
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Brasileiro planeja viagens nacionais com cerca de um mês de antecedência, diz pesquisa
Viagens internacionais são preparadas 72 dias antes do embarque, em média. Aeroporto de Guarulhos Reprodução/TV Globo O brasileiro planeja viagens dentro do Brasil com cerca de um mês de antecedência, em média, apontou uma pesquisa da agência de viagens Decolar. O levantamento também mostrou que, para viagens internacionais, o viajente costuma se programar 72 dias antes de embarcar – equivalente a pouco mais de dois meses. A pesquisa foi feita com base nas compras de passagens e pacotes no site da Decolar entre janeiro e novembro de 2017 e 2018. O levantamento também mostrou que, em média, o brasileiro passou apenas quatro dias nos destinos dentro do Brasil – que incluem viagens a trabalho, visitas ou férias. Para viagens internacionais, por outro lado, a permanência média foi de 15 dias. Alter no Chão (PA): destino brasileiro entre os 10 melhores do mundo 2019 Outro dado da pesquisa mostrou que aumentou a procura por ingressos de atrações nos destinos nacionais e internacionais. De 2017 para 2018, o aumento foi de 16% nas viagens dentro do Brasil. Para fora do país, o crescimento subiu 26%.
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Resgate em caverna na Tailândia: meninos tentam retomar a vida e turismo explode na região
Descubra o que ocorreu passados cinco meses desde que 12 garotos e seu técnico de futebol foram resgatados de uma caverna inundada. Jovens do time ‘Javalis Selvagens’, que ficaram presos em caverna na Tailândia, posam para foto antes de jogo contra equipe juvenil do River Plate no Estádio Monumental, em Buenos Aires, no domingo (7) Eitan Abramovich/Pool/AFP Por três semanas de julho e julho, o destino de 12 meninos e seu técnico de futebol tornaram as cavernas de Tham Luang, na Tailândia, o assunto mais comentado no planeta. Cinco meses depois, o local está entre os mais visitados no norte tailandês. Em julho, uma operação para bombear água para fora da caverna fez com que campos vizinhos com pomares e vegetais fossem inundados. Uma das áreas era usada para o plantio de abacaxis por Archawin Mopoaku, membro da etnia Akha, uma das três que habitam essa região montanhosa. Mas ele não se queixou. Em vez disso, abandonou a agricultura por um tempo e ajudou como voluntário a cortar bambuzais para facilitar o acesso de soldados à entrada da caverna. Hoje, os campos de abacaxi de Archawin seguem intocados. E, ao lado deles, na estrada de terra que leva até as cavernas, ele vende laranjas de seu pomar a turistas – atividade que tem lhe proporcionado muito mais dinheiro do que ganhava com os abacaxis. "Antes do resgate, as coisas aqui eram muito calmas", ele disse. "Só de vez em quando alguns estrangeiros vinham explorar as cavernas. Mas depois do resgate há muito mais gente vindo, e moradores da região montanhosa como eu estão se dando bem." O mesmo vale para os vendedores de flores que abordam clientes no início da estrada, ambulantes que comercializam carne de porco e, especialmente, vendedores de bilhetes de loteria. Turismo interno Um guarda florestal se senta numa cadeira de plástico sob a copa de árvores, registrando num caderno o número de visitantes. Isso costumava ser fácil. Normalmente, eram entre 10 e 20 por dia. Hoje são mais de 6 mil. A maioria é composta de tailandeses, que vêm de todas as partes do país para ver onde ocorreu o resgate. "Hoje, nenhuma outra atração turística da região consegue competir com Tham Luang," diz Damron Puttan, empresário e estrela de TV em visita à área. Ele estava na Europa quando os meninos ficaram presos e se impressionou com a atenção que o caso recebeu no continente. "Nunca tinha ouvido falar dessas cavernas antes do resgate", diz Vanisa Achakulvisut. "Mas depois que surgiram as notícias sobre o time de futebol Wild Boars, tive que ver por conta própria." O técnico dos Wild Boars, Ekkapol Chantawong, e o socorrista Mikko Paasi se reencontraram no início de dezembro BBC Não é só a curiosidade que atrai multidões. A cadeia montanhosa sobre as cavernas foi batizada em homenagem a Nang Non, uma princesa mítica que se matou após um caso