Elza Soares completa 90 anos e fala sobre o Brasil: ‘Vim do planeta fome e continuo no planeta fome’
Ao G1, cantora fala sobre desigualdade no país, rotina na quarentena e mensagem que quer passar com músicas. Ouça podcast com entrevista. Elza Soares não gosta de aniversários e a chegada aos 90 anos não a fez mudar de ideia. "Acho que é tudo igual, eu não sou de festejar muito não. Só tem diferença com o carinho de vocês. Isso é diferente", diz Elza ao G1 (ouça no podcast acima). A data exata do nascimento é controversa e dois momentos são celebrados: nesta quarta (22), dia que está em sua carteira de identidade, e em 23 de junho, data que aparece na certidão quando foi emancipada. Mas, para ela, isso não faz diferença, o que importa é a música. Neste mês de aniversário, ela lançou "Juízo Final", de Nelson Cavaquinho, em junho, e a inédita "Negão Negra", com Flávio Renegado será lançada na sexta (24). A música do rapper mineiro com Gabriel Moura é mais um protesto sobre o racismo estrutural e a sociedade desigual no Brasil. "Vim do planeta fome e continuo no planeta fome. É um país desigual, é uma coisa horrível, a gente vive nisso", diz a cantora ao relembrar o episódio em que foi constrangida por Ary Barroso no programa de calouros que participou nos anos 50. Elza Soares na capa do disco 'Sambas & mais sambas', de 1970 Divulgação Elza também falou sobre a diferença na reação de ações policiais violentas contra pessoas negras no Brasil e nos Estados Unidos, depois da morte de George Floyd: "O povo aqui não está nem aí. É mais um que vai embora. Lá não, eles protestam, é bonito, é forte. Acho que lá está certo." "Tem que gritar mesmo tem, tem que falar, tem que botar a boca no trombone, tem que gritar." Carreira sem rótulos Elza Soares passa quarentena no apartamento de Copacabana Divulgação/Pedro Loureiro Elza Gomes da Conceição começou cantando sambalanço com "Se Acaso Você Chegasse" em 1959, e se dedicou ao gênero nos anos 60. Nos 34 discos lançados até 2019, ela se aproximou do samba, do jazz, da música eletrônica, do hip hop, do funk e diz que a mistura é proposital. "Eu sempre quis fazer coisa diferente, não suporto rótulo, não sou refrigerante", compara Elza. "Eu acompanho o tempo, eu não estou quadrada, não tem essa de ficar paradinha aqui não. O negócio é caminhar. Eu caminho sempre junto com o tempo." MAURO FERREIRA: Elza Soares faz 90 anos com pleno reconhecimento e com discografia ainda a ser descoberta O último disco lançado foi "Planeta Fome" em 2019, e ela diz que não tem planos concretos para outro álbum neste ano. "Ainda não, mas vai surgir. Minha cabeça não para, cara", afirma Elza. A única certeza é que não vai parar de cantar: "Nem de brincadeira. Parar por quê? Por que parar? Não tem porque né?". Elza Soares na capa do álbum 'Elza pede passagem', de 1972 Reprodução Quarentena produtiva Antes do isolamento começar, a cantora viveu momentos de grande emoção no carnaval ao ser homenageada pela Mocidade Independente de Padre Miguel no Rio e pelo bloco Acadêmicos do Baixo Augusta em São Paulo. Desde março, os dias estão mais tranquilos e ela tem ficado no apartamento no Rio, ouvindo Chet Baker e recebendo a visita de filhos e netos. Ela também chegou a fazer lives em casa, mas diz que a sensação é estranha e que o palco faz falta. "Eu tenho saudade do palco, lógico. É a minha vida, o meu mundo está ali", diz. Como não há outra opção no momento, Elza comemora o aniversário em uma transmissão neste sábado (25). Questionada se sente medo da pandemia do novo coronavírus, a cantora responde na lata: "Nada me assusta, tudo me apavora". "Eu vejo que o ser humano é muito nada. Não somos absolutamente nada. Somos uma folhinha de papel, qualquer gota d'água desmancha. O povo não acredita, ainda não entendeu a fraqueza que ele é. A gente precisa entender que nós somos nada", explica. Na rotina da quarentena, a fisioterapia e o banho de sol nua também tem espaço reservado e ela diz que não está parada. "Tenho feito fisioterapia, faço música, faço tanta coisa nesse meu silêncio que é um silêncio barulhento, entendeu? Estou fazendo muita coisa mesmo", diz Elza. Sociedade melhor pós-coronavírus? Elza