Receita notificará 26 mil empresas do Simples Nacional por indícios de sonegação de tributos
Investigação abrangeu período de janeiro de 2018 a dezembro de 2019. Empresas podem regularizar situação em até 90 dias, ou, caso não concordem, aguardar a análise do órgão. A Secretaria da Receita Federal informou que notificará 26.015 empresas do Simples Nacional suspeitas de sonegação no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2019.
De acordo com as investigações, há indícios de irregularidades envolvendo um total de R$ 14,058 bilhões.
As mensagens serão encaminhadas em formato digital para o Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN) dos contribuintes, cujo uso é obrigatório para as empresas do Simples Nacional. A consulta é feita no Portal do Simples Nacional.
Segundo o Fisco, as empresas notificadas informaram na declaração mensal a que estão obrigadas as optantes pelo Simples Nacional valores de receitas brutas que não condiziam com as notas fiscais que emitiram, já considerando descontos, devoluções próprias e de terceiros.
"O objetivo das notificações é alertar o contribuinte sobre as inconsistências detectadas pela Receita Federal, dando a oportunidade que sejam feitas as correções necessárias", informou.
As empresas terão um prazo de 90 dias, contados a partir da ciência da notificação, para fazer a retificação.
Quem não regularizar a situação pode ser multado em até 225% do valor do tributo, além de ser alvo de representação ao Ministério Público Federal pelo crime de sonegação fiscal".
Discordância
Caso o contribuinte não concorde com a Receita Federal, não precisa procurar uma unidade física para atendimento, ou enviar documentos.
"Deve-se, apenas, aguardar a análise final, a ser realizada pela Receita Federal, que verificará se as inconsistências ensejam, ou não, a abertura de procedimento fiscal, com o objetivo de constituir, por meio de auto de infração, os créditos tributários devidos", explicou.
Nas mensagens, informou a Receita Federal, também constará o demonstrativo das divergências (receitas não declaradas), além de um link para um documento online com instruções complementares para as correções.
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Criação de vagas nos EUA em novembro é a menor em 6 meses e fica abaixo da esperada
Foram 245 mil vagas criadas no mês passado, depois de 610 mil em outubro. Desemprego, porém, registra leve queda e recua de 6,9% para 6,7%. A economia dos Estados Unidos criou o menor número de vagas de trabalho em seis meses em novembro, diante do ressurgimento de casos de Covid-19, o que, com a falta de mais alívio do governo, ameaça reverter a recuperação da recessão. Os EUA fizeram 245 mil contratações no mês passado, depois de 610 mil em outubro, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (4). Foi menor abertura líquida desde que a recuperação dos empregos começou em maio. Mesmo crescendo pelo quinto mês, o nível de emprego segue bem abaixo do pico de fevereiro. Já a taxa de desemprego recuou de 6,9% para 6,7% em um mês. Embora o índice tenha atingindo o menor patamar desde que a pandemia pulverizou o mercado de trabalho, ainda há 10,7 milhões de desempregados no país, aos quais se somam pessoas que pararam de procurar uma vaga. Taxa de desemprego nos EUA Economia G1 O relatório de emprego cobriu apenas as duas primeiras semanas de novembro, quando a atual onda de infecções por coronavírus começou. Após essa data, no entanto, as taxas de infecção, hospitalização e mortes dispararam, levando alguns economistas a esperar queda no emprego em dezembro ou janeiro diante da imposição de restrições a empresas e consumidores. Economistas consultados pela Reuters projetavam abertura líquida de 469 mil postos de trabalho em novembro. EUA registram maior número de mortes em 24 horas desde o início da pandemia Vídeos: veja as últimas notícias de economia
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CVM aplicou 25 multas no 3º trimestre, em um total de R$ 8,12 milhões
No acumulado do ano foram mais de R$ 900 milhões em condenações pecuniárias. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou 25 multas no terceiro trimestre, em um total de R$ 8,12 milhões. No mesmo período de 2019, elas somaram R$ 13,1 milhões. No acumulado do ano, no entanto, foram mais de R$ 900 milhões em condenações pecuniárias, que ficaram mais concentradas nos primeiro três meses de 2020.
No terceiro trimestre, o colegiado analisou o uso de aeronave da JBS pelo empresário Joesley Batista e sua família, para fins alheios aos interesses da companhia. Neste julgamento, os irmãos Batista foram multados em R$ 1,1 milhão pelo regulador.
