Em menos de quatro anos, Fundação de Turismo já apoiou quase 80 projetos para fomento do setor no MS
Desde 2017, a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul democratiza o acesso aos recursos do Fundo para o Desenvolvimento do Turismo do Estado. Através de chamamento público, a instituição adota a política de descentralização de recursos financeiros para apoio a projetos de fomento e eventos geradores de fluxo turístico no estado. Ao todo, […]
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Faturamento do turismo tem 5º mês de recuperação, mas segue abaixo do nível pré-pandemia
Resultado de setembro ainda representa uma queda de 34,7% em relação ao mesmo mês de 2019, O faturamento do setor de turismo no Brasil voltou a crescer em setembro, para R$ 12,8 bilhões, registrando o quinto mês seguido de recuperação, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Foi o melhor mês desde o início da pandemia – mas segue abaixo do patamar registrado antes dos tombos registrados entre março e abril, quando o faturamento atingiu o pior mês da história, de R$ 4,078 bilhões. Em fevereiro, havia ficado em R$ 17,806 bilhões. Faturamento do turismo – setembro de 2020 Economia G1 O dado de setembro também representa uma queda de 34,7% em relação ao mesmo mês de 2019, quando o faturamento foi de R$ 19,916 bilhões. “A partir de maio, o faturamento do setor passou por um processo de recuperação mês a mês, devido a inúmeros fatores, como o maior número de pessoas nas ruas, o aumento da confiança dos consumidores, além das estratégias digitais adotadas pelas empresas", afirmou em nota o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Setor de turismo é afetado pela alta do dólar O economista da CNC, Antonio Everton, ressalta, no entanto, que a intensa queda em março e abril fizeram com que as taxas de evolução do faturamento do Turismo indicassem uma forte recuperação desde maio. “Como o nível de comparação acabou ficando muito baixo, estas elasticidades mensais na casa de dois dígitos podem confundir a interpretação dos fatos econômicos”, explica. Assista as últimas notícias de economia
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Carrancas, em MG, já foi cenário para diversas novelas e é destino para fã de cachoeira
Descubra o Brasil: série mostra destinos que merecem ser mais conhecidos, mas que ainda estão no radar apenas de viajantes que já buscam roteiros diferentes. Descubra o Brasil: Carrancas, a Terra das Cachoeiras
O município mineiro de Carrancas é pequeno, tem apenas 4.000 habitantes, mas costuma citar um número que chama atenção: 110 atrações relacionadas à natureza entre cachoeiras, poços, quedas d'água, piscinas naturais e trilhas. A localidade pode atrair perfis diferentes de viajante: há o que interessar o fã de esportes radicais tanto como a pessoa que procura dias de sossego.
O Descubra o Brasil vai apresentar nos próximos três meses destinos que já estão no radar dos viajantes que buscam roteiros diferentes, mas que merecem ser mais conhecidos.
Aurora do Tocantins tem o 3º menor rio do mundo e 200 cavernas como atração para quem curte desafio físico
O cenário de vegetação e montanhas já serviu de pano de fundo para novelas "Império" (2014), "Orgulho e paixão" (2018) e "Espelho da vida" (2018).
'Nevou em Urubici': cidade que aparece no noticiário pelas baixas temperaturas oferece cânions e turismo rural
Localizada a 286 km de Belo Horizonte, no sul de Minas Gerais, Carrancas tem 80 cachoeiras, poços e quedas d’água catalogados, que são acessíveis por trilhas e com diferentes graus de dificuldade.
Ao todo, são 8 complexos de cachoeiras, lagos, poços e cânions. As principais são Fumaça, Zilda e Vargem Grande-Esmeralda. Grão Mogol, Tira Prosa, Ponte, Toca e Onças também valem a visita.
Um passeio que combine os complexos da Fumaça e da Vargem Grande pode ser feito em 8 horas.
VÍDEOS: Agora é assim? O que mudará no turismo após a pandemia
“O nosso turismo é bastante sazonal, mas ocorre mais nos meses de verão. O que sabemos é que nos feriados mais importantes, como Ano Novo e carnaval, a população da cidade chega a dobrar”, afirmou Marcos Alexandre de Jesus Ramos, diretor administrativo de Cultura e Turismo da cidade.
A Cachoeira da Fumaça, apesar de ser imprópria para banho, é um dos principais cartões postais da cidade e está localizada a 6km do centro. Possui uma queda d’água de cerca de 40 metros de altura que, ao cair, forma uma nuvem de fumaça.