Soares durante desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel no carnaval 2020 Marcos Serra Lima/G1 A cantora opina que esse momento deveria servir para a sociedade ser mais altruísta: "São sinais que o ser humano tem que aceitar, ouvir, respeitar, se cuidar, olhar mais um pro outro". "A gente tem mania de andar de cabeça baixa e não olhar para o próximo. Estamos no momento de olhar para o próximo, vamos olhar, vamos nos ver", explica. Otimista, ela acredita que o saldo desse período de pandemia deve ser positivo. "Tem que sair melhor, para pior não adiantava nada então. Sofrer tudo outra vez? Não. Acredito na sociedade. É daqui para melhor", opina. Aos 90 anos, a cantora diz que a mensagem que quer passar com as músicas desde o começo da carreira mira dois sentimentos: "Fé e amor. Você tendo fé, você tem tudo. Você tendo amor, você não precisa de mais nada". "Que Deus abençoe a todos e tenhamos, meu Deus, daqui pra frente dias melhores, sem medo, sem susto e vamos que vamos. Sempre aprendendo a lição." Elza Soares completa 90 anos festejando seu lema: ‘Meu tempo é agora’
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Os 90 anos de Elton Medeiros, ‘um cara bacana’, eternizado como grande melodista e ritmista
Falecido em 2019, compositor está imortalizado por parcerias com Cartola, Paulinho da Viola e Zé Kétti. Elton Medeiros está eternizado pela criação de melodias como as de 'Peito vazio' e 'Onde a dor não tem razão' Reprodução / Capa de disco de 1973 ♪ MEMÓRIA – Talvez quase ninguém lembre que Elton Antônio Medeiros (22 de julho de 1930 – 3 de setembro de 2019) estaria festejando hoje o 90º aniversário se não tivesse saído de cena no ano passado. Contudo, haverá quem cantarole nesta quarta-feira, 22 de julho de 2020, uma melodia de Elton, pelo menos no mundo do samba – gênero pelo qual este bamba carioca e militante tanto lutou para que o ritmo fosse valorizado com a devida importância pelas elites culturais do Brasil. Talvez seja a melodia de Peito vazio (1976), parceria do compositor com Cartola (1908 – 1980). Talvez seja a de Ame (1996), um dos muitos sambas feitos por Elton com o parceiro e amigo Paulinho da Viola. Perfilado e celebrado por Paulinho na letra de Um cara bacana, samba apresentado pelo autor em show feito em julho de 2011, Elton Medeiros nunca foi cantor de arrastar multidões, como o próprio Paulinho da Viola. A atuação do artista nos bastidores da criação do samba é que lhe fez eterno. Sim, Elton Medeiros permanece eternizado pela beleza de melodias que criou para sambas como Mascarada (1964), O sol nascerá (1964) e Pressentimento (1968), parcerias do compositor com Zé Kétti (1921 – 1999), Cartola e Hermínio Bello de Carvalho, respectivamente. O público mais atento – aquele que presta atenção nos músicos, e não somente no cantor – também sabe que a maestria de Elton Medeiros extrapolou a criação de melodias. Ritmista esperto, o artista dominou como poucos a arte de percurtir uma caixa de fósforos. Quem é do ramo sabe que o ritmista Elton Medeiros foi tão grande quanto o compositor Elton Medeiros. Contudo, é inegável que, com o passar do tempo, a grandeza de melodias de sambas como Recomeçar (1979) e Onde a dor não tem razão (1981) – dois exemplos lapidares da parceria do compositor com Paulinho da Viola – se imponham como a arte maior de Elton Medeiros. Esses sambas, assim como os outros já mencionados, simbolizam o ápice de trajetória iniciada pelo bamba como integrante de blocos carnavalescos e grupos de ranchos como Flor do Abacate e Mimosas Cravinas. Membro de conjuntos como A Voz do Morro e Os Cinco Crioulos nos anos 1960, Elton Medeiros deixou discografia pequena em carreira solo. O artista gravou vários discos em dupla ou em trio – formados por Elton com Paulinho da Viola, Nelson Sargento, Márcia, Mariana de Moraes e Zé Renato – em trajetória fonográfica que rendeu cinco álbuns individuais. Foram poucos, mas bons. Elton Medeiros (1973), Elton Medeiros (1980), Mais feliz (1996), Aurora da paz (2001) e Bem que mereci (2005) foram discos que legaram para a posteridade a arte do já nonagenário Elton Medeiros, imortal bamba do samba. Um cara bacana.