No período, o colegiado também julgou pela primeira vez a indicação de executivo a cargo em companhia aberta mesmo impedido pela lei das Estatais. A autarquia aplicou multa de R$ 50 mil a Adriano Zanotto, enquanto diretor-presidente e presidente do conselho de administração da Casan – empresa de água e esgoto de Santa Catarina. A Celesc, empresa de energia do Estado, também detém fatia na companhia.
No total, entre julho e setembro, foram realizados 16 julgamentos na CVM, com 34 condenações. Além das multas, a CVM inabilitou ou proibiu seis pessoas de atuarem no mercado de capitais, além de uma suspensão e dois advertidos. Por outro lado, 12 acusados foram absolvidos. No terceiro trimestre, também foram iniciados iniciados 26 procedimentos administrativos investigativos ou sancionadores.
O colegiado também apreciou propostas de termo de compromisso referentes a 15 processos, envolvendo 52 proponentes e R$ 18,73 milhões. Foram aprovadas propostas relacionadas a quatro processos, de nove acusados, que totalizaram R$ 8,05 milhões. No ano, os 39 termos de compromissos aprovados chegam a R$ 38,6 milhões.
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Cerca de 3,2 milhões de domicílios tiveram apenas renda do Auxílio Emergencial em outubro, aponta Ipea
Na comparação com setembro, houve queda de cerca de 1 milhão do número de domicílios dependentes exclusivamente da ajuda do governo. Fila em agência da Caixa para saque de Auxílio Emergencial na Grande Natal em registro feito no dia 23 de novembro Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi Dados divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, em outubro, 27,86% dos domicílios brasileiros não tiveram renda proveniente do trabalho e 4,75% contaram apenas com o Auxílio Emergencial, sem qualquer outra fonte de renda, o que corresponde a cerca de 3,25 milhões de famílias. Na comparação com setembro, porém, diminuiu em aproximadamente 1 milhão o número de domicílios dependentes exclusivamente da ajuda emergencial do governo diante da pandemia do coronavírus, o que equivale uma queda de aproximadamente 1,25 ponto percentual. “É a primeira queda mais substancial dessa proporção desde junho”, destacou o Ipea. O cálculo foi feito pelo Ipea a partir dos microdados da Pnad-Covid, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho. O Ipea destacou que a proporção de domicílios que sobreviveram apenas com o Auxílio Emergencial foi significativamente maior no Nordeste e alguns estados do Norte. No Amapá, por exemplo, essa proporção chegou 11,4% em outubro. Os estados de Maranhão e Piauí também apresentaram proporção superior a 10% dos domicílios exclusivamente dependentes do auxílio. “Destaca-se a queda da proporção de domicílios exclusivamente dependentes do Auxílio Emergencial na Bahia, onde caiu de 12,7% em setembro para 7,3% em outubro”, enfatizou o órgão. Rendimento efetivo correspondeu a 92,8% do habitual A análise do Ipea apontou que, em outubro, os rendimentos médios da população brasileira corresponderam a 92,8% da renda média habitual. Os rendimentos médios habitualmente recebidos foram de R$ 2.345, enquanto os efetivamente recebidos foram de R$ 2.175, valor 2,2 pontos percentuais (p.p.) acima do registrado no mês anterior. O levantamento apontou que os trabalhadores por conta própria foram os mais atingidos pela queda de renda devido à pandemia, tendo recebido 83,2% do habitual, seguidos pelos empregadores, cujo rendimento efetivo foi 89,5% do habitual. Os trabalhadores do setor privado sem carteira assinada receberam efetivamente 90,7% do habitual, enquanto os trabalhadores formais, com carteira assinada, receberam 96,4% do habitual. Trabalhadores do setor público contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) receberam 97,9% do habitual. Entre militares e estatutários, esse percentual foi 98,5% , enquanto entre os trabalhadores informais do setor público, a renda efetiva foi 98,6% do habitual. Impacto do Auxílio Emergencial Com o pagamento do Auxílio Emergencial, a renda domiciliar média ficou 3% acima da que seria obtida apenas com os rendimentos do trabalho habituais. Esse impacto do auxílio foi maior entre os domicílios de renda baixa nos quais o rendimento médio teve alta de 22% em relação ao habitual. O Ipea ponderou, porém, que o aumento na renda domiciliar média provocado pelo auxílio foi R$ 100 menor em outubro, na comparação com setembro (R$ 292 contra R$ 392). “Assim, mesmo com o aumento da renda do trabalho efetiva, a renda média total domiciliar caiu 1,8%, alcançando R$ 3.818 em outubro. Entre os domicílios de renda muito baixa, a queda foi de 6,8% (de R$ 1.177 para R$ 1.097)”, destacou o instituto. Assista às últimas notícias em Economia:
