Cuba unificará moedas a partir de janeiro de 2021
Há 26 anos, sistema em vigor tem duas moedas: o peso cubano, e o peso conversível, cuja taxa de câmbio é equivalente a US$ 1. Cuba encerrará o atual sistema de duas moedas locais, único no mundo e em vigor há 26 anos, com um processo de unificação a partir de janeiro de 2021, anunciou o presidente Miguel Díaz-Canel. A medida tem como objetivo dar mais eficiência à economia cubana e facilitar os investimentos estrangeiros, no momento em que a ilha, privada há meses da receita da indústria turística devido à pandemia de coronavírus, precisa de dinheiro. Imagem de 2018 mostra trabalhador segurando 1 CUP (peso cubano, acima) e 1 CUC (o peso conversível, abaixo) em Havana. Adalberto Roque/AFP "Se considera que estão criadas as condições que permitem anunciar o início da tarefa a partir de 1º de janeiro de 2021 com uma taxa de câmbio única de 24 pesos cubanos por um dólar", anunciou o presidente na quinta-feira (10) à noite em uma mensagem em cadeia nacional, ao lado de Raúl Castro, primeiro secretário do Partido Comunista. A medida, que pretende corrigir distorções da economia, consiste na eliminação gradual, em seis meses, do peso conversível (cuc), criado em Cuba há 26 anos. O peso cubano (cup), até agora utilizado pelo Estado para pagar salários e cobrar os serviços básicos, permanecerá como a moeda em vigor. A medida "não é isenta de riscos", afirmou o presidente, que citou como um dos principais problemas a possibilidade de uma inflação superior às previsões, agravada pelo déficit de oferta, assim como potenciais preços abusivos e especulativos. Díaz-Canel destacou esta "não é uma solução mágica a todos os problemas", mas deixará o país "em melhores condições para as transformações que demanda para a atualização" do modelo econômico. O processo, que havia sido anunciado em 2013, mas constantemente adiado à espera do melhor momento de implementação, acontece no pior cenário possível, quando a economia cubana deve registrar queda de 8% este ano, segundo as previsões da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). O presidente cubano afirmou que esta é "uma das tarefas mais complexas de ordem econômica" enfrentadas pelo país, afetado também pela intensificação durante a pandemia do bloqueio imposto pelos Estados Unidos. "Efetivamente o contexto econômico e político não é o melhor, a economia está em condições muito similares ao início dos anos 1990, depois da queda da União Soviética", resumiu Pavel Vidal, economista cubano da Universidade Javeriana de Cali (Colômbia). Fim dos subsídios A unificação da moeda acontece depois que as autoridades voltaram a aceitar o dólar em outubro de 2019, com a abertura de lojas de eletrodomésticos e alimentos que aceitam pagamentos apenas com esta divisa. O valor do cup poderia sofrer ante uma moeda forte. O governo advertiu que deseja eliminar a maioria dos subsídios, que representam um apoio fundamental para as empresas estatais e também para os habitantes da ilha. Eventualmente, o cartão de racionamento também vai acabar e apenas algumas subvenções devem ser mantidas. As empresas estatais, que representam 85% da economia e que até agora foram beneficiadas por uma taxa de câmbio de um cup por um dólar, registrarão aumento dos custos de produção e, portanto, de seus preços. Mas também terão mais incentivos para exportar, o que não acontece atualmente com a taxa de um cup por cada dólar recebido. "O ajuste da taxa de câmbio, dos preços e subsídios são fundamentais para estimular as exportações e a substituição de importações, fortalecer as cadeias produtivas e fechar as empresas estatais improdutivas", acrescentou Vidal, antes de destacar que é necessário observar "como tudo será feito sem que o desemprego e a inflação saiam de controle". O governo anunciou que aplicará um aumento significativo dos salários para compensar o avanço da inflação. "É um processo interessante, mas não ficou claro como serão os próximos passos, como potencializar as forças produtivas", disse à AFP o economista Omar Everleny Pérez, que considerou "adequada" a taxa anunciada de 24 cup por um dólar. Assista as últimas notícias de economia
