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Projeto no sertão de Alagoas vai levar mudas de palma forrageira resistentes a pragas para agricultores

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

O cultivo da planta na região é prejudicado pelo inseto cochonilha do carmim. Programa planeja atender 660 agricultores em 205 municípios da região. Projeto no sertão de Alagoas vai levar mudas de palma forrageira resistentes a pragas para agricultores
Um projeto no sertão de Alagoas vai levar mudas de variedades da palma forrageira resistentes à praga cochonilha do carmim para agricultores familiares. O programa, chamado de "Propaga Palma", tem o objetivo de atender 660 agricultores em 205 municípios, nesse primeiro momento.
O cochonilha do carmim é um inseto que se alimenta da seiva da palma e se abriga dentro de seus flocos de cera. Quando ele é esmagado, elimina um corante avermelhado, o carmim, que dá nome à espécie. Nos últimos anos, ele vem causando grandes perdas nas plantações de palma forrageira de todo o semiárido.
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O programa, que pretende auxiliar na solução deste problema, cultiva essas mudas na Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, uma das parceiras do projeto.
No povoado de Altos dos Coelhos, lugar onde o primeiro viveiro de aclimatação das mudas foi construído, os agricultores também recebem treinamentos e são responsáveis por cuidar do desenvolvimento das plantas.
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Safra de soja deve ser maior em Goiás neste ano, apesar de problemas climáticos

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

Mesmo com a falta de chuvas durante o plantio, a colheita pode crescer 2% em relação a 2020, e bater recorde de mais de 13.400 milhões de toneladas no estado. Safra de soja deve ser maior em Goiás neste ano, apesar de problemas climáticos
Em Goiás, a soja que foi plantada mais cedo já está sendo colhida pelos agricultores. E, mesmo com a instabilidade do clima, a produção deve ser maior neste ano, em relação a 2020.
A colheita no estado pode crescer 2% e bater recorde de mais de 13.400 milhões de toneladas.
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Em uma propriedade em Indiara, por exemplo, o produtor Gabriel Henrique Lopes plantou 384 hectares e a sua produtividade tem sido de 65 sacas por hectare. Na safra passada, foi de 59 sacas. Isso tudo graças ao clima que ajudou no desenvolvimento dos grãos.
"Esse ano, graças a Deus, eu tive uma chuva mais cedo. Então eu arrisquei um pouco mais cedo e deu certo. Então, está todo mundo buscando aquele produto seu né, então você consegue ter uma uma venda melhor até na questão de preço", diz.
A saca de soja chegou a atingir R$ 150 no estado nesta semana, enquanto em fevereiro de 2020, ela era vendida por R$ 88. O preço deve compensar os agricultores que tiveram perdas nas lavouras por falta de chuva na hora do plantio.
Na propriedade de Ivan Bruceli, por exemplo, as vagens não se desenvolveram bem e o rendimento ficou abaixo do esperado.
"E ela passou a maior parte do tempo dela sem água suficiente para desenvolver. Ainda é um milagre que estamos produzindo essa média de 50 por hectare", diz Bruceli.
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Reveja os projetos sociais que levam produtos de agricultores a famílias de baixa renda do país

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

Na série de melhores reportagens do Globo Rural, relembre o Campo Favela, iniciativa do Insper em SP que beneficiou 250 famílias de pequenos produtores e 23 mil lares de baixa renda das periferias. Reveja os projetos sociais que levam produtos de agricultores a famílias de baixa renda do país
Em 2020, o Globo Rural mostrou histórias de projetos sociais que estão levando produtos dos pequenos agricultores aos lares das famílias de baixa renda do país.
Essas iniciativas estão conseguindo melhorar, ao mesmo tempo, a vida das populações mais pobres das cidades e a dos pequenos produtores rurais, que continuam sendo impactados pela pandemia do coronavírus. Leia mais.
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Profissionais de saúde passam por dificuldades para vacinar indígenas contra a Covid-19 no Amazonas