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Aluguel de carro para drive-in? Diversão na quarentena reforça mercado de aluguel de veículos
Pequenas e médias locadoras veem formato como oportunidade e investem em serviços on-line com custo por hora e burocracia mínima; entenda como funciona. Cinema drive-in na Arena Estaiada, em São Paulo Divulgação/Flash Bang O formato drive-in se consolida como única alternativa de entretenimento ao ar livre na quarentena causada pelo coronavírus. Mas, para aproveitá-lo, é preciso ter carro, certo? Não é bem assim. Na corrida por diversão em meio à pandemia, já é possível pegar as quatro rodas emprestadas. Há projetos como a exposição de arte em estilo drive-thru, em São Paulo, que cede um carro para os desmotorizados. Mas, na maioria dos casos, é preciso abrir a carteira. São Paulo tem primeira exposição de arte em estilo drive-thru Pequenas e médias empresas de aluguel de veículos viram no formato uma oportunidade. Elas investem em serviços online que possibilitam empréstimos por períodos mais curtos. Tempo suficiente para pegar um cineminha ou assistir a um show. Funciona assim: Motoristas realizam um cadastro, sujeito à aprovação dos aplicativos de aluguel, preenchendo dados pessoais e o número da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Com o cadastro aprovado, o usuário pode escolher um dos automóveis disponíveis no ponto de retirada mais próximo. Há empresas que oferecerem modelos automáticos e elétricos. Depois de fazer a reserva, o motorista tem alguns minutos para desbloquear o veículo no local, por meio do app. Há também empresas que intermediam o aluguel de carros de pessoa para pessoa. Nesses casos, o ponto de retirada é combinado entre os usuários. A devolução do carro também depende do app escolhido. Em alguns deles, o veículo precisa ser devolvido no mesmo endereço em que foi pego. Em outros, ele pode ser deixado em qualquer estação da empresa. O pagamento é feito online, via cartão de crédito. Os valores começam em R$ 10 por hora, mas o preço final depende da empresa escolhida, do modelo do veículo, da duração do aluguel e da quilometragem rodada. “Com aplicativos de transporte não dá [para ir ao drive-in]. Uma opção seria uma locadora convencional, mas aí o aluguel teria que ser feito por pelo menos um dia. O nosso serviço faz todo o sentido nesse contexto”, explica Luiz Bonini, gerente de marketing de uma das empresas que alugam carros com custo por hora em São Paulo. CINE DRIVE-IN: Programação e ingressos SHOWS DRIVE-IN: O lado bom e o lado ruim São 700 veículos espalhados pela cidade. Ele diz que todos são lavados a cada três ou quatro dias e os motoristas são orientados a usar medidas básicas de higiene contra o coronavírus, como máscara e álcool em gel nas mãos. Pelo menos outras duas empresas oferecem serviços semelhantes na cidade. Elas usam como atrativo a desburocratização do processo de aluguel, que dura poucos minutos e, na maioria dos casos, é feito sem contato humano. Sessão para convidados do cinema drive-in no Memorial da América Latina, em São Paulo Alex Falcão/Futura Press/Estadão Conteúdo ‘Burocracia mínima’ O cinema drive-in instalado no Memorial da América Latina, na capital paulista, fechou parceria com um dos apps para dar descontos a quem vai assistir a filmes com carro alugado. Enya Café, 28, é uma das espectadoras que usou a ferramenta. “O processo pra concluir o aluguel e pegar o carro durou cerca de 15 minutos”, conta. Com o desconto oferecido para o primeiro uso no drive-in do Memorial, ela gastou R$ 11,50 para ficar com o carro por seis horas. ESTRANHO DEMAIS: como é fazer show drive-in? TERROR E MÚSICA: como filmes são escolhidos? “A burocracia é mínima, se comparada com outros métodos de aluguel de carros. Por não