Vendas do comércio crescem 8% em junho, mas setor tem pior semestre desde 2016
Apesar da segunda alta mensal seguida, varejo brasileiro acumula queda de 3,1% no ano e de 0,1% em 12 meses. No 2º trimestre, setor registrou queda recorde de 7,8%. Comércio de rua na cidade de Osasco, na grande São Paulo; vendas do comércio crescem 8% em junho, mas setor tem pior semestre desde 2016 Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo As vendas do comércio varejista cresceram 8% em junho, na comparação com maio, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da segunda alta consecutiva do setor, após tombo nos meses de março e abril. Com o resultado, o varejo brasileiro acumula queda de 3,1% no ano e de 0,1% em 12 meses. Foi a primeira queda semestral desde o primeiro semestre de 2017 (-0,2%) e a mais intensa desde o 2º semestre de 2016 (-5,6%). Na comparação com junho de 2019, houve alta de 0,5% – primeira taxa positiva após três meses de perdas nesta base de análise. O resultado veio acima do esperado pelo mercado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 5,40% na comparação mensal e de queda de 3,45% sobre um ano antes. Vendas do comércio mês a mês Economia G1 A alta recorde de maio foi revisada pelo IBGE para 14,4%, ante leitura inicial de avanço de 13,9%. "Apesar dos números positivos nesses dois meses, o varejo fechou o primeiro semestre com -3,1%, frente ao primeiro semestre de 2019, influenciado pelas medidas de isolamento social para contenção da pandemia de Covid-19. Esse resultado semestral é o menor desde o segundo semestre de 2016 (- 5,6%)", destacou o IBGE. A receita nominal do varejo, por sua vez, subiu 8,5% em junho. Na comparação com junho do ano passado, subiu 2,7%. No acumulado no 1º semestre, a receita nominal do comércio acumulou elevação de 0,1%. Em 12 meses, tem alta de 2,8%. Bom Dia Brasil: vendas no varejo aumentaram 8% de maio para junho Queda recorde de 7,8% no 2º trimestre O comércio fechou o 2º trimestre com queda de 7,8% em relação aos 3 meses anteriores, o maior tombo trimestral do setor já registrado pela pesquisa. No primeiro trimestre, o recuo havia sido de 1,7% sobre o 4º trimestre. Na comparação com o 2º trimestre de 2019, houve queda de 7,7%, também recorde histórico e primeiro resultado negativo desde o período de janeiro a março de 2017. Alta em 7 das 8 atividades em junho Com exceção de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,7%), todas as outras 7 atividades analisadas pela pesquisa cresceram ante maio. Os maiores percentuais de avanço foram observados nas vendas de livros, jornais, revistas e papelarias (69,1%), tecidos, vestuário e calçados (53,2%). O grande destaque, porém, foi móveis e eletrodomésticos (31%), que interrompeu a trajetória de queda observada desde fevereiro e passou a acumular avanço de 3,5% em 12 meses, apesar da queda de 1,3% no 1º semestre. O setor de hipermercados, com peso de cerca de 50% no índice geral, registrou alta de 0,7% em junho, acumulando avanço de 5,4% no ano. O comércio varejista ampliado, que inclui também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material e construção, cresceu 12,6% em relação a maio, mas caiu 0,9% na comparação interanual – 4ª taxa negativa consecutiva. No acumulado no ano, a queda é de 7,4% e, em 12 meses, o recuo é de 1,3%. Desempenho de cada atividade do varejo em junho Combustíveis e lubrificantes: 5,6% Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 