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Bovespa opera em queda após atingir maior patamar desde fevereiro
Na quinta-feira, principal índice da bolsa fechou em alta de 1,88%, a 115.128 pontos — maior patamar desde 19 de fevereiro. O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda nesta sexta-feira (11), com o viés negativo nos mercados no exterior respaldando movimentos de realização de lucros na bolsa paulista, que voltou a renovar máximas desde fevereiro na véspera. O adiamento para 2021 da entrega do relatório da PEC Emergencial também contribuía para uma sessão de mais cautela. Às 14h45, o Ibovespa tinha queda de 0,64%, a 114.388 pontos. Veja mais cotações Mesmo com o recuo, o Ibovespa continua na direção de mais um ganho semanal, o sexto consecutivo, o que não acontece desde as seis semanas seguidas de alta entre o final de 2018 e começo de 2019, destaca a Reuters. Na quinta-feira, a Bolsa fechou em alta de 1,88%, a 115.128 pontos, no maior patamar desde 19 de fevereiro. Cenário global e local No exterior, o dia tem contornos negativos com atraso em relação a novo pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos e aumento nas infecções por coronavírus minando o humor, mesmo após avanço na direção de uma autorização para uso emergencial de vacina contra o vírus também nos EUA. Lá fora, as atenções seguem voltadas também para o destino de um acordo comercial do Brexit com a União Europeia. Wall Street operava com o sinal negativo, seguindo a trajetória dos pregões europeus. Na Ásia, o índice de blue-chips da China registrou a maior perda semanal em 11 semanas. Nos Estados Unidos, a confiança dos consumidores subiu para 81,4 pontos, contra 76,9 pontos em novembro, segundo estimativa preliminar da pesquisa da Universidade de Michigan. Foi um resultado que superou expectativas. Analistas esperavam queda para 75 pontos em virtude do aumento de casos de Covid-19 e perda de força na recuperação de empregos. Na cena local, o relator da PEC Emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC) confirmou nesta sexta-feira que não irá mais apresentar seu parecer sobre o texto neste ano, alegando a complexidade do tema e a atual conjuntura do país, sem entrar em detalhes. A PEC estabelece gatilhos para cumprimento do teto de gastos e sem ela área econômica terá um desafio extra para fechar o orçamento de 2021. A proposta é considerada a mais importante no curto prazo para ajustar as contas do governo e manter a regra segundo a qual o crescimento das despesas do governo não pode ser maior que a inflação do ano anterior. Na agenda doméstica, o IBGE divulgou mais cedo o resultado do setor de serviços de outubro, que registrou alta de 1,7%, na terceira expansão seguida — mas insuficiente para recuperar o nível pré-pandemia. Com fim do Auxílio Emergencial e piora fiscal, país lida com incertezas para 2021 Márcio Bittar decide não apresentar o relatório da PEC Emergencial em 2020 Variação do Ibovespa em 2020 G1 1xVelocidade de reprodução0.5xNormal1.2×1.5x2x VÍDEOS: Últimas notícias de Economia o
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Governo define meta fiscal de déficit de R$ 232 bilhões em 2021
O governo decidiu enviar ao Congresso uma meta fiscal para 2021 de um déficit de R$ 232 bilhões, informou ao blog uma fonte que participou da definição do número, na noite desta quinta-feira (10). O número é fechado pela JEO (Junta de Execução Orçamentária), comandada pela Casa Civil.
A primeira discussão, desde que a equipe econômica passou a estudar qual meta fiscal estabelecer para o ano posterior ao orçamento de guerra da pandemia, era de um déficit em torno de R$ 210 bilhões. Mas o fato de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter autorizado o pagamento de restos a pagar de 2020 ao longo do próximo ano ampliou a previsão de despesas.
Quando enviou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em abril, o governo propôs ao Congresso que 2021 tivesse uma meta fiscal flexível, pela indefinição de como a economia reagiria no pós-pandemia. O TCU, entretanto, exigiu uma meta fixa.
A LDO deve ser votada pelo Congresso no próximo dia 16.