ter que falar com alguém, esperar numa fila ou fazer vistoria na retirada e entrega do veículo, se torna bem mais prático.” Segundo ela, um ponto negativo é que, na maioria das plataformas, é preciso devolver o carro no mesmo endereço em que você o pegou. “Isso limita um pouco. Se precisasse viajar, não poderia usar o carro para ir até o aeroporto, por exemplo.” Mesmo assim, Enya diz que, durante a pandemia, a ferramenta tem ajudado em outras tarefas, além do entretenimento. “Acho ruim usar táxi ou apps de transporte para ir ao supermercado, por exemplo, por causa do volume de compras. Nesses momentos, quem não tem carro sofre um pouco.” Bonini diz que, atualmente, 40% dos clientes usam o serviço para ir ao supermercado. Para ele, a transformação de hábitos causada pela pandemia pode fazer com que esse tipo de serviço se torne mais procurado depois do isolamento. “Entre nossos usuários, 50% já têm carro em casa. E, desses, 25% demonstram interesse em vender o veículo depois da quarentena”, explica. “As pessoas não têm mais apego ao carro e a alternativa dos apps de transporte funciona bem para pequenas distâncias. O que queremos é preencher esse espaço de viagens um pouco mais longas ou com necessidade de parada.” Semana Pop #88: relembre clássicos do cinema com momentos em drive-ins
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Elza Soares faz 90 anos com pleno reconhecimento e com discografia ainda a ser descoberta…
Elza Soares, em foto de 1970, faz 90 anos nesta quarta-feira, 22 de julho de 2020 Reprodução / Capa do disco 'Sambas e mais sambas' ♪ MEMÓRIA – Nascida efetivamente em 22 de julho de 1930, como consta em antigo RG, Elza Soares completa 90 anos de vida e de luta nesta quarta-feira com pleno reconhecimento da vitória nessa batalha cotidiana para se impor no mundo como mulher, negra e cantora de assinatura vocal pessoal e intransferível. Elza nunca foi tão aclamada como nos últimos cinco anos. Desde que lançou o impactante álbum A mulher do fim do mundo em 2015, a cantora vive mais uma fase de renascimento artístico que – tudo indica – vai durar, desta vez, até o fim. “Me deixem cantar até o fim”, pediu Elza em verso do samba-título do disco A mulher do fim do mundo. Pedido aceito pelo público jovem que a consagra desde então, Elza segue moderna, antenada, contemporânea, como nenhuma outra cantora da idade dela. Contudo, há sutil ironia nesse congraçamento popular. Esse público louva Elza Soares sem conhecer de fato a trajetória da cantora carioca projetada em dezembro de 1959 com regravação retumbante do samba Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, 1938). Elza renasceu com A mulher do fim do mundo. Mas não nasceu ali, como devem pensar alguns dos muitos seguidores atuais dessa cantora ativa em redes sociais. Falta para esse público de hoje descobrir a Elza Soares de ontem para ligar os pontos da história – e um bom começo pode ser ouvir o podcast sobre os 90 anos da artista: Falta descobrir a Elza do sambalanço, gênero que norteou a primeira fase da discografia editada pela cantora na gravadora Odeon no período que foi de 1960 – ano das gravações dos álbuns Se acaso você chegasse e A bossa negra, este produzido em outubro de 1960, mas lançado a rigor em janeiro de 1961 – a 1970, ano do álbum Sambas e mais sambas. Nessa (também) áurea década de 1960, Elza Soares mostrou que tinha telecoteco e que sabia cair no suingue com o bebop e a bossa negra da voz intuitivamente jazzística à moda brasileira. Ouvir álbuns como O samba é Elza Soares (1961), Sambossa (1963), Na roda do samba (1964) e Um show de Elza (1965) é entrar em contato com uma outra Elza Soares, tão importante quanto a Elza do disco Deus é mulher (2018). Pautada sobretudo pelo suingue da cadência do samba, essa primeira fase