0,7% Tecidos, vestuário e calçados: 53,2% Móveis e eletrodomésticos: 31% Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -2,7% Livros, jornais, revistas e papelaria: 69,1% Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 22,7% Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 26,1% Veículos, motos, partes e peças: 35,2% (varejo ampliado) Material de construção: 16,6% (varejo ampliado) “Os resultados positivos eram esperados porque viemos de uma base de comparação muito baixa, que foi o mês de abril (-17%). Esse crescimento, então, foi praticamente generalizado, distribuído em quase todas as atividades”, observou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. “Há um movimento de adaptação. Tanto móveis e eletrodomésticos quanto livros, jornais, revistas e papelarias são duas das atividades com maior potencial de adaptação, principalmente nas pequenas e médias empresas, que sempre tiveram o comércio calcado na venda física. Com a pandemia, ao longo do tempo, elas aprenderam a ofertar seus produtos de maneira distinta e a trabalhar com entrega, por exemplo”, acrescentou. Recuperação desigual entre as atividades Segundo o IBGE, 3 atividades das 8 atividades analisadas já retornaram ao patamar pré-pandemia em junho: hiper e supermercados, artigos farmacêuticos e móveis e eletrodomésticos, sendo que as duas primeiras foram as únicas que não tiveram suas atividades fechadas por decretos de isolamento social no período. Apesar do setor continuar em trajetória de recuperação, o patamar de vendas geral segue 4,8% abaixo do recorde alcançado em outubro 2014. Em abril, essa distância chegou a 22,9%. No comércio varejista ampliado, o patamar atual de vendas está 12% abaixo do recorde alcançado em agosto 2012. Entre as empresas consultadas na pesquisa, 12,9% relataram impacto em suas receitas em junho das medidas de isolamento social, em um recuo ante 18,1% em maio. Vendas crescem em 24 estados O volume de vendas cresceu 24 unidades da federação em junho, na comparação com maio, com destaque para Pará (39,1%), Amazonas (35,5%) e Ceará (29,3%). Rio Grande do Sul (-9,0%), Paraíba (-2,4%) e Mato Grosso (-2,0%) foram os estados que registraram queda. Perspectivas Depois do forte tombo em março e abril, em meio às medidas de isolamento social para combater a pandemia, a economia tem mostrado sinais de recuperação, mas a incerteza permanece elevada diante do número ainda elevado de casos de coronavírus e queda da renda da população. A produção industrial cresceu 8,9% em junho, na comparação com maio. Foi a segunda alta seguida do setor, mas ainda insuficiente para eliminar a perda de 26,6% acumulada nos meses de março e abril, quando o setor atingiu o nível mais baixo já registrado no país. No 2º trimestre, a indústria teve queda de 17,5%, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, e tombo de 19,4% contra o mesmo trimestre do ano passado. Analistas tem destacado que a recuperação tem sido mais forte nas vendas no varejo e na produção industrial, enquanto o setor de serviços, mais impactado pelo isolamento social, mostra uma recuperação mais lenta. A pesquisa Focus mais recente do Banco Central mostra que a expectativa do mercado é de retração de 5,62% para a economia brasileira em 2020. Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos. Nos três primeiros meses de 2020, foi registrada uma retração de 1,5% na economia brasileira. O IBGE divulgará os dados sobre o segundo trimestre em 1º de setembro.