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

Para chegar até as aldeias, eles enfrentam horas de viagem e precisam improvisar salas de vacinação. Muitos indígenas estão com medo da imunização devido a notícias falsas. Profissionais de saúde passam por dificuldades para vacinar indígenas contra a Covid-19 no Amazonas
Profissionais da saúde estão encontrando alguns obstáculos para realizar a vacinação da população indígena no Amazonas contra a Covid-19.
Para chegar até as aldeias, são necessárias horas de viagens pelos rios e igarapés. Nas comunidades, eles acabam tendo de improvisar salas de vacinação, além de encontrarem pessoas com medo do imunizante por causa de notícias falsas.
A campanha de vacinação para indígenas deve terminar na próxima semana. Até o momento, mais da metade dos cerca de 34 mil índios do Alto Solimões já foi vacinada.
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A preocupação dos especialistas, agora, é que a variante da doença encontrada no estado chegue até as aldeias antes da vacinação estar completa e aumente o contágio entre a população nativa. A região já registrou 37 mortes de indígenas por causa da Covid-19 desde o início da pandemia e mais de 2 mil foram infectados pela doença. No total, a região abriga 70 mil índios.
Esta semana, o Ministério da Saúde enviou equipes para a terra indígena Yanomami, em Roraima. Isso acontece uma semana após a informação de que dez crianças morreram com sintomas da Covid nas comunidades Waphuta e Kataroa, na região do Surucucu, em Alto Alegre, norte do estado.
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Exportação de mel do Brasil cresce quase 50% em volume em 2020

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

Produtores nacionais embarcaram 45.600 mil toneladas no ano passado e, com isso, faturamento avançou 45%. O município de Maringá, no Paraná, é o maior exportador do país. Exportação de mel do Brasil cresce quase 50% em volume em 2020
Os produtores de mel vivem um bom momento no Brasil com o aumento das exportações.
Em 2020, eles enviaram mais de 45.600 toneladas da produção para o mercado externo, um aumento de 50% em relação a 2019, quando o volume ultrapassou 30 mil toneladas, segundo a Associação Brasileira dos Exportadores de Mel.
Apenas os Estados Unidos compram 80% do mel produzido no Brasil, sendo o maior importador do país.
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O Paraná é o maior produtor brasileiro, tendo em Maringá a maior exportadora do Brasil. O município recebe cerca de 3 mil apicultores vindos de todas as regiões. A indústria envasa 8.500 toneladas de mel por ano. Dessas, 87% são exportadas para pelo menos 10 países.
O Edilson, apicultor do município de Apucarana, norte do Paraná, tem mil caixas que permitem produzir 30 toneladas de mel destinadas à exportação. Para ele, o segredo para uma boa safra é a escolha de uma região que dê certo para um mel em qualidade e em quantidade.
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Conheça o maracatu rural, tradição criada por agricultores e cortadores de cana há mais de 100 anos

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

Tema de reportagem do Globo Rural em 2015, manifestação cultural envolve milhares de pessoas na Zona da Mata de Pernambuco e é considerada um patrimônio imaterial do Brasil. Conheça o maracatu rural, tradição criada por agricultores e cortadores de cana há mais de 100 anos
Em 2015, o Globo Rural foi até a Zona da Mata de Pernambuco para mostrar uma manifestação cultural criada há mais de 100 anos por agricultores e cortadores de cana.
A tradição é considerada um patrimônio imaterial do Brasil, um reconhecimento oficial da importância dessa manifestação para a cultura do país.
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Casa mais estreita de Londres à venda por US$ 1,3 milhão

