Como estética dos ‘desafios’ no TikTok está mudando a forma de fazer música no Brasil
Batidas combinam com movimentos dos vídeos e coreografias passaram a ter mais passos com os braços. Após virais nacionais e estrangeiros, entenda como nasce um hit na plataforma. Fãs fazem vídeos com desafios de dança e maquiagem ao som da música viral 'Na raba toma tapão' Reprodução / Tik Tok Uma nova máquina de hits ganhou força no Brasil durante a quarentena causada pelo coronavírus. O TikTok, que viu seu público e conteúdo se diversificarem durante o isolamento, revelou novos artistas e se tornou elemento fundamental nas estratégias de lançamentos do pop. “Com certeza essa onda acabou mexendo na forma de fazer música aqui no Brasil”, diz ao G1 o MC Zaac. Ele acaba de lançar “Desce pro play”, com Anitta, o rapper americano Tyga e todos os elementos da receita para viralizar na plataforma. Como nasce um hit no TikTok Amanda Paes/G1 Mas será que 15 segundos de um vídeo divertido podem gerar mais que 15 minutos de fama? De ‘Old town’ ao ‘Tapão’ O TikTok funciona como uma plataforma para criar e compartilhar vídeos curtos. É possível adicionar qualquer fundo sonoro à gravação, e muitos usuários usam esse recurso para dublar músicas ou fazer coreografias. Antes da pandemia, o serviço já se fortalecia como pilar importante do pop desde que se fundiu ao aplicativo Musical.ly, em 2018 Um ponto de virada aconteceu no início do ano passado, com o sucesso de “Old town road”, rap caseiro do americano Lil Nas X. Lil Nas X: do anonimato a artista mais tocado do mundo em poucos meses O clipe da música, inspirado no game "Red Dead Redemption II", virou desafio no app, com jovens dublando ou dançando como caubóis ou cowgirls. Resultado: “Old town road” bateu recorde em número de semanas seguidas em primeiro lugar no ranking de músicas mais tocadas no Estados Unidos, feito pela revista “Billboard”. Outros sucessos apareceram: “Buttercup” (Jack Stauber), “Lalala” (Y2K e bbno$), “Dance monkey” (Tones and I), “Death bed” (Powfu)… No Brasil, um dos hits do longínquo carnaval de 2020 foi impulsionado pela plataforma. “Tudo ok”, parceria de Thiaguinho MT, Mila e JS O Mão de Ouro, fez famosos ligarem a câmera para mostrar o cabelo, a sobrancelha, as unhas… “Na raba toma tapão”, do MC Niack e o DJ Markim WF, ganhou um novo sentido em desafios de dança e de maquiagem para dar um “tapa no visual”. Em pouco tempo, surgiu no topo das paradas do país. E “Tudo no sigilo”, de Vytinho NG e MC Bianca, se beneficiou de uma coreografia viral. “Não tenho ideia de quem criou a dancinha. Queria muito saber pra poder agradecer”, diz Bianca. “Pelo perfil caseiro da plataforma, as pessoas que não sabem dançar se sentem mais confortáveis”, avalia Fabio Duarte, fundador do FitDance, empresa que cria passos de dança e se tornou também ferramenta de marketing musical. 'Na raba toma tapão' foi do TikTok ao 1º lugar das paradas TikTok consciente: como brasileiros subverteram o app Ele explica que as coreografias – e até as músicas – tiveram que se adaptar à estética do aplicativo. “As pessoas passaram a dançar mais próximas da câmera, então passamos a ter mais passos com os braços”, cita “Os próprios produtores estão pensando em como tornar as músicas mais dançantes. Eles já pensam nas batidas que possam dar as ênfases para os movimentos no TikTok.” Mas só isso não garante o sucesso. Para fazer a música circular, muitos artistas – principalmente, os menos conhecidos – têm parcerias com influenciadores. O G1 apurou que eles cobram entre R$ 10 mil e R$ 15 mil para ajudar a divulgar um lançamento na rede. Foco na interação “As plataformas tem particularidades. No YouTube, por exemplo, o visual é importante. O TikTok é mais dinâmico porque convida as pessoas a entrarem na música”, explica o produtor musical Pablo Bispo. Ele acumula trabalhos com Anitta, Pabllo Vittar, Iza e outros artistas. Também ajudou a compor “Desce pro play”, de Zaac. Capa do single 'Desce pro play', de Anitta, MC