de amor proibido. Diz-se que a montanha lembra a imagem da princesa adormecida. Cavernas são vistas como lugares de grande poder místico na Tailândia. Há muito tempo existe um altar para Nang Non perto da entrada da caverna, onde as pessoas podem deixar oferendas ao espírito dela. Mas o resgate milagroso ampliou sua fama como provedora de boa sorte. Todo visitante que eu vi nessa região carregava flores e fazia uma breve oração no altar. O local se tornou um ponto de venda de bilhetes de loteria, e os números mais populares terminam com 13 – o número de pessoas resgatadas da caverna. Agora há outro santuário no local: uma estátua de 3 metros em bronze de Saman Gunan, o mergulhador tailandês que morreu durante o resgate. Os meninos resgatados visitaram o memorial dedicado a Saman Gunan neste mês BBC A obra foi posicionada em frente a um museu novo, ainda vazio, erguido no outrora enlameado estacionamento de onde eram transmitidas as notícias sobre o resgate. Reencontro Os meninos e o técnico Ekkapol Chantawong, que os ajudou a suportar a espera de 17 dias ensinando-os a meditar, também estavam lá, em sua segunda visita à caverna desde o resgate. Alguns dos socorristas também estavam presentes, como o finlandês Mikko Paasi, o americano Josh Morris – que tem uma escola de escalada em Chiang Mai e foi um intermediário entre os mergulhadores estrangeiros e agentes do governo tailandês –, e Vern Unsworth, o explorador de cavernas britânico que conhece Tham Luang há vários anos e foi um dos primeiros a chegar ao local após o sumiço dos meninos. Foi um encontro tocante. Os garotos, que pareciam saudáveis e alegres, abraçavam seus salvadores. O governo tailandês ainda os trata com grande zelo. Eles são assessorados por assistentes sociais, que os acompanham em todas as aparições públicas, e qualquer pedido de entrevista com o grupo é analisado rigorosamente por dois comitês. Suas famílias também foram instruídas a não falar com a imprensa sem autorização. 'Um milagre e tanto' "Para mim, ainda é muito emocionante", me disse o britânico Vern Unsworth enquanto olhávamos para a nova grade que impede o acesso à caverna. "Algumas pessoas acham que salvar 13 de 13 foi um milagre e tanto." "Acho que o mundo esperava um resultado ruim. Mas nunca desistimos. O que os mergulhadores fizeram foi uma prova incrível de resistência." Ele diz que ninguém deveria culpar os meninos e o técnico por terem entrado na caverna – e que eles apenas tiveram má sorte. "Poderia ter sido eu." Vern planejava visitar as cavernas no dia seguinte. A água subiu muito rápido, após chuvas fortes e pouco comuns, prendendo os meninos e o técnico e forçando-os a buscar refúgio caverna adentro. A experiência mudou suas vidas? "Eles são um grupo impressionante", diz Vern. "Eles continuaram com os pés no chão, e estão sendo muito bem cuidados. Não diria que têm uma vida normal – eles estão fazendo um tour pelo mundo. Mas estão de volta à escola." O técnico-chefe do time, Nopparat Kanthawong, afirma que eles estão treinando duro após a escola, assim como antes do resgate. Eles recuperaram o peso perdido, embora ainda estejam reconstruindo a força muscular. Há muitos grupos interessados em ajudá-los. Vimos os jovens serem treinados por uma equipe do Manchester City em seu campo nas montanhas. Há ao menos três filmes sobre o resgate sendo produzidos. A gravação do primeiro, chamado A Caverna, acaba de terminar. Vern e outros mergulhadores esperam que as cavernas e o museu sejam usados para educar o público sobre a geologia, a flora e a fauna locais. A entrada do complexo de cavernas Tham Luang agora está fechada BBC Para o chefe do distrito de Mae Sai, Somsak Kanakham, os recursos extras e as oportunidades de negócio gerados pelo boom turístico nas cavernas são bem-vindos. Mas ele se preocupa em manter o fluxo e diz que a área precisa de investimentos em infraestrutura para receber essa onda de visitantes. No longo prazo, ele espera receber orientações sobre como desenvolver outras potenciais atrações turísticas nessa região verde e montanhosa. Em algum momento, todo o entusiasmo gerado por esse resgate extraordinário começará a diminuir, possivelmente também reduzindo o número de visitantes.