áurea da cantora abarca discos gravados por Elza com o cantor Miltinho (1928 – 2014) e com o baterista Wilson das Neves (1936 – 2017). E outras fases vieram, nem todas com o mesmo brilho. Falta descobrir também a discografia de Elza Soares na década de 1970. Embora tenha menor coesão, sobretudo por conta da irregularidade do repertório do álbum Pilão + raça = Elza (1977), essa fase da carreira fonográfica da cantora – vivida principalmente na gravadora nacional Tapecar – foi voltada para o samba de ritmo mais tradicional (sem tanto bebop e bossa no balanço) e rendeu sucessos como Salve a Mocidade (Luiz Reis, 1974), Bom dia, Portela (David Correa e Bebeto Di São João, 1974), Pranto livre (Dida e Everaldo da Viola, 1974) e Malandro (Jorge Aragão e Jotabê, 1976), samba que continuou associado à voz de Elza. Elza Soares tem discografia pautada pelo sambalanço na década de 1960 Pedro Loureiro / Divulgação A artista amargou período de ostracismo na década de 1980 e, quando pensou em desistir de cantar, bateu literalmente na porta de Caetano Veloso, em hotel de São Paulo, para pedir ajuda. O auxílio veio na forma de convite para Elza participar da gravação do samba-rap Língua (Caetano Veloso, 1984), faixa de álbum pop do cantor, Velô (1984). Essa participação mostrou a bossa negra de Elza Soares a uma nova geração e abriu caminho para que a cantora gravasse e lançasse, em 1985, um álbum menos voltado para o samba, Somos todos iguais, com música de Cazuza (1958 – 1990) e standard do jazz no repertório de conceito mais livre. Nada aconteceu com o LP e, entre idas e vindas, Elza Soares fez vários outros discos sem repercussão. Dura na queda, a cantora resistiu e, em 2002, sob a direção artística de José Miguel Wisnik, apresentou um dos álbuns mais modernos da vasta obra fonográfica, Do cóccix até o pescoço, disco pautado por modernidade que, mesmo em outro universo musical, se alinha com a contemporaneidade dos discos feitos no rastro da consagração com o álbum A mulher do fim do mundo. No embalo, Elza se jogou na pista com Vivo feliz (2003), disco de arrojada arquitetura eletrônica. Enfim, Elza Sores faz 90 anos nesta quarta-feira, 22 de julho de 2020, e talvez o melhor presente que o público de hoje possa dar à cantora é ouvir os discos de ontem para entender os caminhos por vezes tortuosos que conduziram a artista ao topo do universo pop.
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Daniela Mercury entra em lista de 10 melhores lives da quarentena do jornal ‘The New York Times’
'Live da rainha' feita no dia 28 de maio foi escolhida para o Top 10 por crítico de música do jornal. Post Malone, Norah Jones e Erykah Badu também estão na lista. Daniela Mercury durante Live da rainha Reprodução/Youtube/Daniela Mercury A "Live da rainha", feita por Daniela Mercury em 28 de maio, foi escolhida como uma das 10 melhores lives da quarentena pelo jornal "The New York Times", em lista publicada nesta terça-feira (21). "Um concerto de estádio pode caber em uma sala de estar? Daniela Mercury, uma super estrela brasileira, dança, gira e samba como se estivesse em um palco muito maior! Com sua banda mascarada atrás dela, no que parece um pátio, e suas filhas aparecendo como foliãs do carnaval", disse o crítico de música do jornal, Jon Pareles . "Em um conjunto de quase três horas de músicas animadas, que celebram o Carnaval e sua terra natal, a Bahia, ela é completamente incansável." O crítico selecionou dez shows online que mantiveram o vídeo da gravação online e divulgou a seleção em ordem alfabética, sem colocação. Post Malone, Norah Jones e Erykah Badu também entraram na lista. Aventura, Afro-Latin Jazz Orchestra, Jason Isbell e Amanda Shires, Gunna, Jorma Kaukonen e Nduduzo Makhathini, Modes of Communication completam a seleção.