Zaac e Tyga Reprodução Com um “papapa” colante, o refrão da música parece um convite à interação, embora produtor e MC digam que ele não foi pensado para grudar no TikTok. Webcrentes do TikTok: Os jovens cristãos do app Conheça Mario Jr., o 'galã' do TikTok “Se a gente tivesse fazendo hoje, ia quebrar a cabeça pra conseguir isso. Mas, por outro lado, se você tenta forçar, pode não ficar natural”, afirma Bispo. Para ele, o TikTok “não tem que ser prioridade”, mas “fazer parte do planejamento” dos músicos. Afinal, em comum entre quase todos os virais da plataforma, há tentativas frustradas dos artistas em manter o sucesso a longo prazo. Lil Nas X Divulgação Depois de "Old town road", Lil Nas conseguiu emplacar outras duas músicas no ranking da "Billboard" até julho do ano passado, mas os resultados não chegaram nem perto de seu hit viral. A fama repentina gerada pelo app, baseada na repetição, muitas vezes tem mais a ver com a forma com que um meme se espalha na internet do que com o processo musical. Bispo resume: “Fazer uma música estourar é difícil, mas possível. Muito mais complicado é sustentar esse sucesso”.
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Projeto de música do Rio une sopro, dança e a voz de Geraldo Azevedo
Sexto vídeo do Som em Vento contou com a participação do cantor. Projeto de música do Rio une instrumentos de sopro, dançarinos e artistas Ao som de instrumentos de sopro e com um corpo de dançarinos que representam cada um dos metais, o cantor Geraldo Azevedo participou de um clipe de um projeto do Rio que une a música, cinema e dança. O projeto Som em Vento promove o sexto vídeo do grupo, que conta com a canção Caravana, do próprio cantor e de Alceu Valença. No clipe, Geraldo gravou voz e violão. O lançamento ocorre na manhã desta terça-feira (7) (confira aqui), apesar de as imagens terem sido captadas em 2019. Com a intenção de levar ao espectador diversas camadas sonoras de música com instrumentos de sopro, o Som em Vento foi criado por um músico e um fotógrafo em 2015 (confira mais informações no fim da reportagem). Geraldo Azevedo participa de clipe de projeto do Rio de Janeiro Divulgação/Yulli Nakamura Ao G1, Geraldo Azevedo disse estar honrado com o convite e qualificou o projeto como “maravilhoso”. “É muito bonito ver a nossa arte ganhando novas dimensões. É sempre muito bom ver gerações mais novas relendo o que criamos. É um novo olhar sobre a arte já consolidada, que abre novos caminhos para interpretação”, disse o cantor. O Som em Vento tem como idealizador o músico Diogo Acosta, que contou sobre as mudanças no formato dos clipes lançados pelo projeto. Inicialmente, apenas o músico tocava os instrumentos de sopro, mas nos últimos quatro clipes houve a participação de um baterista e dois cantores. “A ideia dos primeiros clipes era ter uma música feita só de vento, com uma textura e sonoridade original, por isso a gente só usava instrumentos de sopro, os que eu toco para gravar, mas depois a gente percebeu que a voz também é um instrumento feito de ar”, explicou o músico. Clipe do projeto Som em Vento conta com a participação do cantor Geraldo Azevedo e um corpo de dançarinos Divulgação/Yulli Nakamura Até a publicação desta reportagem, seis vídeos já haviam sido produzidos, com cerca de 70 mil visualizações. “O nosso objetivo com o Som em Vento era se divertir juntando diferentes tipos de arte. No início, o cinema e a música, e hoje em dia tem a dança, a iluminação e a cenografia”, disse o músico. Para Geraldo Azevedo, a qualidade do resultado do vídeo pode servir como um alento para as pessoas durante os dias difíceis da pandemia do novo coronavírus. “A gravação foi muito linda. Não só pela música em si, mas pela dança e entrega de todos. Teve uma produção bacana de elenco, figurino. Espero que o público goste. A arte deixa a vida mais bonita e tem o potencial de tranquilizar o coração das pessoas que estão enfrentando esse momento tão difícil”, destacou o artista. Música Caravana, de