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Facebook vai priorizar remoção de conteúdo de ódio contra grupos minoritários
Rede social está ajustando seus algoritmos para ter foco maior em publicações com mensagens ofensivas a negros, gays e outros grupos. Facebook vai ajustar seus algoritmos de detecção de conteúdo de ódio para priorizar determinados grupos. AP Photo/Jenny Kane O Facebook vai passar a priorizar o uso de seus algoritmos de moderação para remover conteúdo ofensivo contra negros, gays e outros grupos historicamente atacados. As mudanças nos sistemas que detectam xingamentos e discurso de ódio de forma pró-ativa ainda estão em estágios inicias, de acordo com documentos obtidos pelo jornal "Washington Post". O G1 confirmou com fontes que essas mudanças serão realizadas e que, por enquanto, só valem em inglês. O objetivo da alteração é que a rede social remova mais publicações ofensivas direcionadas para pessoas negras, muçulmanos, judeus e a comunidade LGBTQ+. As publicações contra os demais grupos serão mantidas nas regras, mas irão depender de denúncias feitas por usuários. Isso será feito com o uso prioritário de inteligência artificial para determinados ataques – os sistemas da companhia vão focar na remoção automática de afirmações como "pessoas gays são nojentas" em comparação com "homens são porcos", como indica o "Washington Post". As regras do Facebook e Instagram não permitem discurso de ódio, e publicações violentas ou que desumanizem grupos com base em sua raça, gênero, sexualidade e outras características estão entre as proibidas pela empresa. Até agora, os algoritmos da companhia não faziam distinções entre grupos com maior probabilidade de serem alvos de ataque. Análises internas da rede social identificaram que esse tratamento, muitas vezes, resultou na remoção de conteúdos que protestavam contra o racismo, por exemplo. Mesmo com as mudanças, publicações contra todos os grupos serão consideradas como discurso de ódio. A diferença é que a remoção de conteúdos considerados menos prejudiciais dependerá mais das denúncias dos próprios usuários. Os documentos obtidos pelo jornal americano apontam que essa decisão irá diminuir as remoções de conteúdo em cerca de 10 mil publicações por dia. "Sabemos que o discurso de ódio dirigido a grupos sub-representados pode ser o mais prejudicial, e é por isso que focamos nossa tecnologia em encontrar o discurso de ódio que os usuários e especialistas nos dizem ser o mais grave", disse a porta-voz do Facebook, Sally Aldous, em comunicado (veja íntegra abaixo). A mudança é anunciada em meio à pressão de grupos de direitos civis que há muito tempo reclamam que a empresa faz pouco contra o discurso de ódio. No início deste ano, mais de 1.000 anunciantes boicotaram o Facebook para protestar contra seu tratamento ao discurso de ódio e desinformação. Saiba mais: Por que grandes empresas decidiram boicotar o Facebook A moderação de conteúdos nas redes sociais é frequente alvo de críticas de especialistas e usuários. Há questionamentos sobre a agilidade das remoções, sobre a consistência da aplicação de regras e, em outros casos, sobre possíveis restrições à liberdade de expressão. Leia a íntegra do posicionamento da porta-voz do Facebook: "Sabemos que o discurso de ódio direcionado aos grupos sub-representados pode ser o mais danoso, e é por isso que focamos nossas tecnologias na busca do discurso de ódio que usuários e especialistas nos dizem ser os mais sérios. No último ano, nós também atualizamos nossas políticas para detectar mais discurso de ódio implícito, como conteúdos mostrando Blackface, estereótipos sobre judeus controlando o mundo, e banimos a negação do Holocausto. Graças a investimentos significativos em nossas tecnologias, detectamos de forma proativa 95% do conteúdo que removemos e vamos continuar a melhorar a maneira como aplicamos nossas regras na medida em que o discurso de ódio evolui no decorrer do tempo" – Sally Aldous, porta-voz do Facebook. VÍDEOS de tecnologia:
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Com privatização da CEB, setor elétrico retoma agenda de venda de estatais
Segundo CNI, fatia do mercado de distribuição de energia elétrica sob controle privado chega a 78%. Para 2021, estão previstos os leilões da CEA (AP), CEEE-D e CEEE-GT (RS) e da Eletrobras. CEB é vendida à iniciativa privada
A privatização da CEB Distribuição – braço da Companhia Energética de Brasília, realizado nesta sexta-feira (4), marcou a retomada no país dos leilões de venda de estatais do setor de energia após 2 anos sem avanços e de impasses sobre a venda da Eletrobras.