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Kanye West diz que tenta se divorciar de Kim Kardashian há 2 anos e depois apaga publicação
Cantor tem usado o Twitter para falar sobre a campanha presidencial e expor indisposições com a esposa, Kim Kardashian, e a sogra, Kris Jenner. Kanye West e Kim Kardashian chegam para a cerimônia do Gala Met no Museu de Arte Metropolitana de Nova York, na noite desta segunda (6) Charles Sykes/Invision/AP O rapper Kanye West disse que tenta se divorciar da esposa Kim Kardashian há dois anos. A informação foi publicada pelo cantor em seu Twitter na madrugada desta quarta-feira (22), mas o post foi apagado pouco depois de publicado. Kanye tem usado a rede social para falar de sua campanha presidencial e expor indisposições com a esposa, Kim Kardashian, e a sogra, Kris Jenner. As mensagens publicadas por ele preocupam amigos e fãs. Kanye West chora ao falar sobre aborto durante comício nos EUA Lauren Petracca Ipetracca/The Post e Courier via AP Na segunda (20), o cantor havia acusado Kim de tentar interná-lo depois que ele chorou em um comício ao citar que pediu aborto da filha. "Eu quase matei minha filha! Eu quase matei minha filha", disse Kanye em discurso político no domingo (19). "Kim estava tentando viajar para Wyoming com um médico para me internar como no filme 'Corra!', porque eu chorei por salvar a vida das minhas filhas ontem", escreveu Kanye no Twitter. Kim e Kanye são pais de North, de 7 anos, Saint, 4 anos e meio, Chicago, 2 anos e meio, e Psalm, de um ano. O rapper também excluiu essas publicações. Semana Pop lembra de famosos que se arriscaram na carreira política nos Estados Unidos
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Anna Camp, de ‘A escolha perfeita’, diz que teve coronavírus após não usar máscara uma vez
Segundo a atriz, ela ficou 'extremamento doente' por mais de três semanas e perdeu 70% do olfato. Anna Camp em 'A escolha perfeita' Reprodução/Universal Pictures A atriz Anna Camp, de "A escolha perfeita", revelou que teve coronavírus após não usar máscara uma vez. Em publicação nas redes sociais nesta terça (21), a atriz disse que ficou "extremamente doente" por mais de três semanas. Após recuperação, Camp testou negativo para a Covid-19, mas ainda tem sintomas persistentes. "Eu usava uma máscara. Eu limpava as mãos. Uma vez, quando o mundo estava começando a reabrir, decidi deixar de usar minha máscara em público. Uma vez", escreveu. Initial plugin text "As pessoas estão dizendo que é como uma gripe. Mas não é. O pânico de contrair um vírus que basicamente não tem tratamento e é tão novo, ninguém sabe quais são os danos irreparáveis e se oferece imunidade, é realmente estressante." Camp perdeu o paladar durante a doença e, até agora, seu olfato é 30% do que era antes da Covid-19. Ela também sofreu com tonturas, fadiga extrema, dor de estômago, náusea, vômito e febre. "Tenho sorte porque não morri." Semana Pop faz homenagem aos artistas vítimas do novo coronavírus no Brasil
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Mariana Rios fala sobre aborto espontâneo do 1º filho: ‘Senti que voei até o céu e despenquei’
Cantora e atriz revelou neste mês a perda do bebê. No 'Encontro', ela lembrou do dia em que recebeu a notícia durante um ultrassom de rotina. A cantora e atriz Mariana Rios Renato Wrobel/Divulgação Em um relato emocionado, Mariana Rios contou nesta quarta-feira (22) o que viveu ao descobrir que sofreu um aborto espontâneo.. “Eu senti que tinha voado até o céu e, de lá, despenquei. Quanto mais você cria expectativa, o tombo é maior”, disse, em entrevista no “Encontro com Fátima Bernardes”. A cantora e atriz de 35 anos revelou neste mês a perda do primeiro filho. “"Meu filho. Te recebi dentro de mim com todo meu amor. Seu coração, que batia acelerado e forte, de repente parou”, escreveu, em uma publicação no Instagram. Mariana Rios em foto publicada no Instagram durante a gravidez Reprodução/Instagram No “Encontro”, Mariana lembrou do dia em que recebeu a notícia. "Eu não tive um sangramento. Não houve o susto. Agradeci por não ter acordado de madrugada e visto sangue.” “Liguei para o meu médico, disse que estava com uma sensação estranha. Fui fazer um ultrassom de rotina e o médico percebeu que tinha alguma coisa estranha.” Noiva do empresário Lucas Kalil, ela disse que, ao contar pra ele o que tinha acontecido, tentou se manter tranquila para consolá-lo. “Ele ficou muito mal. Nesse dia, uni forças para estar ao lado dele. No dia seguinte, ele acordou melhor e foi o dia em que eu desabei e ele estava lá para me consolar.” Repercussão Mariana disse que se surpreendeu com a repercussão do relato que fez no Instagram. Initial plugin text “Percebi que muitas mulheres não falam sobre isso, sobre suas perdas. Recebi histórias de mulheres que nunca tiveram liberdade para falar sobre o assunto.” “"A vida é uma montanha russa, uma caixinha de surpresas. Se você tem a certeza de que tudo que acontece é só para o bem, a gente consegue levar a vida com mais leveza e em paz”, concluiu a atriz.