Geraldo Azevedo e Alceu Valença, é interpretado por músico carioca e dançarinos Divulgação/Yulli Nakamura Assim como Geraldo, o idealizador do projeto acredita na transformação por meio da arte. “A gente espera que a divulgação desse próximo vídeo chegue em várias pessoas e pessoas muito diferentes, porque o clipe de Caravana transita por vários universos. Eu acho que assistir a esse clipe vai fazer muito bem para as pessoas, principalmente nesse momento que a gente tá vivendo, porque a arte tem esse poder maravilhoso de transformar o nosso dia e o nosso humor, de fazer a gente se conectar com a poesia, com o imaginário, com um mundo de sonhos, com coisas boas”, afirmou o músico. Carreira durante a pandemia Durante a pandemia, Geraldo Azevedo precisou fazer adaptações aos projetos que já estavam planejados. Entre eles, está o disco “Violivoz”, junto com Chico César, que já tinha uma agenda extensa de shows em todo o país. O lançamento ocorreu apenas pela internet. A agenda do cantor de São José também foi suspensa. Chico César e Geraldo Azevedo convergem duas gerações nordestinas em show inédito “Ano que vem vamos ter que celebrar em dobro”, disse o cantor. O Grande Encontro Lívio Campos / Divulgação Além dessas alterações, Geraldo Azevedo realizou a primeira live do Grande Encontro neste domingo (5) com Elba Ramalho e Alceu Valença. A apresentação contou com repertório novo. Ele contou ao G1 que está recluso e aproveita o tempo para estudar e compor. “Nunca fiquei tanto tempo longe dos palcos, da estrada, dos aviões. Tenho sentido muita falta de toda a agitação, mas estou aproveitando para descansar”, declarou o cantor. O projeto O Som em Vento nasceu em 2015 a partir da gravação de pequenos vídeos em casa. O arranjo era feito pelo músico Diogo Acosta e as imagens captadas pelo fotógrafo Pedro Gasparian. Com a publicação dos clipes nas redes sociais, o projeto ganhou força, atingiu mais pessoas na internet e a equipe cresceu. O músico contou que, mesmo com milhares de visualizações, o grupo ainda não tem retorno financeiro e, diante disso, há uma dificuldade em produzir maior quantidade de material. Músico carioca e fotógrafo criam projeto de música que une instrumentos de sopro, dançarinos e artistas Divulgação/Yulli Nakamura “A gente lança mais ou menos um vídeo por ano. A vontade é lançar bem mais, mas como o Som em Vento é um projeto que a gente faz de forma independente, ainda não teve um retorno financeiro”, explicou o idealizador. Com a participação de Geraldo Azevedo e de um corpo de dançarinos, o idealizador acredita que o vídeo pode alcançar mais pessoas. “Todo vídeo tem muitas visualizações e chega em pessoas que a gente nem imagina, circula pelo Brasil todo, pelo mundo. Agora que esse vídeo vai ter o Geraldo Azevedo e ainda um corpo de dança, a gente está esperando um alcance maior ainda. Na parte da dança, tem gente de dança contemporânea, de rua, dança folclórica. Na parte da música, é meio MPB, forró e instrumental. A gente sente que esse clipe ele pode se propagar e circular por diferentes mundos”, concluiu o músico. *Estagiária, sob a supervisão de João Ricardo Gonçalves
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Nego do Borel tem alta de hospital após acidente de moto e cirurgia: ‘Recebi segunda chance de vida’
Em imagem publicada nesta terça-feira (7), cantor aparece com as mãos enfaixadas. Após acidente, funkeiro passou por cirurgia no pé em um hospital do Rio de Janeiro. Nego do Borel posta foto em hospital após acidente de moto: 'Recebi uma segunda chance de vida' Reprodução/Instagram Nego do Borel usou suas redes sociais para tranquilizar os fãs e falar sobre o acidente de moto que sofreu nesta segunda-feira (6). A queda aconteceu no condomínio onde ele mora na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O funkeiro teve alta do hospital na manhã desta terça-feira (7). "Na semana do meu aniversário, posso dizer que eu renasci. Nem sempre entendemos o que Deus quer, mas não