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Verão no Brasil é oportunidade para conhecer belezas naturais
País tem mais de sete mil quilômetros de litoral e grande reserva de água doce do mundo. Verão no Brasil é oportunidade para explorar belezas naturais
O verão é a estação mais quente do ano e uma oportunidade para conhecer as belezas naturais do Brasil aproveitando o tempo ao ar livre.
São cenários perfeitos para quem gosta da prática de esportes aquáticos: não faltam praias, rios, corredeiras e lagos. As opções de esportes também são variadas e vão do surfe ao rafting.
Uma grande diversidade de cânions pode ser explorada. Esses vales profundos levam muitos anos para serem criados e são "esculpidos" por águas de rios com ajuda da força do vento.
No Brasil é possível visitar estas formações em diversas regiões e com ajuda do turismo ecológico é possível fazer passeios de barcos e trilhas para conhecer os cânions e a natureza que os cerca.
Com uma grande reserva de água doce, o Brasil tem algumas das maiores e mais belas quedas d'água do mundo. São vários nomes: cascata, quando as águas descem degraus. Catarata, quando formam uma grande cortina. Salto, quando caem em forma de esguicho. Véu de noiva, queda d’água, catadupa, tombo, cachão… o nome não importa. Para quem gosta de natureza e aventura, as águas que caem transmitem encanto e boas energias.
E pelos mais de 7 mil quilômetros de litoral é possível conhecer praias de todos os tipos.
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Por que o Taj Mahal corre o risco de desaparecer
O Taj Mahal é a construção mais famosa da Índia e atrai milhares de turistas. Mas o Suprema Tribunal do país advertiu que uma combinação de negligência e poluição ameaça a existência do monumento. Taj Mahal, a construção mais famosa da Índia, pode desaparecer Dominique Faget/AFP Shamshuddin Khan organiza visitas para o Taj Mahal, na Índia, há mais de 30 anos e foi guia turístico de mais de 50 chefes de Estado de todo o mundo. Durante esse tempo, viu seu cabelo embranquecer e o Taj Mahal ficar mais escuro. Ao se aproximar da construção, Khan mostra as rachaduras e o mármore danificado da edificação. "Há momentos vergonhosos, em que os turistas estrangeiros me perguntam porque o Taj Mahal não é mantido como deveria. Também nos perguntam por que está perdendo sua cor e brilho. Nós, os guias, não temos as respostas", diz Khan. O Taj Mahal é um dos principais pontos turísticos da Índia. De 2010 a 2015, recebeu entre quatro e seis milhões de turistas, segundo o Ministério de Turismo e Cultura do país. Foi construído na cidade de Agra, no século 17, pelo imperador Shah Jahan. Era um mausoléu para sua rainha favorita, Mumtaz Mahal, que morreu ao dar à luz o décimo quarto filho do casal. Para construir o edifício, o imperador encomendou mármore do Rajastão, que tem uma característica singular: parece rosa pela manhã, branco à tarde e leitoso à noite. Problemas estruturais Mas o Taj Mahal começou a perder seu brilho. Suas fundações estão danificadas e as rachaduras estão cada vez maiores e mais produndas na cúpula de mármore do monumento. Diz-se que as partes superiores dos minaretes estão à beira do colapso. No começo deste ano, ventos fortes provocaram a queda de dois pilares do lado exterior. Em julho de 2018, o ambientalista e advogado MC Mehta apresentou uma petição para o Supremo Tribunal da Índia solicitando novos esforços para salvar o Taj Mahal. Os juízes concordaram e ordenaram audiências periódicas com os responsáveis pela conservação do edifício. A corte criticou a letargia dos funcionários públicos a respeito do destino da construção mais famosa da Índia. "O Taj Mahal deve ser protegido. Porém, se a indiferença dos funcionários continua, então, deve fechar. Inclusive, se as coisas não forem feitas corretamente, as autoridades deveriam demolí-lo", disse a sentença. Se por um lado muito poucos estão dispostos a tolerar a demolição do Taj Mahal, por outro lado a mera menção desta ideia pelo Supremo Tribunal indica que há uma verdadeira interrogação sobre seu futuro. Poluição do ar, chuva ácida e mudança de cor do Taj Mahal A petição que MC Mehta entregou ao Supremo Tribunal este ano não foi a primeira. Desde meados dos anos 1980, o ambientalista e advogado tem cobrado as autoridades indianas