A meta fiscal é calculada com base nas despesas totais previstas para o ano e a expectativa de receitas do governo. Ao calcular a meta fiscal, a equipe econômica estimou um crescimento do PIB entre 3,5% e 4% em 2021.
A previsão de déficit primário do governo enviada em agosto ao Congresso já era de R$ 233,6 bilhões.
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Governo de RO autoriza concurso para mais de 400 vagas na segurança pública
Vagas serão para Bombeiros, PM e Polícia Civil. Previsão é que o concurso aconteça no segundo semestre de 2021. Concurso deve contratar 100 novos delegados de Polícia Civil, em Goiás TV Anhanguera/Reprodução O Governo de Rondônia autorizou o início dos procedimentos administrativos para a realização do concurso público para as forças da Segurança Pública, sendo: Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar (PM) e Polícia Civil de Rondônia (PC). A previsão é que o concurso aconteça no segundo semestre de 2021. Informação sobre idade, tipo de formação do ingresso, quadro oficiais de combatentes e complementares do Corpo de Bombeiros irão constar nos editais do concurso, que deve ser publicado em breve. Vagas Para o Corpo de Bombeiros serão ofertadas 5 vagas para oficiais combatentes, que trabalha no combate ao fogo; 3 oficiais do quadro complementar, que é para áreas de engenharia e arquitetura, uma vez que a corporação atua na fiscalização de obras e pareceres. Para a Polícia Militar serão abertas 20 vagas para os cargos de oficiais combatentes. Os aprovados nesta área do concurso farão o Curso de Formação de Oficiais no estado de Goiás. Para a Polícia Civil serão 379 vagas no total, divididas em: 10 vagas para delegados; 10 para médicos legistas; 175 para agentes de polícia; 120 para escrivão; 50 para papiloscopistas e 14 para técnico em necropsia.
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Hyundai comprará fabricante de robôs Boston Dynamics
Montadora vai adquirir 80% da empresa pertencente ao SoftBank Group em negócio avaliado em R$ 4,4 bilhões. Objetivo é automatizar fábricas e desenvolver produtos autônomos. O cão robô Spot, da Boston Dynamics Edgar Su/Reuters A Hyundai Motor comprará uma participação de 80% na Boston Dynamics do SoftBank Group. O objetivo da montadora sul-coreana é expandir a automação de suas fábricas e desenvolver carros autônomos, drones e robôs. A companhia disse nesta sexta-feira (11) que a transação avalia a Boston Dynamics em US$ 1,1 bilhão (R$ 5,6 bilhões, na cotação atual), sugerindo que a montadora e seu presidente ofereceram US$ 880 milhões (R$ 4,4 bilhões) pela participação de 80%. Essa não é a primeira vez que a Boston Dynamics troca de mãos: o Google comprou a companhia em 2013, mas negociou a divisão em 2017 com o SoftBank. Os produtos da Boston Dynamics incluem o Spot, um robô parecido com um cachorro que pode subir escadas e chamou a atenção da mídia mesmo enquanto a empresa tinha dificuldade para comercializar seus negócios. Saiba mais: Cão robô reforça medidas de distanciamento social em parque de Singapura Novo robô da dona do Google levanta do chão sozinho e carrega caixas O novo presidente da Hyundai Motor Group, Euisun Chung, prometeu reduzir a dependência da fabricação tradicional de carros, dizendo que a robótica seria responsável por 20% dos negócios futuros da empresa, com a fabricação de carros ocupando 50%, seguida pela mobilidade aérea urbana com 30%. Chung terá uma participação de 20% na Boston Dynamics, enquanto a Hyundai Motor e suas afiliadas Hyundai Mobis e Hyundai Glovis terão uma participação combinada de 60%. A transação, sujeita a aprovações regulatórias e outras condições de fechamento, deve ser concluída em junho de 2021. Assista os vídeos mais vistos do G1
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Vacina vai ditar trajetória de incerteza econômica, diz FGV
Indicador de Incerteza da Economia de dezembro registrou recuo de 5,1 pontos. Impacto das notícias sobre vacinas foi tão forte que inibiu, em parte, preocupação com a questão fiscal do Brasil. A evolução da pandemia por covid-19, bem como das vacinas contra a doença, ditarão a trajetória do patamar de incerteza com o Brasil, nos próximos meses, segundo análise feita por Anna Carolina Gouveia, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A pesquisadora fez a observação ao comentar o recuo de 5,1 pontos na prévia do Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) de dezembro, ante novembro, para 140,7 pontos, anunciado nesta sexta-feira (11) pela fundação. Caso seja confirmada, seria menor pontuação do índice desde fevereiro (115,1 pontos). Notícias favoráveis sobre vacinas eficientes contra covid-19 levaram ao resultado, afirmou ela.