precisamos entender, precisamos confiar", escreveu o cantor, que completa 28 anos nesta sexta-feira (10). "Recebi uma segunda chance de vida. Para meus fãs, amigos e familiares, estou bem, fui recebido no hospital e muito bem atendido. Precisamos fazer uma leve operação no pé esquerdo, que correu muito bem e que já já vai me deixar 100%." "Deus é bom o tempo todo, estou vindo tranquilizar vocês e dizer que agora é hora de me cuidar e de me voltar pro que mais importa: o divino. Bom dia pessoal, vamos com fé." Nas redes sociais, antes de receber alta, o cantor também publicou uma série de vídeos onde diz que está bem e mostra o pé imobilizado após a cirurgia. "Logo na semana do meu aniversário, que presente", comenta. Nego do Borel recebe alta de hospital após acidente de moto e cirurgia Mais cedo, a assessoria de imprensa do cantor informou que ele "passa bem e segue em recuperação." Nego do Borel passou "por um procedimento cirúrgico no tornozelo, de baixa gravidade, após sofrer um tombo de moto na tarde desta segunda-feira." Segundo comunicado enviado, "Nego faz questão de manter o compromisso com a entrega das doações com alimentos e itens de higienes no Morro do Borel, na próxima sexta-feira (10). A arrecadação foi feita durante a live do funkeiro e pretende beneficiar outras comunidades da grande Tijuca também." Nego do Borel faz vídeo em hospital após acidente de moto Initial plugin text
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Sebastián Athié, ator da Disney, morre aos 24 anos
Disney Channel Latin America prestou homenagem ao ator da série argentina 'O11ce'. Causa da morte não foi revelada. Sebastián Athié, ator da Disney, morre aos 24 anos Reprodução/Instagram Sebastián Athié, estrela da Disney e integrante da série argentina “O11ce”, morreu aos 24 anos, neste domingo (5). Através de suas redes sociais, a Disney Channel Latin America lamentou a morte do artista. O comunicado da empresa não informou a causa da morte. “Descanse em paz, Sebas. Sua arte e seu sorriso ficarão para sempre. Lamentamos a perda de Sebastián Athié e sempre lembraremos de seu talento, companheirismo, profissionalismo e, acima de tudo, seu enorme coração. Nossos sentimentos à família, colegas, amigos e fãs.” Em “O11ce”, Sebastián interpretava o personagem Lorenzo. Seus colegas de série prestaram homenagens ao ator nas redes sociais. "Agradeço pelo o que vivemos juntos. Estou sem palavras. Só amor e agradecimento", escreveu Mariano González, protagonista da série, em um texto no Instagram. "Só Deus sabe do que se trata a vida, seus planos e o que temos que aprender com ela. Só sei que depois disso, serei mais forte", escreveu o ator David Penagos ao fim de um longo texto onde se recordou de uma viagem feita na companhia de Sebastián para o Uruguai há quatro anos. "Sua estrela não está na Calçada da Fama, sua estrela se encontra nesse momento brilhando no universo", completou. "Te amo pra sempre, irmão", escreveu o ator Guido Pennelli na legenda de um vídeo emocionante com imagens de Sebastián. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text
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Chico Buarque tem álbum arranjado pelo maestro Ennio Morricone
Conheça a história do disco 'Per un pugno di samba', gravado em 1969 e lançado na Itália em 1970. Chico Buarque e Ennio Morricone ao lado da capa original do álbum 'Per un pugno de samba' Reproduções de capas de discos / Montagem G1 ♪ MEMÓRIA – Compositor, maestro e arranjador que orquestrou trilhas sonoras de filmes com rara maestria, Ennio Morricone (10 de novembro de 1928 – 6 de julho de 2020) nunca escondeu a admiração pela música brasileira. A ponto de, já vivendo momento luminoso na carreira como criador de trilhas sonoras, o artista italiano ter aceitado arranjar disco de Chico Buarque quando o compositor brasileiro estava exilado em Roma entre 1969 e 1970. Apresentado a Chico pelo compositor italiano Sergio Bardotti (1939 – 2007), letrista que verteu músicas do compositor