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

A casa tem cinco andares e 1,7 metro de largura. Originalmente, era um depósito de chapéus. Reprodução de página da agência imobiliária que anuncia a casa mais fina de Londres Reprodução Localizada entre um salão de beleza e um consultório médico, a casa mais estreita de Londres, com apenas 1,7 metros de largura, está à venda por US$ 1,3 milhão (quase R$ 7 milhões, na cotação atual). A casa tem cinco andares e é localizada no bairro de Shepherd's Bush. Originalmente, era um depósito de chapéus, com dois cômodos para armazenar mercadorias e quartos nos andares superiores. Como uma referência ao seu passado, a casa manteve sua pequena vitrine, adornada com um abajur em forma de chapéu-coco. Para David Myers, diretor de vendas da agência responsável pelo imóvel, o preço se explica porque o prédio, construído no final do século XIX ou início do século XX, é "uma parte única da história de Londres". "É um pouco da magia de Londres", disse à AFP. De um canto a outro da casa, as dimensões dos quartos variam muito. Embora a cozinha localizada no mezanino seja o local mais estreito, ela abre para uma sala de jantar com o dobro do tamanho. Atrás, duas portas que funcionam ao mesmo tempo como janelas abrem para um jardim de 2,5 metros de largura. Espaços vazios e subterrâneos viram imóveis em Londres Graças s suas características "únicas" de época e às inovações ecléticas do interior, a casa pode atrair compradores "artísticos" ou "boêmios". O preço da casa é exagerado em relação ao custo médio de uma casa no Reino Unido, que é de 256 mil libras (R$ 1,4 milhão), mas mesmo assim é típico do mercado londrino. "Em muitas partes de Londres, as pessoas usam o preço do metro quadrado como referência para determinar o valor das propriedades", disse. "Mas isso nem sempre funciona assim. Quando há algo tão particular como esta casa, isto se reflete no preço." Segundo o diretor da agência, a pandemia do coronavírus levou muitas pessoas, principalmente famílias, a deixar Londres para adquirir uma propriedade maior, o que poderia afetar a venda desse imóvel específico. O agente londrino não está desanimado e afirma que a propriedade "é chique, é linda e é por isso que esta casa vai ser vendida". Veja os vídeos mais assistidos do G1 d

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Monte Alegre do Sul tem vagas abertas para professores temporários; veja áreas

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

Áreas contempladas são educação básica I e educação básica II, nas disciplinas de ciências, matemática, arte e língua portuguesa. Prazo para inscrição no processo seletivo termina nesta segunda-feira (8). Cidade de Monte Alegre do Sul tem vagas de emprego temporário para professores Munir Drones/Prefeitura de Monte Alegre do Sul A Prefeitura de Monte Alegre do Sul (SP) está com vagas abertas para professores temporários da educação básica I e da educação básica II, nas disciplinas de ciências, matemática, arte e língua portuguesa. A contratação será por meio de análise de currículo. O prazo para inscrição neste processo seletivo termina nesta segunda-feira (8). Os interessados deverão comparecer ao Departamento de Educação e apresentar os seguintes documentos: Diploma de formação para a função R.G., CPF e título de eleitor Comprovante de residência recente Carteira de Trabalho Certidão de nascimento e/ou casamento Certidão de nascimento e CPF dos filhos menores de 14 anos 1 foto 3X4 Número de conta corrente do Banco Bradesco Atestado médico de admissão Certidão de antecedentes criminais Cópia de declaração de bens e eSOCIAL Segundo a administração municipal, o contrato em caráter temporário terá duração até que sejam chamados os candidatos do processo seletivo municipal. Mais informações podem ser obtidas no Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura, no telefone: (19) 3899-9122. Veja mais notícias da região no G1 Campinas

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‘Sem tributar especulação, oportunidades iguais não bastam contra desigualdades’: a visão de Michael Sandel, filósofo estrela de Harvard