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Dólar opera em alta de olho em exterior e ‘debandada’ no Ministério da Economia
Na terça-feira, moeda norte-americana encerrou o dia em baixa de 0,90%, a R$ 5,4151. Notas de dólar Reuters O dólar opera em alta quarta-feira (12), após mostrar instabilidade na abertura, com os investidores de divididos entre a fraqueza da moeda norte-americana no exterior e os impactos da "debandada" no Ministério da Economia brasileiro após a saída de mais dois secretários da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. Às 11h07, a moeda norte-americana subia 0,92%, a R$ 5,4647. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,4732; na mínima foi a R$ 5,4001. Veja mais cotações. Na terça-feira, o dólar encerrou o dia em baixa de 0,90%, a R$ 5,4151. No mês, a moeda acumula alta de 3,80%, e no ano, de 35,05%. Debandada na equipe econômica Na noite desta terça-feira, Guedes anunciou o pedido de demissão dos secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, admitindo uma '"debandada" na equipe econômica. Guedes alertou também que os auxiliares que aconselham o presidente Jair Bolsonaro a "furar" a regra do teto de gastos estão levando o presidente para uma zona de impeachment. A saída dos secretários responsáveis pelos projetos de privatizações e de reforma administrativa levanta dúvidas sobre o avanço da agenda liberal defendida por Guedes e prometida na campanha presidencial de 2018. A incerteza política doméstica, aliada a um ambiente de juros extremamente baixos e uma crise econômica causada pela pandemia de coronavírus, é apontada por analistas como um dos fatores que levou o dólar a níveis recordes próximos de R$ 6 em 2020. ‘Há uma debandada’, admite Paulo Guedes após demissão de dois secretários Por outro lado, a fala de Guedes foi vista como um apelo do ministro por respaldo político do presidente Jair Bolsonaro a agenda liberal. "A fala se dá em momento difícil para a equipe econômica, quando se multiplicam as iniciativas insólitas no governo e no Congresso para expandir as despesas e em meio ao sinal negativo dado pela "debandada" no time, que deixou de ver suporte político para avanço das privatizações e da reforma administrativa", avaliou a equipe da XP Investimentos. Será que Bolsonaro quer a agenda liberal de seu 'posto Ipiranga'? Para assessores de Bolsonaro, Guedes pode sair se governo optar por furar teto de gastos Cena externa A sessão era marcada pela cautela dos investidores diante do impasse político nas negociações de um novo pacote de auxílio econômico nos Estados Unidos, o que pressionava o dólar contra uma cesta das principais moedas e impulsionava algumas divisas arriscadas, como dólar australiano, peso mexicano e rand sul-africano. Os principais negociadores da Casa Branca falharam em chegar a um meio termo com os democratas do Congresso sobre os termos e o preço do estímulo, enquanto os casos de Covid-19 seguem ameaçando a recuperação da maior economia do mundo. Na agenda de indicadores, a produção industrial da zona do euro aumentou 9,1% em junho, mas a recuperação após as quedas recordes provocadas pelo coronavírus em março e abril ficou abaixo das expectativas pelo segundo mês seguido e desacelerou em relação a maio. Já o Reino Unido entrou oficialmente em recessão, após a economia britânica registrar queda recorde de 20,4% no segundo trimestre, em comparação com os três meses anteriores. Foi a maior queda trimestral desde que os registros comparáveis começaram, em 1955, e o maior tombo entre os países da Europa e do G7. Dólar – 11.08.2020 Economia G1
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Anac autoriza testes para entrega de produtos com drones
Em caráter experimental, a autorização permite testes além da linha de visada visual, quando o operador não precisa ter contato visual para operar o drone. Anac autoriza teste para entrega de produtos com drones
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou esta semana testes para entrega de produtos utilizando drones. Essa medida permite que o equipamento possa ser usado nos serviços de delivery, por exemplo.
A autorização foi concedida à empresa Speedbird, e é a primeira certificação do tipo emitida pela agência. Em caráter experimental, a autorização permite testes além da linha de visada visual, quando o operador não precisa ter contato visual para operar o drone.
Por enquanto, o serviço de entrega por drones vai aprimorar o serviço de empresas percorrendo entregas mais curtas, de no máximo 2,5 quilômetros, que devem ser feitas durante o dia. Esse serviço vai funcionar inicialmente na região de Campinas, no interior de São Paulo, até agosto de 2021 – ainda sem previsão para expansão para outros locais.
Para realizar as entregas, a empresa deverá deixar o item em uma espécie de centro de distribuição, onde o drone vai retirar o item e percorrer no máximo 2,5 quilômetros. O que faltar a partir deste segundo ponto deverá ser feito por um entregador. Todas as rotas terão que ser aprovadas pela Anac e são trechos determinados.