carioca para o idioma da Itália, Morricone aceitou imediatamente o convite para arranjar esse disco feito com o intuito de emplacar Chico como cantor no mercado de Roma – objetivo não alcançado. Com título que aludia ao nome do filme Por um punhado de dólares (1964), longa-metragem do cineasta Sergio Leone (1929 – 1989) que teve a antológica trilha sonora composta por Morricone, o álbum Per un pugno di samba foi gravado em 1969 e lançado na Itália em 1970 pela gravadora RCA-Victor. Título pouco ouvido da discografia de Chico Buarque, Per un pugno di samba somente foi editado no Brasil em 2003, já em CD, formato dominante no mercado fonográfico dos anos 2000. Uma edição alternativa do disco, com as 12 músicas cantadas por Chico em português, se tornou ainda mais rara e nunca foi editada no Brasil em qualquer formato. Contudo, essa edição em português foi lançada na Europa, no rastro da edição italiana de 1970, tendo sido disponibilizada em LP nos mercados da França (com o título Sambas do Brasil) e da Espanha (com título, Por un puñado de samba, traduzido fielmente do original em italiano). Qualquer que seja o nome do disco, essa edição em português do trabalho de Chico com Morricone é valiosa, não somente por conta das orquestrações do maestro italiano, mas porque essa edição apresenta as versões originais em português de três músicas do compositor brasileiro – Não fala de Maria, Nicanor e Samba e amor – que somente apareceriam na discografia oficial de Chico Buarque no Brasil no álbum Chico Buarque de Hollanda nº 4, LP que marcou a estreia do artista na gravadora Philips. Esse álbum foi lançado no Brasil no segundo semestre de 1970, quando Chico já estava de volta ao país, tendo interrompido o exílio voluntário que o fizera partir para a Itália, no início de 1969, por temer represálias do regime militar que combatia com dureza através da obra. Esse disco brasileiro de 1970 começou a ser gravado na Itália, mas foi concluído no Brasil. Quando saiu, Chico Buarque de Hollanda nº 4 fez sucesso e, indiretamente, contribuiu para deixar o álbum Per un pugno di samba esquecido na discografia do cantor com versões em italiano de músicas como Ela desatinou (1968) (Lei no, lei sta bailando, na versão de Sergio Bardotti), Roda viva (1968) (Rotativa) e Sonho de um Carnaval (1965) (Sogno di un Carnavale), destaques do repertório de histórico disco que marcou o encontro da genialidade do compositor Chico Buarque com a maestria do arranjador Ennio Morricone.
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Recuperado de Covid-19, Tom Hanks critica quem evita precauções básicas
'Três pequenas coisas estão ao alcance de todos: usar máscara, lavar as mãos, distância social. Se você não pode fazer isso, eu não tenho muito respeito por você', afirmou ator. Tom Hanks é homenageado no Globo de Ouro 2020 Paul Drinkwater/NBC via AP O ator vencedor do Oscar Tom Hanks, que se recuperou após ter sido infectado com o novo coronavírus no início deste ano, disse não ter muito respeito pelas pessoas que se recusam a cumprir precauções, como usar máscara em público. Hanks e sua esposa, a atriz e cantora Rita Wilson, revelaram em março que haviam testado positivo para o coronavírus enquanto estavam na Austrália para uma filmagem. "No mínimo, três pequenas coisas estão ao alcance de todos. Usar máscara, lavar as mãos, distância social. Se você não pode fazer isso, eu não tenho muito respeito por você", afirmou Hanks, de 63 anos, em uma entrevista recente à Reuters Television. Hanks, vencedor do Oscar duas vezes por "Filadélfia" e "Forrest Gump", comparou as medidas aos passos adotados pelos motoristas para dirigir um carro com segurança. "Se você dirige um carro, precisa usar as setas, não dirigir muito rápido e evitar pedestres", disse ele. "Gostemos ou não, estamos todos juntos nisso", acrescentou. Devido à pandemia, o novo filme de Hanks, "Greyhound", vai ser transmitido na Apple TV+, a partir de sexta-feira (10), em vez de ser exibido nos cinemas. Muitos cinemas em todo o mundo permanecem fechados para ajudar a conter a propagação de infecções. Tom Hanks e a esposa estão com o novo coronavírus