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‘FIFA 21’ anuncia Mbappé na capa e jogador comemora: ‘Não vejo a hora de jogar isso’
Atacante do Paris Saint-Germain e da seleção da França foi o escolhido pela EA Sports, desenvolvedora do game. 'É um sonho que se torna realidade', comentou ele. Capa do FIFA 21 com Mbappé Divulgação/EA Sports Kylian Mbappé, atacante do Paris Saint-Germain e da seleção da França, foi anunciado na capa do "FIFA 21". A EA Sports, desenvolvedora do game de futebol, divulgou a capa nesta quarta-feira. "FIFA 21" deve ser lançado no dia 9 de outubro, mas a pré-venda já começou. O game estará disponível para PS4, Xbox One, PC e Nintendo Switch. "Estrela da capa. Não vejo a hora de jogar isso! Orgulho de ser o astro da capa do FIFA 21. É um sonho que se torna realidade", escreveu Mbappé. Initial plugin text
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Kim Kardashian fala sobre transtorno bipolar de Kanye West e pede ‘compaixão e empatia’
'Ele é uma pessoa brilhante, mas complicada', escreveu empresária em post. Rapper tenta concorrer às eleições americanas e fez publicações polêmicas sobre a esposa nos últimos dias. Kanye West e Kim Kardashian em festa da Harper’s Bazaar’s no Plaza Hotel, durante a NY Fashion Week, em Nova York, no dia 9 de setembro Reuters/Andrew Kelly A empresária e digital influencer Kim Kardashian fez posts no Instagram nesta quarta (22) para falar sobre o transtorno bipolar do marido Kanye West e pediu "compaixão e empatia". Nos últimos dias, o rapper tem feito comentários e posts polêmicos nas redes sociais e em eventos: West chorou ao fazer um discurso antiaborto durante uma manifestação política, em Charleston, Carolina do Sul, depois de anunciar que vai se candidatar às eleições americanas; Depois, fez um post no Twitter falando que Kim queria interná-lo após a aparição pública; Ele também afirmou que tenta se separar há 2 anos da empresária, mas apagou a publicação nesta quarta. Kim publicou um longo texto justificando que achava necessário falar agora, "por causa do estigma e das visões equivocadas sobre questões de saúde mental". "Como muitos de vocês sabem, Kanye tem transtorno bipolar. Quem tem isso ou tem um ente querido em sua vida sabe o quão incrivelmente complicado e doloroso é entender", escreveu. "Eu nunca falei publicamente sobre como isso nos afetou em casa, porque eu sou muito protetora dos nossos filhos e do direito de Kanye à privacidade quando se trata de sua saúde. Mas hoje, sinto que devo comentar sobre sua saúde, por causa do estigma e equívocos sobre saúde mental", continuou. A empresária falou que entende a exposição do marido por ser uma figura pública e a repercussão que seus comentários podem ter. "Ele é uma pessoa brilhante, mas complicada, que, além das pressões de ser um artista e um homem negro, viveu a dolorosa morte de sua mãe, e ainda tem que lidar com a pressão e o isolamento que é intensificado pelo seu transtorno bipolar", explica Kim. "Viver com transtorno bipolar não diminui ou invalida os sonhos e as ideias criativas, não importa quão grandes ou inatingíveis elas pareçam para alguns. Isso é parte de sua genialidade, e como todos nós já testemunhamos, vários de seus grandes sonhos viraram realidade", afirmou. Por fim, a empresária pediu que a compreensão da imprensa e dos fãs com o marido: "Eu peço gentilmente que a mídia e o público nos dê a compaixão e empatia que são necessárias para que possamos superar isso", finalizou. Kim e Kanye são pais de North, de 7 anos, Saint, 4 anos e meio, Chicago, 2 anos e meio, e Psalm, de um ano. Semana Pop lembra de famosos que se arriscaram na carreira política nos Estados Unidos
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