A CEB foi vendida por R$ 2,515 bilhões, 76,63% acima do valor mínimo fixado pelo edital, para a Bahia Geração de Energia, do grupo Neoenergia, que será a nova responsável pela distribuição de energia na capital federal.
A última privatização no setor tinha ocorrido em 2018, com a venda da Companhia Energética de Alagoas (Ceal), que fazia parte do grupo Eletrobras.
78% do setor de distribuição de energia sob controle privado
Desde 2016, já foram realizados 8 leilões de distribuidoras de energia, incluindo o de 7 distribuidoras de energia elétrica federais.
Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com a privatização da CEB, 78% do setor de distribuição de energia elétrica no Brasil passa a estar sob controle privado, restando apenas 6 empresas controladas por estados ou municípios.
Últimas privatizações do setor de energia
CELG-D (Goiás) – 2016
Amazonas Energia (Amazonas) – 2018
Cepisa (Piauí) – 2018
Ceron (Rondônia) – 2018
Eletroacre (Acre) – 2018
Boa Vista Energia (Roraima) – 2018
CEAL (Alagoas) – 2018
CEB (Distrito Federal) – 2020
Segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o projeto de privatização nasceu da impossibilidade de recuperar a CEB. "O estado não deve participar de algumas atividades", disse.
O valor levantado com a venda da CEB superou os R$ 2,009 bilhões levantados pelo governo do Espírito Santo com a concessão de parceria público-privada (PPP) de saneamento básico dos municípios de Cariacica e Viana, na Grande Vitória.
Na avaliação da CNI, a privatização da CEB permitirá a melhoria dos serviços de distribuição de energia no Distrito Federal, sobretudo pela previsão de investimentos por parte do comprador com obras de ampliação e modernização da infraestrutura da companhia.
“Em uma realidade de intensa restrição fiscal, é essencial para o país se contrapor à limitação de recursos públicos com uma maior participação da iniciativa privada, tanto nos investimentos, como na gestão da infraestrutura”, afirmou, em nota o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Próximos leilões
De acordo com a CNI, as últimas empresas de distribuição energia que ainda são estatais: Cemig (MG), CEEE (RS), Copel (PR), Celesc (SC) e CEA (AP), Demei (Ijuí -RS, e DME (Poços de Caldas – MG).
Para 2021, estão previstos os leilões das empresas estaduais CEA (Amapá), CEEE-D e CEEE-GT (Rio Grande do Sul), cujo processo de privatização está sendo estruturado sob a coordenação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que coordena projetos de privatização no país também nas áreas de saneamento, gás natural, abastecimento e tecnologia.
O último cronograma divulgado pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal prevê para 2021 as privatizações das empresas estaduais MSGás, Sulgás, além das concessões das companhias estaduais de saneamento do Rio de Janeiro, Acre e Porto Alegre.
Dúvidas sobre Eletrobras
Já a desestatização mais aguardada continua sendo a da Eletrobras, que de acordo com a nova previsão do governo federal deverá ter o leilão realizado até o 4º trimestre de 2021. Atualmente, a estatal é avaliada em cerca de R$ 60 bilhões.
Governo prevê 9 privatizações em 2021, entre as quais Correios e Eletrobras
O plano de privatizar a gigante do setor de energia mediante aumento de capital e venda do controle acionário foi anunciado ainda em 2017, durante o governo de Michel Temer, mas depende de aprovação do Congresso Nacional e continua enfrentando forte resistência de parlamentares.
"A grande expectativa é a privatização da Eletrobras, que teria um efeito extremamente positivo no país do ponto de vista de investimentos e de reorganização do setor. Há apetite [do mercado] com certeza, mas há resistências e dúvidas sobre o cronograma", afirma o economista Gesner Oliveira, sócio da GO Associados.