De acordo com o operador de turismo Luís Carlos Capoleto, essa cachoeira teve um importante papel no crescimento do município, tendo sido responsável pela geração de energia elétrica para Carrancas. Seguindo seu percurso, há mais de dez quedas, além de diversas piscinas naturais. “O único resquício hoje é a base do gerador de energia”, disse.
A Cachoeira Véu das Noivas fica dentro do complexo da Fumaça, a cerca de 4 km da cidade. Para chegar até ela, é preciso percorrer uma hidrotrilha (caminhada molhando os pés) até chegar a sua base, com poços pequenos e água cristalina.
Na parte de cima, existem algumas piscinas naturais e é possível fotografar as serras de Carrancas e um muro de pedras construído pelos antigos escravos da região. “O visual é incrível e o percurso todo é de cerca de 7 km”, contou Capoleto.
O nome da localidade surgiu por causa das suas formações rochosas que, avistadas de longe ou do alto, tinham o formato de caras feias – as famosas carrancas.
A cidade foi fundada no caminho velho da Estrada Real em meio ao ciclo do ouro por bandeirantes e suas famílias, que viajavam em busca do ouro e fixaram moradia criando o vilarejo.
“Os sertanistas usavam as serras das carrancas como referência nos seus mapas”, afirma Ramos, da prefeitura.
Veja a seguir outros destaques de Carrancas:
O Complexo Esmeralda é um espaço privado que está localizado a cerca de 8 km do centro de Carrancas. Os poços lá são formados por corredeiras e pequenas quedas que formam as piscinas naturais. O trajeto inclui o Poço da Esmeralda que tem nome porque é formado por águas verdes e cristalinas. “A queda d’água não é grande, então é possível nadar tranquilamente no poço. O melhor horário para visitar é entre 11h30 e 12h, quando a incidência dos raios solares nas águas promove essa cor esverdeada”, contou o guia Capoleto
O Complexo da Zilda, a 12 km do centro, possui um escorregador natural tem cerca de 10 metros e é uma pedra extremamente lisa que deságua num poço cristalino.
Pinturas rupestres, encontradas nas rochas do Complexo da Zilda, datam de 3.500 anos e foram classificadas pelos arqueólogos como pertencentes à chamada “Tradição São Francisco”.
Mais próximo, a 3 km da cidade, o Complexo da Toca tem piscinas naturais, duas cachoeiras e um outro escorregador natural. Possui cerca de 15 metros e foi cenário da novela “Alma Gêmea”. O complexo possui também a gruta da Toca, com mais de 300 metros e que pode ser percorrida toda a pé, mas em parte do trecho só é possível atravessar agachado e é inevitável se molhar.
Carnaval diferente
Ele diz que há mais de 70 anos a igreja local realiza um retiro espiritual na cidade durante o carnaval, com uma série de palestras e meditação para preparação para a quaresma.
Por causa disso, há cerca de 40 anos, o carnaval na cidade acontece duas semanas antes da data oficial.
De acordo com Ramos, o turismo começou a surgir na década de 1990. “O retiro espiritual é muito tradicional na cidade e exige silêncio e respeito. A nossa festa começou a ser antecipada e atraiu turistas que queriam curtir a natureza de dia e o carnaval à noite”.
Serviço
A cidade possui 54 opções de hospedagem entre hotéis, pousadas, hostels e campings e cerca de 15 a 20 restaurantes.
Por ser uma cidade pequena, Carrancas possui apenas uma agência bancária do Banco do Brasil e uma do Sicoob (sistema de cooperativas de crédito), e uma casa lotérica, onde é possível fazer saques da Caixa Econômica Federal.
Não existem terminais de autoatendimento e banco 24 horas. Segundo a prefeitura, apenas cerca de 60% dos comerciantes trabalham com cartões, por isso é recomendado que o visitante se programe com dinheiro em espécie.
O sinal de celular funciona apenas nas operadoras Vivo, Tim e Oi, mas mesmo assim pode oscilar na região, especialmente nas áreas mais afastadas. A operadora Claro não tem sinal de celular na cidade.