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

Professor de Direito Michael Sandel explora em profundidade a meritocracia em seu novo livro, explica como esse conceito acabou, favorecendo políticas populistas e aponta ideias para outro tipo de valorização do trabalho. Michael Sandel é professor de Direito de Harvard EPA via BBC Michael Sandel (nascido em Minneapolis, nos Estados Unidos, em 1953) é muito mais do que um filósofo ou intelectual. Professor de Direito de Harvard, ele é considerado por muitos uma espécie de estrela pop da filosofia. E a verdade é que os números de suas palestras e conferências se aproximam dos grandes shows de música. Sandel encheu a St. Paul's Cathedral em Londres e a emblemática Opera House em Sydney, além de ter reunido 14 mil pessoas em um estádio em Seul… E isso sem falar nos números na internet. Suas palestras foram vistas dezenas de milhões de vezes no YouTube e se tornaram virais. O livro mais recente de Sandel, A Tirania do Mérito (Ed. Civilização Brasileira), analisa em profundidade esse conceito, tão em voga nos últimos anos, segundo o qual quem chegou ao topo teve sucesso por seus próprios méritos. Sandel, no entanto, ataca essa ideia e as muitas falácias que, na avaliação dele, esse tema esconde. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC. BBC News Mundo – O que há de errado com a meritocracia? Michael Sandel – De certa forma, a meritocracia é uma ideia atraente porque promete que, se todos tiverem oportunidades iguais, os vencedores merecem vencer. Mas a meritocracia tem um lado obscuro. Existem dois problemas com a meritocracia. Um é que realmente não vivemos de acordo com os ideais meritocráticos que professamos ou proclamamos, porque as oportunidades não são realmente as mesmas. Os pais ricos podem passar seus privilégios aos filhos, não (necessariamente) deixando grandes propriedades, mas dando-lhes vantagens educacionais e culturais para serem admitidos nas universidades. BBC News Mundo – Em seu livro, você conta, por exemplo, que a grande maioria dos alunos de universidades de prestígio como Princeton ou Yale, nos EUA, pertencem a famílias muito ricas. Sandel – É assim. Na verdade, nas universidades da chamada Ivy League (que inclui as universidades de Brown, Columbia, Cornell, Dartmouth College, Harvard, Pensilvânia, Princeton e Yale, algumas das mais prestigiadas dos Estados Unidos), há mais alunos que pertencem ao 1% das famílias com maior rendimento do país do que aos 60% com menor renda. Portanto, o primeiro problema com a meritocracia é que as oportunidades não são realmente iguais. BBC News Mundo – E o segundo problema? Sandel – O segundo problema com a meritocracia tem a ver com a atitude em relação ao sucesso. A meritocracia incentiva aqueles que são bem-sucedidos a acreditar que isso se deve a seus próprios méritos e que, portanto, merecem todas as recompensas que as sociedades de mercado concedem aos vencedores. Mas se aqueles que são bem-sucedidos acreditam que o conquistaram com suas próprias realizações, também tendem a pensar que aqueles que foram deixados para trás são responsáveis ​​por viverem assim. É um problema de atitude em relação ao sucesso que leva a uma divisão das pessoas em vencedores e perdedores. A meritocracia cria arrogância entre os vencedores e humilhação para os que ficaram para trás. BBC News Mundo – E se a meritocracia é realmente uma coisa tão perversa, por que nas últimas décadas muitos políticos a abraçaram? Sandel – É uma pergunta muito interessante. Durante as últimas décadas, os partidos de centro, esquerda e direita adotaram uma versão neoliberal da globalização que causou um aumento nas desigualdades. E os partidos de centro-esquerda responderam a essas desigualdades não procurando reduzi-las diretamente por meio de políticas econômicas, mas oferecendo a promessa de que era possível ascender socialmente, o que em meu livro chamo de "retórica da ascensão". A ideia é que, se criarmos oportunidades iguais, não precisaremos nos preocupar muito com a desigualdade porque a mobilidade pode permitir que as pessoas passem de empregos com remuneração estagnada para empregos melhores. Os partidos de centro-esquerda ofereceram a retórica da ascensão em vez de responder