O drone desenvolvido e autorizado para operações de transporte de carga é o de modelo DLV-1. A aeronave pesa aproximadamente 9 kg e pode transportar produtos de até 2kg, com velocidade de 32km/h.
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Situação fiscal do Brasil é ‘péssima’, e teto de gastos é ‘nossa âncora’, diz Mourão
Vice-presidente deu declaração ao comentar discussões dentro do governo sobre a possibilidade de contornar regra do teto para elevar gastos públicos. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (12) que a situação fiscal do Brasil é “péssima” e que a regra do teto de gastos, que limita o aumento das despesas públicas, é a “âncora fiscal” do país.
Pouco depois, o presidente Jair Bolsonaro publicou uma mensagem em uma rede social na qual defendeu as privatizações e afirmou que a responsabilidade fiscal e o teto de gastos são o "norte" do governo.
Mourão fez a declaração ao ser questionado sobre as discussões dentro do governo do presidente Jair Bolsonaro sobre maneiras de “furar” o teto de gastos, ou seja, elevar as despesas e investimentos públicos além do que seria permitido pela regra, estabelecida por uma emenda à Constituição aprovada em 2016.
Diante da desaceleração econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, e de olho nas eleições de 2022, o governo tenta encontrar maneiras de ampliar os investimentos em obras, por exemplo, para tentar reaquecer a economia.
A possibilidade de que a regra seja desrespeitada, porém, pode sinalizar ao mercado financeiro o descompromisso do governo com a manutenção da política fiscal e com a recuperação das contas públicas, o que pode afastar investimentos externos.
'Nós temos uma situação fiscal péssima', diz Mourão ao comentar teto de gastos
Na terça (11), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que violar a regra levaria Bolsonaro a uma zona de impeachment. Disse ainda que vai "brigar" com colegas do governo que apoiem essa medida, que ele chamou de "ministros fura-teto."
"O teto de gastos é a nossa âncora fiscal. Então, não é um assunto que tem que ser discutido da forma como vem sendo colocado, é algo que tem que ser muito bem analisado pelas pessoas que conduzem a política fiscal do país. Temos uma situação fiscal péssima, então, não é algo que possa estar sendo tratado da forma como está", disse o vice-presidente nesta quarta.
Em julho, o Ministério da Econonomia elevou a previsão de déficit nas contas de 2020 de R$ 708,7 bilhões para R$ 828,6 bilhões. Já em 2019, as contas do governo apresentaram um déficit primário de R$ 95,065 bilhões em 2019, o sexto ano seguido em que as contas ficaram no vermelho.
"Fura-teto"
Mourão foi questionado se há conflitos no governo, em razão de outra frase de Guedes, sobre a existência no governo de “ministros fura-teto”. O chefe da equipe econômica não citou nomes. Segundo o vice, há ministro que fica “angustiado” para “mostrar serviço”, porém esbarra nos limites do orçamento.
"Existe que o ministro também fica angustiado porque ele quer mostrar serviço, e ele está limitado pelas amarras do orçamento. Essa é a realidade. Por isso que estou dizendo que esse debate não pode ser feito da forma como está”, disse.
“Os ministros que querem avançar no aumento de gastos, eles têm que sentar no conselho de governo, apresentar suas metas e isso ser discutido, debatido e votado por todos, e aí o presidente decide", acrescentou.
Debandada
Mourão comentou os pedidos de demissão, anunciados na terça-feira (11), dos secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel.
‘Há uma debandada’, admite Paulo Guedes após demissão de dois secretários
Sete integrantes da equipe econômica deixaram o governo desde o ano passado. Segundo o colunista do G1 Valdo Cruz, assessores de Bolsonaro avaliam que o ministro Paulo Guedes poderá deixar o governo caso o teto de gastos seja desrespeitado.
Para Mourão, o excesso de burocracia do setor público é “enervante” e quem deseja trabalhar na área necessita de “determinação” e “paciência”.