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Milhares de macacos aterrorizam cidade turística na Índia
Capital do estado de Himachal Pradesh, Shimla é uma cidade turística de 160 mil habitantes. Além de turistas, principalmente no verão, local atrai macacos que se alimentam de restos de comida. Quase 50 grupos de macacos famintos voltaram a atacar, roubando sacos de comida e mordendo os transeuntes. Money SHARMA / AFP Milhares de macacos mantêm Shimla, a antiga capital de verão da era colonial britânica, no norte da Índia, sob forte ataque, com avanços contra moradores e visitantes — por vezes ferindo-os gravemente. Durante o rígido confinamento nacional que durou de março a junho por causa da pandemia do novo coronavírus, muitos macacos deixaram o local no sopé do Himalaia — e que abriga refinados edifícios vitorianos — para buscar comida nas áreas rurais circundantes. Mas depois que as restrições diminuíram, eles retornaram. Quase 50 grupos de macacos famintos voltaram a atacar turistas e moradores, roubando sacos de comida e mordendo os transeuntes. Índia supera 8 milhões de casos de coronavírus Wuhan: de epicentro da pandemia a um dos principais polos turísticos da China Shimla, uma cidade de 160 mil habitantes e capital do estado de Himachal Pradesh, atrai turistas, principalmente no verão. Mas as visitas no período mais quente do ano também incluem macacos que se deliciam com os resíduos deixados por hambúrgueres ou pizzas. Os animais retornaram ao local depois que as restrições de confinamento diminuiram. Money SHARMA / AFP Hematomas na cabeça e no rosto Nand Lal, 46 anos, tem ferimentos pelo corpo causados por macacos no meio da rua. "Eu estava passando por um grupo de macacos quando o macho dominante me atacou de repente e três outros se juntaram a ele". "Felizmente, peguei um pedaço de pau e consegui afastá-los. Tenho hematomas na cabeça e no rosto. Fiquei sangrando por uma mordida nas costas", contou Lal, lembrando que teve que tomar várias injeções de vacina contra raiva. "As pessoas estão com muito medo e não sabem o que fazer", disse Kuldeep Chand Sood, um ex-juiz aposentado da Suprema Corte, mostrando o buraco que uma mordida de macaco deixou em sua perna quando se sentou em seu terraço. "Eu estava lendo quando um grande macaco de repente me atacou", afirmou à agência de notícias AFP. No bairro em que Sood vive, Sanjauli, muitas casas têm proteção de grades em seus terraços e janelas. Quando conseguem entrar, os macacos não hesitam em esvaziar as geladeiras. 'Eles mordem' As latas de lixo que transbordam em frente a hotéis e restaurantes também os atraem, explicou Rajesh Sharma, um funcionário ambiental em Shimla. Com a melhoria do sistema de coleta de lixo, "os macacos têm mais problemas. Mas seus hábitos continuam os mesmos. Arrancam tudo que veem de suas mãos". E se eles não encontram nada, "eles mordem", acrescentou Sharma. Mesmo os visitantes que vêm admirar o Templo Jakhu, dotado de uma das maiores estátuas do deus macaco Hanuman do país, têm seus óculos ou qualquer coisa que brilha roubados. Além de atacar humanos, eles causam prejuízo em lavouras: o estado calcula que mais de 130.000 macacos comem ou destroem frutas e plantações nos campos, causando perdas de milhões de dólares a cada ano. De reverenciados a nocivos Reverenciados neste país predominantemente hindu, os macacos são agora considerados animais nocivos pelo governo, suscetíveis de eliminação. Mas nenhuma campanha oficial de extermínio foi iniciada, embora os camponeses tenham envenenado ilegalmente centenas de animais. Em Shimla, como em outras cidades do estado, as autoridades iniciaram uma campanha para esterilizar macacos. Foram 157.000 esterilizações em cinco anos. "A esterilização é a única maneira de controlar essa população", explicou Pooja Kanwar, especialista do centro de esterilização de macacos de Shimla. Vídeos: veja notícias sobre viagem e turismo
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Aéreas precisam reduzir custos em 30% para evitar prejuízo em 2020, diz Iata
Receita global das companhias deve cair 51% neste ano. As empresas aéreas precisam reduzir seus custos unitários em cerca de 30% para atingir o ponto de equilíbrio financeiro neste ano, estimou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que reúne 290 empresas aéreas no mundo.
A receita global das empresas aéreas deve cair 51% neste ano em comparação a 2019, por causa dos efeitos da pandemia de covid-19. A receita menor exige das empresas mais esforços para cortar custos. No terceiro trimestre, os custos unitários das empresas aumentaram 40% em comparação com o mesmo intervalo do ano passado.
De acordo com a Iata, mesmo reduzindo pela metade os gastos com folha de pagamento isso não seria suficiente para as empresas apresentarem lucro.
“Não temos certeza hoje se as empresas vão conseguir fazer esses ajustes”, afirmou Brian Pearce, economista-chefe da Iata, em apresentação a jornalistas.