diretamente à desigualdade. Colocando de outra forma: em vez de abordar diretamente a desigualdade, ofereceram a mensagem de que a mobilidade individual pode ser alcançada por meio do ensino superior; eles disseram que para vencer na economia global você tinha que ir para a faculdade e obter um diploma universitário, porque o dinheiro que você ganharia dependia do que você aprendeu e estudou, e se você se esforçasse, poderia alcançá-lo. Todas essas ideias fazem parte da retórica da ascensão, e os partidos de centro-esquerda pensaram que era uma forma inspiradora de encorajar as pessoas a melhorarem suas próprias condições de indivíduos, obtendo um diploma universitário. E, de certa forma, essa mensagem é inspiradora. Todos querem acreditar que se você trabalhar duro, pode melhorar sua condição. Mas embora possa ser uma mensagem inspiradora de alguma forma, por outro lado é um insulto, porque implica que se você não foi para a universidade e está passando por momentos difíceis na nova economia, a culpa do seu fracasso é só sua. E isso, insisto, é um insulto para muitos trabalhadores. O que as elites políticas e meritocráticas esquecem é que a maioria das pessoas não possui um diploma universitário. Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, quase 2 em cada 3 pessoas não têm diploma universitário. É um erro criar uma economia em que a condição para o sucesso seja um diploma universitário, que a maioria das pessoas não possui. E isso também se aplica à Europa. E assim os partidos de centro-esquerda perderam muitos dos eleitores da classe trabalhadora que tradicionalmente eram sua base de apoio. Vimos isso com o Partido Democrata nos Estados Unidos, com o Partido Trabalhista na Grã-Bretanha, com os partidos social-democratas na Europa… Esses partidos têm se tornado cada vez mais partidos das classes profissionais, das elites com formação universitária, e vêm perdendo apoio entre os trabalhadores sem formação universitária. BBC News Mundo – E para onde foram esses eleitores? Sandel – Esses eleitores passaram a apoiar políticos e partidos populistas autoritários, apoiaram Donald Trump nos EUA, o brexit na Grã-Bretanha e partidos populistas autoritários na França, Espanha e outros países. BBC News Mundo – O que exatamente a meritocracia tem a ver com a chegada de Donald Trump à Casa Branca após as eleições de 2016 ou com a ascensão do populismo? Sandel – Nas últimas décadas, a divisão entre vencedores e perdedores se aprofundou, envenenando nossa política e nos separando. Essa divisão tem a ver em parte com as crescentes desigualdades das últimas décadas. Mas também tem a ver com como as atitudes em relação ao sucesso mudaram com o aumento da desigualdade. Aqueles que chegaram ao topo na era da globalização passaram a acreditar que seu sucesso era todo deles porque o conquistaram por seus próprios méritos, e que os perdedores não tinham ninguém para culpar por seu fracasso, exceto eles próprios. Isso reflete a ideia meritocrática, pois se as possibilidades forem iguais para todos, os vencedores merecem seus ganhos. À medida que essas atitudes se firmavam, a arrogância meritocrática levou os vencedores a acreditar que seu sucesso era o resultado de seus próprios talentos e trabalho árduo, e levou à desmoralização e humilhação dos perdedores. E uma das formas mais poderosas de reagir contra isso é a ação violenta e populista contra as elites. Muitos trabalhadores sentem que as elites os desprezam, que não os respeitam, não respeitam o tipo de trabalho que fazem. E isso criou raiva e ressentimento cada vez maiores entre os trabalhadores, que sabiam que estavam trabalhando duro, mas recebendo menos dinheiro, porque os salários dos trabalhadores estão estagnados há quatro décadas. Os partidos populistas autoritários apelam para as queixas das pessoas que se sentem desprezadas por esse sistema, um ressentimento que as atitudes meritocráticas em relação ao sucesso alimentaram. A maior parte dos ganhos da globalização foi para os 20% mais ricos, e a metade inferior dos trabalhadores não recebeu nenhum desses ganhos, nenhum. Mas não foi apenas exclusão econômica. Também aquela sensação de humilhação que vem de sentir que as elites te menosprezam, que consideram você o culpado do