para que tomem medidas para preservar o Taj Mahal. Naquela época, os ambientalistas estavam particularmente preocupados com uma refinaria de petróleo em Mathura, a 50 quilômetros de distância, que havia começado a funcionar na década de 1970. Em 1978, um comitê de especialistas que estudou a qualidade do ar em Agra e seus arredores descobriu níveis substanciais de dióxido de enxofre na atmosfera. Além do dano para a saúde pública, esta contaminação também era danosa para o Taj Mahal. O dióxido de enxofre, junto com outros poluentes, se combina com a umidade na atmosfera, provocando a chuva ácida. Um relatório elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para o governo indiano descobriu que o monumento estava se tornando amarelo devido a "partículas suspensas e poeira na superfície". A ameaça ao Taj Mahal não provém apenas do ar, mas também da água. O trecho do rio Yamuna que passa por Agra é um dos canais mais contaminados do mundo. "As indústrias ao longo do rio, desde Delhi até Agra, estão despejando seus resíduos químicos diretamente no rio", afirma o ambientalista local Brij Khandelwal. Khandelwal ressalta ainda que o esgoto de Agra vai diretamente para o Yamuna, sem nenhum tratamento. Nessas condições, os peixes não conseguem sobreviver. Assim, moscas, mosquitos e outros insetos que normalmente seriam comidos pelos peixes acabam proliferando sobre a água suja e infestam o entorno do Taj Mahal. Falta de água pode prejudicar fundações Outro problema é a falta de água. As fundações do Taj Mahal estão localizadas sobre 180 poços de água e bases de madeira, que requerem água durante todo o ano. Se a base não for regada durante todo o ano, a madeira abaixo eventualmente se secará, apodrecerá e se romperá. Mas o que explica a falta de água? Quando o Taj Mahal foi construído, a maioria dos negócios e das viagens eram feitos ao longo do rio. Porém, à medida que a população crescia e as indústrias floresciam, foram construídas represas no Yamuna, reduzindo o fluxo do rio. "O rio Yamuna, que flui através do Himalaia, encolhe e se torna um fio d'água no momento em que atinge Agra", diz o ambientalista Khandelwal. Assim, adverte Khandelwal, para salvar o Taj Mahal, o Yamuna precisaria retomar seus níveis originais. "Se só a cúpula (do Taj Mahal) pesa 12,5 mil toneladas, podemos imaginar quanto pode pesar o restante da construção. As fundações de um edifício tão pesado deveriam ser sempre fortes", afirmou. Ilustração mostra o funcionamento das fundações do Taj Mahal, acima de poços de água BBC Justiça impôs restrições, mas efeitos foram poucos Em 1984, Mehta apresentou uma petição para o Supremo Tribunal, argumentando que as fundições, as indústrias químicas e as refinarias eram a causa principal da descoloração do Taj Mahal. Nove anos depois, o Supremo Tribunal anunciou que estava de acordo e elaborou uma lista de medidas para reduzir a contaminação da região. Foram aprovados pedidos para fechar todas as indústrias poluentes ao redor de Agra, especialmente aquelas muito próximas ao Taj Mahal. Além disso, as empresas que operam na cidade e cercanias foram obrigadas a usar apenas gás natural como combustível. O uso de carvão foi tornado ilegal. Também foi imposta uma proibição a veículos e equipamentos movidos a diesel. E foi proibido levar búfalos para o Yamuna, bem como lavar roupas em suas águas. Já em 1998, o Supremo Tribunal estabeleceu uma área de exclusão especial, para manter a indústria pesada a certa distância do monumento. Mas Mehta afirma que as autoridades não seguiram as ordens do Supremo Tribunal. "Infelizmente, nada mudou e tive de bater à porta do Supremo Tribunal novamente". O uso de veículos a diesel, por exemplo, continuou. O gado também continuou banhando-se no rio Yamuna e as roupas seguiram sendo lavadas ali. Além disso, fumaça, pó e poluentes tóxicos das indústrias de Agra e arredores continuaram sendo despejados no ar e no rio Yamuna, fazendo a contaminação crescer a níveis alarmantes. Proprietários das indústrias locais chegaram a formar uma organização com o slogan: "Eliminar o Taj, salvar a indústria". Tentativas de preservar o Taj Mahal O Supremo Tribunal confiou a tarefa de conservar o Taj Mahal a K Mohan Rao, o prefeito da cidade. Rao afirma que estão sendo tomadas medidas para fazer frente à quantidade