Ano de 2020 será o pior da história das companhias aéreas, diz associação
Pearce acrescentou que o cenário de recuperação para o setor aéreo mostra-se mais demorado do que o previsto inicialmente. “O turismo de negócios não deve voltar ao normal pelo menos nos próximos dois anos”, observou o economia. O turismo de negócios é o mais rentável e o principal gerador de receita para o setor aéreo. No Brasil, ele responde por cerca de 60% da receita do setor.
Para 2021, o executivo vê um cenário difícil para o setor, com aumento nos gastos com combustível de aviação causado pela alta nos preços futuros do petróleo. Neste ano, o preço do combustível de aviação caiu 42% em relação ao ano passado, mas a tendência futura é de alta, observou Pearce.
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Wuhan: de epicentro da pandemia a um dos principais polos turísticos da China
Wuhan recebeu quase 19 milhões de turistas de 1 a 7 de outubro, mais do que qualquer outra cidade chinesa A Torre do Grou Amarelo é um dos pontos turísticos mais visitados de Wuhan Getty Images Naquela que foi uma das cidades mais afetadas por um vírus sobre o qual — naquela época — pouco se falava e do qual nada se sabia, a vida voltou ao normal. E não só isso. Para a surpresa de muitos, Wuhan — onde o coronavírus Sars-CoV-2 foi detectado pela primeira vez, há quase um ano — agora se tornou um dos principais pontos turísticos da China. Somente durante a Semana Dourada, período festivo do gigante asiático que vai de 1 a 7 de outubro, a Província de Hubei atraiu mais de 52 milhões de turistas que geraram receitas de aproximadamente US$ 5,2 bilhões, o equivalente a R$ 29 bilhões. Turismo mundial sofre queda de 70% em 2020 devido à pandemia de Covid-19 E Wuhan, a capital regional, recebeu quase 19 milhões de visitantes, segundo dados do Departamento de Cultura e Turismo da Província. Ao mesmo tempo, grande parte do mundo é atingido por uma segunda onda de covid-19, que em alguns países até afetou mais pessoas do que a primeira. Na França, o governo impôs toque de recolher em oito cidades, incluindo a capital, Paris. No Reino Unido, há uma situação semelhante: Londres e outras regiões da Inglaterra entraram em uma espécie de retorno ao confinamento, que as impede de encontrar pessoas de outras que moram em outras casas em locais fechados. No continente americano, a situação não é melhor. Pela primeira vez desde o final de julho, os Estados Unidos (que já acumulam pelo menos 225 mil mortes por coronavírus) ultrapassaram 83 mil casos em um único dia na sexta-feira (23/10), enquanto a América Latina e Caribe superaram 10 milhões de casos positivos, com Brasil, Argentina, Colômbia, Peru e México encabeçando a lista por número de casos. No entanto, do outro lado do mundo, "a cidade heróica", como a apelidou o presidente chinês Xi Jinping, o vírus parece uma lembrança desagradável e especialmente distante, se acreditarmos nos números oficiais. O governo chinês garante que em Wuhan não há um único caso de coronavírus. No entanto, várias organizações e especialistas acreditam que essa afirmação deve ser vista com cautela. O 'renascimento' de Wuhan No marco das comemorações do Dia Nacional da República Popular da China, o governo de Xi Jinping organizou um ato em uma estação de trem em Wuhan e, em um vídeo do evento publicado nas redes sociais, milhares de pessoas são vistas reunidas cantando e agitando a bandeira chinesa. "Wuhan renasce depois da covid-19 com mais força e vitalidade", disse Hua Chunying, diretora adjunta do Departamento de Informação do Ministério das Relações Exteriores, ao postar um vídeo promocional no Twitter. Para Vivian Hu, editora do serviço chinês da BBC, o governo de Xi Jinping, com a ajuda da mídia estatal, está tentando passar a imagem de que está tudo bem em Wuhan, que as pessoas estão se divertindo e que prosperidade, e normalidade estão de volta. "E até certo ponto, é verdade: as pessoas estão viajando por toda a China e principalmente para Wuhan. Sim, a cidade parece ter voltado ao normal, mas para muitas pessoas e muitos empresários as coisas não são como antes e ainda há muita preocupação", diz a jornalista, em Hong Kong. "Mas a mensagem que recebemos da propaganda