O especialista em infraestrutura Fernando Vernalha, sócio do escritório VGP Advogados, avalia que será difícil a privatização da Eletrobras sair do papel em 2021 por conta da necessidade de aval do Congresso.
"Dependerá muito da capacidade do governo em impulsionar essa agenda no Congresso. Tem sido comum no Brasil a excessiva politização e a judicialização de processos de desestatização e privatização, o que traz alguma insegurança para o mercado", diz.
No mês passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que estava "bastante frustrado" por não ter conseguido concluir nenhuma privatização ou liquidação de empresas públicas de controle direto da União em quase 2 anos de governo.
Governo prevê privatizar Correios e Eletrobras no fim de 2021
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Produtividade de servidores é menor em home office, diz estudo
Mais afetados são os que têm filhos pequenos, aponta pesquisa realizada pela Enap em parceria com universidade dos EUA e Ministério da Economia. Especialista fala sobre o home office e a opção desse tipo de trabalho para 2021
O trabalho remoto, adotado devido à pandemia de Covid-19, afetou a produtividade dos servidores públicos, diz pesquisa realizada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com a Universidade de Duke, dos Estados Unidos, e o Ministério da Economia.
Os profissionais mais afetados com queda no tempo produtivo são os que têm filhos pequenos, menores de cinco anos. A diminuição de rendimento não é tão expressiva quando os servidores têm crianças maiores ou adolescentes, mostram dados preliminares divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Ministério da Economia.
Falta de regulamentação para home office faz disparar ações na Justiça
G1 faz guia do home office em tempo de coronavírus
Apesar de bancar custos e trabalhar além da jornada, trabalhador vê aumento da produtividade no home office
61% dos profissionais empregados não aceitariam proposta de trabalho que não incluísse o home office, diz pesquisa
Segundo a pasta, foram registradas cerca de 36 mil respostas de servidores públicos federais do país entre maio e junho. As informações foram coletadas de forma online. O mesmo questionário foi aplicado em 88 países pela Universidade de Duke.
De acordo com a pesquisa, o período de trabalho considerado produtivo está abaixo do ideal: em uma escala de 0 a 12 horas, o ideal seria 6,2 e está em 5,4. O desempenho também é inferior ao declarado antes da pandemia (5,7). As mulheres são as mais afetadas.
Os principais desafios relatados pelos servidores no trabalho remoto são distrações e interrupções e a falta de interação social. Também são apontados problemas tecnológicos e falta de delimitação da fronteira entre vida pessoal e profissional.
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Bolsas europeias fecham em alta com ganhos do petróleo e esperanças de estímulo
Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,92%, a 6.550 pontos. Ações de petróleo impulsionaram os mercados europeus nesta sexta-feira (4), com o índice de Londres atingindo máximas de nove meses, enquanto a fraca criação de empregos nos Estados Unidos fortaleceu as esperanças de um estímulo fiscal.
O índice FTSE 100 de Londres subiu 0,9%, já que os preços do petróleo aumentaram após um acordo entre os membros da Opep+ para continuar a aumentar levemente a produção a partir de janeiro, apesar da continuidade da maior parte das restrições de oferta existentes. O índice de petróleo e gás da Europa saltou 3,1%.
Nos Estados Unidos, dados mostraram que a economia criou o menor número de vagas de trabalho em seis meses em novembro, mas o mercado se recuperou rapidamente à medida que aumentavam as esperanças de que o governo aprove um pacote de alívio ao coronavírus de 908 bilhões de dólares.
"Vacinas, o reinício das tratativas sobre estímulos e o novo governo (dos EUA) e um cenário internacional menos conflituoso ainda serão os temas que impulsionam o mercado", disse Marvin Loh, estrategista sênior para macro global da State Street Global Markets.
O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,6%, ajudando-o a entrar em território positivo no desempenho semanal – sua quinta semana consecutiva no azul. Dados econômicos decepcionantes e a incerteza em torno do Brexit pesaram sobre o índice esta semana.
O progresso em torno de um acordo comercial pós-Brexit ainda permanecia incerto. Autoridades da União Europeia afirmaram que um acordo poderia finalmente ser alcançado neste fim de semana, mas Londres insistiu que as negociações ainda permaneciam "muito difíceis".
OMS alerta que a pandemia na Europa está longe de ser controlada
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,92%, a 6.550 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX teve alta de 0,35%, a 13.298 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 valorizou-se 0,62%, a 5.609 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve alta de 0,78%, a 22.178 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,49%, a 8.322 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,37%, a 4.702 pontos.