de lixo que emana dos canais e nas casas da cidade. "Estão sendo instaladas unidades de tratamento de águas residuais", afirma. Segundo ele, há propostas para transformar Agra em uma "cidade inteligente", o que implica uma renovação completa na infraestrutura. Khandelwal e Mehta, no entanto, não estão contentes com o programa de conservação do Serviço Arqueológico da Índia, que restaura o Taj Mahal com uma camada de lama que supostamente absorve a sujeira que descolore as paredes da construção. Segundo os dois ativistas, para restaurar a glória do Taj Mahal seria preciso estudar como foi feita a conservação da infraestrutura durante o império mongol e o reinado britânico na Índia. Para isso, seria preciso recuperar o rio Yamuna. Porém, depois de tantas décadas dedicadas à preservação do Taj Mahal, Mehta diz que tem poucas esperanças de que o monumento seja salvo. À medida que as fundações enfraquecem, Mehta se preocupa que um dia reste apenas a lembrança. "O Supremo Tribunal já pediu que tantas agências realizassem estudos sobre como salvar o Taj Mahal. Essas agências, então, apresentaram suas descobertas de tempos em tempos. E a Justiça tem emitido ordem atrás de ordem. Mas, infelizmente, as autoridades não são sérias. Eu já estou envelhecendo, mas seguirei lutando", diz Mehta.
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Fontana di Trevi: Roma encerra disputa milionária com Igreja Católica pelas moedas jogadas por turistas na fonte
Todos os anos, cerca de 1,5 milhão de euros em moedas, são retirados das águas do monumento histórico; cidade queria investir dinheiro em infraestrutura, mas voltou atrás. Fontana di Trevi, em Roma Gabriel Bouys/AFP Photo A disputa entre a prefeita de Roma, Virginia Raggi, e o Vaticano pelos cerca de 1,5 milhão de euros jogados na Fontana di Trevi todos os anos finalmente chegou ao fim. A fonte é uma das principais atrações turísticas da cidade. É costume entre turistas jogar uma moeda em suas águas e fazer um desejo. O dinheiro normalmente é recolhido e doado à Cáritas, uma rede de organizações humanitárias da Igreja Católica. Mas nos últimos tempos a prefeita de Roma queria que o dinheiro fosse investido na infraestutura da cidade – a mudança já havia sido aprovada pelos vereadores municipais quando a Igreja publicou um artigo contundente na imprensa italiana dizendo que a perda atingiria os mais pobres. A mudança estava prevista para abril, mas muitos italianos foram às redes sociais para pedir que a cidade reconsiderasse sua posição. Após a repercussão negativa, a polêmica finalmente foi encerrada neste semana com o reconhecimento pela cidade do trabalho da Cáritas – e até uma ampliação dos fundos que a entidade recebe. Em uma entrevista ao jornal italiano "L'Osservatore Romano", a prefeita Virginia Raggi explicou por que voltou atrás na decisão de destinar o dinheiro para a infraestrutura da cidade. "O corpo diocesano faz uma tarefa importante para os mais necessitados e para a cidade de Roma, que quer continuar sendo a capital que ampara os mais pobres", afirmou Raggi. Agora a Cáritas receberá também as moedas lançadas em outros monumentos da cidade. Raggi se tornou prefeita de Roma em 2016. Pertence ao Movimento 5 Estrellas, corrente política que se afirma "contra a classe política tradicional italiana" e que muitos classificam como populista – o grupo defende uma espécie de democracia direta através da internet. Desde sua eleição, sua popularidade caiu por não conseguir resolver os problemas de infraestrutura urbana da cidade, que está altamente endividada. Em outubro do ano passado, milhares de manifestantes tomaram as ruas da cidade para protestar contra problemas como o acúmulo de lixo nas ruas. Três moedas em uma fonte Feita de mármore, a Fontana di Trevi tem quase 300 anos de idade. A tradição de atirar moeda em suas águas ficou famosa após o sucesso da comédia romântica A Fonte dos Desejos, de 1954. O filme tinha a música Three Coins in a Fountain (Três Moedas em uma Fonte, em inglês), cantada por Frank Sinatra, que também ficou muito famosa. Desde então a atração apareceu em dezenas de filmes famosos, inclusive La Dolce Vita (A Doce Vida), de 1960, que tinha a famosa cena em que a atriz sueca Anita Ekberg entrava na água de vestido.
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