chinesa é que o governo conseguiu controlar a pandemia com sucesso", acrescenta. O governo de Hubei anunciou em agosto que cerca de 400 pontos turísticos da província seriam abertos a visitantes de todo o país gratuitamente, sendo a Torre do Grou Amarelo um deles Getty Images Até 27 de outubro, a China contabilizava 91.185 casos de covid-19 e menos de 5 mil mortes, enquanto os Estados Unidos, com uma população 4 vezes menor, registrou mais de 8,7 milhões de casos e pelo menos 225 mil mortes. "Há novos casos na China, mas aparentemente não em Wuhan. Se há novos casos, o governo deixa claro que está fazendo todo o possível para conter o novo surto de maneira eficiente e rápida", explica Hu. As políticas que impulsionaram o setor A ressurreição de Wuhan como destino turístico preferido dos chineses não se deve ao acaso. Na verdade, deve-se em parte as políticas do governo. Em agosto, o governo de Hubei anunciou que cerca de 400 pontos turísticos da Província estariam abertos a visitantes de todo o país gratuitamente a partir do dia 8 daquele mês até o final do ano. E embora o número de visitantes a esses lugares estejam limitados a 50% de sua capacidade máxima e os visitantes devam ser submetidos a controles de temperatura, a resposta foi inesperada. Muitos dos turistas que escolheram Wuhan durante a Semana Dourada visitaram a histórica Torre do Grou Amarelo, localizada no centro da cidade. A estrutura atual, construída em 1981, foi um dos locais de entrada gratuita, patrocinados pelo governo chinês. De acordo com a agência de notícias Xinhua, pelo menos mil agências de viagens e mais de 350 hotéis aderiram à campanha do governo, oferecendo descontos aos visitantes. Para alguns analistas, o ressurgimento de Wuhan como destino turístico demonstra a confiança dos chineses no manejo da pandemia pelas autoridades locais e representa uma oportunidade de ouro para impulsionar a degradada indústria. "As pessoas sabem que Wuhan está melhor, ninguém visitaria a cidade se houvesse coronavírus. Os chineses estão dispostos a viajar para Wuhan, que costumava ser o epicentro de Covid-19 e isso, do ponto de vista do governo, é uma vitória." Enquanto o setor está se recuperando depois de uma paralisação completa no início do surto de Covid-19, a receita do turismo no gigante asiático ainda deve cair 52% em 2020 em comparação com 2019, e o número de viagens diminuirá 43%, segundo a instituição de pesquisa China Tourism Academy (CTA). Para Ni, as coisas estão "gradualmente" voltando ao normal, mas ainda restam dúvidas se a situação vai durar. "Com a aproximação do inverno, há dúvidas se teremos ou não uma segunda onda. Acho que esse desconhecido está presente na mente de todos os chineses, mas por enquanto as pessoas estão gostando do relaxamento das restrições e da volta 'normalidade' ", diz ele. Espada de dois gumes O especialista chinês destaca que a sensação de normalidade se repete em todo o país e que cada vez menos pessoas com máscaras são vistas nas ruas do país asiático. Para os mais de 20 milhões de habitantes de Pequim, capital do país, não é mais obrigatório o uso de máscaras, por exemplo. Uma 'vitória' do governo E também simboliza uma vitória do governo chinês. Vincent Ni, um especialista em China do serviço mundial da BBC, aponta que de fato o governo chinês pode estar usando Wuhan para fins de propaganda, mas a campanha é "baseada em fatos", que "mostram que a situação tem melhorado". "Isso, por um lado, mostra que a situação melhorou significativamente, mas, por outro lado, pode ser uma espada de dois gumes, porque o vírus não desapareceu, não temos uma vacina eficaz no momento e, se as pessoas baixarem a guarda, uma segunda onda pode ser catastrófica." Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional, a China será a única grande economia mundial a registrar crescimento neste ano, com expansão de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Embora a indústria do turismo pareça estar vendo luz no fim do túnel, outros setores da economia e, principalmente, a renda das populações mais vulneráveis sofreram um forte golpe nos últimos meses. "O governo central está tentando colocar a economia de volta nos trilhos, mas os jovens nas grandes cidades não conseguem empregos e nem têm mais dinheiro para pagar o aluguel, então há uma nova tendência de que muitos estão abandonando as cidades", explica Vivian Hu. "Muitas pessoas podem estar viajando por toda a China, mas é inegável que a sombra do coronavírus ainda existe. As pessoas sabem disso, mas tentam fazer o dia a dia voltar ao normal. É uma boa intenção, mas leva tempo e é verdade que é difícil obter um relato objetivo do que realmente está acontecendo." Vídeos: Viagem e turismo