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Agência estatal chinesa diz que país detectou traços de Covid-19 em uma amostra de carne suína importada do Brasil
Alimento foi coletado em uma barraca de um mercado local em Yuhuan, segundo a agência. Ministério da Agricultura e associação brasileira do setor afirmam que não foram notificados oficialmente pelas autoridades chinesas. Vendedor segura peça de carne suína em mercado em Handan, na China REUTERS/Stringer Autoridades da cidade de Yuhuan, província de Zhejiang, no leste da China, disseram na quinta-feira (03) que detectaram traços de Covid-19 em uma amostra de carne suína importada do Brasil, informou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua. O Ministério da Agricultura do Brasil disse que não foi notificado oficialmente pelas autoridades chinesas sobre o assunto. Segundo a agência chinesa, a amostra foi coletada em uma barraca de um mercado local em Yuhuan, e foi retirada de um lote de carne suína congelada que entrou na China pelo porto de Yangshan, em Xangai, no dia 28 de setembro. O problema foi identificado com a ajuda de um sistema de rastreamento, voltado alimentos da cadeia de frio baseado em blockchain. A amostra coletada no mercado local testou positivo para Covid-19 na noite de quarta-feira (2), segundo o centro municipal de prevenção e controle de doenças de Yuhuan. China volta a autorizar exportação de unidade da BRF no RS após preocupações com casos de Covid entre funcionários A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também diz que não foi notificada pelas autoridades chinesas. "A ABPA lembra que, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e os demais órgãos de saúde no Brasil e no exterior, não há evidências científicas sobre a transmissão de Covid-19 por meio de alimentos", disse a associação em nota. "A ABPA permanece em contato direto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para apoiar os esclarecimentos que se façam necessários às autoridades chinesas", reforçou. Frigoríficos com vendas suspensas A detecção de traços de Covid-19 em amostras de carnes importadas do Brasil já levou a China a proibir as exportações nacionais de 9 frigoríficos e 1 unidade de pescados, desde o início da pandemia. Desse total, as unidades da BRF em Dourados e Lajeado, da Marfrig em Várzea Grande, da Minerva em Barretos, a empresa Monteiro Indústria de Pescados e a processadora de carne Agra, já tiveram a autorização restabelecida. Porém, 4 frigoríficos seguem sem poder vender para a China, são eles: JBS, de Passo Fundo (RS) – carne de frango; Minuano, de Lajeado (RS) – carne de frango; JBS, de Três Passos (RS) – carne suína; Aurora, de Xaxim (SC) – carne de frango. Coronavírus é encontrado em carne de frango catarinense vendida na China VÍDEOS: tudo sobre o agronegócio
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As vantagens e desvantagens de trabalhar só 4 dias por semana
A multinacional Unilever acaba de anunciar que fará uma experiência na Nova Zelândia que inclui a redução da jornada de trabalho, mas mantendo o mesmo salário. Outras empresas estão considerando fazer o mesmo, em um sistema que virou de cabeça para baixo depois da pandemia de covid-19. Você gostaria de ter uma semana de trabalho de 4 dias? Getty Images/BBC Uma das pioneiras em estabelecer sábado e domingo como folga dos trabalhadores foi a montadora americana Ford em 1926, com a ideia de que o descanso no fim de semana os tornaria mais produtivos, reduzindo ausências e melhorando a eficiência. Na mesma época, o economista John Keynes indicou que eventualmente a sociedade evoluiria para uma semana de trabalho de apenas 15 horas, considerando a velocidade dos avanços tecnológicos. Quase um século depois, essa previsão ainda está longe de se concretizar, embora várias empresas tenham experimentado reduzir a semana de trabalho para 32 horas. Na Nova Zelândia, há uma organização chamada Semana de 4 Dias que promove uma semana de trabalho reduzida. "Todas as empresas com as quais conversamos relatam um aumento na produtividade", diz Charlotte Lockhart, diretora executiva da organização, à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Lockhart e Andrew Barnes implementaram a semana de trabalho de quatro dias em 2018 na empresa Perpetual Guardian, dedicada ao aconselhamento para planejamento de riqueza familiar e investimentos financeiros. "Nossa experiência tem sido muito bem-sucedida", diz Lockhart, argumentando que as faltas frequentes no trabalho diminuíram e o