"O Salim Mattar e o Paulo Uebel são dois caras da iniciativa privada, dois caras excepcionais. E trabalhar na administração pública não é simples. O cipoal burocrático da administração pública é enervante, por isso, quem quer vir para cá tem que ter clareza no que quer fazer, muita determinação e bota paciência nisso aí. E às vezes as pessoas se exasperam por não ver que estão atingindo os objetivos que se propuseram", declarou Mourão.
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Azul fecha acordo com arrendadores de aeronaves
Como resultado, a companhia estima pagar R$ 566 milhões em aluguel de aeronaves entre abril e dezembro de 2020, uma redução de 77% comparado com os contratos originais. A Azul Linhas Aéreas informou que fechou acordos para um novo perfil de pagamento a seus arrendadores de aeronaves, que resultarão em uma economia de capital de giro de 3,2 bilhões de reais do início da crise até o final de 2021, informou a companhia aérea no final da terça-feira. A empresa disse que os acertos representam mais de 98% do seu passivo de arrendamento e que negociações com os demais arrendadores continuam evoluindo. Avião da Azul taxia na pista do Aeroporto Internacional de Viracopos Luciano Calafiori/G1 A Azul afirmou que o cronograma de pagamento será baseado em uma estimativa conservadora de retomada da demanda. "Como resultado, a companhia estima pagar 566 milhões de reais em aluguel de aeronaves entre abril e dezembro de 2020, uma redução de 77% comparado com os contratos originais. Os aluguéis mensais menores serão compensadas por valores ligeiramente superiores a partir de 2023, ou pela extensão de certos contratos a taxas de mercado", detalhou. Adicionalmente, a Azul afirmou que o seu passivo de arrendamento deverá diminuir 3,4 bilhões de reais entre o final de março e dezembro, totalizando 12,5 bilhões de reais no final do ano. "Estes acordos são um passo importante para garantir que sairemos desta crise mais fortes e comprometidos com essas parcerias de longo prazo", afirmou o vice presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Azul, Alex Malfitani, no comunicado.
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Apple deve pagar US$ 500 milhões por violações de patentes
A empresa sofre um processo desde 2019 por, supostamente, ter se negado a pagar pelo uso de tecnologias de outra companhia. A decisão vem de um tribunal do Texas. Apple. Thomas Peter/Reuters A Apple deve pagar mais de US$ 500 milhões em danos e juros por infringir patentes de 4G que pertenciam à empresa PanOptis, decidiu um tribunal do Texas, nos EUA. A gigante da tecnologia vai apelar da decisão, de acordo com a imprensa local. A PanOptis, especializada em licenças de patentes, processou a Apple em fevereiro do ano passado, alegando que a empresa se negou a pagar pelo uso de tecnologias 4G LTE em seus smartphones, tablets e relógios. "Os demandantes negociaram reiteradamente com a Apple para alcançar um acordo para uma licença 'FRAND' que permita o uso dos portfólios de patentes dos demandantes, que a Apple está infringindo", afirma um documento do tribunal. "FRAND" faz referência a termos que são "justos, razoáveis e não discriminatórios", o padrão da indústria para o uso de tecnologias. "As negociações não tiveram sucesso porque a Apple se nega a pagar uma taxa pela licença dos demandantes", completa o documento. A Apple argumentou sem sucesso que as patentes eram inválidas, de acordo com publicações legais. "Processos como este, por empresas que acumulam patentes simplesmente para assediar a indústria, servem apenas para sufocar a inovação e prejudicar os consumidores", afirmou a Apple em um comunicado. O caso é uma de várias demandas por violações de patentes apresentadas por empresas especializadas em licenças, que não fabricam nenhum produto, mas têm direitos sobre certas tecnologias. A justiça do Texas já decidiu duas vezes contra a Apple, que foi condenada a pagar centenas de milhões de dólares a VirnetX — outra empresa especializada em litígios por patentes. Em seu site, a PanOptis oferece serviços para administrar as patentes dos clientes, permitindo que se concentrem na "inovação e novos desenvolvimentos".