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Turismo mundial sofre queda de 70% em 2020 devido à pandemia de Covid-19
A queda representa 700 milhões a menos de chegadas de turistas em todo o mundo, segundo agência da ONU para o turismo. Escadaria Selarón, ponto turístico no Rio de Janeiro Reprodução/ TV Globo A Organização Mundial do Turismo (OMT) anunciou nesta terça-feira (27) que, devido à pandemia de Covid-19, as viagens internacionais registraram uma queda de 70% nos oito primeiros meses de 2020 em relação ao mesmo período no ano passado. Os meses do verão no Hemisfério Norte – de junho a setembro – foram os piores para o setor. Segundo dados da OMT, o mês de julho teve -81% de viagens em relação ao ano passado, e agosto -79%. A queda representa 700 milhões a menos de chegadas de turistas em todo o mundo, uma perda de US$ 730 bilhões ao setor. Em comunicado, a OMT, agência da ONU sediada em Madri, afirma que o prejuízo é "oito vezes maior do que o registrado após a crise financeira de 2009". A região da Ásia/Pacífico, que foi a primeira a ser atingida pela pandemia é também onde o setor do turismo é mais castigado (-79%), seguida pela África e pelo Oriente Médio (-69%), a Europa (-68%) e o continente americano (-65%). A queda das chegadas de turistas na Europa durante o verão no Hemisfério Norte foi menos forte que em outros continentes (-72% em julho e -69% em agosto). No entanto, segundo a OMT, a recuperação foi curta já que novas restrições de viagens voltaram a ser determinadas segundo à segunda onda da Covid-19 no Velho Continente. 2021 não será melhor A situação não tende a melhorar nos próximos meses. A OMT não prevê uma recuperação do setor antes do fim de 2021. Especialistas ouvidos pela agência acreditam que o turismo mundial não vá se reerguer antes de 2022. A OMT responsabiliza os governos e a lentidão para colocar em prática planos para evitar a propagação da doença. Segundo a agência, houve falta de coordenação entre os países ao adotarem protocolos comuns, bem como a deterioração da situação econômica. Em 2019, o turismo mundial registrou um crescimento de 4% nas chegadas de turistas. A França ocupava o primeiro lugar entre as destinações preferidas, diante da Espanha e dos Estados Unidos. (Com informações da AFP) Veja mais vídeos de Turismo
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Labirinto em milharal se torna atração turística nos EUA; veja vídeo
Visitantes podem usar um mapa para conseguir escapar da plantação. Labirinto feito em milharal se torna atração turística em cidade americana Um labirinto formado em um milharal se tornou atração turística no pequeno vilarejo de Malta, no interior de Illinois, Estados Unidos. Veja o VÍDEO acima. Os administradores da fazenda Jonamac Orchard cortam a plantação para fazer um labirinto anualmente há 21 anos. Desta vez, eles fizeram um mapa para ajudar os visitantes a se divertirem enquanto tentam achar a saída do milharal. Labirinto em milharal em Illinois, EUA Reprodução/NBC A atração se tornou uma forma de se divertir nesta pandemia de novo coronavírus: é um espaço aberto onde o visitante e sua família conseguem tomar distanciamento dos demais participantes da brincadeira. Em entrevista à emissora NBC, a visitante Katie Newberg contou a experiência: "Estamos tentando encontrar quantas atividades forem possíveis para sentir que estamos em um outono normal". Além do milharal, a fazenda oferece outros passeios, como uma caminhada na plantação de abóboras ou uma colheita de maçãs. Há também um pequeno zoológico de animais do campo. OLHA QUE LEGAL: Outros vídeos de notícias boas do G1
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A quais países os brasileiros podem viajar?