bem-estar do trabalhador aumentou. A ideia por trás das horas reduzidas, como afirma Andrew Barnes em seu livro The Four Day Week (A Semana de Quatro Dias, em tradução livre), é um compromisso com o trabalho flexível que permite aumentar a produtividade, a lucratividade, o bem-estar e um futuro mais sustentável. Levando em conta esses fatores, o gigante consórcio Unilever iniciará em dezembro uma experiência que durará um ano com os 81 funcionários da firma na Nova Zelândia: reduzirá a jornada de trabalho para quatro dias, sem reduzir seu salário. "As velhas formas de trabalhar estão obsoletas", diz Nick Bangs, diretor-gerente da Unilever New Zealand, à BBC. Bangs diz que foram motivados pelo exemplo de empresas como a Perpetual Guardian e a Microsoft no Japão, e pelas ideias da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, sobre a necessidade de buscar formas mais flexíveis de trabalhar em meio à pandemia de covid-19. A multinacional vai medir o desempenho dos trabalhadores em relação aos seus resultados e, de acordo com as conclusões do experimento, a empresa vai decidir se vai aplicar o novo regime de trabalho em outros países. Entre as empresas que reduziram a semana de trabalho estão Nicholson Search, do Reino Unido, a dinamarquesa IIh Nordic e a americana Monograph, que começaram com o novo modelo de trabalho há mais de quatro anos. Outros exemplos são a MRL Consulting, Morrisons, ICE recruitment, Buffer e a prefeitura da cidade espanhola de Valência, que, em outubro, chegou a anunciar subsídios para empresas que adotarem esse regime de trabalho. De acordo com o secretário regional do emprego, Enric Nomdedéu, o objetivo é melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida privada, reduzir a pegada de carbono e aumentar a produtividade. O mistério da Microsoft A BBC News Mundo entrou em contato com a Microsoft Japão para discutir a experiência da empresa após conduzir um experimento de quatro dias úteis que durou um mês em agosto de 2019, mas a empresa se recusou a comentar o assunto. Jan-Emmanuel De Neve, diretor do centro de pesquisas sobre bem-estar da Universidade de Oxford, no Reino Unido, destaca que todos os estudos que avaliaram o impacto de uma semana de quatro dias mostraram resultados positivos em termos de produtividade, entendida como a quantidade de trabalho que é feito em um tempo definido. "Não vi nenhum estudo que apontasse para o resultado oposto", diz De Neve à BBC. Por exemplo, acrescenta, a empresa Pursuit Marketing na Escócia viu um aumento de 22% na produtividade ao implementar este sistema. Mas De Neve diz que é importante considerar os efeitos no bem-estar dos funcionários e no equilíbrio entre vida profissional e pessoal. É importante considerar os efeitos sobre o bem-estar do funcionário e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal Getty Images/BBC "O ângulo do bem-estar é a chave para entender por que há um aumento na produtividade", diz ele, explicando que há evidências causais sobre o impacto do bem-estar do funcionário na produtividade. "Em nosso estudo com a British Telecom, descobrimos que nas semanas em que os trabalhadores estão mais felizes, há um aumento de 13% nas vendas." 'Não é realista' Até agora, experimentos que reduzem a jornada de trabalho têm sido conduzidos por empresas que optaram voluntariamente por tentar esse caminho. No entanto, em países como o Reino Unido, um duro debate político eclodiu depois que organizações sindicais e membros do Partido Trabalhista propuseram uma adoção generalizada da semana de trabalho reduzida. No meio da discussão, um relatório do historiador econômico Robert Skidelsky publicado em setembro do ano passado concluiu que impor uma semana de trabalho de quatro dias "não é realista nem desejável". Skidelsky argumentou que tais políticas não teriam êxito, citando o exemplo da introdução na França de um limite semanal de 35 horas de trabalho em 1998. "A evidência é que, após um breve efeito de impacto, a legislação francesa tornou-se amplamente ineficaz por um acúmulo de exceções e brechas." Jonathan Boys, economista do mercado de trabalho do Chartered Institute for Personnel and Development (CIPD), argumenta que essa não é a melhor alternativa. "Foi sugerido que ela pode aumentar a produtividade e fornecer um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, mas as evidências disso são escassas", afirma Boys à BBC. O economista explica que durante a última década, o crescimento da produtividade ficou estável e que a queda do investimento