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BC aprova regras de sistema que permitirá pagamentos instantâneos
Cadastro no PIX começa em 5 de outubro. Ferramenta deve começar a operar em 16 de novembro e deve ser ofertada por aplicativo de celular da instituição participante. O Banco Central (BC) informou nesta quarta-feira (12) que foi aprovado o regulamento do chamado "PIX", sistema que permitirá pagamentos e transferências instantâneas em todo o país.
O meio de pagamento vai possibilitar transações entre pessoas, empresas e governo 24 horas por dia, em todos os dias da semana.
A instituição confirmou que o cadastro de Chaves PIX (número de telefone celular, CPF, CNPJ ou e-mail), que facilitam a identificação do recebedor, terá início em 5 de outubro de 2020. Segundo o BC, o começo da operação plena do sistema está confirmado para o dia 16 de novembro.
PIX vai permitir pagamentos instantâneos; entenda
Banco Central divulga detalhes de novo sistema imediato de pagamentos
O banco afirma que as regras contemplam vários manuais técnicos, entre eles o que disciplina como os participantes devem utilizar a marca PIX.
Para as pessoas físicas, a instituição explicou que o PIX deverá ser ofertado por meio do aplicativo para celular da instituição participante.
"De forma a garantir uma experiência homogênea, simples e prática, o BC definiu requisitos mínimos que deverão ser observados pelos participantes. Já para as empresas, o PIX deverá ser ofertado por meio do principal canal digital da instituição, podendo ser via aplicativo ou internet banking, por exemplo", acrescentou.
O Banco Central informou, ainda, que, para promover a competição no sistema, foram realizadas alterações nas condições de participação das instituições de pagamento não sujeitas à autorização do BC e no papel dos participantes responsáveis junto a tais instituições.
"De forma a simplificar o escopo de atuação dos participantes responsáveis, evitando elevar os custos aos usuários finais, e ao mesmo tempo garantir a entrada segura das instituições de pagamento de menor porte, foi definido que tais instituições, ao aderirem ao PIX, passam automaticamente a integrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), ficando sujeitas a uma regulação mínima, com o custo de observância proporcional ao risco oferecido", explicou.
De acordo com o banco, também foi autorizada a redução do capital mínimo exigido das instituições que aderirem à ferramenta, "equalizando o tratamento em relação a outras instituições reguladas pelo BC".
"Esse movimento reduz ainda mais as barreiras à entrada, fomentando a participação e a competição", concluiu.
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Bolsonaro defende privatizações e diz que responsabilidade fiscal e teto de gastos são o ‘norte’
Setores políticos têm feito pressão para que regra do teto seja alterada. Presidente também publicou foto com ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura). Jair Bolsonaro em evento nesta quarta-feira, em SP, após o post em que defendeu privatizações que tratou responsabilidade fiscal e o teto de gastos como 'norte' do governo Reprodução/TV Globo O presidente Jair Bolsonaro publicou uma mensagem nesta quarta-feira (12) em uma rede social na qual defendeu as privatizações e afirmou que a responsabilidade fiscal e o teto de gastos são o "norte" do governo. Na mensagem, também foi publicada uma foto de Bolsonaro com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura). A emenda constitucional do teto de gastos foi promulgada em 2016, vale por 20 anos e prevê que os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) não podem crescer acima da inflação do ano anterior. Conforme o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, setores políticos do governo e do Congresso Nacional têm defendido modificar a regra. Ainda segundo o Blog do Valdo Cruz, assessores de Bolsonaro avaliam que Guedes pode deixar o cargo se o governo decidir furar o teto de gastos. "O Estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada", publicou Bolsonaro. "No mais, num orçamento cada vez mais curto é normal os ministros buscarem recursos para obras essenciais. Contudo, nosso norte continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de gastos", acrescentou o presidente, em outro trecho da mensagem. Mais cedo, nesta quarta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a situação fiscal do Brasil é "péssima" e que o teto de gastos é a "âncora fiscal" do país. Guedes anuncia pedidos de demissão de dois secretários do Ministério da Economia Saída de funcionários Sem mencionar um caso específico, Bolsonaro também afirmou nesta quarta-feira que é "normal" alguém querer sair do governo para algo "que melhor atenda suas justas ambições pessoais". Nesta terça (11), o ministro Paulo Guedes disse que houve uma "debandada" no Ministério da Economia com a saída de mais dois secretários (sete integrantes da equipe econômica já deixaram os cargos). "Em todo o governo, pelo elevado nível de competência de seus quadros, é normal a saída de alguns para algo que melhor atenda suas justas ambições pessoais. Todos os que nos deixam, voluntariamente, vão para uma outra atividade muito melhor", publicou Bolsonaro nesta quarta.