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Lives de hoje: Ringo Starr, Vintage Culture, Danilo Caymmi e mais shows para ver em casa
Nesta terça (7), Teresa Cristina faz live cantando o repertório de Cristina Buarque e João Cavalcanti bate-papo com Roberta Sá. Veja horários. Ringo Starr foi nomeado Cavaleiro do Império Britânico, em Londres, em 2018 John Stillwell/Pool via Reuters Ringo Starr comemora 80 anos com live com participações de Paul McCartney, Ben Harper, Gary Clark Jr e outros nesta terça (7). Cazuza: nos 30 anos da morte do cantor, vote na sua música favorita Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Danilo Caymmi e maestro João Egashira (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Vintage Culture – 20h – Link João Cavalcanti e Roberta Sá (Fundição Progresso) – 21h – Link Ringo Starr – 21h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Semana pop explica como o Black Lives Matter está mudando a cultura pop
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Cazuza, morto há 30 anos, permanece vivo na atualidade de obra corrosiva
Rogério Flausino e Sideral lançam single 'Essas canções de amor' com música inédita composta a partir de poema do artista carioca. ♪ MEMÓRIA – É difícil acreditar que Agenor de Miranda Araújo Neto (4 de abril de 1958 – 7 de julho de 1990), o Cazuza, morreu há exatos 30 anos. A dificuldade reside no fato de que, desafiando os efeitos do tempo, a obra desse cantor e compositor carioca se conserva jovial como a imagem cristalizada do artista na memória afetiva de que vem viveu os anos 1980 – década em que Cazuza apareceu, amadureceu e saiu de cena, deixando nome, músicas e discos na história. VOTAÇÃO: Qual é a sua música favorita de Cazuza? Cazuza vive na atualidade desse cancioneiro que ganha mais um título nas vozes de Rogério Flausino e Wilson Sideral, Essas canções de amor, música inédita lançada em single nesta terça-feira, 7 de julho de 2020, dia do 30º aniversário de morte do artista. Essas canções de amor foi composta por Wilson Sideral em 2016 a partir de poema de Cazuza intitulado Não reclamo e também musicado por George Israel para álbum de 2004. A gravação da versão de Flausino e Sideral integra o projeto Protegi teu nome por amor – Viva Cazuza 30 anos, anunciado oficialmente em março com a presença de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza e guardiã zelosa do acervo do filho. Cazuza lançou discos durante um curto período que foi de 1982 – ano do primeiro álbum da banda Barão Vermelho, da qual foi vocalista até 1985 – até 1989, ano do derradeiro Burguesia, LP duplo que se impôs como urgente testamento do verbo afiado do compositor. Discos póstumos vieram e ainda virão, mas a obra lançada por Cazuza em vida, nesses breves oito anos da vida, louca, vida, já foram suficientes para eternizá-lo. Espécie de poeta beatnik que vagava pelos bares do noturno Baixo Leblon à procura de um algum sentido vago de razão nas noites quentes do verão carioca, Cazuza já nasceu pronto como letrista em versos que foram direto ao ponto ao tocar em temas como sexo, amor e dor. Na contramão do discurso filosófico e por vezes messiânico do contemporâneo Renato Russo (1960 – 1996), único compositor que lhe fez sombra nos anos 1980, Cazuza recorreu a um lirismo urbano e corrosivo para dar o recado sem papas na língua. Sem medo do exagero, Cazuza cantou para os miseráveis, entrou de penetra na festa pobre do Brasil, celebrou o prazer, curtiu dores de amores, encarou a morte com pulsão de vida e defendeu a ideologia de juventude que se sentiu à margem da sociedade quando os inimigos tomaram o poder e os heróis morreram de overdose. Poeta de uma era devastada pela Aids, Cazuza atravessou as transversais do tempo ao longo desses 30 anos em que se manteve vivo com a força de obra que já se insinua imortal.