Em meio às restrições em vigor devido à pandemia de Covid-19, renovadas com o temor de uma segunda onda da doença, nunca foi tão difícil para o brasileiro viajar para fora do país. Turismo internacional foi duramente afetado por pandemia de Covid-19 Getty Images via BBC Em meio às restrições em vigor devido à pandemia de Covid-19, renovadas com o temor de uma segunda onda da doença, nunca foi tão difícil para o brasileiro viajar para fora do país. Para piorar, o real foi a moeda que mais se desvalorizou em 2020, frustrando ainda mais os planos dos turistas que planejavam deixar o Brasil de férias. De fato, a maior parte dos principais destinos internacionais ainda não permite a entrada de estrangeiros. A má notícia é que não há previsão de quando isso vai mudar. Em contrapartida, a mudança mais recente é o anúncio de que a Argentina reabrirá em breve suas fronteiras aérea e marítima para países vizinhos. A BBC News Brasil lista abaixo as regrais atuais dos principais destinos de turistas brasileiros no exterior e a quais países a viagem está liberada. Confira. Estados Unidos Viajantes são vistos no principal terminal do Aeroporto Internacional de Denver, nos EUA, em 22 de julho de 2020 David Zalubowski/AP/Arquivo Nos Estados Unidos, que têm o maior número de casos e mortos por Covid-19, restrições a turistas internacionais permanecem em vigor. Há cerca de um mês, o governo de Donald Trump anunciou a suspensão da restrição dos voos saídos de alguns países, incluindo do Brasil. Mas, na prática, estrangeiros que estiveram no Brasil por 14 dias antes de entrar nos EUA continuam proibidos de entrar em território americano, exceto se forem cidadãos do país, residentes permanentes legais (portadores de green card), familiares imediatos de cidadãos norte-americanos e categorias específicas. Estudantes não estão entre os que foram dispensados das regras. A regra, portanto, não impede que brasileiros entrem nos EUA. Por isso, houve relatos de alguns tentando entrar via México. "O comunicado do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) e a publicação do DHS (Departamento de Segurança Nacional dos EUA) não alteram quem é permitido entrar nos Estados Unidos sob proclamação presidencial", diz a embaixada dos Estados Unidos no Brasil em nota divulgada em setembro. Ao mesmo tempo, "as novas medidas implementadas no dia 14 de setembro de 2020 incluirão a interrupção de triagem de saúde aos que chegam de certos países, incluindo o Brasil. O CDC continua recomendando que os viajantes internacionais entrem em quarentena por 14 dias quando viajam de áreas de alto risco", acrescenta a nota. União Europeia Aeroporto de Lisboa, em Portugal, durante pandemia do novo coronavírus Rafael Marchante/Arquivo/Reuters O Brasil não faz parte da lista de países cujos cidadãos podem viajar à União Europeia. A regra vale para todos os 27 países-membros do bloco econômico, incluindo, portanto, os principais destinos turísticos de brasileiros na Europa, como Portugal, Espanha, França e Itália. Mas há exceções: brasileiros que tenham dupla nacionalidade europeia ou que sejam residentes legais nesses países podem viajar à Europa. Passageiros em trânsito e aqueles que estão viajando com finalidade de estudar também têm a entrada liberada. O mesmo se aplica a "profissionais de saúde e de atendimento a idosos e pesquisadores de saúde". Também estão isentos de veto "passageiros que viajem por motivos familiares imperativos" e "trabalhadores altamente qualificados de países terceiros, se o seu trabalho for necessário do ponto de vista econômico e não puder ser adiado nem executado no estrangeiro". A lista completa, sujeita a atualizações, pode ser encontrada no site da Comissão Europeia. Reino Unido Passageiros chegam ao aeroporto de Heathrow, em Londres Toby Melville/ Reuters O Reino Unido, que deixou a União Europeia e termina o processo de transição em janeiro do ano que vem, concretizando o chamado "Brexit", permite a entrada de turistas brasileiros. Mas antes de chegar ao país, todo viajante, mesmo que em trânsito, deverá preencher individualmente um formulário online. Os menores de 18 anos poderão ser incluídos no formulário do maior responsável, desde que cheguem e partam do Reino Unido juntos e que fiquem hospedados no mesmo endereço no país. O formulário deve ser preenchido com antecedência máxima de 48 horas da chegada ao Reino Unido. A quarentena de 14 dias para quem vem do Brasil é obrigatória. Apesar disso, segundo o Consulado brasileiro em Londres, "algumas companhias aéreas não estão autorizando turistas brasileiros a embarcarem com destino ao Reino Unido. Sugerimos contatar a companhia aérea antes de adquirir o bilhete desejado". Argentina As fronteiras da Argentina estão fechadas para estrangeiros e não-residentes. Segundo informou neste sábado (24) o ministro de Turismo do país, Matiías Lammens, as fronteiras serão reabertas para países vizinhos, incluindo Brasil, a partir de novembro. A entrada só será autorizada por enquanto, segundo ele, por via aérea (pelo aeroporto de Ezeiza) e marítima (pelo porto de Buenos Aires), e não pelas fronteiras terrestres. Não será exigida quarentena. Acredita-se que um exame de coronavírus será realizado na chegada dos visitantes, ou será solicitado que tragam um exame