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Bovespa opera em alta nesta quarta-feira
Na terça-feira, bolsa caiu 1,23% e fechou a 102.174 pontos. O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta quarta-feira (12), marcada por vencimento do contrato mais curto, apesar de ter como pano de fundo trajetória positiva de praças acionárias e dos preços do petróleo no exterior, com a cena corporativa também no radar. À 11h11, o Ibovespa tinha alta de 0,14%, a 102.330 pontos. Veja mais cotações. Na terça, a bolsa caiu 1,23%, a 102.174 pontos. O acumulado do mês é de queda de 0,67%. No ano, o Ibovespa também cai 11,61%. e Cenário Nos Estados Unidos, os agentes continuam monitorando impasse sobre novos estímulos fiscais. Na visão do analista Milan Cutkovic, da AxiCorp, se as negociações nos EUA para novo pacote de ajuda se arrastarem por muito mais tempo, os investidores provavelmente ficarão nervosos e o sentimento do mercado poderá mudar rapidamente. Os preços do petróleo, por sua vez, subiam depois que relatório do setor mostrou que estoques de petróleo EUA na semana passada caíram mais que o esperado por analistas. Em pregões europeus, ações de telecomunicações ajudavam na alta após oferta de aquisição de US$ 1 bilhão para a empresa suíça Sunrise Communications, bem como apostas de mais estímulos após um colapso no PIB do Reino Unido. No Brasil, a cena corporativa destaca anúncio da véspera da empresa de meios de pagamento Stone sobre acordo vinculante para unir sua área de software com a Linx, além dos balanços de BR Distribuidora e RD. Os números trimestrais da XP Inc e da StoneCo também devem ocupar as atenções, embora as respectivas ações sejam negociadas em Nova York. Ainda no radar está a notícia de que os secretários especiais do Ministério da Economia Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização) pediram demissão na terça-feira. Tensões entre Estados Unidos e China têm se tornado mais frequentes: entenda as disputas Variação do Ibovespa em 2020 G1 Economia
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Preços ao consumidor nos EUA sobem mais do que o esperado em julho
Departamento do Trabalho afirmou nesta quarta-feira (12) que o índice de preços ao consumidor subiu 0,6% no mês passado. Os preços ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em julho, mas o alto nível de desemprego provavelmente manterá a inflação sob controle, permitindo com que o Federal Reserve continue injetando dinheiro na economia para ajudar na recuperação ante uma recessão causada pela Covid-19.
O Departamento do Trabalho afirmou nesta quarta-feira (12) que o índice de preços ao consumidor subiu 0,6% no mês passado, após uma alta de 0,6% em junho.
Quase cem mil crianças foram infectadas pela Covid-19, em duas semanas de julho, nos EUA
Nos 12 meses encerrados em julho, o índice subiu 1,0%, ante avanço de 0,6% em junho. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,3% em julho e avançaria 0,8% ano a ano.
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