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Johnny Depp acusa ex-mulher de mentir em ação por difamação contra jornal britânico
Matéria do 'The Sun' de 2018 chamava o ator de 'espancador de esposa', mas ele nega acusação. Amber Heard também compareceu ao tribunal nesta terça. Johnny Deep posa em frente a um tribunal de Londres nesta terça-feira (7) Reuters/Peter Nicholls O ator Johnny Depp acusou sua ex-mulher, a atriz Amber Heard, de mentir sobre ter sido agredida por ele ao comparecer a um tribunal de Londres nesta terça-feira (7) para uma ação legal contra um jornal tabloide britânico. A estrela da série de filmes "Piratas do Caribe" está processando a editora do The Sun, News Group Newspapers, e o editor-executivo, Dan Wootton, por difamação sobre um artigo que Wootton escreveu em abril de 2018 que o chamava de "espancador de esposa". Advogados do tabloide britânico falaram que demonstrariam que a declaração era precisa e que a memória do ator pode ter sido afetada pelo uso excessivo de drogas. Depp foi ao tribunal vestindo um terno escuro e óculos e falou em um tom claro durante a sessão. Heard chegou com um lenço vermelho amarrado em volta do rosto e não tinha dado a sua versão dos fatos até a publicação desta reportagem nesta terça. Amber Heard, ex-mulher de Johnny Depp, também compareceu ao tribunal nesta terça-feira (7) Reuters/Toby Melville "Para evitar qualquer dúvida, nunca maltratei a senhora Heard ou, de fato, qualquer outra mulher na minha vida", disse Depp em uma declaração como testemunha. O advogado de Depp, David Sherborne, afirmou em uma nota de abertura à Suprema Corte de Londres que Heard divulgou alegações de abuso pela primeira vez em maio de 2016, quando obteve uma ordem de restrição contra Depp e parecia ter hematomas no rosto causados por um incidente seis dias antes. "Existe um conjunto substancial de evidências que demonstra claramente que essa foi uma mentira fabricada pela senhora Heard e por seus amigos", disse Sherborne. Em documentos submetidos ao tribunal, a equipe de Depp também disse que Heard iniciou um caso com o executivo-chefe da Tesla, Elon Musk, no início de 2015, logo após o casamento, e teve ao menos um relacionamento extraconjugal com seus colegas de elenco, citando James Franco.
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Consumo de energia no Brasil recua 4,7% em junho, diz CCEE
Segundo a entidade, o resultado reforça uma tendência de retomada gradativa de demanda em meio à reabertura econômica em diversos Estados. Torres de transmissão de energia elétrica em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, em 26 de maio de 2020 LUCAS LACAZ RUIZ/ESTADÃO CONTEÚDO O consumo de energia no Brasil recuou 4,7% no acumulado de junho até o dia 26, em comparação com igual período do ano passado, uma queda menor que a vista nos meses de consumo mais baixo devido à pandemia do novo coronavírus, informou nesta segunda-feira (6) a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Pedidos de empréstimo ao setor elétrico somam R$ 14,8 bilhões, diz Aneel Segundo comunicado da entidade, o resultado reforça uma tendência de retomada gradativa de demanda em meio à reabertura econômica em diversos Estados e municípios do país, depois de o índice atingir retrações de 12,1% em abril e 10,9% em maio. Nesse período, o consumo de energia elétrica no Brasil foi fortemente afetado pelas medidas restritivas impostas para contenção da pandemia de coronavírus, como o isolamento social. Engenheiro eletricista dá dicas para gastar menos energia em casa Pelos dados preliminares da CCEE, em junho houve queda de 4,6% no mercado regulado, no qual clientes adquirem energia pelas distribuidoras, ante reduções de 11,5% em abril e 11,4% em maio. Já no ambiente livre, em que grandes consumidores (como indústrias) negociam com geradores e comercializadoras, a retração atingiu 5% no mês passado, versus quedas de 13,6% em abril e 9,7% em maio. "A redução é um pouco menor no ambiente regulado por causa do aumento do consumo da classe residencial", disse a CCEE, uma vez que mais pessoas têm permanecido em suas casas durante a crise sanitária.
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