empresarial durante a pandemia sugere que essa tendência vai continuar. Nessa perspectiva, o contexto econômico atual mostra que "as forças econômicas não estão trabalhando a favor da jornada de trabalho semanal de quatro dias", afirma o especialista. No entanto, Boys argumenta que pode haver mudanças nos sistemas de trabalho na esteira da pandemia, uma vez que evidências preliminares sugerem que o teletrabalho pode aumentar a produtividade. Além disso, muitas pessoas planejam continuar trabalhando em casa após a pandemia, o que está transformando o sistema de trabalho tradicional. "Se não podemos cortar nossas horas de trabalho, devemos pelo menos ser capazes de reduzir o deslocamento diário", diz Boys. O que fazer com pessoas sobrecarregadas Outro tema que faz parte da discussão global é que nem todos os tipos de empresa conseguem reduzir a semana para quatro dias, dada a natureza do seu negócio. E as empresas que operam em turnos, como hospitais, restaurantes ou mineradoras? E outro ponto que questiona a eficácia da proposta é como os funcionários que já possuem uma grande sobrecarga de trabalho vão se adaptar à ideia de que devem fazer o mesmo, mas em menos dias. Nos casos em que uma pessoa faz o trabalho de duas pessoas e geralmente sai tarde do escritório, é provável que uma semana de quatro dias acabe sendo uma armadilha que o obriga a trabalhar em casa para não diminuir sua produtividade. Mesmo os pesquisadores que são a favor de uma semana de trabalho mais curta, como Jarrod Harr, professor de gerenciamento de recursos humanos da Universidade de Tecnologia de Auckland, alertaram que é muito difícil para um trabalhador sobrecarregado se ajustar à semana de quatro dias. No entanto, Harr acredita que, apesar das desvantagens potenciais, vale a pena fazer os experimentos. O experimento na Suécia E entre as experiências que foram realizadas em diferentes países, os resultados são diferentes. Por exemplo, na cidade de Gotemburgo, Suécia, um experimento foi conduzido reduzindo o trabalho realizado por funcionários de lares de idosos administrados pelo estado para seis horas por dia. Embora a produtividade e o absenteísmo tenham realmente melhorado, os custos dispararam porque eles tiveram que contratar mais funcionários para cobrir os turnos. O resultado é que a experiência foi inviável financeiramente. Também é o caso de algumas startups que experimentaram o sistema, mas acabaram voltando à tradicional semana de trabalho. Isso aconteceu com a Treehouse, uma empresa americana que ajuda a recrutar e treinar talentos em tecnologia. Seu fundador, Ryan Carson, implementou o sistema por quase uma década. Mas em 2016, ele teve que dizer aos seus funcionários que eles deveriam voltar em 5 dias úteis porque a competição estava muito acirrada. A experiência da rede de restaurantes Shake Shack Outros tiveram uma boa experiência, como a rede americana de fast food Shake Shack, que reduziu a jornada semanal para 32 e manteve o salário de seus funcionários. A empresa expandiu o experimento no início deste ano para um terço de seus 164 restaurantes, antes que a crise da covid-19 se transformasse em uma pandemia. Mas essa experiência tem sido mais exceção do que regra nos Estados Unidos, país onde a redução da jornada de trabalho não ganha espaço porque vai contra as noções de ética do trabalho e capitalismo existentes no país, segundo Peter Cappelli, professor da Wharton School da Universidade da Pensilvânia. E como as empresas costumam se concentrar em responder aos acionistas, explica ele, elas tendem a priorizar os lucros em relação aos benefícios dos funcionários. De volta à Nova Zelândia, a organização da "semana de 4 dias" afirma que aumentou o interesse de empresas maiores em fazer experimentos para reduzir a jornada de trabalho. Não apenas a Unilever, mas outras das multinacionais estão interessadas em testar novos sistemas de trabalho flexíveis. O que não está claro é se esses experimentos serão experiências isoladas ou se acabarão se tornando os primeiros passos de uma tendência crescente. O que os pesquisadores do trabalho concordam é que a pandemia obrigou as empresas a se adaptarem de um segundo para o outro às novas condições de trabalho que incluem esquemas mais flexíveis, com opções de teletrabalho. E essa abertura a sistemas mais flexíveis, aliada a mudanças tecnológicas, pode mudar profundamente os sistemas de trabalho como os conhecemos até agora. Assista as últimas notícias de economia
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