seu próprio fracasso e que se têm sucesso é porque o mereceram. Isso criou a raiva e o ressentimento para os quais figuras populistas autoritárias, como Donald Trump, apelaram. BBC News Mundo – Donald Trump, de fato, sempre criticou as elites. Mas ao mesmo tempo ele se vê como fruto da meritocracia, como um homem que se fez. É um pouco contraditório, não acha? Sandel – Donald Trump foi um empresário que ganhou muito dinheiro. Mas a raiva e o ressentimento não são contra aqueles que aspiram a riqueza e status. Desta forma, e apesar de ter muito dinheiro, Donald Trump manifestou o sentimento de ressentimento contra as elites meritocráticas, pois ao longo da sua carreira empresarial sempre se sentiu desprezado pelas elites financeiras, elites profissionais e elites intelectuais de Nova York. E há muita verdade nisso, ele nunca foi aceito ou respeitado pelas elites de Nova York ou elites meritocráticas. É por isso que sempre sentiu uma profunda insegurança, que vinha de se sentir desprezado. E, paradoxalmente, isso permitiu-lhe, apesar de rico, expressar o ressentimento que muitos trabalhadores sentiam em relação às elites meritocráticas. BBC News Mundo – E se a meritocracia não é boa, se não funciona bem, o que devemos fazer para alcançar sociedades mais igualitárias? Sandel – Acho que devemos nos concentrar menos em preparar as pessoas para uma competição meritocrática e nos concentrar mais na dignidade do trabalho. Devemos promover medidas e políticas que tornem a vida melhor e mais segura para os trabalhadores, independentemente de suas realizações e qualificação acadêmica. No livro, apresento várias maneiras pelas quais podemos mudar o discurso político nessa direção. E, nesse sentido, a eleição de Joe Biden como presidente dos EUA após derrotar Donald Trump me parece muito interessante. Biden é o primeiro candidato democrata à Presidência em 36 anos sem um diploma de uma prestigiosa universidade da Ivy League. O primeiro candidato democrata em 36 anos! Isso mostra como nas últimas quatro décadas o Partido Democrata tem sido um reflexo do domínio das elites meritocráticas. E acho que parte do sucesso de Biden é precisamente que, por não vir da elite meritocrática, ele foi capaz de se conectar de forma mais eficaz com os eleitores da classe trabalhadora. Durante a campanha eleitoral, por exemplo, Biden falou da necessidade de renovar a dignidade do trabalho. Mas não me interpretem mal: não estou dizendo que devemos abandonar o projeto de igualdade de oportunidades. Esse é um projeto muito importante, moral e politicamente. O erro é presumir que a criação de mais oportunidades iguais é uma resposta suficiente às enormes desigualdades de renda e riqueza que a globalização neoliberal trouxe. BBC News Mundo – A pandemia do coronavírus revelou a importância fundamental de muitos empregos que, no entanto, são mal pagos para a sociedade. Você acha que isso pode ajudar a mudar mentalidades? Sandel – Potencialmente, sim. Pode nos ajudar a entender que o dinheiro que muitas pessoas recebem por seu trabalho não é a verdadeira medida de sua contribuição para o bem comum, um equívoco e que devemos mudar. A experiência da pandemia oferece uma possível abertura para um debate público sobre o que realmente é uma valiosa contribuição para o bem comum, para além do veredito do mercado de trabalho. Aqueles de nós que podem se dar ao luxo de trabalhar em casa perceberam o quanto dependemos de alguns trabalhadores que muitas vezes esquecemos. Não se trata apenas de quem trabalha heroicamente em hospitais cuidando de pacientes da covid, mas também de entregadores, balconistas, funcionários de supermercados, motoristas de caminhão, prestadores de cuidados de saúde ao domicílio, babás… Nenhum desses empregos está entre os que têm salários mais altos. E ainda assim reconhecemos que são trabalhadores essenciais. Portanto, a experiência da pandemia pode ser o início de um amplo debate público sobre como reconhecer a importância do trabalho e das contribuições que essas pessoas fazem à sociedade. Depende de nós, é uma questão em aberto. Mas acredito que a experiência da pandemia evidenciou as desigualdades existentes em nossas sociedades e a importante contribuição daqueles que, no entanto, não obtêm