negativo. Chile As fronteiras do Chile estarão fechadas para estrangeiros e não-residentes só até esta segunda-feira (26). Por enquanto, chilenos e estrangeiros com residência no Chile que entrem no país têm que cumprir quarentena obrigatória de 14 dias. Japão Brasileiros e demais estrangeiros não podem entrar no Japão. Austrália As fronteiras da Austrália estão fechadas. Os únicos que podem entrar no país são australianos, residentes, familiares imediatos e viajantes que estiveram na Nova Zelândia nos 14 dias anteriores. A quais países os brasileiros podem viajar? Aviões da Latam parados no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em foto do dia 7 de agosto de 2020. Antonio Molina/Estadão Conteúdo Alguns países do mundo permitem a entrada de turistas brasileiros, sem restrições. Entre eles, estão por exemplo, México, Turquia e Sérvia. No caso do México, turistas estrangeiros devem preencher o formulário "Questionário de Identificação de Fatores de Risco em Viajantes", disponível no site do governo mexicano. Já no caso da Turquia, a entrada é permitida, mas autoridades continuam a realizar triagem médica nos aeroportos do país. Caso apresentem sintomas, os viajantes serão submetidos a testes. E se testarem positivo, receberão tratamento médico. A Sérvia permite que turistas viajem ao país sem teste obrigatório ou isolamento, com exceção dos que chegam da Croácia, Bulgária, Macedônia do Norte e Romênia. Outros países aceitam receber turistas brasileiros, desde que cumpridas certas condições, como apresentação do teste negativo para Covid-19. É o caso do Equador e da Colômbia, na América do Sul. Ou da Bósnia e Herzegovina e da Ucrânia, na Europa. Na Ásia, a Coreia do Sul permite a entrada de estrangeiros, independentemente da nacionalidade, mas é obrigatório submeter-se a um teste para Covid-19 e fazer quarentena de 14 dias. Porém, todas as isenções de vistos para países isentos desse documento, como é o caso do Brasil, foram suspensas. Na África, o Egito reabriu suas fronteiras, mas exige que estrangeiros que não morem no país apresentem teste PCR negativo para Covid-19 realizado com, no máximo, 72 horas de antecedência. Além disso, o seguro saúde é obrigatório. O turismo está limitado a resorts em três províncias litorâneas. VÍDEOS mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias Initial plugin text
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Visitas à Torre Eiffel despencam 80% com pandemia
Queda de visitantes foi impactada principalmente pela ausência de turistas estrangeiros, afirma empresa responsável pela administração do local. Casal com máscaras caminha em frente à Torre Eiffel, em Paris, na França. Philippe Lopez/AFP O número de visitantes da Torre Eiffel em Paris, atingida pela crise de saúde, "caiu 80% em relação a 2019 (…), e o volume de negócios, 70%", disse nesta sexta-feira (23) à AFP Isabelle Esnous, diretora de comunicação da empresa que administra o monumento. O balanço da perda de visitantes da Torre Eiffel, devido à pandemia da Covid-19, é muito significativo: "2.500 visitantes por dia para um monumento com capacidade para 25.000", afirmou o presidente da Sociedade de Exploração da Torre Eiffel (SETE), Jean-François Martins, à rede RTL. 'Nevou em Urubici': cidade que aparece no noticiário pelas baixas temperaturas oferece cânions e turismo rural "Desde a volta das férias, estamos entre 10% e 20% da nossa frequência usual", acrescentou. Mesmo que o início do intervalo do outono, também conhecido como Todos os Santos, tenha produzido um pequeno aumento, "mantém-se muito abaixo das médias anteriores", disse ele. As medidas restritivas que acompanham a crise de saúde na França causaram esse declínio. Além do distanciamento físico que obriga os elevadores da Torre a funcionarem com metade de sua capacidade, agora há um toque de recolher que evita seu habitual fechamento à meia-noite nos finais de semana. É, no entanto, especialmente a ausência de turistas que prejudica os números, porque o monumento recebe, em condições normais, "de 80% a 85% dos estrangeiros", disse Isabelle Esnous. A clientela atual é "local": "parisienses, da região parisiense [em torno de Paris] e franceses", afirma Martins, que já foi responsável pelo setor de turismo na prefeitura e Paris. A empresa operadora do monumento decidiu, então, mudar sua estratégia. "Estamos nos concentrando na população local (…) em busca de mais passeios em família", explica sua diretora de comunicação. No primeiro andar da Torre, foi planejado um passeio para que as crianças conheçam a história do monumento e, em breve, será lançado "um grande jogo de caça às pistas", completou. É "o melhor momento para se redescobrir a Torre", garantiu o presidente da SETE. Com a queda no atendimento, não é mais necessário fazer fila para ter acesso e "a visita é mais confortável", confirma Isabelle Esnous. A SETE também aproveita o período para realizar trabalhos de pintura e manutenção dos elevadores "para melhorar a qualidade da visita, para quando mais visitantes chegarem", contou Jean-François Martins. "Estamos ansiosos para que chegue 2024, os Jogos Olímpicos e o lugar central que a Torre ocupará para o evento", completou. Vídeos: Turismo e viagem
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