Vacinas contra a Covid-19: veja comparativo das candidatas em estágio mais avançado
Sem citar números por ser uma prévia, a especialista informou que, dos dois componentes do IIE-Br – Mídia e Expectativas – foi o primeiro que mais influenciou o recuo do resultado preliminar de dezembro, do índice. "O componente Mídia representa 80% do indicador", lembrou ela, notando que o noticiário favorável sobre vacina influenciou favoravelmente esse componente.
O impacto das notícias sobre vacinas foi tão forte que inibiu, em parte, preocupação com a questão fiscal do Brasil, ainda tema de debates no mercado – principalmente no que se refere a teto de gastos do governo, observou ela.
Ao ser questionada se, nos próximos meses, notícias favoráveis sobre vacinação e sobre a pandemia poderiam conter, em parte, possível impacto negativo de problemas na área fiscal, a economista foi taxativa ao frisar o peso da questão sanitária no indicador.
"A pandemia representa em torno de 80%, 70% da incerteza", afirmou ela, notando que o IIE-Br poderia cair a ritmo mais rápido, caso ocorra resolução mais ágil da pandemia no Brasil.
Vacina CoronaVac começa a ser envasada pelo Instituto Butantan
Entretanto ela fez uma ressalva. Caso o indicador de dezembro fique em torno de 140 pontos, mesmo em queda ante resultados anteriores, essa pontuação seria "altíssima". Ela ressaltou que a média histórica do indicador, antes da pandemia, oscilava em torno de 115 pontos, o que já não era bom – o quadrante favorável do indicador é abaixo de 100 pontos.
"Mesmo se houver queda [no indicador completo de incerteza] a previsão é de encerrarmos o ano com patamar alto de incerteza", finalizou.
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China suspende temporariamente a importação de carne de 2 frigoríficos brasileiros após detectar coronavírus em lotes
Embargo é de uma semana e passou a ser adotado pelos chineses após a pandemia. Ao todo, o país tem, neste momento, 6 frigoríficos embargados pelo país asiático. Frigoríficos de carne bovina – foto tirada antes da pandemia Reprodução/TV TEM A Administração Geral das Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira (11) que suspendeu por uma semana a importação de 2 frigoríficos brasileiros após encontrar traços de coronavírus em lotes (caixas e embalagens) de carne bovina. Segundo a GACC, uma das unidades é da Plena Alimentos, em Paraíso do Tocantins (TO) e a outra da Naturafrig, de Barra do Bugres (MT). A suspensão deverá terminar no próximo dia 18. Ao todo, o país tem, neste momento, 6 frigoríficos embargados pelo país asiático e, com o anúncio desta sexta, já são 4 casos em que os chineses encontraram a presença do vírus em embalagem dos produtos (leia mais abaixo). O G1 procurou as empresas e o Ministério da Agricultura e, até a última atualização deste texto, não houve retorno. A suspensão automática faz parte de um novo protocolo chinês para controle de entrada de alimentos no país. Todos os lotes (caixas e embalagens) são testados para detectar a presença do vírus. Desde o início da pandemia, os chineses mostraram preocupação com a chegada de cargas que pudessem ter a presença do vírus e tem bloqueado as exportações de países por conta desse risco. Pelo mesmo motivo, a China também suspendeu hoje o frigorífico argentino Alberdi. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que não há evidências de que o coronavírus possa ser transmitido por alimentos. Testes de lotes A suspensão temporária passou a ser adotada nos últimos meses, com o aprimoramento dos protocolos entre chineses e brasileiros. O país asiático começou a testar as cargas que chegavam por lá e determinou que, em caso da presença do vírus, a unidade é suspensa automaticamente por uma semana. Os outros dois casos ocorreram em um pacote de pescados da empresa Monteiro Indústria de Pescados e em uma embalagem de carne bovina da Minerva Foods, de Barretos (SP). As duas empresas já foram novamente autorizadas a vender para os chineses. Outras 4 unidades ainda suspensas Neste momento, 4 frigoríficos seguem com sem poder vender para a China e sem previsão de liberação, são eles: JBS, de Passo Fundo (RS) – carne de frango; Minuano, de Lajeado (RS) – carne de frango; JBS, de Três Passos (RS) – carne suína; Aurora, de Xaxim (SC) – carne de frango. Essas unidades foram suspensas antes da mudança de protocolo. Desde o início da pandemia, 11 frigoríficos e 1 unidade de pescados do Brasil foram suspensos pela China. Do total, as unidades da BRF em Dourados e Lajeado, da Marfrig em Várzea Grande, da Minerva em Barretos, a empresa Monteiro Indústria de Pescados e a processadora de carne Agra, já tiveram a autorização restabelecida. Plena Alimentos e Naturafrig aguardam o fim da suspensão automática. VÍDEOS: mais notícias do agronegócio .
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Dona da Fiat vai lançar em janeiro serviço de carro por assinatura no Brasil
Nova empresa tem potencial para competir com grupos já estabelecidos no mercado como Localiza e Unidas, que lançaram recentemente serviços de assinatura de veículos. O grupo FCA, que tem entre as marcas Fiat e Jeep, anunciou nesta sexta-feira (11) o lançamento de uma empresa de assinatura de veículos no Brasil, em estratégia para capturar clientes que deixaram de ser consumidores de carros, mas que com a pandemia podem estar considerando o transporte particular ante o público.
A Flua!, que tem potencial para competir com grupos já estabelecidos no mercado como Localiza e Unidas, que lançaram recentemente serviços de assinatura de veículos, marca a primeira fez que o grupo FCA entra neste segmento no mundo.
Locadoras 'turbinam' vendas de veículos, viram rivais de concessionárias e mudam jeito de ter carro
A FCA vai lançar primeiro um piloto em meados de janeiro em 32 concessionárias de sua rede de mais de 700 pontos de venda no Brasil. As lojas escolhidas estão nos Estados de São Paulo e Paraná. A nova empresa vai atuar apenas com veículos do grupo ítalo-americano e o piloto vai servir para a companhia estimar o tamanho da demanda pelo serviço.
O grupo não informou investimentos na empreitada. O diretor da Flua!, Fábio Siracusa, afirmou em conferência online com jornalistas que o público potencial é "grande e crescente", mas não deu detalhes ou estimativa de preços do serviço.
Soluções na indústria automotiva brasileira no combate ao coronavírus
Segundo ele, a nova empresa vai atuar em parceria com as concessionárias e com o banco Fidis, também da FCA. As concessionárias que aderirem terão, além de participação nos valores de assinaturas pagas pelos clientes, renda com serviços de manutenção dos veículos da Flua!. Uma vez que o contrato do cliente expira, o veículo pode ser adquirido por ele ou voltar para a revenda na rede concessionária, afirmou.
"Temos grandes expectativas sobre o potencial (da Flua!). Por isso estamos lançando no Brasil, mas vamos adquirir aprendizado a partir do piloto", disse Siracusa.
Questionado se a nova empresa poderá gerar problemas no relacionamento do grupo automotivo com as empresas de aluguel de veículos, grandes clientes das montadoras no país, Siracusa afirmou que não espera "nenhum tipo de problema" pois as empresas "trabalham com locação de curto prazo e atuam com gestão de frota para empresas. Este produto de carro por assinatura está fora deste escopo".