as maiores recompensas do mercado. BBC News Mundo – Então você acha que esses trabalhadores essenciais deveriam ter melhores remunerações? Sandel – Sim. Eu acho que eles deveriam receber mais como medida de emergência durante esta pandemia. Mas também acho que eles deveriam receber um salário melhor, mesmo quando superarmos a pandemia. O reconhecimento do papel importante dos trabalhadores essenciais durante esta pandemia deve nos levar a estabelecer um salário digno para todos os trabalhadores. E também devemos conceder licença médica remunerada a todos os trabalhadores durante a pandemia, porque muitos deles estão colocando sua saúde em risco ao fazer o trabalho que fazem, enquanto o resto de nós podemos proteger nossa saúde ficando em casa. Eles devem receber um salário digno, licença médica remunerada e outras medidas para mostrar o reconhecimento da sociedade sobre a importância de sua contribuição. BBC News Mundo – Um estudo da New Economic Foundation de 2009 revela que alguns dos empregos mais bem pagos são socialmente muito destrutivos, que em nada contribuem para o bem comum… Sandel – É isso mesmo, e é disso que trato no capítulo 7 de A Tirania do Mérito. Por que, por exemplo, os executivos altamente pagos do setor financeiro de Wall Street ganham tanto dinheiro? Às vezes, presumimos que as transações financeiras especulativas são de vital importância para a economia e a sociedade. Mas estudos têm mostrado, e cito alguns desses estudos no livro, que além de um certo ponto, engenharia financeira complexa e especulação não só não contribuem para a produtividade da economia, mas são na verdade um entrave à produtividade, algo que fere economia real. E se for assim, recompensar esses executivos financeiros pagando-lhes generosamente não é consistente com a forma como se pagam as contribuições verdadeiramente valiosas para a economia e o bem comum. BBC News Mundo – E o que você propõe? Sandel – Proponho uma mudança na estrutura tributária. Sugiro que consideremos a introdução de um imposto sobre transações financeiras especulativas e atividade financeira especulativa: tributar essa atividade e usar o dinheiro arrecadado para reduzir o imposto sobre o trabalho pago por trabalhadores comuns nos EUA. A mensagem do meu livro é abrir um amplo debate público sobre o que é considerado uma contribuição verdadeiramente valiosa para a economia e o bem comum, e revisar nossa política fiscal e outras políticas do mercado de trabalho para que deem maior reconhecimento e respeito àqueles que eles fazem contribuições valiosas que atualmente são mal pagas e pouco reconhecidas. BBC News Mundo – Muitos pais, sejam eles ricos ou pobres, ensinam aos filhos que se eles se esforçarem e trabalharem, eles atingirão seus objetivos, uma mensagem muito meritocrática. É perigoso dizer isso a eles? Sandel – Sim e não, depende. Obviamente, os pais incentivarem os filhos a estudar e trabalhar muito é algo bom, que dá aos jovens a inspiração e a motivação para se esforçarem. Isso é bom, mas até certo ponto. Os pais devem ser cuidadosos e combinar essa mensagem com outra. Eles devem encorajar seus filhos a trabalharem duro, mas não apenas para que eles consigam um emprego que lhes permita ganhar muito dinheiro. Devemos também promover em nossos filhos o amor pela aprendizagem em si mesma. Não devemos fazer da educação apenas um instrumento de progresso econômico, porque isso privará nossos filhos do amor de aprender pelo prazer de aprender. E outro aspecto importante que devemos incutir neles é que se eles tiverem sucesso amanhã será em parte graças aos seus próprios esforços, mas também em parte graças aos seus professores, à sua comunidade, ao seu país, aos tempos em que vivem, às circunstâncias, as vantagens de que puderam usufruir… Ensinar nossos filhos que seu sucesso é apenas o resultado de seus próprios esforços pode fazê-los esquecer que estão em dívida com os outros, incluindo sua comunidade. Devemos criar filhos que tenham um senso de gratidão e humildade quando são bem-sucedidos. *Esta entrevista faz parte da versão digital do Hay Festival Cartagena, encontro de escritores e pensadores que aconteceu na cidade colombiana de 22 a 31 de janeiro de 2021. Vídeos: Últimas notícias de economia

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Piracicaba, Limeira e Santa Bárbara d’Oeste oferecem 244 vagas de emprego e estágio; veja cargos

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 por Administrador

Há oportunidades para diversas áreas a partir desta segunda-feira (8). Veja as vagas abertas para quem procura emprego na região Divulgação/Prefeitura de Aparecida de Goiânia As cidades de Piracicaba (SP), Limeira (SP) e Santa Bárbara d'Oeste (SP) estão com 244 vagas de emprego e estágio abertas nesta segunda-feira (8). As oportunidades são para diversos setores e escolaridades. Também há chances para pessoas com deficiência. Confira a lista de vagas abaixo. Em Piracicaba são 36 vagas. Para se candidatar é necessário enviar um e-mail para entrevistacatpiracicaba@gmail.com informando a vaga de interesse. É preciso anexar RG e CPF, além dos comprovantes dos requisitos que a vaga exige. Os detalhes podem ser conferidos no painel de vagas. Os interessados em se candidatar para qualquer uma das 18 vagas em Limeira devem enviar o currículo para o e-mail de cada oportunidade. Para mais detalhes, acesse o site da prefeitura. Em Santa Bárbara d'Oeste o atendimento para qualquer uma das 190 vagas é por telefone, WhatsApp, e-mail ou presencialmente, mediante agendamento prévio. O telefone e WhatsApp do Desenvolve S. Bárbara é o (19) 3499-1015 e o e-mail empregos@santabarbara.sp.gov.br. O candidato deve informar dados do RG, CPF e Carteira de Trabalho. Piracicaba Açougueiro (a); Ajudante de manutenção; Ajudante de obras; Ajudante de produção; Ajudante de serralheiro; Analista financeiro; Auxiliar de eletricista; Borracheiro (a) diesel; Caldeireiro (a); Carpinteiro (a); Caseiro (a); Chefe de cozinha; Consultor (a) de vendas; Educador (a) social; Estagiário (a) de química; Jardineiro (a); Mecânico (a) a diesel; Mecânico (a) de máquinas pesadas; Montadora de móveis; Motorista carreteiro; Oficial de manutenção; Operador (a) de loja pleno; Operador (a) de máquinas; Pedreiro (a); Pintor (a) de edifícios; Serralheiro (a); Soldador (a); Técnico (a) de enfermagem; Vendedor (a) de eletrodomésticos e eletroeletrônicos; Coordenador (a) contábil (PCD); Gerente de auditoria interna (PCD). Limeira Técnico (a) eletricista; Ajudante geral; Vendedor (a) de atacado; Auxiliar de limpeza; Açougueiro (a); Pedreiro (a); Servente de obras; Auxiliar de obras; Recepcionista; Técnico (a) em enfermagem; Motorista de ônibus; Operador (a) de produção; Ajudante de confecção; Auxiliar operacional; Soldador (a) de produção; Auxiliar de produção; Soldador (a); Encanador (a). Santa Bárbara d'Oeste Acabador (a) de mármore; Ajudante de instalador de vidros; Ajudante de tapeceiro; Ajudante geral; Auxiliar de açougue; Auxiliar de produção; Caldeireiro (a); Contramestre; Costureira (o); Cozinheira (o); Cozinheira (o) escolar; Cromador (a); Desenhista projetista; Esmerilhador (a); Fresador (a); Líder de produção; Meio oficial pintor (a); Motorista; Operador (a) de dobradeira; Pedreiro (a); Revisor (a); Tecelão (ã); Vendedor (a) interna; Auxiliar de carga e descarga; Contramestre; Operador (a) de roçadeira; Operador (a) de router; Almoxarife; Analista de crédito; Armador (a); Assistente administrativo (a); Auxiliar mecânico industrial; Carpinteiro (a); Líder de açougue; Mecânico (a) automotivo; Mecânico (a) de empilhadeiras; Medidor (a) técnico; Operador (a) de máquinas sopro/injetora; Operador (a) máquina turbo; Pedreiro (a); Representante comercial; Topógrafo (a); Torneiro (a) mecânico (a); Vendedor (a) interna; Ajudante de soldador: curso de solda; Auxiliar de manutenção: curso de refrigeração, elétrica e/ou hidráulica; Corretor (a) de imóveis: curso na área com CRECI; Eletricista: curso de NR10 e elétrica; Mecânico (a) de máquinas pesadas: curso de mecânica; Oficial de manutenção: curso de NR10, elétrica, eletrônica; Operador (a) e programador de torno centro usinagem CNC: curso na área; Programador (a) de torno CNC: curso na área; Recepcionista: curso de informática; Soldador (a): curso de solda; Técnico (a) aplicação de campo: curso de técnico em mecânica ou eletrônica; Técnico (a) em cabeamento: curso de elétrica, NR10 e NR35; Técnico (a) em infraestrutura elétrica: curso de elétrica, NR10 e NR35; Técnico (a) segurança do trabalho: curso técnico em segurança do trabalho; Torneiro (a) mecânico (a): curso na área; Tosador (a): curso de banho e tosa; Analista de custos; Auxiliar fiscal; Estagiário (a) de educação física; Estagiário (a) em programação de Delphi; Farmacêutico (a); Supervisor (a) de call center; Operador (a) de caixa. Veja mais notícias da região no G1 Piracicaba

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