O executivo afirmou que os carros do serviço da Flua! não ficarão no estoque das concessionárias, por isso não vão gerar custos financeiros a eles. A empresa vai contratar a produção do veículo assinado pelo cliente diretamente com a fábrica, que vai garantir espaços na linha de montagem para os carros da Flua!.
Os contratos a serem ofertados pela empresa serão de 12, 24 ou 36 meses, com franquias de 1 mil, 2 mil ou 3 mil quilômetros para rodar por mês. "O produto foi desenhado para atender perfis de clientes que já não têm apego pelo carro e já não visitavam nossos showrooms. É desenhado para trazer novos clientes aos showrooms", afirmou o executivo, acrescentando que a FCA "não poupou investimento neste produto".
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Turismo cresce 7,1% em outubro, mas ainda tem perda de 38% no ano, mostra IBGE
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o indicador do turismo precisaria subir em torno de 54,7% para retornar ao patamar pré-pandemia. Novo ministro do Turismo diz que setor não aguenta outro lockdown
Um dos mais impactados pela Covid-19, setor está longe de voltar ao patamar pré-pandemia O Índice de Atividades Turísticas, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), subiu 7,1% em outubro ante setembro, mas caiu 33,6% em relação a outubro do ano passado e acumula perda de 38,2% em 2020.
"Mesmo com a alta, o setor de turismo não conseguiu ainda voltar ao patamar pré-pandemia", afirmou o pesquisador do IBGE, Rodrigo Lobo.
O IBGE calcula que o indicador de turismo precisaria subir em torno de 54,7% para retornar ao patamar de fevereiro deste ano, antes da pandemia.
Lobo comentou que o setor foi um dos mais afetados pela crise econômica causada pela Covid-19. Ele citou como razões as próprias características do turismo, que engloba atividades como passeios e transporte aéreo de passageiros, por exemplo.
Paraíso em crise: após enfrentar 8 meses de fechamento, Aurora do Tocantins espera reaquecer turismo
Por regiões, houve alta na atividade em todas as 12 unidades da federação onde o indicador de turismo é investigado em outubro ante setembro. Os destaques positivos foram Bahia (24,4%), Rio Grande do Sul (19,7%), Minas Gerais (10,9%), Rio de Janeiro (6,1%) e São Paulo (3,6%).
Mas, ao se comparar com desempenho de outubro de 2019, todas as 12 unidades tiveram queda na atividade. Os destaques negativos foram: São Paulo (-40,9%), Pernambuco (-38,2%), Rio Grande do Sul (-35,8%), Bahia (-31,9%), Rio de Janeiro (-29,3%) e Minas Gerais (-27,4%).
Essa evolução regional do indicador de turismo, com melhores resultados na margem do que nas comparações interanuais, acompanha o ritmo regional da economia de serviços como um todo, apurada pela PMS.
No volume de serviços totais, houve alta em 16 das 27 unidades da federação, com São Paulo (1,3%) a exercer impacto positivo mais importante. Outras contribuições positivas relevantes vieram do Rio de Janeiro (2,5%), da Bahia (10,8%) e do Distrito Federal (3,2%).
Em contrapartida, na comparação com outubro do ano passado, o volume de serviços caiu em 23 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com recuo observado em São Paulo (-7,7%).
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Cade aprova aquisição da iClinic pela Afya
Afya pagou R$ 182,7 milhões pela iClinic, dos quais 61,5% foram pagos à vista e 38,5% em ações. Sede do Cade, em Brasília Adriano Machado/Reuters A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da totalidade do capital social da iClinic pela Afya, empresa que atua no setor de ensino superior no Brasil. A iClinic é uma empresa de tecnologia modelo SaaS (software como serviço) com foco na área de saúde, principalmente na gestão de clínicas e consultórios médicos. Para a Afya, a operação representa a diversificação de seu portfólio de atividades e, principalmente, uma oportunidade de passar a atuar em soluções digitais na área de saúde. A Afya pagou R$ 182,7 milhões pela iClinic, dos quais 61,5% foram pagos à vista e 38,5% em ações da Afya. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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